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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A Moeda Estável como Alicerce do Comércio Internacional: O Caso do Brasil e da China



Dag Vulpi
A estabilidade da moeda desempenha um papel crucial nas economias de países como o Brasil e a China, que são gigantes tanto na exportação quanto na importação. Neste texto, exploraremos a importância da manutenção de moedas estáveis para sustentar o comércio internacional e o desenvolvimento econômico dessas nações.
A globalização transformou o cenário econômico mundial, com países como o Brasil e a China emergindo como atores-chave no comércio internacional. Ambos desfrutam de uma posição única, sendo grandes exportadores de produtos variados, de commodities a produtos manufaturados. No entanto, também compartilham um desafio comum: a necessidade de manter moedas estáveis para sustentar seu comércio.
A estabilidade da moeda é um pilar fundamental para qualquer economia. Quando a moeda de um país é volátil, as consequências podem ser devastadoras. Isso afeta diretamente os preços de importação e exportação, tornando difícil para as empresas fazerem planos de longo prazo. Para países que são grandes exportadores e importadores, como o Brasil e a China, a estabilidade da moeda é ainda mais crítica.
Primeiramente, vamos olhar para o Brasil. Como um dos maiores exportadores de produtos agrícolas, minerais e manufaturados, a estabilidade do real é essencial. Uma moeda instável pode tornar os produtos brasileiros mais caros para os compradores estrangeiros, reduzindo a competitividade. Além disso, afeta o poder de compra do país no mercado internacional, tornando as importações mais caras e potencialmente prejudicando setores que dependem de insumos estrangeiros.
A China, por sua vez, é conhecida como a "fábrica do mundo", exportando uma vasta gama de produtos manufaturados. A moeda chinesa, o renminbi (RMB), também deve ser mantida estável. Uma moeda fraca pode prejudicar a competitividade das exportações chinesas, enquanto uma moeda forte pode tornar as importações mais baratas, beneficiando a economia interna. A estabilidade do RMB é vital para manter o equilíbrio comercial e a estabilidade econômica do país.
Além disso, a estabilidade da moeda é importante para atrair investimentos estrangeiros. Tanto o Brasil quanto a China têm buscado investimentos estrangeiros diretos para impulsionar o crescimento econômico. Moedas instáveis podem desencorajar investidores em potencial, pois representam riscos adicionais.
Conclusão: a manutenção de moedas estáveis desempenha um papel crítico para países como o Brasil e a China, que desempenham papéis de destaque no comércio internacional. A estabilidade da moeda não é apenas uma questão econômica, mas também uma questão estratégica para manter a competitividade, sustentar o crescimento econômico e atrair investimentos. Portanto, essas nações devem continuar a adotar medidas que promovam a estabilidade de suas moedas como parte integrante de suas estratégias econômicas.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Eventuais sanções à Venezuela podem piorar sofrimento da população, diz relator da ONU


As sanções não são a resposta para a crescente crise na Venezuela, e a comunidade internacional não deve seguir por esse caminho, disse o relator especial das Nações Unidas Idriss Jazairy nesta sexta-feira (11).

“As sanções podem piorar a situação da população venezuelana, que já está sofrendo com a inflação paralisante e a falta de acesso adequado a alimentos e remédios”, disse Jazairy.

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O especialista enfatizou que esforços no sentido de prejudicar a economia venezuelana só levarão a violações dos direitos das pessoas comuns. “Sanções causam perturbação a qualquer Estado, e podem particularmente ter efeitos devastadores para cidadãos de países em desenvolvimento quando prejudicam a economia”.

“O diálogo é a base de uma solução para as disputas”, disse Jazairy. “Os Estados devem se engajar em diálogo construtivo com o governo venezuelano para chegar a soluções para os desafios muito reais enfrentados”, disse.

O pedido do relator ecoou os comentários feitos pelo secretário-geral da ONU, por meio de seu porta-voz, nos quais afirmou “estar convencido de que a crise venezuelana não pode ser resolvida por meio da imposição de medidas unilaterais, requerendo uma solução política baseada em diálogo e compromissos”.

O especialista enfatizou que a Declaração da ONU sobre os Princípios da Lei Internacional, que se refere a relações amigáveis e de cooperação entre Estados, de acordo com a Carta das Nações Unidas, pede que os países resolvam suas diferenças por meio do diálogo e de relações pacíficas, e evitem o uso econômico, político e outras medidas que possam impedir outro país a exercer seus direitos soberanos.

