Agência Brasil
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes desqualificou hoje (19) os juristas que
apresentaram um pedido de impeachment contra ele no Senado
Federal, na semana passada. O grupo acusa o ministro de adotar “comportamento partidário”, mostrando-se
leniente com relação a casos de interesse do PSDB e “extremamente rigoroso” no
julgamento de processos de interesse do PT e de seus filiados, “nomeadamente o
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não escondendo sua
simpatia por aqueles e sua ojeriza por estes”.
“Vi aquela ação e até achei ela um pouco engraçada. É um consórcio de
famosos quem, daqueles que já foram e daqueles que nunca serão. Se vocês
olharem, é Fábio Konder Comparato, que é um banqueiro travestido de socialista;
o nosso Celso Bandeira de Mello, que é um latifundiário travestido de
socialista, e outros famosos quem”, disse Mendes antes de participar de um
evento na capital paulista.
Além dos dois citados,
os juristas Sérgio Sérvulo da Cunha e Álvaro Augusto Ribeiro da Costa; a
ativista de direitos humanos Eny Raymundo Moreira; e o ex-deputado e
ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, também assinam o pedido de impeachment de
Gilmar Mendes.
Para os autores, o
ministro tem ofendido a Constituição, a Lei Orgânica da Magistratura e o Código
de Ética da Magistratura ao não atuar com imparcialidade e conceder frequentes
entrevistas nas quais antecipa seus votos e discute o mérito de questões em
julgamento no STF. Além disso, o grupo acusa Mendes de atuar de maneira
desrespeitosa também durante julgamentos e de utilizar o cargo a favor dos
interesses do grupo político que defende.
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