Dag Vulpi 25 de Junho de 2024
terça-feira, 25 de junho de 2024
O BC está Boicotando o Governo e, Consequentemente, os Mais Pobres
segunda-feira, 24 de junho de 2024
Contradições: Taxas de Juros e Inflação nas Maiores Economias e no Brasil
Dag Vulpi - 24 de junho de 2024
As maiores economias do mundo estão constantemente ajustando suas políticas monetárias para equilibrar a inflação e promover o crescimento econômico sustentável. Em países como os Estados Unidos, a taxa de juros oficial é ajustada pelo Federal Reserve com base em metas inflacionárias claras. Atualmente, a inflação nos EUA está controlada em torno de 3,5% ao ano, e a taxa de juros está entre 5,25% e 5,50% ao ano, níveis que buscam estimular a economia sem causar pressões inflacionárias significativas.
Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) adota uma política semelhante, com uma meta de inflação próxima de 2,5%. As taxas de juros na Europa também são mantidas em níveis historicamente baixos, em torno de 4%, para apoiar a recuperação econômica e incentivar o consumo e o investimento.
Quando olhamos para o Japão, notamos que o Banco do Japão mantém taxas de juros extremamente baixas, até mesmo negativas em alguns casos, para combater a deflação persistente e estimular a economia. A inflação no Japão permanece muito baixa, e a política monetária é ajustada para evitar a estagnação econômica.
Por outro lado, o Brasil apresenta uma situação peculiar. Atualmente, a taxa de inflação no Brasil, medida pelo IPCA acumulado dos últimos doze meses, é de 3,93%, o que está dentro da meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil (BCB). No entanto, a taxa de juros oficial, conhecida como Selic, está em 10,5% ao ano, significativamente alta em comparação com a taxa de inflação. Enquanto países com taxas inflacionárias semelhantes mantêm taxas de juros baixas para fomentar o crescimento, o Brasil adota uma política de juros elevados, que acaba por inibir o consumo e o investimento.
Essa discrepância entre a taxa de juros e a taxa de inflação no Brasil levanta críticas importantes. Uma taxa de juros alta tende a encarecer o crédito, desestimular o consumo e frear o crescimento econômico. Além disso, torna o custo da dívida pública mais oneroso para o governo, reduzindo os recursos disponíveis para investimentos em áreas essenciais como infraestrutura, saúde e educação.
A crítica principal é que a atual política de juros do Brasil não parece estar em harmonia com a necessidade de estimular a economia e reduzir o desemprego. Há argumentos de que uma revisão na política monetária, com uma redução gradual da Selic, poderia trazer benefícios significativos para a economia brasileira, promovendo um crescimento mais robusto e sustentável.
Enquanto as maiores economias do mundo ajustam suas taxas de juros de maneira a equilibrar o crescimento e a inflação, o Brasil enfrenta o desafio de alinhar sua política monetária para promover um desenvolvimento econômico mais saudável. É crucial que o Banco Central do Brasil reavalie sua estratégia para garantir que a economia brasileira possa prosperar sem os entraves de uma taxa de juros desproporcionalmente alta.
terça-feira, 12 de março de 2024
ÍNDICES ECONÔMICOS 3º MANDATO LULA - DESEMPREGO
No segundo trimestre de 2023, a taxa de desemprego registrou uma queda para 8%, encerrando o ano com um promissor 7,4% no quarto trimestre. Esta marca representa a menor taxa desde 2014, indicando uma tendência positiva no cenário do emprego.
Variações Trimestrais:
2021:
1º Trimestre: 14,9%
2º Trimestre: 14,2%
3º Trimestre: 12,6%
4º Trimestre: 11,1%
2022:
1º Trimestre: 11,1%
2º Trimestre: 9,9%
3º Trimestre: 8,7%
4º Trimestre: 7,9%
2023
1º Trimestre: 8,8%
2º Trimestre: 8,0%
3º Trimestre: 7,7%
4º Trimestre: 7,4%
CNN Brasil - 28 de jul. de 2023
IBGE: A taxa de desocupação no Brasil atingiu 8,0% no trimestre encerrado em junho, o menor resultado para o período desde 2014. É uma redução de 0,8 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março.