“É vital que os Estados observem esses princípios, particularmente em tempos difíceis”, disse o relator da ONU. “Peço que todos os países evitem adotar sanções, a menos que isso seja aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, como determinado pela Carta das Nações Unidas”, declarou o especialista.

Idriss Jazairy foi nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos como o primeiro relator especial para o impacto negativo de medidas unilaterais coercitivas sobre a garantia dos direitos humanos. Ele assumiu em maio de 2015. Jazairy tem uma ampla experiência no campo das Relações Internacionais e de Direitos Humanos, tendo ocupado o cargo de chanceler argelino e posições no sistema de direitos humanos da ONU e em ONGs internacionais.

O relator especial é parte do que é conhecido como Procedimentos Especiais do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Os Procedimentos Especiais, maior órgão de especialistas independentes do sistema de direitos humanos das Nações Unidas, é o nome geral dos mecanismos independentes de monitoramento que analisam situações específicas de países ou questões temáticas em todas as partes do mundo.

Os especialistas dos Procedimentos Especiais trabalham em bases voluntárias; não são funcionários da ONU e não recebem salário por seu trabalho. São independentes de quaisquer governos e organizações e atuam em suas capacidades individuais.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Donald Trump tem pela frente inúmeros desafios econômicos e sociais


Fabíola Sinimbú

O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá à sua frente inúmeros desafios à frente da maior economia do planeta. Ele assumiu o cargo no mesmo dia do encerramento do Fórum Econômico Mundial, na Suíça, onde, ao longo de quatro dias, autoridades de todo o mundo debateram a economia global e muitas das atenções se voltaram para os possíveis passos do novo mandatário americano.

Durante o fórum, foram muitos protestos e também manifestações de apoio à política protecionista e nacionalista de Trump. E, já em seu discurso de posse, o novo presidente deixou claro que pretende manter boas relações com as outras nações, mas que os Estados Unidos virão em primeiro lugar em seu governo.

Como presidente de um país que detém um PIB de quase 18 trilhões, sobre Trump recai a responsabilidade de levantar a economia norte-americana, que passa por um dos períodos de menor crescimento dos últimos anos. De acordo com os dados do Fundo Monetário Internacional, os EUA fecharam o ano de 2015 com um crescimento do PIB de 2,6%. O balanco econômico do ano de 2016 ainda não foi fechado, mas a estimativa é que o PIB tenha avançado apenas 1,6% e a projeção para 2017, de 2,3%, não é muito otimista.

Desemprego cai, mas desigualdade aumenta
Segundo uma pesquisa encomendada pelo Departamento de Trabalho da Casa Branca, a taxa de desemprego no país caiu consideravelmente em 2016, para 4,7%, no entanto, o número de pessoas que trabalham apenas meio período por razões econômicas ainda é grande. Elas somam 5,6 milhões de trabalhadores que gostariam de trabalhar em período integral, mas não têm oportunidade.

A média salarial por hora também cresceu nos últimos anos, atingindo 21,7 dólares em dezembro de 2016, mas a produção industrial caiu consideravelmente. Mesmo assim, encerrou 2016 com um crescimento de 0,5% no mês de dezembro, o primeiro desde 2014, de acordo com dados do Federal Reserve Bank, o Banco Central norte-americano.

Uma das bandeiras de campanha do novo presidente é uma reforma tributária na qual ele promete grandes cortes nos impostos de empresas e cidadãos. Outro foco de sua campanha, foi a melhoria e manutenção na infraestrutura.

Além desses desafios, a desigualdade social vem aumentando nos EUA consideravelmente. De acordo com dados divulgados recentemente pela Oxfam (organização que atua  na busca de soluções para a pobreza e a injustiça), a renda dos 50% mais pobres permaneceu inalterada, enquanto a do 1% mais rico da população aumentou 300% nos últimos 30 anos nos Estados Unidos.

De forma geral, o novo presidente ainda terá um longo caminho a percorrer para ganhar a confiança tanto da população americana como a do mercado financeiro e da comunidade internacional.


Agência Brasil

quinta-feira, 10 de março de 2016

Inflação na China cresceu 2,3% em fevereiro




O Índice de Preços ao Consumidor da China (IPC), um dos principais indicadores da inflação, subiu para 2,3% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado, anunciou hoje (10) o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE). É o maior aumento em quase dois anos e supera a projeção de 1,8% da agência financeira Bloomberg.

