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terça-feira, 25 de julho de 2017

Ceará vive epidemia de Chikungunya com quase 60 mil casos confirmados

O estado do Ceará vive uma epidemia de arboviroses (doenças transmitidas por mosquitos), sobretudo casos de chikungunya. A confirmação é da Secretaria de Saúde estadual que, no último boletim semanal, registrou a “ocorrência epidêmica de arboviroses, principalmente se consideradas as notificações de casos de chikungunya”. De acordo com os dados, o estado soma 58.957 casos da doença.

Mais de 80% das cidades cearenses já registraram casos confirmados da doença, que levaram 51 pessoas à morte. As cidades de Acopiara, Beberibe, Caucaia, Maranguape, Morada Nova, Pacajus, Senador Pompeu e a capital Fortaleza concentram 40 óbitos por chikungunya.

Desde o início do ano, foram notificados 103 mil casos da doença, dos quais 57% foram confirmados (58.957). Segundo a Secretaria de Saúde do Ceará, a “tendência crescente” de notificações gerou uma taxa de incidência de 1.099 casos para cada 100 mil habitantes. As principais vítimas são pessoas do sexo feminino, entre 20 e 59 anos.

Dengue e Zika
Em relação à dengue, o Ceará registrou mais de 65 mil notificações em 2017. A secretaria identificou incidência acima do limite superior, chegando a 56 casos para cada 100 mil habitantes – maior pico do ano. Até o momento, 24,6% dos casos suspeitos foram confirmados, principalmente entre pessoas do sexo feminino e com idades entre 15 e 49 anos. A porcentagem equivale a pouco mais de 16 mil confirmações em todo o estado, entre os quais, 13 foram caracterizados como graves, levando 8 pessoas à morte.

O vírus Zika já foi confirmado em 432 pessoas, também incidindo preferencialmente em mulheres entre 15 e 49 anos. O número de notificações da doença em gestantes chegou a 941, no entanto apenas 44 fora confirmados por análises de laboratório, nas cidades de Fortaleza, Brejo Santo, Icó, Independência e Caucaia.

A atenção dos órgãos de saúde se intensifica em relação aos casos de Zika em gestantes, porque o vírus da doença é um dos responsáveis pela malformação de bebês durante a gestação. Após o nascimento, podem ser constatados casos de síndromes congênitas, como a microcefalia – malformação no crânio – hidranencefalia, Síndrome de Guillain-Barré, entre outras.

As três arboviroses são causadas por diferentes vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypt, que se reproduz em água parada, inclusive em ambientes residenciais. Por isso, a recomendação é que as caixas de água estejam sempre tampadas e que objetos que acumulem água da chuva estejam cobertos ou virados para baixo.

Questionada sobre o motivo do aumento de casos de chikungunya no estado e sobre o que o governo estadual fará para lidar com o problema, a Secretaria de Saúde informou que vai divulgar nota sobre o assunto, mas não deu prazo.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Novo método de biovigilância ajuda a detectar zika em mosquitos e humanos

Um novo método de biovigilância vai ajudar a descobrir se a zika está presente em populações humanas e em mosquitos, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira (3) na revista Science Translational Medicine. As informações são da Agência EFE.

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A pesquisa, realizada pela equipe do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Patologia da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, utilizou uma técnica de amplificação isotérmica de DNA mediada por loop e conhecida como LAMP, para detectar facilmente o vírus em amostras brasileiras, americanas e nicaraguenses.

Os pesquisadores esmagaram um mosquito dentro d'água, tiraram 2 microlitros dela (quantidade equivalente a uma cabeça de alfinete), e depois a aqueceram em um tubo com químicos e reativos. A cor mudava de 30 minutos a uma hora. Esse novo método de biovigilância permitiu indicar rapidamente se o zika vírus estava presente nos mosquitos, o que evitaria espalhar pesticidas e usar outros métodos de prevenção da doença em locais onde não são necessários.

O diagnóstico humano ainda é um desafio e vai levar mais tempo para ser aprimorado, já que requer uma grande quantidade de dados antes de as agências reguladoras dos governos autorizarem a utilização do LAMP como teste em pacientes.

