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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Base aliada e oposição divergem sobre retomada de votações no Congresso

O andamento das votações previstas para esta semana no Congresso Nacional vai servir como termômetro para mostrar se a reunião de ontem (21) entre o presidente Michel Temer, ministros e parlamentares da base aliada surtiu efeito. No encontro, como resposta à crise, Temer pediu que todos trabalhem normalmente.

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Na manhã desta segunda-feira (22), o deputado Danilo Forte (PSB-CE) defendeu a retomada da agenda de reformas no Legislativo, apesar de seu partido ter decidido no último sábado (20) deixar a base de apoio ao governo. Forte adiantou que deve apresentar esta semana um projeto que prevê a criminalização de empresários envolvidos em casos de corrupção.

O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), também disse que a intenção da base aliada é tocar os trabalhos na Casa independentemente das tentativas de obstrução. Efraim Filho ressaltou que seu partido só vai tomar qualquer decisão a respeito de continuar ou não na base do governo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o prosseguimento do inquérito aberto para investigar Michel Temer.

Já a oposição não concorda com a manutenção da agenda de votações das reformas, entre elas a trabalhista e a da Previdência. O deputado Alessandro Molon (Rede - RJ) declarou que a oposição fará  “tudo o que estiver ao seu alcance” para impedir os trabalhos e “exaurir a base”. Para Molon, a dissolução da base do governo é uma questão de tempo e não há matéria no Congresso que deva ser votada antes da eventual instalação da comissão de impeachment de Temer, caso algum dos pedidos protocolados até agora seja aceito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Crise
Desde a última quarta-feira (17), quando vieram à tona denúncias sobre o suposto esquema de pagamento de propina e troca de favores com empresários do grupo JBS, no âmbito das investigações da Lava Jato, o Congresso teve atividades suspensas ou canceladas e não votou nenhuma medida.

Depois da divulgação dos vídeos e áudios dos delatores da JBS, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) não apareceram no Congresso. Maia não se manifestou sobre o assunto e Eunício, citado da delação, divulgou nota em que nega as acusações.

Impeachment
Até a manhã de hoje, a secretaria da Mesa da Câmara registrou 12 pedidos de impedimento do presidente Temer, nove deles apresentados na semana passada. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deve protocolar outro pedido ainda esta semana, conforme decisão do conselho da entidade, tomada no sábado, que entendeu que Temer cometeu crime de responsabilidade.

Votações
Apesar de defender a suspensão dos trabalhos, a oposição tem interesse em um projeto em tramitação na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 227/15, de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), que acaba com a possibilidade de escolha do presidente interino pelo Parlamento e prevê a convocação de eleições diretas no caso de vacância da Presidência da República, exceto nos seis últimos meses do mandato.

A PEC é um dos 71 itens da pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que tem reunião prevista para amanhã (23). Na quinta-feira passada, um dia depois da divulgação das denúncias, a comissão encerrou os trabalhos por falta de quórum.

A comissão especial que discute a reforma política também tem reunião prevista para amanhã. Os membros da comissão tentarão retomar a discussão do terceiro e último relatório parcial que sugere mudanças na forma de financiamento de campanha já para as próximas eleições.

No plenário da Câmara, entre os projetos pendentes de votação, está o que estabelece medidas de auxílio e reequilíbrio fiscal aos estados e ao Distrito Federal. O projeto autoriza a União a adotar, nos contratos de refinanciamento de dívidas e de abertura de crédito para os estados, o prazo adicional de até 20 anos para o pagamento. Oito medidas provisórias, que tramitam em caráter de urgência, também trancam a pauta.

Senado
No Senado, a previsão para esta semana era concluir a votação da PEC 10/2013, que trata do oro privilegiado. Aprovada em primeiro turno no fim de abril, a proposta extingue o foro privilegiado para todas as autoridades brasileiras nas infrações penais comuns. Fica mantido o foro privilegiado apenas para os chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Três medidas provisórias trancam a pauta do Senado e precisam ser votadas até o dia 29 de maio para não perderem a validade. Todas foram aprovadas na última semana pela Câmara dos Deputados com mudanças e serão analisadas na forma de projetos de lei de conversão.