Uma inflação moderada pode beneficiar o consumo, estimulando os consumidores a comprar na expectativa que os preços subirão, enquanto uma queda encoraja os clientes e empresas a adiar as encomendas.

O preço dos alimentos disparou durante o período do Ano Novo Lunar, a grande festa que reúne as famílias chinesas, com os preços da carne de porco e dos vegetais subindo 25,4% e 30,6%, respectivamente.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Bolsas europeias continuam em queda após reunião do G20

As bolsas europeias continuam hoje (29) negativas, com os investidores decepcionados com a ausência de um plano de estímulos à economia durante a reunião dos ministros das Finanças do G20, em Xangai, que começou na sexta-feira (26) e terminou no sábado (27).

A reunião ficou marcada pela existência de "claras diferenças" entre os Estados-Membros, após uma intervenção violenta do ministro das Finanças alemão contra as políticas de estímulo.

Pelo contrário, vários membros do G20, com os Estados Unidos e a União Europeia na liderança, saíram em defesa de uma maior flexibilização monetária.

Cerca das 8h40 em Lisboa (5h40, em Brasília), o Eurostoxx 50 – o índice que representa as principais empresas da zona euro, registrava recuo de 0,87% para os 2.903,69 pontos.

As principais praças europeias seguiam negociando entre as perdas de 0,65% de Madrid e as de 0,97% de Frankfurt.

Lisboa acompanhava a tendência das demais bolsas e registrava perda de 0,40% para 4.691,42 pontos.

A bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, fechou hoje em queda 2,86%, para 2.687,98 pontos e Shenzhen, a segunda praça financeira do país, recuou 4,98%, para 9.097,36 pontos.

A bolsa de Tóquio seguiu a mesma tendência e encerrou a sessão em baixa, com o principal índice, o Nikkei, em queda de 161,65 pontos, ou 1%, cotado a 16.026,76 pontos.

O preço do barril de petróleo Brent, para entrega em março, abriu hoje em alta no mercado de futuros de Londres, a US$ 35,29, mais 0,54% do que no encerramento da sessão anterior.

Na agenda de hoje, é destaque na zona euro a reunião dos ministros da Indústria para discutir a situação do aço e para a publicação do índice de preços no consumidor em fevereiro.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

UE diz que excesso de produção da China prejudica economia mundial


O excesso de produção das indústrias pesadas na China tem "profundas" consequências na economia mundial, com a produção de aço "completamente" descoordenada da demanda do mercado. De acordo com a Câmara do Comércio da União Europeia, a indústria siderúrgica do país asiático produz mais do que os outros quatro gigantes do setor - Japão, Índia, Estados Unidos e Rússia - juntos.

Em comunicado, a Câmara alerta que mais de 60% da produção de alumínio na China apresenta resultados financeiros negativos e que, em apenas dois anos, a produção de cimento no país foi igual à quantidade total produzida pelos Estados Unidos durante todo o século 20.

"A China não deu continuidade aos esforços feitos na década passada para conter o excesso de capacidade", afirmou o presidente da Câmara do Comércio, Joerg Wuttke, na nota.

Representantes do setor siderúrgico na Europa saíram na semana passada às ruas em Bruxelas para protestar contra a prática de dumping (produção subsidiada que mantém o preço abaixo do custo de fabricação) pela China.
A Comissão Europeia iniciou investigações sobre três produtos siderúrgicos importados do país asiático, para determinar se foram introduzidos no mercado comunitário recorrendo a concorrência desleal.

"O excesso de produção tem sido um flagelo no panorama industrial chinês ao longo de muitos anos, afetando dezenas de indústrias, com implicações profundas na economia global e, particularmente, no crescimento da economia chinesa", diz o comunicado.

O problema tem causado tensão entre a segunda maior economia do mundo e os países desenvolvidos, que a acusam de concorrência desleal.

A China contribui com metade da produção de aço em todo o planeta, mas a quebra acentuada da procura interna levou os fabricantes a se voltarem para o mercado externo.

De acordo com dados das alfândegas chinesas, em 2015 as exportações de aço do país cresceram 20%.

Este mês, o grupo AecelorMittal, com sede em Luxemburgo e líder mundial de produção de aço, culpou a China por perdas de US$ 8 bilhões no ano passado, no momento em que o setor despediu milhares de trabalhadores.