https://www.cnnbrasil.com.br
Agência Brasil - 31 de ago. de 2023
https://agenciabrasil.ebc.com.br
A taxa de desocupação no trimestre encerrado em julho de 2023 ficou em 7,9%. É o menor resultado para o período desde 2014, quando foi de 6,7%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
g1 — Rio de Janeiro - 31/10/2023
O mercado de trabalho no Brasil registra recorde histórico de trabalhadores ocupados e, consequentemente, o patamar mais baixo de desemprego em quase uma década. É o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desemprego cai a 7,7% em setembro, com recorde de trabalhadores ocupados no país, diz IBGE
Com 8,3 milhões de desempregados, taxa de desemprego é a menor registrada no país desde fevereiro de 2015. Emprego com carteira assinada foi o que mais cresceu este ano.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/10/31/desemprego-fica-em-77percent-no-trimestre-terminado-em-setembro-aponta-ibge.ghtml
Brasil de Fato | Curitiba (PR) | 31 de janeiro de 2024
Desemprego fecha 2023 em 7,4% e tem menor média anual desde 2014
Taxa média de desocupação ficou em 7,8% no ano passado, contra 9,6% em 2022.
O percentual de trabalhadores brasileiros desempregados encerrou o ano de 2023 em 7,4%. Com isso, a taxa média de desocupação no país durante o primeiro ano do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em 7,8%, 1,8 ponto percentual a menos do que os 9,6% registrados em 2022. O desemprego médio em 2023 foi o menor já registrado desde o ano de 2014.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fazem parte da última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
https://www.brasildefato.com.br/2024/01/31/desemprego-fecha-2023-em-7-4-e-tem-menor-media-anual-desde-2014
sábado, 3 de fevereiro de 2024
As Maiores Economias mundias, para imprimirem dinheiro novo, emitem títulos do tesouro nacional
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Dimensões da economia brasileira: renda, emprego e desigualdade nos governos Lula a Bolsonaro
Uma análise comparativa da gestão econômica durante os mandatos presidenciais de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Jair Messias Bolsonaro (2019-2022) é crucial para enriquecer o atual diálogo público. Entretanto, é imperativo aguardar o término do atual mandato presidencial para conduzir uma avaliação abrangente e precisa. Para preparar esse exame futuro, apresentamos a seguir alguns indicadores que abordam diferentes fases da economia brasileira ao longo do período mencionado, com foco particular nas áreas de renda, emprego e desigualdade.
Quando se trata do Produto Interno Bruto (PIB), os economistas liberais e neoliberais frequentemente argumentam que há uma contradição entre a busca pelo crescimento econômico e a promoção da igualdade. Eles sustentam que Luís Inácio Lula da Silva teria priorizado a igualdade, enquanto Jair Bolsonaro teria favorecido o crescimento. Contudo, tal argumento carece de sustentação empírica, como indicado por uma abrangente análise conduzida por economistas associados ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em termos simples, conforme expresso por Dabla-Norris et al. (2015, p.7), "um acréscimo de 1% na fatia de renda destinada aos 20% mais ricos (aumentando a desigualdade) resulta em uma desaceleração do crescimento econômico de 0,08% nos próximos 5 anos. Por outro lado, um aumento de 1% na renda dos 20% mais pobres (reduzindo a desigualdade) impulsiona o crescimento econômico em 0,38% nos próximos 5 anos".
A situação brasileira sugere que não há uma dicotomia entre a busca pelo crescimento econômico e a promoção de maior igualdade. Nos governos de Luís Inácio Lula da Silva, observou-se um aumento de 37% no PIB real, acompanhado pela redução das disparidades sociais.
Ao detalhar os números, percebe-se que o crescimento anual médio do PIB durante o mandato de Lula foi de 4,05%, superando a média mundial de 2,73%. Em contrapartida, sob a gestão de Bolsonaro, o crescimento anual médio do PIB foi de 1,12%, inferior à média mundial de 1,95%. As causas desse declínio no desempenho brasileiro devem ser rigorosamente analisadas no futuro.
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