Outro destaque da pauta dos senadores é a PEC 64/2016, que torna o estupro um crime imprescritível. A semana na Casa também é de expectativa para a instalação do Conselho de Ética. Até agora, apenas nove dos 15 titulares da comissão haviam sido indicados pelos blocos ou partidos políticos. Só depois da instalação do colegiado é que a representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado nas delações da JBS, apresentada pela Rede e pelo PSOL será apreciada. O documento pede a perda de mandato do senador por quebra de decoro parlamentar.

domingo, 21 de maio de 2017

OAB aprova abertura de pedido de impeachment contra Temer


Em reunião finalizada na madrugada deste domingo, 21, o Conselho Pleno da OAB aprovou parecer que recomenda a abertura de processo de impeachment contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de responsabilidade. Foram 25 votos a favor e um contra, com uma ausência. Cada voto corresponde à representação da Ordem em um Estado brasileiro. O pedido deve ser protocolado na Câmara dos Deputados nos próximos dias.

A decisão do Conselho segue o que foi definido pela comissão especial do órgão, que, convocada pela diretoria da OAB Nacional, já havia indicado a posição a favor da abertura do afastamento de Temer por ter "falhado ao não informar às autoridades competentes a admissão de crime por Joesley Batista e faltado com o decoro exigido do cargo ao se encontrar com o empresário sem registro da agenda e prometido agir em favor de interesses particulares".

Comissão
De acordo com o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, a reunião extraordinária foi convocada após ser disponibilizado acesso aos autos do processo contra Temer no Supremo Tribunal Federal. Os conselheiros do órgão condenaram a atitude de Temer ter se encontrado com empresário investigado pela Polícia Federal. Além disso, foi destacado que, ao não denunciar o empresário após ele admitir ter corrompido dois juízes e um procurador, "Temer faltou com o decoro e feriu a Lei do Servidor Público". Segundo a OAB, Temer também teria agido em favor dos interesses pessoais de Joesley em detrimento do interesse público.

De acordo com o parecer da comissão, Temer teria infringido o artigo 85 da Constituição, que define os crimes de responsabilidade do Presidente da República, e a Lei do Servidor Público, por não informar à autoridade competente atos ilícitos que teriam sido cometidos por Joesley.

A comissão avaliou ainda que o presidente também teria infringido o decoro exigido pelo cargo por ter recebido com o empresário, especialmente pelo horário em que ocorreu o encontro (22h45) e sem registro na agenda oficial.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Para Temer, áudio de conversa com dono da JBS confirma sua inocência

O presidente Michel Temer ouviu na noite de hoje (18), na companhia de assessores, o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista que o implicaria na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro, investigados na Operação Lava Jato. O áudio da conversa entre Temer e Joesley foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois que o ministro Edson Fachin retirou parcialmente o sigilo da delação premiada do empresário. Após ouvir o áudio, o entendimento de Temer e sua equipe é de que o conteúdo da conversa não incrimina o presidente, confirmando a nota divulgada pelo Palácio do Planalto na noite de ontem (17) e o pronunciamento da tarde de hoje (18).

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O áudio tem cerca de 40 minutos. Na conversa, Temer e Batista conversam sobre o cenário político, os avanços na economia e também citam a situação de Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba. O entendimento do governo é que a frase dita por Temer “tem que manter isso, viu?” diz respeito à manutenção do bom relacionamento entre Cunha e Batista, e não a um suposto pagamento de mesada pelo silêncio do ex-deputado. Além disso, Temer minimiza a sua fala no trecho no qual Batista diz que está “segurando dois juízes” que cuidam de casos em que o empresário é processado.

“O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem. O presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”, disse a assessoria do Palácio do Planalto, em nota. A expectativa do governo é que o STF investigue e arquive o inquérito.

Base aliada
Após seu pronunciamento, o presidente recebeu apoio de partidos, como PP e PRB, além de mensagens por telefone e ligações de aliados políticos. A avaliação é que a fala do presidente repercutiu bem entre os parlamentares da base. Contudo, não foi possível evitar baixas, como a saída do PPS do governo e a de Roberto Freire do Ministério da Cultura.


Um dos principais objetivos do governo agora é manter a sua base no Congresso Nacional, tranquilizar o mercado e esperar pela conclusão das investigações no STF com, na expectativa do Planalto, o arquivamento do processo.

Vice-líder do governo diz que pedidos de impeachment serão "todos rejeitados"

O vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse hoje (18) que os pedido de abertura de impeachment do presidente Michel Temer “serão todos rejeitados” pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).  Junto com um grupo de 25 deputados, Perondi passou a manhã em reuniões no Palácio do Planalto e falou à imprensa logo depois que Temer afirmou, em pronunciamento nacional, que não renunciará ao cargo.