Pequim anunciou, entretanto, planos para reduzir o excesso de produção na indústria do aço ao longo dos próximos cinco anos, com corte anual entre 100 milhões e 150 milhões de toneladas - 12,5% do total produzido pelo país.

Por outro lado, planeja escoar parte da produção para os países da Ásia Central e do Oriente Médio, por meio da iniciativa "Uma Faixa e Uma Rota", um plano gigante de infraestruturas que pretende reativar a antiga Rota da Seda entre a China e a Europa.

Para Joerg Wuttke, aqueles mercados não são grandes o suficiente para absorver o excesso de capacidade da China. "Não irão contribuir nem um pouco para resolver o problema", afirmou.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

OCDE revê para 3% crescimento mundial em 2016 e alerta para risco


A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou hoje (18) para baixo o crescimento da economia mundial este ano para 3%, menos 0,3 pontos percentuais do que a estimativa anterior, alertando para "um risco substancial" de instabilidade financeira.

Segundo o último boletim Perspectivas Econômicas da OCDE, a economia mundial continua debilitada e exige reação urgente dos poderes públicos.

A organização informa que a revisão em baixa resulta, entre outros fatores, de um corte do investimento e de "um risco substancial" de instabilidade financeira.

O crescimento da economia mundial não será, provavelmente, mais rápido este ano do que no anterior, quando atingiu o nível mais baixo dos últimos cinco anos, acrescentou a OCDE.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar vão congelar produção de petróleo


Os governos da Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Qatar decidiram hoje congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro, informou o ministro da Energia e Indústria do Catar e presidente de turno da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohamed Saleh al Sada, durante entrevista em Doha.

"Com o objetivo de estabilizar o mercado do petróleo, acordamos congelar a produção nos níveis de janeiro", disse ele. Adiantou esperar que os outros países produtores de petróleo, sejam ou não membros da Opep, apliquem a mesma iniciativa.

O ministro anunciou que liderará uma ronda de contatos com outros países como o Irã e o Iraque. Na entrevista, também estiveram presentes o ministro do Petróleo e Recursos Minerais saudita, Ali al Nuaimi, o titular da Energia russo, Alexander Novak, e o ministro do Petróleo venezuelano, Eulogio del Pino.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

PIB do Japão registra queda de 1,4% no último trimestre de 2015


O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão registrou queda de 1,4% entre outubro e dezembro de 2015, em relação ao mesmo período do ano anterior, devido sobretudo à queda do consumo interno, de acordo com dados oficiais divulgados hoje (15). Na comparação com o trimestre anterior, o PIB da terceira economia mundial diminuiu 0,4%.

Essa foi a segunda contração trimestral em 2015, apesar de o PIB ter registado tênue crescimento de 0,4% no acumulado do ano, colocando em evidência os desafios de Tóquio em travar a deflação e cimentar recuperação econômica sustentável.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

China assegura ao FMI que não tem intenção de desvalorizar moeda


O governo chinês não tem qualquer intenção de desvalorizar a sua moeda, o yuan, para incentivar as exportações, nem tem planos de iniciar uma guerra de divisas, assegurou o primeiro-ministro, Li Keqiang, à diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Eles conversaram nessa quinta-feira (28), por telefone, a pedido do FMI, pouco depois de o organismo apelar ao país para que melhore a comunicação com o mercado sobre as suas políticas econômicas, informam os meios de comunicação chineses.

Li reiterou que “não há qualquer base” para uma contínua desvalorização do yuan e negou que a redução do valor da moeda seja um mecanismo para impulsionar as debilitadas exportações chinesas.

O valor do yuan é fortemente controlado pelas autoridades, que diariamente estabelecem um câmbio de referência e permitem que flutue até um máximo de 2% em relação ao preço médio.

Alguns analistas interpretam a desvalorização do yuan como uma tentativa da China de estimular a economia, em desaceleração, enquanto o governo argumenta que é apenas uma medida para equiparar a sua moeda ao dólar.
Li assegurou a Largarde que a China vai aumentar a comunicação com o mercado para manter “um tipo de câmbio do yuan estável e em um nível razoável e justo”.

O primeiro-ministro também pediu à diretora-gerente do FMI que confie na economia chinesa, apesar da sua desaceleração, e enumerou as melhorias alcançadas, como o “emprego quase total”.