Começou no Japão
A amplificação isotérmica de DNA mediada por loop foi desenvolvido no Japão em 2001, para detectar pneumonia em cabras, e é similar à tecnologia conhecida como reação em cadeia da polimérase (PCR, na sigla em inglês), que faz uma análise exaustiva das amostras de DNA, com a vantagem de poder ser usada em campo, e não só em laboratórios, além de ser mais barata.

"A maioria dos países envolvidos no surto atual [de zika] não é rica. É importante tentar desenvolver métodos de vigilância de baixo custo, que algum dia possam ser usados por estas nações", afirmou a pesquisadora Nunya Chotiwan.


De acordo com a Science Translational Medicine, médicos do Hospital Pediátrico de Manágua, na Nicarágua, vão testar a nova técnica, sem abandonar os sistemas tradicionais, e profissionais de Porto Rico vão empregar o método para verificar as condições dos mosquitos.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

População deve redobrar cuidados com o Aedes aegypti no verão

O verão cria as condições ideais de temperatura e umidade para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, por isso os cuidados para combater o inseto devem ser reforçados nesta estação.

O alerta é do secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Luiz Antônio Teixeira Júnior. “É fundamental que todos se mobilizem, utilizando dez minutos por semana para vistoriar as próprias casas e eliminar possíveis focos [de reprodução do mosquito]. A prevenção ainda é a forma mais eficiente para se combater o vetor.”

A principal recomendação é eliminar locais de água parada, onde o mosquito deposita suas larvas. É preciso estar atento a vasos de plantas, pneus velhos, bacias e outros recipientes que possam armazenar água.

Chikungunya

O Rio de Janeiro registra casos das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e em 2017 a previsão é que o número aumente, principalmente os de chikungunya. Considerado novo no país, o vírus da doença ainda não teve contato intenso com a população, o que preocupa as autoridades de saúde pela dimensão que uma eventual epidemia pode ter.

“Já tivemos a presença do tipo 1 da dengue desde 2011, logo, boa parte da população já tem imunidade contra esse vírus. Em 2015 e 2016, tivemos a circulação intensa do vírus Zika, fazendo com que uma parte significativa das pessoas tenha sido exposta a ele. Portanto, a chikungunya é a doença que mais nos preocupa neste verão”, explicou o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe,

A chikungunya é uma doença parecida com a dengue, mas costuma provocar febre bastante elevada de início súbito, acompanhada de fortes dores nas articulações. A doença costuma ter duas ondas: a primeira é a fase aguda da febre, dor no corpo e dor na articulação; na segunda onda, o paciente pode desenvolver sinais e sintomas por meses ou até anos. A doença pode causar uma incapacidade funcional durante semanas ou meses.


Agência Brasil

quarta-feira, 1 de junho de 2016

OMS recomenda sexo seguro por oito semanas após visita a área com Zika

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em regiões onde há transmissão do Zika evitem a gravidez em momentos de alta circulação do vírus. Em atualização de documento sobre prevenção sexual da doença, a organização aconselha ainda a quem visitou áreas onde o vírus é endêmico, que fique por oito semanas sem fazer sexo ou que use preservativos pelo mesmo período, depois que voltar de viagem.

De acordo com a entidade internacional, o principal vetor da doença é o mosquito Aedes aegypti, porém, estudos identificaram a presença do vírus em fluidos corporais de pessoas infectadas. Segundo a entidade, a transmissão sexual é mais comum do que se imaginava a princípio.

O documento também sugere que homens que tiveram os sintomas do vírus, como manchas vermelhas, febre leve e conjuntivite, devem usar preservativos ou evitar relações sexuais por pelo menos seis meses. Este tempo deve ser estendido até o fim da gravidez, em caso de parceira gestante.

As orientações foram feitas devido à relação entre o vírus zika em gestantes e o nascimento de bebês com microcefalia e outros problemas neurológicos. Segundo a OMS, sempre que surgirem novas evidências, o documento será atualizado. Atualmente, 60 países registraram a transmissão interna do vírus Zika.

Além das recomendações de ordem individual, a OMS também determina que os governos garantam o direito de mulheres que não querem engravidar usarem contraceptivos de emergência, como a pílula do dia seguinte.

Zika
Transmitido por um mosquito bem conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução costumava ser benigna e que os sintomas, geralmente erupção cutânea, fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, em 28 de novembro de 2015 o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.