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“Quem propôs [o impeachment] enterrou o país e agora quer, de novo, propor o impeachment para voltar toda aquela política que destruiu empregos, lojas, sonhos, que piorou o Brasil. É o mesmo pessoal”, disse o deputado. 

Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. A medida foi tomada a partir de depoimentos de delação premiada dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS. Segundo reportagem do jornal O Globo, que antecipou o conteúdo dos depoimentos, em encontro gravado em áudio por Joesley, Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Após a denúncia, parlamentares da oposição já protocolaram pedidos de impeachment de Temer.

Perondi disse não acreditar que as denúncias possam prejudicar as votações das reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso. “A esperança vai permanecer no coração do Congresso, e vamos votar, sim. Ainda mais com um comandante do nível do Michel. Não tem outro que tenha mais diálogo no Brasil do que o Michel. O Getúlio Vargas foi ditador. Quem dialoga e quem teve esse sucesso? Não teve outro presidente com este sucesso de diálogo com o Congresso”, disse o vice-líder.

Cilada
Darcísio Perondi disse ainda que Joesley Batista “é um moleque” que tinha apenas um matadouro há alguns anos e que atualmente é dono “da maior multinacional de carnes do mundo”, graças a financiamentos facilitados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante os governos de Lula e Dilma.  Segundo Perondi, o encontro entre Temer e Joesley, no qual teria sido feita a gravação, só ocorreu após muita insistência do empresário, que armou “uma cilada” para o presidente.

“Ele [Joesley] tentou por 60 dias ser recebido [pelo presidente]. Basta olhar as agendas de telefone do Palácio. Amigos comuns pediam que ele o atendesse, mas Michel não queria. Esse empresário, muito esperto, descobriu o telefone particular do Michel, que é homem gentil e o atendeu e o chamou. Aí, ele mostrou sua falta de caráter, orientada não sei por quem. Com certeza, foi uma cilada”, disse o vice-líder do governo.


De acordo com o deputado, que esteve com o presidente Temer durante boa parte do dia, o clima no Palácio do Planalto é de “absoluta indignação e sofrimento, pensando no povo brasileiro, que acreditou e ainda vai continuar acreditando neste governo reformista”.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Em alegações finais ao TSE, defesa de Dilma pede anulação de depoimentos

A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desconsidere os depoimentos de Marcelo Odebrecht, João Santana e Mônica Moura no processo que analisa a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora da eleição presidencial de 2014. Em documento com novas alegações finais, encaminhado nesta segunda-feira (8) ao relator do caso, ministro Herman Benjamin, os advogados solicitam medidas referentes à “prática de falso testemunho” que teriam sido adotadas pelos três depoentes.

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Segundo a defesa, o presidente da empreiteira Odebrecht e o casal de marqueteiros não cumpriram a obrigação de dizer a verdade e apresentar provas às acusações. Os advogados pedem também a perda do benefício de delação premiada. A “maior inverdade”, segundo as alegações finais, é a de que Dilma tinha conhecimento da existência de caixa 2 no financiamento de sua campanha à Presidência.

Proposta em 2014 pelo PSDB,  a ação que tramita no TSE analisa suspeitas de irregularidades nos repasses a gráficas que prestaram serviços para a campanha eleitoral. O partido alegou que a campanha de Dilma e do presidente Michel Temer cometeu abuso de poder político e econômico,

Alegações finais
O texto, de 285 páginas, analisa o mérito dos supostos ilícitos apresentados pelos autores da ação, buscando comprovar a “improcedência” de cada um. À acusação de que a campanha de 2014 recebeu recursos provenientes de propina, a defesa sustenta que não há prova de que Dilma tenha “qualquer participação direta ou indireta” em atos de corrupção.

Os advogados afirmam que houve cerceamento ao direito de defesa, em especial após determinação de Benjamin para ouvir ex-funcionários da Odebrecht, a partir de fevereiro deste ano. A defesa de Dilma pede, com base neste argumento, que o TSE reconheça a “imprestabilidade” das provas produzidas deste período até agora, pois, segundo eles, o conteúdo “extrapola o objeto” das ações e há “vício de nulidade absoluta” no processo.

O documento sustenta ainda que a ação deve ser extinta devido à “perda do objeto” após o impeachment de Dilma. Caso as preliminares não sejam acolhidas e a Corte analise o mérito das acusações, os advogados solicitam a improcedência da ação.