“Somos capazes de manter um crescimento sustentável e estável”, afirmou Li, uma semana depois de ter sido divulgado que o Produto Interno Bruto da China cresceu 6,9% em 2015, o ritmo mais baixo em 25 anos.


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

FMI reduz previsões de crescimento global para este ano e o próximo


O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou hoje (19) para baixo as previsões de crescimento global, antecipando que a economia deve crescer 3,4% este ano e 3,6% no próximo, dois décimos a menos do que o previsto em outubro.

Na atualização feita ao World Economic Outlook e divulgada nesta terça-feira, o FMI justifica a revisão para baixo do crescimento mundial tanto em 2016 quanto em 2017 principalmente com o desempenho econômico dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento.

O fundo piorou também as projeções para as economias desenvolvidas, que deverão crescer 2,1% tanto em 2016 quanto em 2017, ou seja, menos 0,1 ponto percentual do que o estimado em outubro, uma previsão que se deve sobretudo aos Estados Unidos.

Os país norte-americano deverá crescer 2,6% em 2016 e 2017 (uma revisão para baixo de 0,2 ponto percentual).O FMI destaca que a atividade econômica "se mantém resiliente", apoiada pelas condições financeiras que ainda se acomodam e pelo reforço dos mercados imobiliário e do trabalho. A valorização do dólar pesa na atividade industrial e os baixos preços do petróleo penalizam o investimento em estruturas de minas e equipamento.

A zona do euro deverá crescer, em seu conjunto, 1,7% este ano e no próximo, o que se traduz numa melhoria ligeira de 0,1 ponto percentual em 2016 e na manutenção da projeção para o próximo ano.

A instituição liderada por Christine Lagarde lembra que, no caso dos países da moeda única europeia, "o consumo privado mais forte, apoiado pelos baixos preços do petróleo e pelas condições financeiras facilitadas, compensa o enfraquecimento das exportações líquidas".

Ainda dentro dos países desenvolvidos, o Japão, cuja economia cresceu 0,6% em 2015, deverá avançar 1% este ano (mantendo-se a previsão de outubro) e abrandar o ritmo de crescimento em 2017, para os 0,3% (uma revisão em baixa de 0,1 ponto percentual em relação a outubro).

O fundo mostra que o desempenho econômico em 2016 será impulsionado pela frente do orçamento, pelos baixos preços do petróleo, pelas condições financeiras em acomodação e pelo aumento dos rendimentos.

O FMI alerta que, "a menos que as transições-chave na economia mundial ocorram com sucesso, o crescimento global pode derrapar". Relaciona uma série de riscos negativos, principalmente "um abrandamento mais forte do que o esperado na China", "efeitos adversos nos balanços e no financiamento das empresas" devido à maior valorização do dólar e à restrição gradual das condições de financiamento, "um aumento inesperado da aversão ao risco" e "uma escalada das tensões geopolíticas em curso".

Economia chinesa registra em 2015 o ritmo mais lento dos últimos 25 anos


A economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,9% em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos, anunciou hoje o Gabinete Nacional de Estatísticas da China.

O governo chinês confirmou a desaceleração da economia, de acordo com o esperado pelos analistas, mas dentro da meta fixada - "cerca de 7%".

Ao longo de 2015, a economia do país asiático continuou a desacelerar progressivamente, ao crescer 7%, no primeiro e segundo trimestres, 6,9% no terceiro e 6,8% no quarto.

A taxa registada no último trimestre do ano é a mais baixa desde o pico da crise financeira internacional, em 2008.

"A economia cresceu a um ritmo moderado, mas estável e sólido", afirma, em nota, o Gabinete Nacional de Estatísticas.

O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou no ano passado para 67,67 bilhões de yuan, a moeda chinesa (9,48 bilhões de euros).

O setor de serviços representou pela primeira vez mais de metade do PIB chinês, à frente da indústria e agricultura.

A produção industrial, que mede o rendimento das fábricas e minas no país, subiu 5,9% em dezembro, em relação ao mesmo período do ano anterior, informou o Gabinete chinês

As vendas no varejo, índice-chave para medir os níveis de consumo, aumentaram 11,1% no mesmo período. O investimento em ativos fixos, que calcula as despesas do governo com infraestrutura, cresceu 10% em 2015, comparado ao ano anterior.

Segunda maior economia do mundo, superada apenas pelos Estados Unidos, a China tem sido o motor da recuperação global desde a crise financeira de 2008.


