Após agressão de alunos da Ufes na manhã desta quarta, reitor determina apuração de fatos

O reitor Reinaldo Centoducatte determinou na manhã desta quarta-feira (19) a apuração dos fatos ocorridos durante a retirada do grupo de oito estudantes que montaram um acampamento nas instalações do prédio anexo dos ICs, no Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN). A abertura de sindicância será feita pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assistência Estudantil (Progepaes) ainda hoje.

O reitor também determinou à Progepaes que conclua o levantamento sobre as necessidades de auxílio-moradia dos oito estudantes que ocupavam a área, com atendimento àqueles que se enquadrem nos critérios existentes na Ufes.

A retirada dos estudantes foi autorizada pelo reitor, com a autorização expressa para o não uso de violência. O Reitor afirmou também a disposição da Administração Central da Ufes para o diálogo, que em nenhum momento ele foi interrompido e que não faz parte das práticas da Universidade o uso de violência no trato com os estudantes ou quaisquer integrantes da comunidade universitária e suas entidades, e que os excessos serão apurados e punidos.

Segundo a assessoria da universidade, a Ufes atende atualmente, por meio de auxílio-moradia, 1.088 estudantes em situação de vulnerabilidade social. O auxílio é de R$ 200 mensais e, para ter acesso ao benefício, a renda familiar do estudante deve ser de um e meio salário mínimo.

Somente neste ano, de março a agosto, a Ufes investiu cerca de R$ 7,5 milhões em assistência estudantil, dos quais R$ 2,5 milhões em diferentes programas de bolsas e auxílios, que incluem auxílio-moradia, material escolar, transporte e estudo de línguas estrangeiras, totalizando 2.700 estudantes contemplados. Somente em auxílio-moradia, a Ufes destinou, este ano, recursos da ordem de R$ 1,3 milhão, beneficiando mais de 1 mil alunos.

A assistência ao estudante também compreende o preço subsidiado da alimentação nos quatro restaurantes universitários dos campi de Goiabeiras, Maruípe, São Mateus e Alegre, nos quais uma refeição custa R$ 1,50 e todos os estudantes cadastrados nos programas de bolsas têm desconto que pode chegar a 100%, dependendo da condição socioeconômica. A Ufes também já solicitou ao Ministério da Educação recursos para financiar novas ações, como a construção de moradias estudantis, entre 2013 e 2015, totalizando recursos da ordem de R$ 30 milhões.

(Comunicação Ufes)