“[Requer que] julgue absolutamente improcedente esta ação de investigação judicial eleitoral, assim como a representação e a ação de impugnação de mandato eletivo a ela conexas, diante da comprovação da inocorrência de ato de abuso de poder político ou econômico e da absoluta regularidade na arrecadação e nas despesas da campanha presidencial da chapa Dilma”, escreveram os advogados Flávio Caetano, Arnaldo Versiani, Renato Moura Franco e Breno Bergson Santos.

Após os depoimentos de dez ex-executivos da construtora, a defesa pediu que fossem ouvidas novas testemunhas, o que, segundo os advogados, foi negado pelo ministro-relator. A defesa alega que houve “atropelo procedimental” de Herman Benjamin ao recusar a “quase totalidade dos requerimentos” e ao negar a produção de provas que iriam “fulminar as falsas acusações lançadas pelos criminosos confessos e colaboradores premiados do grupo Odebrecht”.

Crítica às acusações
Ao mencionar o depoimento de Marcelo Odebrecht, as alegações finais da defesa afirmam não haver provas de que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenha pedido R$ 50 milhões para a campanha eleitoral de 2010, que teriam sido transferidos para as despesas de 2014. Para a defesa, o executivo fez “afirmações falsas e mentirosas".

Já quanto aos depoimentos de João Santana e Mônica Moura, os advogados afirmam que ambos não receberam pagamento extraoficial para participarem da campanha de Dilma e Temer. Após apresentar trechos do depoimento de João Santana, a defesa alega que o marqueteiro não traz “nenhum argumento convincente” de que Dilma estava tratando de caixa 2.  Já sobre Mônica Moura, os advogados afirmam que ela não apresenta documentos ou provas. “Os colaboradores premiados Mônica Moura e João Santana descumpriram a obrigação legal de dizer a verdade e comprovar através de documentos”, diz o documento.
Indivisibilidade da chapa


Quanto ao pedido da defesa do presidente Michel Temer, que ontem também apresentou suas alegações finais, para que a responsabilização das ações seja julgada em separado, a defesa de Dilma alega que ambos possuem “responsabilidade solidária”. Segundo os advogados, houve uma única prestação de contas, tiveram uma coligação partidária de apoio formada pelos mesmos partidos políticos e tiveram apenas um administrador financeiro.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Comissão da OAB-RJ aprova pedido de impeachment de Pezão


A Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) aprovou hoje (4) o pedido de impeachment do governador Luiz Fernando Pezão e encaminhou a matéria ao conselho da instituição para decisão final.

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O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, disse que a questão foi encaminhada ao conselho porque existem alternativas ao impeachment, que devem ser consideradas. Segundo Santa Cruz, alguns conselheiros defendem intervenção federal e outros, uma ação de improbidade que afastaria tanto o governador quanto o vice, Francisco Dornelles. "O conselho, agora politicamente, vai tomar a decisão.”

De acordo com Santa Cruz, a Comissão de Direito Constitucional apenas mostrou que, tecnicamente, existem elementos que justificam o pedido de impedimento.

No próximo dia 12, a OAB-RJ reunirá o que Santa Cruz chamou de “conselhão da sociedade civil”, para discutir a situação de calamidade no estado do Rio. “Não adianta o governo federal e o governo estadual ficarem nesse jogo de empurra, com medidas ofensivas até, como foi o envio de apenas 100 soldados para o Rio de Janeiro nesta semana. A sociedade civil vai dizer o seu basta”, afirmou o advogado.

No dia 18, o conselho seccional da Ordem se reunirá para definir o melhor encaminhamento político-jurídico para o caso.


Caso o conselho aprove o pedido de impeachment, este será encaminhado à Assembleia Legislativa, explicou Santa Cruz. Se o conselho optar pelo pedido de intervenção federal, o tema será levado a exame da Procuradoria-Geral da República. No caso de ação de improbidade, esta será ajuizada no Poder Judiciário.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Ministro encerra fase de instrução; TSE pode julgar chapa Dilma-Temer em maio

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin encerrou hoje (27) a fase de instrução da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014. Com a decisão, o julgamento poderá ser retomado em maio, mas a data ainda não foi definida.

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Na decisão, o ministro concedeu prazo de cinco dias para as alegações finais das defesas da ex-presidenta Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer, além da manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE). Caberá ao presidente do TSE, Gilmar Mendes, definir o dia do julgamento, que foi suspenso no dia 4 de março. Na ocasião, os ministros aceitaram conceder prazo de mais cinco dias para os advogados de Dilma apresentarem defesa.