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Bolsa de Xangai abre em queda de 3,02%


A bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, abriu hoje (5) em queda de 3,02%, para 3.196,65 pontos. Shenzhen, a segunda praça financeira do país, caiu 5,03% nas primeiras transações do dia, para 2.012,61 pontos.


Nessa segunda-feira, as bolsas chinesas encerraram antecipadamente, em consequência da ativação de um mecanismo para conter oscilações. O índice CSI300, que abrange as 300 principais empresas cotadas, começou por cair 5,05%, o que levou a uma suspensão das negociações por 15 minutos. Ao retomar, o CSI300 voltou a registrar queda de 7%, obrigando a uma antecipação do fim da sessão.

“O mercado está preocupado com o novo sistema de interrupção, e os investidores tendem a evitar risco quando enfrentam incertezas. Verificou-se um excessivo pânico para vender depois de o mecanismo de interrupção ser ativado ontem”, disse à agência France Presse o analista da Haitong Securities, Zhang Qi.

“As quedas acentuadas devem ser apenas de curto prazo e o mercado vai se recuperar depois de acalmar”, acrescentou.

Instabilidade na China faz dólar fechar no maior valor em três meses


Em um dia marcado por turbulências na economia chinesa, a moeda norte-americana iniciou 2016 com forte alta, e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a fechar no menor valor em quase sete anos. No primeiro dia de negociações do ano, o dólar comercial subiu R$ 0,086 (2,17%) e fechou esta segunda-feira (4) vendido a R$ 4,034. A cotação está no maior valor desde 29 de setembro (R$ 4,059).

O dólar operou em alta durante toda a sessão, mas enfrentou momentos de forte volatilidade. Por duas vezes ao longo do dia, por volta das 9h30 e entre as 14h30 e as 15h30, a cotação chegou a superar R$ 4,06. Nas horas finais de negociação, a moeda desacelerou até fechar em R$ 4,034.

O dia também foi de perdas na bolsa de valores. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 2,68% e fechou a sessão em 42.189 pontos, no menor nível desde abril de 2009, no auge da crise econômica gerada pelo colapso do crédito imobiliário nos Estados Unidos. Entre os papéis mais negociados, todos registraram perda, mas as ações da Petrobras foram exceção e subiram 0,93% (ações ordinárias) e 1,64% (ações preferenciais).

As preocupações com a China dominaram o dia. Após a divulgação da informação sobre a queda da produção industrial na China pelo décimo mês consecutivo em dezembro, a Bolsa de Valores do país despencou. As negociações foram suspensas depois que a Bolsa de Xangai, principal mercado acionário da China, caiu 7%.

A desaceleração da China tem fortes efeitos sobre países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil. Isso porque a segunda maior economia do planeta é grande consumidora de matérias-primas como ferro e petróleo e de produtos agrícolas como soja. A diminuição do crescimento da economia chinesa se reflete em redução de preços das commodities. Com exportações mais baratas, menos dólares entram no país, empurrando para cima a cotação da moeda norte-americana.

*Com informações da Agência Lusa

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Universidades do Brics discutem cooperação acadêmica


Mobilidade acadêmica, migração educacional, rankings de universidades e cooperações entre as escolas estão sendo discutidos por 400 representantes dos cinco países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Eles participam, em Moscou, da Cúpula Global das Universidades, organizada pelas universidades Mgimo – Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, Estatal de Moscou Lomonosov, Amizade dos Povos e Misis. O evento termina amanhã (28).

O reitor da Universidade Federal de Goiás, Orlando Afonso Valle do Amaral, presente ao evento, falou à Sputnik Brasil antes da abertura do evento. Ele destacou a importância do encontro para cada um dos países do Brics e, em particular, para o Brasil e para a instituição que dirige.

Sputnik: Como está se desenvolvendo a cooperação entre as universidades dos países do BRICS?

Orlando Afonso Valle do Amaral: Espero que com esta visita nós possamos começar a nos conhecer melhor e no futuro termos algum tipo de colaboração. O que nós temos são vários professores que estudaram na Rússia no passado e hoje são professores da Universidade. Eu me lembro de pelo menos quatro professores que estudaram na Rússia. Na minha área de formação, que é a Física, nós temos quatro professores que se formaram aqui. E nós recebemos, por conta dos laços que eles tinham com pesquisadores e orientadores russos, dois professores russos na área de Física. Isoladamente, nós temos alguma cooperação, mas numa escala muito pequena, e as universidades da Rússia são muitíssimo importantes e seria interessante que nós tivéssemos mais interação.