A microcefalia não é uma malformação nova. Ela pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
A relação entre o zika e a microcefalia e outras alterações neurológicas motivou a declaração de Emergência em Saúde Pública pelo Ministério da Saúde em novembro do ano passado e de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela OMS em fevereiro de 2016.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Pesquisa brasileira publicada na Science mostra como vírus Zika age no cérebro




Pesquisa divulgada no Rio de Janeiro, revela como o vírus Zika age nos tecidos cerebrais levando a malformações neurológicas em bebês, entre elas a microcefalia. O trabalho, publicado na revista científica Science, pode ajudar a encontrar medicamentos que reduzam os danos causados pelo vírus na infecção de grávidas.

O estudo foi feito por cientistas do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), liderados pelo neurocientista das duas instituições Stevens Rehen, com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Academia Brasileira de Ciências.

sábado, 5 de março de 2016

Primeiro caso autóctone do vírus Zika é confirmado na cidade de São Paulo



O primeiro caso autóctone (contraído na própria cidade) do vírus Zika foi identificado na cidade de São Paulo. A informação foi confirmada na noite de ontem (4) pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

O vírus foi detectado em uma mulher, 28 anos, com 30 semanas de gestação. Ela é moradora do bairro Freguesia do Ó, na zona norte da capital. O caso foi notificado no dia 3 de fevereiro. Segundo a secretaria, o exame ultrassom morfológico apresentou normalidade no feto. Mesmo assim, a paciente foi encaminhada para fazer o pré-natal no Hospital Escola e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, por ser referência para gestação de alto risco.

A paciente, cujo nome não foi informado, apresentou os primeiros sintomas no dia 30 de janeiro e disse não ter viajado para fora do estado. No dia 3 de fevereiro, foram coletados urina e sangue da paciente e, no dia 25 de fevereiro, o resultado foi confirmado como positivo para o vírus. No dia seguinte, foi feita uma nova coleta de sangue e novamente o resultado foi positivo.

O local onde vive a gestante e todo o entorno foi visitado para exterminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, informou a secretaria.

terça-feira, 1 de março de 2016

Microcefalia: superintendente do INSS no Nordeste pede pensão especial a bebês




O superintendente no Nordeste do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Rolney Tosi, apoia a criação de uma pensão especial para bebês com microcefalia, em decorrência do vírus Zika, proposta feita pelo estado de Pernambuco. O gestor enviou nessa segunda-feira (29) uma carta à presidência do instituto mostrando a proposta.

A carta é resultado do entendimento de vários órgãos participantes de um seminário, na quinta-feira (25), sobre assistência social voltada às crianças com microcefalia decorrente do Zika. A ideia foi levada ao encontro pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude pernambucana.

A razão citada pelo secretário da pasta, Isaltino Nascimento, é que nem todas as famílias se enquadram nos critérios para recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do INSS.

“Concordo [com a proposta], porque estamos vendo o que sai na imprensa. Não se sabe até quanto tempo essas crianças podem sobreviver, e a gente vê que é uma necessidade que toda família vai ter, principalmente no começo da vida desses bebês”, defende o superintendente do INSS. Muitas mães relatam dificuldade em ter acesso ao Benefício de Prestação Continuada.

Baixa renda
O casal João Batista Bezerra, de 54 anos, e Nadja Cristina Gomes Bezerra, de 42 anos, pais de Alice, de 4 meses, se enquadra no perfil de baixa renda, mas não no do Benefício de Prestação Continuada. Ele trabalha com limpeza de aviões, e ela era atendente de telemarketing até ser afastada, por depressão. Como entrou de licença maternidade, deixou de receber auxílio-doença, e agora, para acessar o benefício novamente (desta vez para acompanhar a bebê), precisa agendar outra perícia do INSS.

"Vão ser meses sem receber. Meu marido ganha pouco. Ate lá, como vamos aguentar tanto gasto", desespera-se, ao contar a história para a neuropediatra da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Vanessa Van der Linden, durante a primeira de duas consultas que Alice teria, em instituições diferentes, na última quinta-feira passada.