Processo
Após o resultado das eleições de 2014, o PSDB entrou com a ação, e o TSE começou a julgar suspeitas de irregularidades nos repasses a gráficas que prestaram serviços para a campanha eleitoral. Recentemente, Herman Benjamin decidiu colocar no processo os depoimentos dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht, investigados na Operação Lava Jato. Os delatores relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha presidencial.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do vice-presidente é julgada em conjunto.

A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa do presidente Michel Temer sustenta que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Ação de chapa Dilma-Temer voltará a ser julgada em maio, diz Gilmar Mendes


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, informou hoje (25) que pautará para maio a ação que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições em 2014, por abuso de poder político e econômico.

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É razoável na segunda quinzena de maio. Não tem prazo definido, mas vai ser em maio”, disse o ministro nesta terça-feira, ao ser questionado sobre a data do julgamento.

A ação chegou a ser levada a julgamento neste mês, mas sua análise foi interrompida após o plenário do TSE conceder mais prazo para que as defesas entreguem novas alegações finais e determinar a oitiva de mais testemunhas.

Mesmo que seja levada a plenário no mês que vem, a expectativa é de que o julgamento termine adiado sem previsão por um pedido de vista (mais tempo para estudar o processo) de algum dos sete ministros que compõem o plenário do TSE.

Como Dilma Rousseff sofreu um impeachment no ano passado, é possível que o mais afetado por uma eventual condenação seja Michel Temer, que pode ser afastado da Presidência da República. O TSE pode decidir ainda por julgar as contas dos dois acusados em separado, o que beneficiaria o atual presidente. Ambos podem se tornar inelegíveis.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Temer diz que não há hipótese de anulação do impeachment


O presidente Michel Temer minimizou o relato dele próprio, em entrevista à TV Bandeirantes, de que Eduardo Cunha determinou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff após não conseguir os votos do PT no processo que seria aberto contra ele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em entrevista ao telejornal SBT Brasil, na noite de ontem (17), Temer disse acreditar que não há possibilidade de anulação do impeachment por conta de um “ato de vingança” de Cunha.

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Pelo regimento interno da Câmara, se o presidente da Câmara interferir no pedido de impedimento, há recurso no plenário. Com a margem muito significativa de votos que teve o impedimento, evidentemente se isso acontecesse, iria para o plenário e o plenário decretaria o início do impedimento. Estou apenas supondo hipóteses”, disse o presidente.

Temer disse que a votação do Congresso foi “uma coisa avassaladora” a favor do impeachment. “Foi uma coisa avassaladora, em termos de votação. Se havia uma subjetividade dele [Eduardo Cunha] nessa direção, não foi o que comandou a decisão do plenário da Câmara e do Senado.”

No domingo (16), à TV Bandeirantes, Temer contou que Cunha falou com ele e disse que arquivaria todos os pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff porque tinham prometido a ele os três votos do PT no Conselho de Ética. No entanto, a posição dos deputados petistas mudou e, com isso, a decisão de Cunha também. “Quando foi três horas da tarde, mais ou menos, ele me ligou dizendo: 'olha, tudo aquilo que eu disse agora não vale, porque agora vou chamar a imprensa e vou dar início ao processo de impedimento'”, disse Temer.

Delação de Cunha
Temer disse ainda não estar preocupado com uma possível delação de Eduardo Cunha que possa envolvê-lo. “Não sei o que ele pretende fazer, não estou preocupado com o que ele venha a fazer. Espero que ele seja muito feliz. Espero que se justifique em relação a todos os eventuais problemas que tenha tido. Acho que ele foi um deputado muito atuante, muito eficiente no exercício da legislatura. Mas não sei o que ele vai fazer, não tenho que me incomodar com isso”.

O ex-presidente da Câmara está atualmente preso em Curitiba desde outubro do ano passado. Recentemente, Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisa.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Indícios de que o impeachment começou a ser combinado em 2013