Sputnik: E quanto aos outros países BRICS, como a China, por exemplo. Ou a Rússia é uma prioridade?

Orlando Afonso Valle do Amaral: Eu diria que nós temos mais relação, embora pequena ainda, com a Rússia do que com China, com a Índia e com a África do Sul. Com todos os países do BRICS nossas relações são ainda muito tênues, muito pequenas. Do ponto de vista pontual, em experiências individuais, eu acredito que nós temos mais interação com a Rússia do que com os outros países do BRICS. Já há uma base pequena para se construir algo maior com a Rússia.

Sputnik: E não se planeja algum intercâmbio entre estudantes ou mesmo professores?

Orlando Afonso Valle do Amaral: Isto é sempre possível e sempre desejável também. O Brasil hoje tem um programa muito importante de interação dos nossos estudantes com outras universidades, que é o Ciência Sem Fronteiras. É um programa do Governo brasileiro muito importante para a formação dos estudantes e que possibilita que eles, ainda estudando graduação, possam ir para as melhores universidades do mundo: da Europa, dos EUA e da China. Eu não saberia dizer quantos vieram para a Rússia porque aqui há uma questão muito complicada, que é o idioma, e por isso os estudantes acabam preferindo boas universidades em países de língua inglesa, francesa ou espanhola, e menos a Rússia. Para Brasil e Rússia construírem uma cooperação mais forte, nós teríamos que escolher um idioma em comum, porque o português e o russo são pouco procurados. Talvez tenhamos que pensar numa língua – hoje a língua é o inglês – e incentivar nossos alunos e professores a falar outra língua.

FED faz reunião para decidir taxa de juros nos Estados Unidos


A Reserva Federal (Fed), banco central norte-americano, iniciou hoje reunião de política monetária para decidir o futuro das taxas básicas de juros dos Estados Unidos.

O resultado da reunião vai ser anunciado na quarta-feira ao final da tarde.

A maioria dos analistas considera que antes de subir as taxas de juro, o Fed deve esperar pela evolução da economia norte-americana.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

China anuncia redução da taxa de juros para estimular atividade econômica

O Banco Central chinês anunciou hoje (23) um corte de 0,25 pontos percentuais na sua taxa de juros de referência, além de uma diminuição nas reservas obrigatórias dos bancos.

Estas medidas devem estimular a atividade e injetar liquidez na segunda maior economia mundial, cujo crescimento caiu para 6,9% no terceiro trimestre, o nível mais baixo desde 2009.

A taxa de referência para empréstimos caiu 0,25 pontos percentuais, para 4,35%, enquanto a taxa de juro para depósitos caiu para 1,5%.

Esta é a sexta queda das taxas em menos de um ano.

Para "preservar um nível de liquidez adequado", o banco central anunciou que as reservas obrigatórias dos bancos, ou seja a parte dos depósitos que não podem ser emprestadas, vão baixar em 0,5 ponto percentual ou até um ponto percentual, para os estabelecimentos que cumpram determinadas condições, com o objetivo de estimular as pequenas empresas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Fórum Econômico Mundial convida Kátia Abreu para grupo de alto nível


O Fórum Econômico Mundial (FEM) convidou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, para participar de um grupo restrito, de 50 líderes mundiais, para discutir segurança alimentar e agricultura durante a reunião anual promovida pela entidade, em Davos, na Suíça, informou hoje (22) a assessoria da ministra.

O convite foi apresentado à secretária de Relações Internacionais de Agronegócio do ministério, Tatiana Palermo, em Playa Del Carmen (México), onde ocorre reunião dos ministros de Agricultura das américas, promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Na ocasião, a representante do fórum, Lisa Drejer, informou que uma abordagem baseada no mercado e que envolva diferentes partes interessadas pode oferecer segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e oportunidade econômica. Por essa razão, o grupo de alto nível envolverá lideranças políticas, empresariais e da sociedade civil.

De acordo com Lisa, segurança alimentar e agricultura estão entre os dez temas prioritários do fórum, entre eles investimentos de longo prazo, infraestrutura e desenvolvimento. Esses setores podem abrir a discussão sobre possibilidade de financiamento a obras no Matopiba (região formada por terras do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Essa é uma das agendas que o Brasil pretende levar à reunião em Davos, adiantou Tatiana. Segundo ela, Matopiba está no foco do governo brasileiro, que necessita de financiamento para obras de infraestrutura na região, de modo a viabilizar o escoamento da produção pelo Norte do país.

