Por Luciene
Cruz
O
governo federal vai desonerar os produtos que compõem a cesta básica, informou ontem
(18) o Ministério da Fazenda. Segundo o secretário executivo adjunto da pasta,
Dyogo Oliveira, o governo aprovou a criação de um grupo de trabalho, que deve
apresentar uma proposta de isenção de imposto e definir, até 31 de dezembro
deste ano, quais itens vão fazer parte da cesta.
“O governo vai criar efetivamente esta
comissão, por decreto, para estudar a desoneração, considerando produtos e
tributos estaduais e federais. A desoneração vai ocorrer a partir desta
definição do grupo de trabalho. Com isto, o governo enviará, no futuro,
proposta que englobe os produtos desonerados e os tributos federais e estaduais
[que serão isentos]”, disse.
A
proposta apresentada pelo Congresso Nacional na Lei 12.715 foi vetada pela
presidenta Dilma Rousseff, segundo publicação desta terça-feira no Diário
Oficial da União. Oliveira explicou que a proposta da forma que foi apresentada
não define os produtos que fazem parte da cesta básica e quais tributos seriam
isentos.
Oliveira
garantiu que, com a criação do grupo de trabalho e a definição dos produtos que
farão parte da cesta básica, a “desoneração
vai ocorrer”. O secretário destacou que a maior parte dos produtos já
possuem desoneração de tributos federais, mas falta tratar sobre os impostos
estaduais que são “mais relevantes” do ponto de vista da tributação.
“Do ponto de vista de efetividade, a
tributação na cesta básica hoje é maior no ICMS [Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação] do que nos tributos
federais”, disse. O grupo será formado por representantes da Casa Civil,
ministérios da Fazenda, Desenvolvimento Social e Saúde, Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), além de estados.
Segundo
Oliveira, apenas o açúcar não possui nenhuma isenção tributária. Outros itens
como carnes, arroz, feijão, massas, farinha de trigo entre outros já são
desonerados integral ou parcialmente pelo governo federal. Para o secretário
executivo adjunto, a desoneração total da cesta não implica em redução de
preço.
“A precificação de mercado não vai
necessariamente transferir redução do tributo para o preço (...). O impacto
disso no preço final não é diretamente proporcional ao que seria desonerado.
Tem um efeito positivo de reduzir inflação, mas não seria no mesmo montante da
desoneração”, disse Oliveira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi