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terça-feira, 30 de maio de 2017

Oposição venezuelana contabiliza 257 feridos após protesto em Caracas


O líder opositor venezuelano Henrique Capriles afirmou que 257 pessoas sofreram ferimentos durante a manifestação de segunda-feira (29) contra o governo de Nicolás Maduro, em Caracas, que foi dispersada com bombas de gás lacrimogêneo lançadas por agentes das forças de segurança. As informações são da Agência EFE.

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"Temos no dia de hoje 257 feridos", disse Capriles durante uma coletiva de imprensa na qual fez um balanço da manifestação e convocou uma marcha amanhã (31) até o Ministério de Interior e Justiça para pedir ao titular da pasta que detenha a "repressão" aos protestos.

O líder opositor detalhou que só no município de Baruta foram contabilizados 147 feridos, dos quais 46 apresentaram "traumatismos pelo impacto de bombas de gás lacrimogêneo", 25 sofreram asfixia pelos gases, enquanto outros 64 foram feridos com "balas de borracha, bolas de gude, esferas e barras de metal".

Além disso, declarou que o deputado Carlos Paparoni, que ficou ferido na cabeça ao ser derrubado pelo jato de água lançado por um veículo antidistúrbios, apresentou "traumatismo cranioencefálico".


Capriles, duas vezes candidato à presidência da Venezuela, calcula que 62 pessoas já morreram nos protestos contra o governo que começaram no último dia 1º de abril. A procuradoria venezuelana estima que 59 pessoas morreram e mais de mil se feriram em manifestações.

Capriles denuncia plano para atacar sedes diplomáticas na Venezuela


O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, disse nessa segunda-feira (30) que a mobilização convocada para hoje (30), em Caracas, será na sede do Ministério do Interior e não mais nas embaixadas, como estava previsto. Ele denunciou um suposto plano para "atacar" as sedes diplomáticas. A informação é da Agência EFE.

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"Ficou cancelada essa visita às embaixadas, não vamos para as embaixadas. Sabemos, de pessoas dentro do governo, do plano que tinha sido montado para atacar as sedes diplomáticas", advertiu Capriles, em entrevista divulgada nas redes sociais.

A oposição tinha chamado os manifestantes a se mobilizar nas várias embaixadas e consulados credenciados no país, um dia antes da reunião de chanceleres que será realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para analisar a crise venezuelana.

Capriles afirmou que a intenção do suposto esquema é "refutar, continuar no processo de deslegitimar um protesto que tem a verdade na sua mão".

O governador do estado de Miranda disse ainda que os manifestantes seguirão para a sede do Ministério do Interior e Justiça, em Caracas, "um dos grandes culpados de todas as mortes, dos feridos e por tudo que está ocorrendo no país".
"Isso que aconteceu hoje, todos esses feridos, tudo (que) ocorreu no dia de hoje, vamos encontrar amanhã nas ruas do país", disse o dirigente do partido opositor Primeiro Justiça, ao se queixar da atuação da polícia contra os protestos.


Há dois meses, uma onda de manifestações a favor e contra o presidente Nicolás Maduro começou na Venezuela, deixando 59 mortos e milhares de feridos.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Nicolás Maduro assina decreto com proposta para eleger Assembleia Constituinte

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou hoje (23) um decreto com a proposta de eleger 540 parlamentares para redigir uma nova Constituição, assunto que foi enviado ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para revisão. A informação é da Agência EFE.

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Maduro reiterou que os redatores da nova Carta Magna serão escolhidos mediante "voto universal, direto e secreto" e em "âmbitos territoriais e setoriais".

Ele detalhou que 364 serão escolhidos mediante eleições territoriais tradicionais: dois em cada capital dos 23 estados e um em cada um dos 335 municípios do país, com exceção do município de Libertador, em Caracas, onde serão eleitos sete representantes.

Além disso, os povos indígenas escolherão oito deputados, que se somarão aos 364 territoriais na Assembleia Nacional Constituinte que será unicameral e instalada nas 72 horas posteriores à proclamação dos vencedores.

Oito grupos setoriais
Em relação às eleições do âmbito setorial, Maduro disse que se dividirão em oito grupos formados por trabalhadores, camponeses e pescadores, estudantes, pessoas com incapacidade, povos indígenas, pensionistas, empresários e conselhos comunais.  Segundo o presidente, para estas eleições o CNE deverá solicitar os registros às instituições oficiais. Maduro ressaltou que se elegerá um representante para cada 83 mil eleitores.

O presidente destacou que nenhum eleitor poderá estar em mais de um registro setorial e que todos estes agrupamentos escolherão seus constituintes "em listas nacionais, mediante o princípio de representação maioritária", salvo as comunas e conselhos comunais onde a seleção será feita "regionalmente".