Ela destacou o ganho de produtividade alcançado pela agricultura brasileira nas últimas quatro décadas e ressaltou que o Brasil será um dos garantidores da segurança alimentar mundial.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2050 o mundo precisará elevar sua produção de alimentos em 60%. O Brasil tem capacidade de responder por 40% dessa demanda.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Economia chinesa tem no terceiro trimestre o crescimento mais baixo desde 2009


A economia chinesa registrou, no terceiro trimestre deste ano, o mais baixo crescimento desde o pico da crise financeira internacional (6,9%), mas dentro da meta do governo chinês para 2015, "cerca de 7%".

Entre junho e setembro, o Produto Interno Bruto chinês aumentou para 48,78 biliões de yuan (6,75 bilhões de euros), anunciou hoje (19) o Gabinete Nacional de Estatísticas da China.

A queda é 0,1%, em relação à taxa registrada no trimestre anterior, acrescentou o gabinete.

Segunda maior economia do mundo, depois dos Estados Unidos, a China tem sido o motor da recuperação global desde a crise financeira de 2008.

A desaceleração econômica do país coincide com um período de grande volatilidade na Bolsa de Xangai, o principal mercado financeiro da China, que desde meados de junho registrou desvalorização de 35%.

Nos primeiros nove meses do ano, as importações chinesas caíram 15,1%, para 7,63 mil milhões de yuan (a moeda chinesa), enquanto as exportações baixaram 1,8%, para 10,24 mil milhões de yuan.

Em agosto, a moeda chinesa desvalorizou sucessivamente 1,9%, 1,6% e 1,1% em relação ao dólar norte-americano, na maior queda do gênero desde 1994.
A média deste trimestre coincide, contudo, com a meta preconizada pelo governo chinês para o conjunto do ano, "cerca de 7%", o valor mais baixo dos últimos 25 anos.

A China passa por uma transição no modelo de crescimento, com maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimentos, que asseguraram três décadas de forte, mas "insustentável", crescimento econômico.

Desde o início do século 21, até 2011, a economia chinesa cresceu sempre acima de 8% ao ano. Em 2007, chegou a 13%.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Empresários brasileiros fecham quase US$ 100 milhões em negócios na Rússia



Empresários brasileiros que participaram da feira World Food Moscow, na Rússia, na semana passada, fecharam negócios no valor de US$ 99,9 milhões nos quatro dias de evento. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil), o número engloba o que foi negociado durante a viagem e o previsto para os próximos 12 meses, resultado das 430 reuniões feitas com compradores russos.

A presença de 20 empresas brasileiras na maior feira de alimentos, bebidas e agronegócios da Rússia, entre os dias 14 e 17 deste mês, foi organizada pela Apex-Brasil, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne e a Associação Brasileira de Proteína Animal.

A feira ocorreu na mesma semana da missão empresarial brasileira à Rússia e à Polônia, liderada pelo vice-presidente da República, Michel Temer. “Os resultados da missão foram muito positivos no que diz respeito ao incremento de negócios entre o Brasil e os dois países visitados, que fazem parte dos mercados prioritários do Plano Nacional de Exportações e são alvos das ações de promoção comercial e atração de investimentos desenvolvidas pela Apex-Brasil”, disse, em nota, o presidente da agência, David Barioni Neto.

Mercado russo
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, Antonio Jorge Camardeli, as empresas procuraram buscar novas oportunidades na feira, pois houve uma redução de 20% das vendas para a Rússia este ano por causa da queda do preço do petróleo, item fundamental da economia russa, e da acentuada desvalorização cambial do rublo (moeda russa), o que diminuiu o poder de compra dos russos. Os frigoríficos brasileiros estão tentando se adaptar ofertando cortes diferenciados para continuar no mercado russo, informou Camardeli, na abertura da feira.

Segundo a Apex-Brasil, a relação comercial entre Brasil e Rússia é concentrada nas exportações brasileiras de carnes. As carnes bovina, suína e de frango representaram 63,5% do total das vendas brasileiras para o mercado russo no ano passado. Em 2014, o Brasil exportou US$ 3,8 bilhões para a Rússia e importou US$ 3 bilhões, resultado em um superávit de US$ 800 milhões na balança comercial, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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