Por Marcelo Fantaccini Brito

Olhando apenas superficialmente para os fatos, é possível pensar que a história do impeachment da Dilma Rousseff foi esta: logo depois da reeleição em 2014, políticos de partidos da então oposição de direita (PSDB/DEM), junto com movimentos recém-criados, como o Vem pra Rua, o Revoltados Online e o Movimento Brasil Livre começaram a campanha pelo afastamento. Já no primeiro semestre de 2015, conseguiram organizar grandes mobilizações de rua. Mas ainda assim, parecia que as associações empresariais, as grandes empresas de mídia, e os partidos conservadores da então base aliada (PMDB/PP/PSD/outros) ainda não estavam completamente fechados a favor do afastamento da Dilma. Aí no segundo semestre, o agravamento da crise econômica, a recusa da Dilma em implantar 100% do programa sugerido por empresários e a tentativa de ressuscitar a CPMF fizeram as associações empresariais, as grandes empresas de mídia e os partidos conservadores da então base aliada fecharam a favor do impeachment. O pedido escrito por Miguel Reale Jr. Hélio Bicudo e Janaína Pascoal foi acolhido por Eduardo Cunha, como retaliação ao PT por ter votado contra ele no Conselho de Ética. No início, havia até alguma dúvida se os 2/3 seriam alcançados. Mas aí a Lava Jato fechou o cerco em Lula, Delcídio e João Santana, e Dilma fez a tentativa desastrosa de nomear Lula ministro. O pedido de impeachment não foi respaldado em corrupção, mas mesmo assim estes eventos animaram ainda mais os movimentos de rua pelo impeachment. Aí o plenário da Câmara acabou votando pela abertura do processo.

Mas se observarmos algumas sutilezas, é possível pensar que já em 2013 os partidos da então oposição de direita, os partidos da então base aliada conservadora, as associações empresariais e as grandes empresas de mídia já estavam fazendo conversas sobre a possibilidade de impeachment da Dilma e apoio a um governo tampão ultraconservador de Michel Temer. Um sinal de que isto já estava ocorrendo é que a campanha presidencial de Aécio Neves em 2014 foi muito ruim. Foi uma campanha que pregou apenas para os já convertidos. O único público alvo da propaganda foi quem já tinha certeza de que votaria nele. A campanha serviu para empolgar uma forte mobilização de grande parte da classe média para causas da direita, mas não serviu para ganhar eleição. As forças de direita investiram mais na eleição para o Legislativo. Nas três eleições anteriores, que o PT ganhou com folga no Executivo, duas com Lula e uma com Dilma, foi eleita uma maioria conservadora no Legislativo. Em 2014, Dilma ganhou apertado e a maioria conservadora no Legislativo foi ainda mais folgada, superando os dois terços.

O comportamento das grandes empresas de mídia durante a campanha eleitoral de 2014 também pareceu atípico. Durante as campanhas eleitorais de 2006 e 2010, as grandes empresas de mídia fizeram boca de urna para Alckmin e Serra respectivamente. Durante a campanha de 2014, houve uma surpreendente imparcialidade. Os aeroportos nas terras dos parentes de Aécio Neves tiveram destaque razoável. Na véspera do segundo turno, Dilma e Aécio estavam bem próximos segundo as pesquisas. Por causa disso, alguns petistas chegaram a pensar que o Jornal Nacional de sábado à noite tentaria uma última bala de prata contra a Dilma. Não aconteceu. Talvez porque a opção por Michel Temer em comparação com Aécio Neves/Aloysio Nunes já havia sido feita.

Outro indício de que uma mudança de governo por via não eleitoral já estava sendo pensada foi que o jornal O Globo publicou um editorial em 2013 dizendo que o apoio ao golpe de 1964 foi um erro. Antes tarde do que nunca. Mas por que só 39 anos depois? Por que justamente naquele momento? Bom, talvez porque o jornal já estava pensando em apoiar o afastamento da Dilma através de um processo de impeachment em um eventual segundo mandato. Alguns setores da sociedade certamente criticariam o processo, fazendo analogia com o que aconteceu em 1964. É certo que um impeachment é diferente de uma quartelada. Mas as analogias são inevitáveis. Tratam-se de uma transição de um governo cuja principal base de apoio está nos sindicatos e nos movimentos sociais para um governo cuja principal base de apoio está nas associações empresariais sem a realização de eleição. Talvez o jornal O Globo fez aquele editorial em 2013 para se proteger de possíveis críticas que utilizam a analogia.  

A lei antiterrorismo foi outro indício que já estava sendo preparada uma guinada ultraconservadora no país e que este processo deveria ser protegido de manifestações populares. Foi a própria Dilma que preparou a lei antiterrorismo. Mas foi o senador Aloysio Nunes, líder do atual governo no Senado, que tornou a lei ainda mais dura. Nem o mais otimista entusiasta do afastamento da Dilma poderia imaginar que as manifestações contrárias a este processo seriam tão pequenas e inofensivas como realmente acabaram sendo. Pode ter ocorrido um preparativo maior para a repressão, esperando movimentos contestatórios bem mais fortes.

