A
Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente na manhã de hoje (18) Andrea
Neves, irmã do predidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Ela foi localizada
em um condomínio em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Foi
expedido contra ela um mandado de prisão preventiva pelo ministro do Superior
Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator dos processos ligados à Operação
Lava Jato.
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Em
Belo Horizonte, também são cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços
ligados a Andrea e Aécio e na casa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). A PF não
informa os locais exatos, nem a quantidade da mandados abertos para a capital
mineira. Uma fazenda do senador no município de Cláudio, na região centro-oeste
de Minas Gerais, é outro alvo dos policiais.
Paralelamente,
no Rio de Janeiro, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em um
imóvel de Andrea Neves. A PF recolheu materiais e equipamentos que passarão por
perícia. Os gabinetes de Perrella e de Aécio no Senado, em Brasília,
também foram alvo de buscas.
A
ação da Polícia Federal ocorre após o jornal O Globo revelar, na
noite de ontem (17), que o empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS,
entregou à Justiça gravações que comprometem Aécio Neves. O senador teria
pedido R$ 2 milhões para ajudar a pagar suas despesas com a defesa na Operação
Lava Jato.
O
dinheiro teria sido entregue a um primo de Aécio. A entrega foi registrada em
vídeo pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que
o montante foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
Segundo
a reportagem do jornal, Joesley também apresentou gravação na qual o presidente
teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara
Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. A
Presidência da República divulgou nota ontem (17) na qual diz que
Temer "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado
Eduardo Cunha", que está preso em Curitiba.
Outro lado
Em
nota, a assessoria de Aécio Neves disse ontem (18) que o senador
"está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No
que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente
pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter
acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos
necessários".
O
senador Zezé Perrella publicou uma mensagem em seu Twitter por volta
das 22h50 de ontem (18) em que diz que nunca conversou com Wesley Batista, não
conhece ninguém do grupo Friboi (uma das marcas da JBS) e que nunca recebeu
doação “oficial ou extraoficial” da empresa. “Estou absolutamente tranquilo”,
disse o senador. “O sigilo das minhas empresas citadas, dos meus filhos está
absolutamente à disposição da Justiça, onde ficará comprovado que eu não tenho
nada a ver com essa história”, acrescentou.
Justo o que procurava sobre conservadora nova lima
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