Para criar a pensão, a proposta se espelha em um caso de contaminação ocorrido em Caruaru, interior de Pernambuco, há uma década. Cerca de 90 famílias passaram a receber um benefício especial, pago pela Previdência Social, porque membros da família que faziam hemodiálise morreram ou tiveram limitações permanentes depois que a água usada no tratamento foi infectada. Hoje, de acordo com o superintendente, ainda restam 55 pensões. “Pelo menos, do meu conhecimento, é o único caso.”

Atualmente, os recursos do Benefício de Prestação Continuada não saem do orçamento da Previdência Social, mas do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Caso fosse criado o benefício especial, Rolney Tosi não sabe se a pensão passaria para o INSS. “Tem que ser votado pelo Congresso. Vai depender de como vão fazer a lei.”

Acesso ao benefício
O Benefício de Prestação Continuada é concedido a pessoas com deficiência de qualquer idade, desde que tenham impedimentos de longo prazo, de natureza física ou mental, e atendam ao critério da renda. A transferência mensal é de um salário mínimo, e não é preciso ter contribuído com a Previdência Social.

Para acessar o benefício, é preciso passar por uma perícia médica da Previdência Social, que vai identificar se há deficiência e qual o grau de impedimento imposto à pessoa. O início do processo é feito em uma agência do INSS. É possível agendar atendimento pelo telefone 135 (ligação gratuita) ou pela internet (www.previdenciasocial.gov.br).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Diretora-geral da OMS não vê perigo de zika durante os Jogos Olímpicos

Os visitantes que vierem ao Brasil nos meses de agosto e setembro, para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, não devem temer o contágio pelo vírus Zika, pois, no inverno, a população de mosquitos chega ao mínimo, disse hoje (24) a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.

Em companhia do ministro da Saúde, Marcelo Castro, Margaret Chan visitou nesta quarta-feira a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos principais centros de pesquisa do país. Perguntada se haveria algum tipo de risco de visitantes e atletas contraírem a zika durante os Jogos, ela demonstrou confiança nos esforços feitos pelas autoridades brasileiras e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

“O Brasil não é novato em organizar eventos de massa. Vocês recém-terminaram o carnaval e dois anos atrás sediaram a Copa do Mundo. Nossos especialistas têm se reunido com o governo e o Comitê Olímpico local, para desenvolver um plano sólido de controle de vetores [de doenças]. Além disso, em agosto e setembro, é inverno e estação de seca no Brasil. A densidade de mosquito nessa época é a menor do ano. O governo brasileiro e o Comitê Olímpico se comprometeram a trabalhar juntos para garantir que os Jogos sejam agradáveis para os participantes, os visitantes e os atletas”, disse Margaret.

O ministro Marcelo Castro também ressaltou que não há preocupação especial com a disseminação da doença durante a Olimpíada, pois a tendência é cair a incidência da doença nessa época do ano. Ele disse que, no período em que serão disputados os Jogos (agosto e setembro), é “histórico" que a população de mosquito cai vertiginosamente, aos menores níveis de todo o ano.

"O período de maior população de mosquitos são os meses de março e abril. Em maio, [o número deles] começa a declinar e em julho e agosto chega a níveis basais. Este ano, está sendo feito um esforço [de combate] pelos governos federal, estaduais e municipais, mais o envolvimento da sociedade, como nunca houve em nenhuma época.”

Marcelo Castro disse esperar que, dentro de dois anos, já esteja disponível para a população uma vacina contra a dengue e, dentro de três anos, uma vacina contra a zika. Também participaram da coletiva a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

A diretora-geral da OMS, que na parte da manhã esteve no Recife, fez questão de mostrar aos jornalistas a camiseta que vestia, ganha de presente da presidenta Dilma Rousseff, com a frase “Zika Zero, um mosquito não é maior que um país inteiro”.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Diretora-geral da OMS chega hoje ao Brasil para discutir combate ao Zika


A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, chega hoje (23) ao Brasil para visita oficial. Ela desembarca em Brasília, onde será recebida pela presidenta Dilma Rousseff. Ao longo do dia, estão previstos ainda encontros com ministros de diversas pastas envolvidas na resposta brasileira à epidemia do vírus Zika.