A tentativa da mídia de associar o Marcelo Freixo com os black bloc, falando que o irmão do cachorro do cunhado da sua tia tinha ligação com a Sininho. Um PT queimado seria uma oposição enfraquecida ao novo governo. Mas seria necessário ainda queimar outras possíveis forças de oposição.

Outra observação importante foi a mudança de posicionamento de formadores de opinião anti-PT sobre o PMDB, que ocorreu a partir de 2013. Até então, o discurso anti-PT vinha acompanhado de um discurso anti-PMDB, para parecer que se tratava de um discurso anticorrupção e não um discurso ideológico de direita. A partir de 2013, alguns formadores de opinião anti-PT já começaram a fazer discursos favoráveis ao PMDB. Talvez já preparando seus leitores a apoiar um futuro governo Temer. Algumas ressalvas, porém, são necessárias ser feitas sobre este indício. Talvez, formadores de opinião de direita podiam estar pensando também na necessidade de apoio do PMDB a um eventual governo Aécio. Questões locais também pesavam. Já estava evidente que o único candidato da direita para o governo do Rio de Janeiro seria o Pezão. Isto porque ou ganhava ele, ou ganhava os representantes do populismo evangélico (Crivella, Garotinho), ou os representantes da esquerda (Lindberg, Tarcísio). Em 2006 e 2010, Sérgio Cabral foi apoiado pelo lulismo e, Denise Frossard e Fernando Gabeira foram, respectivamente, os apoiados pela antiga oposição de direita. A grande aliança de partidos conservadores em torno do Pezão em 2014 foi quase idêntica à aliança de partidos do impeachment.

Mas por que as forças políticas de direita teriam feito uma opção de afastar a Dilma no meio de seu segundo mandato e apoiar o governo tampão de Michel Temer ao invés de investir na vitória de Aécio Neves em 2014? Resposta simples: por causa da curva em formato de J do aJuste. Explicando mais detalhadamente: em 2013, já era possível observar que inevitavelmente a economia brasileira teria que passar por um ajuste. A inflação já estava acima da meta e, além disso, estava reprimida, uma vez que preços de combustíveis, energia elétrica e dólar estavam represados. O superávit primário já estava se transformando em déficit primário. Mas até o final de 2014, os problemas da economia não tinham chegado às casas das pessoas comuns. O PIB estava estagnado, mas não estava em queda. O desemprego ainda estava em torno de 5%.

Qualquer governo que iniciasse em janeiro de 2015 iria fazer o ajuste, que teria início na liberação dos preços represados. Isto aumentaria a inflação, que já estava acima do centro da meta. Medidas recessivas, como o aumento da taxa de juros, seriam utilizadas para aumentar o desemprego, e, desta forma, reduzir a inflação. A redução do déficit primário seria a outra medida recessiva. Somente com a inflação na meta, a economia brasileira estaria pronta para retomar o crescimento. Ou seja, o ajuste tem um efeito na economia que lembra uma curva em formato de J: primeiro cai, para depois subir para uma situação acima da inicial.

Se o Aécio tivesse sido eleito, ele teria assumido com o PIB ainda antes da queda e com o desemprego ainda em torno dos 5%. Ou seja, ele teria assumido antes do início da descida no J. As pessoas sentiriam o desemprego e o declínio dos salários já no governo Aécio e lembrariam dos governos do PT como governos em que o emprego e a renda cresciam. A subida no J poderia ocorrer tarde demais, insuficiente para atingir a parte alta do J em 2018. Dessa forma, dificilmente Aécio seria reeleito ou elegeria um aliado. O eventual governo Aécio poderia se aproveitar do desenrolar da Lava Jato para acuar o PT, já na oposição. Por outro lado, o próprio Aécio foi citado por delatores, e isto poderia causar prejuízo a ele como presidente. O PMDB e o PP, também no epicentro da Lava Jato, seriam base aliada de Aécio e, portanto, a operação poderia causar alguma instabilidade.

