Papéis ligados ao IGP-M ganham com
seca dos EUA
Tomate: o clima seco nos EUA e no Brasil ajudou a levar o índice Standard & Poor’s GSCI, de 24 matérias-primas, a uma alta de 20% |
A seca mais rigorosa em mais de 50 anos nos Estados
Unidos está elevando os preços dos alimentos no Brasil e beneficiando
investidores em títulos de dívida atrelados aos preços do atacado.
Os
rendimentos das Notas do Tesouro Nacional série C, atreladas ao Índice Geral de
Preços - Mercado, com prazo para 2021 caíram 58 pontos-base, ou 0,58 ponto
percentual, nos últimos três meses, para 3,69 por cento, o menor nível desde
que os títulos foram vendidos em 2001. O IGP-M, que tem peso de 60 por cento
dos preços do atacado, acumula alta de 7,72 por cento nos 12 meses até agosto,
maior nível em um ano. Os rendimentos das NTN-B, atreladas ao IPCA, com
vencimento semelhante, caíram 79 pontos-base no mesmo período.
O
clima seco nos EUA e no Brasil ajudou a levar o índice Standard & Poor’s
GSCI, de 24 matérias-primas, a uma alta de 20 por cento em três meses, além do
salto de 34 por cento na milho.
“Esses
papéis foram fortemente impactados pelos preços das colheitas de soja e trigo”,
disse Euzebio Bonfim, diretor de previdência da Fundação Cesp, quarto maior
fundo de pensão do País, com R$ 19 bilhões administrados, incluindo títulos
atrelados ao IGP-M. “O que tem atingido mais os preços do atacado são os
produtos agrícolas.”
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Dag Vulpi