Margaret Chan vem ao país acompanhada da diretora da Organização Pan-Americana de Saúde e diretora regional da OMS paras as Américas, Carissa Etienne. Da capital, ela deve seguir para o Recife, já que o estado de Pernambuco registra o maior número de casos de microcefalia possivelmente associados à infecção (182 casos da malformação confirmados e 1.203 em investigação).

No início do mês, a OMS declarou emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo Zika em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros de malformação congênita e síndromes neurológicas. A decisão foi tomada após reunião de um comitê de emergência em Genebra.

O Ministério da Saúde investiga pelo menos 3.935 casos suspeitos de microcefalia possivelmente associada ao vírus. Até o dia 13 de fevereiro, 508 casos foram confirmados e 837 descartados de um total de 5.280 notificações. Desde a última quinta-feira (18), a notificação de casos suspeitos de infecção pelo Zika é obrigatória no Brasil. Todos os casos suspeitos deverão ser comunicados semanalmente às autoridades sanitárias.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Zika: o que já se sabe e o que ainda falta saber sobre a doença


A escalada do vírus Zika nos noticiários e nas agendas dos governantes reflete a preocupação com a crescente epidemia. Mais de 30 países e territórios já registram casos autóctones da doença - a maioria deles no continente americano, incluindo o Brasil – e outros 17, como Alemanha, Espanha e Estados Unidos, notificaram casos de pessoas que contraíram a doença no exterior.

A gravidade da epidemia colocou pesquisadores de todo o mundo em alerta e, embora muita coisa já tenha sido descoberta, muitos pontos sobre o Zika continuam obscuros, como a relação do vírus com os casos de microcefalia que ainda não foi comprovada.

Reunimos em um infográfico os principais tópicos sobre o que já se sabe e o que ainda falta descobrir sobre o vírus Zika. Confira abaixo.

O que já se sabe
Da família Flaviviridae e do gênero Flavivirus, o vírus Zika provoca uma doença com sintomas muito semelhantes aos da dengue, febre amarela e chikungunya. De baixa letalidade, causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Anápolis confirma dois casos da Síndrome de Guillain-Barré


A Secretaria de Saúde de Anápolis (GO) confirmou hoje (16) a ocorrência de dois casos da Síndrome de Guillian-Barré na cidade, localizada a cerca de 50 quilômetros de Goiânia. O Departamento de Epidemiologia municipal investiga se os dois casos estão relacionados ao vírus Zika. A doença – que causa paralisia – pode ter outras causas.

Segundo a secretaria, os dois pacientes, um homem de 69 anos e um rapaz de 29 anos, estão internados em hospitais públicos, recebendo os cuidados médicos. O idoso está internado na Santa Casa de Misericórdia. Já o rapaz foi transferido na noite dessa segunda-feira (15) do hospital municipal para o Hospital de Doenças Tropicais.

Entenda o que é a Síndrome de Guillain-Barré


Uma doença rara e pouco conhecida, a Síndrome de Guillain-Barré (SGB) passou a ser assunto fora dos consultórios médicos depois que uma pesquisa mostrou que ela pode ser desencadeada pelo vírus Zika. A síndrome pode apresentar diferentes graus de manifestação, apresentando desde leve fraqueza muscular em alguns pacientes ao quadro raro de paralisia total dos quatro membros.

O neurologista do Hospital Sarah, em Brasília, Eduardo Uchôa, explica que a síndrome é uma reação autoimune do corpo. O organismo começa a combater um micro-organismo, como vírus ou bactéria, e acaba atacando a si próprio. Não existem formas de evitar a doença e as informações sobre a origem são controversas. “Por algum motivo, nosso corpo produz, através de suas células de defesa, anticorpos contra o nosso nervo periférico”, explica o especialista.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Rússia anuncia primeiro caso de Zika no país


A Rússia anunciou hoje (15) o primeiro caso de vírus Zika no país, em uma mulher infectada na República Dominicana, onde passava férias.