Com Dilma ganhando, ela iria iniciaria o ajuste, como de fato iniciou, com Joaquim Levy e Nelson Barbosa. No curto segundo mandato da Dilma, os preços controlados foram liberados, a taxa de juros aumentou, a despesa federal foi reduzida. Como consequência, o PIB mergulhou e o desemprego aumentou bruscamente. O timing do impeachment seria o ponto mais baixo do J. Por causa do declínio até este ponto mais baixo, as pessoas sentiriam na pele a recessão, e, assim, pouquíssimas pessoas se esforçariam para salvar o governo Dilma. Aí o governo Michel Temer poderia pegar apenas a parte ascendente do J. Seus aliados nos meios de comunicação atribuiriam a subida no J exclusivamente às ações de seu governo. Seria fácil criar a seguinte narrativa: “o petê quebrou o Brasil, aí o governo PMDB/PSDB/DEM/mídia/empresários recuperou”. Esta narrativa impulsionaria uma longa hegemonia da direita na política brasileira.

Por que as forças de direita, que incluem os líderes dos partidos, as associações empresariais, os grandes grupos de mídia e os economistas da PUC-RJ e FGV-RJ querem dois anos e meio de governo Temer, e não a realização de uma eleição direta para decidir quem governa até dezembro de 2018? Muito provavelmente, se fosse realizada uma eleição presidencial direta em outubro de 2016, junto com as eleições municipais, um candidato não esquerdista seria eleito. Mas ainda assim, com o simples fato de haver disputa, o programa “Ponte para o Futuro” se tornaria inviável de ser implementado em sua totalidade. Mesmo em um segundo turno entre dois candidatos não esquerdistas como Geraldo Alckmin e Marina Silva, os dois desejariam ser um pouco mais populares na disputa. Se verifica, desta forma, as motivações antidemocráticas dos grupos que se mobilizaram pelo impeachment.

Como foi dito anteriormente, um ajuste era inevitável para qualquer governo. Mas o que o governo Temer está fazendo no momento não é ajuste, e sim uma redução de longo prazo do Estado Social, por motivação ideológica das forças que apoiam seu governo. Aproveita-se a temor justificado do aumento da dívida pública, da continuidade da crise econômica, como uma janela de oportunidade para impor um arrocho permanente, como é a PEC do teto da despesa federal por 20 anos. Nenhuma necessidade de ajuste do orçamento federal em 2016 justifica escrever na Constituição o quanto o governo gastar em 2030. Se as forças que apoiavam a derrubada de Dilma e a posse de Temer realmente estivessem preocupadas em combater o déficit orçamentário, apoiariam a retomada, ao menos temporária da CPFM, e de outros impostos, e não fariam oposição feroz a essas medidas.

O que deu errado em toda esta estratégia? Até hoje não chegamos ao ponto mais baixo do J.

Eu estou querendo defender que tenho certeza de que todo o script do impeachment já estava combinado passo a passo desde 2013? Não. Estou fazendo suposições baseadas em fatos. É perfeitamente possível que eventos de 2015 tenham acelerado o impeachment, mas que a possibilidade do impeachment tenha sido conversada já a partir de 2013.

Aliás, a possibilidade do impeachment pode ter sido pensada já em 2009, quando o PMDB definiu que só aceitaria entrar na coligação da Dilma na eleição de 2010 se o vice na chapa fosse o Michel Temer, o peemedebista mais próximo do PSDB. O PT não tinha entusiasmo por este nome, mas engoliu porque queria o tempo de televisão do PMDB. O cientista político Luís Felipe de Alencastro discutiu este risco em uma coluna escrita para a Folha ainda em 2009. Ele não mencionou explicitamente a palavra impeachment, mas deu a entender que estava falando disso.

Para concluir, é importante lembrar que 2013 foi um ano de muitas manifestações. As forças de esquerda, incluindo não apenas aquelas que faziam parte do governo Dilma, poderiam ter percebido que a água já estava batendo na bunda. Houve muitas manifestações organizadas por grupos de esquerda, mas as manifestações mais numerosas foram aquelas mobilizadas por grupos de direita. O governo Dilma e o PT já estavam sob muita contestação, e as críticas que mais mobilizavam não eram aquelas feitas por partidos ainda mais à esquerda, como o PSOL e o PSTU.

Observação: se foi legal, se foi legítimo, se foi golpe não é objeto de discussão deste texto.
Do Trincheiras

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Ao longo destes cinco anos de blog Gilmar Mendes foi pródigo em aparições intrincadas


Das participações intrincadas do ministro podemos citar as duas que mais chamam a atenção, que foram os dois pedidos de impeachment contra o jurista. Não por acaso um pedido foi arquivado por José Sarney e o último como sabemos e por motivos assemelhados, foi arquivado pelo senador Renan Calheiros.

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