sexta-feira, 7 de novembro de 2025
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023
As fake news e suas implicações na responsabilidade e ética da sociedade contemporânea
Dag Vulpi
Pilatos disse: "Então, tu és rei?" Jesus respondeu:" Tu dizes que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz". Pilatos lhe disse: "Que é a verdade?" (Jo 18,37-38)
"A melhor época para o plantio do milho, dependendo da região, vai de setembro a outubro. Um fazendeiro estava fazendo contas e chegou à conclusão de que ele precisava plantar em junho, ou no máximo julho. Percorreu fazendas, conversou com uns e com outros. No geral todos lhe diziam o que ele já sabia, que a época boa é setembro e outubro. Começou a pensar em algumas possibilidades, 'e se planto no vale, e se planto na encosta...?' Mas as respostas não o satisfaziam: "setembro ou outubro!" Uma tarde, já meio resignado, tomando café com um velho conhecido, voltou à carga:' preciso plantar, colher e vender logo, mas se plantar em setembro o dinheiro vai chegar tarde'. Talvez por pena ou por cansaço o velho conhecido lhe disse: "ora, julho não é a época, mas às vezes pode dar sorte com as chuvas e, vai ver, dá certo!".
Em um mundo inundado por informações e perspectivas diversas, o dilema do fazendeiro que deseja plantar milho fora da estação ecoa um questionamento mais amplo sobre a busca da verdade. Da mesma forma como Pilatos questionou Jesus sobre o que é a verdade, hoje enfrentamos desafios em discernir entre fatos objetivos e narrativas emocionais. Esta reflexão explora a era da pós-verdade, fake news e suas implicações, destacando a importância de responsabilidade e ética na sociedade contemporânea.
No contexto atual, a busca pela verdade é mais complexa do que nunca. Enquanto o fazendeiro fictício contemplava a plantação de milho fora de temporada, nossa sociedade lida com um dilema semelhante, onde informações conflitantes e narrativas emocionais muitas vezes obscurecem a verdade objetiva e é neste momento que o viés de confirmação de cada indivíduo sobressai. A pós-verdade e a disseminação de notícias falsas desafiam nossa capacidade de discernir o que é real, levando a consequências profundas em nossas vidas e, consequentemente, na sociedade.
No cenário complexo da sociedade contemporânea, as fake news emergem como uma força poderosa, moldando de maneira sutil, porém significativa, a percepção coletiva da realidade. À medida que informações distorcidas proliferam, a confiança na veracidade dos dados disponíveis é abalada, contribuindo para um ambiente onde a verdade muitas vezes se encontra obscurecida.
A disseminação rápida e viral das fake news é alimentada pelas plataformas digitais, amplificando seu impacto e desafiando a capacidade das instituições e indivíduos para discernir entre o factual e o fabricado. Esse fenômeno mina não apenas a confiança nas fontes de informação, mas também compromete a base sobre a qual as decisões individuais e coletivas são tomadas.
A sociedade, ao confrontar constantemente narrativas contraditórias, enfrenta o desafio de manter uma compreensão sólida da realidade. A polarização exacerbada por informações falsas perpetua divisões e impede o diálogo construtivo. A falsidade se infiltra nos debates públicos, distorcendo a percepção do que é prioritário e essencial.
Diante desse panorama, é imperativo fortalecer a alfabetização midiática e promover a educação crítica. Ao capacitarmos os indivíduos a discernir entre fontes confiáveis e enganosas, podemos construir uma sociedade mais resistente à manipulação da realidade. O combate às fake news não é apenas uma responsabilidade das plataformas digitais, mas sim uma tarefa coletiva que exige a participação ativa de cidadãos conscientes.
A batalha contra as fake news é uma busca pela preservação da integridade da verdade e da confiança mútua na sociedade contemporânea. Somente ao reconhecer e enfrentar esse desafio de frente, podemos esperar forjar um caminho para uma compreensão mais clara e fundamentada da realidade que todos compartilhamos.
Neste cenário, a responsabilidade e a ética tornam-se elementos cruciais para preservar a busca pela verdade, enquanto enfrentamos a atemporal pergunta: "Que é a verdade?"
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