De acordo com a agência estatal Rospotrebnadzor (Serviço Federal para Supervisão de Direitos do Consumidor e Bem Estar Humano), a mulher foi hospitalizada em Moscou e o seu estado é satisfatório. "As análises laboratoriais revelaram a presença do vírus Zika na paciente", explicou a mesma fonte.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti

Saiba quais são os fatores que afetam o ciclo de vida do vetor e do que ele se alimenta

Do ovo à forma adulta, o ciclo de vida do A. aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro, uma vez que a competição de larvas por alimento (em um mesmo criadouro com pouca água) consiste em um obstáculo ao amadurecimento do inseto para a fase adulta. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

As larvas do A. aegypti têm tamanho reduzido, aproximadamente o de uma cabeça de agulha de costura
Os maiores índices de infestação pelo A. aegypti são registrados em bairros com alta densidade populacional e baixa cobertura vegetal, onde o mosquito encontra alvos para alimentação mais facilmente. Outro fator importante é a falta de infraestrutura de algumas localidades. Sem fornecimento regular de água, os moradores precisam armazenar o suprimento em grandes recipientes, que na maioria das vezes não recebem os cuidados necessários e, por não serem completamente vedados, acabam tornando-se focos do mosquito.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Hospital no Rio atendeu 16 casos de Guillain-Barré associada ao Zika, diz médico

Os casos da síndrome de Guillain-Barré, uma doença paralisante dos músculos, que pode estar associada ao vírus Zika, chegam a 16, só este ano, no Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), segundo o médico neurologista Osvaldo Nascimento, que dá aulas na universidade e é supervisor de ensino no hospital. O número é rebatido pela UFF, que emitiu nota nesta sexta-feira (5) admitindo apenas um caso confirmado de Guillain-Barré.

O médico sustentou que seis casos estão laboratorialmente comprovados e que mais dez, de menor gravidade, tiveram diagnóstico clínico, no ambulatório do hospital, e que os pacientes foram liberados.

“Foram seis casos internados, sendo dois em estado mais grave, um em terapia intensiva e o outro na unidade de emergência. Pacientes com casos leves, que foram encaminhados ao ambulatório, eram dez pessoas. Todos com quadro de Guillain-Barré e todos referiram quadro infeccioso prévio como o do vírus Zika”, relatou Nascimento, que é coordenador de pesquisa e pós-graduação em Neurologia da UFF e presidente regional da Academia Brasileira de Neurologia no Rio.

O médico explicou que a síndrome começa após uma infecção, como a do Zika, e que se manifesta por dormência e fraqueza das pernas, que vai subindo, chegando à cabeça. Existem dez variantes da Guillain-Barré, de acordo com ele, sendo que de 75% a 80% dos pacientes evoluem muito bem.

Nascimento alertou para a necessidade do poder público investir mais na rede de atendimento à Guillain-Barré, inclusive com diagnósticos mais rápidos, pois a síndrome pode estar associada à Zika, o que poderia levar a um aumento expressivo no número de casos no país. A doença precisa ser tratada imediatamente após o aparecimento dos primeiros sintomas para se garantir uma evolução favorável.

Uma das dificuldades em se diagnosticar rapidamente a Guillain-Barré é o fato dela aparecer até 20 dias após o episódio de Zika. “Até o momento, tanto para Zika ou chikungunya, não conseguimos fazer o diagnóstico se for por mais de cinco ou seis dias depois do quadro agudo da infecção inicial. Só que essas síndromes [como a Guillain-Barré] acontecem de 15 a 20 dias depois. Esta é a dificuldade.”

O neurologista explicou que os casos de Guillain-Barré costumam atingir de um a quatro por 100 mil pessoas, o que reforça a necessidade de se investigar a associação do número grande de casos, como no Hospital Antônio Pedro, com a epidemia de Zika. De acordo com ele, médicos de outros hospitais do Rio também estão relatando aumento no número de casos de Guillain-Barré.

Segundo a nota do Hospital Universitário Antônio Pedro, não há comprovação científica da relação causa e efeito entre o Zika e a síndrome. Além disso, o hospital alegou que casos atendidos em nível ambulatorial não foram comunicados à direção da unidade.



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Fiocruz diz que pode chegar à vacina contra o Zika em cinco anos

O presidente da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, disse hoje (4) que o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika pode levar cinco anos, prazo menor que a média para a descoberta de outros imunizantes.

Segundo Gadelha, a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de declarar emergência internacional por causa da microcefalia associada ao vírus Zika pode agilizar as pesquisas para o desenvolvimento da vacina.

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Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

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