Para concorrer à vaga de constituinte, o candidato deve ser venezuelano de nascimento, sem ter outra nacionalidade, ser maior de 18 anos na data da eleição, ter residido pelo menos cinco anos no território que pretende representar e estar inscrito no registro eleitoral.

Além disso, os que postularem o posto por iniciativa própria deverão solicitar o apoio de 3% do registro eleitoral de seu setor ou território e, no caso das votações setoriais, será necessária uma constância que assegure a inscrição nos agrupamentos respectivos.

O decreto diz ainda que não serão eleitos suplentes e que os escolhidos gozarão de imunidade e terão dedicação exclusiva.


A Assembleia Nacional Constituinte terá como sede o salão elíptico do Palácio Federal Legislativo e funcionará sob o mecanismo instaurado em 1999, quando se escreveu a atual Constituição.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Sobe para 49 o número de mortos durante protestos na Venezuela

Com a morte, nesta segunda-feira (22), no estado de Barinas, Oeste da Venezuela, de um jovem de 19 anos atingido por um tiro durante uma manifestação, chega a 49 o número de mortes nos últimos protestos no país informou o Ministério Público. 

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Em um comunicado, o MP venezuelano indica que designou a procuradora estadual Obdulia Díaz "para investigar a morte de Yorman Alí Bervecia Cabeza, ocorrida hoje durante uma manifestação".

O organismo detalhou que a vítima, segundo informação preliminar, "encontrava-se no lugar no qual desenvolvia-se uma manifestação, quando recebeu um disparo".
Após ser ferido, Bervecia Cabeza foi transferido a um centro de saúde próximo onde, segundo a procuradoria, já "ingressou sem sinais vitais".

A recente onda de protestos antigovernamentais na Venezuela começou no último dia 1º de abril, depois que o Supremo Tribunal assumiu algumas das funções do Parlamento, o que foi visto pela oposição como um "golpe de Estado".


Desde então, algumas das manifestações se transformaram em confrontos violentos que já deixaram 49 mortos e mais de 100 feridos, segundo relatórios do Ministério Público e dirigentes da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Venezuela repudia sanções dos Estados Unidos a oito juízes da Suprema Corte

O governo da Venezuela manifestou nessa quinta-feira (18) repúdio às sanções extraterritoriais do Departamento de Tesouro dos Estados Unidos (EUA) contra oito juízes da Suprema Corte e disse que essas ações violam as leis internacionais. A informação é da Agência EFE.

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"A Venezuela repudia sanções unilaterais e extraterritorias do Departamento do Tesouro dos EUA contra juízes do máximo tribunal", escreveu a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, no Twitter. Para ela, é "inadmissível que os EUA imponham sanções a um poder público soberano e independente, violando leis internacionais e venezuelanas".

Delcy Rodríguez destacou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reforça o apoio aos juízes, "vítimas do poder imperial americano".

O Departamento do Tesouro norte-americano impôs sanções econômicas ao presidente da Suprema Corte da Venezuela, Maikel Moreno, e a sete juízes do Tribunal Constitucional por "usurparem a autoridade" da Assembleia Nacional.

As novas sanções foram aplicadas após várias semanas de protestos, desencadeados pela ordem do TSJ de privar a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, de todas as suas funções.

"O povo venezuelano está sofrendo pelo colapso econômico provocado pela má gestão e a corrupção do governo. Os membros do Tribunal Supremo de Justiça exacerbaram a situação ao interferir na autoridade do Legislativo", disse em comunicado o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.


"Por meio dessas sanções, os Estados Unidos apoiam o povo venezuelano em seus esforços para proteger e promover um governo democrático no país", acrescentou Mnuchin, que comanda o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), que impõe as sanções.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

EUA impõem sanções a todos os juízes do Supremo da Venezuela

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs, nesta quinta-feira (18), sanções econômicas ao presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, Maikel Moreno, e aos outros sete magistrados da corte por "usurpar a autoridade" da Assembleia Nacional. A informação é da EFE.
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As novas sanções foram aplicadas após várias semanas contínuas de protestos contra o governo do presidente  Nicolás Maduro, desencadeados pela ordem do TSJ de privar a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, de todas as suas funções.

EUA farão o "necessário" para ajudar Venezuela a se recuperar, diz Trump


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (18) que fará "o que for necessário" em cooperação com outros países do continente para normalizar a situação da Venezuela, que classificou como “uma desgraça para a humanidade". A informação é da agência EFE.

"Faremos o que for necessário. Trabalharemos com outros para fazer o que for necessário para ajudar a recuperar (a crise econômica e humanitária na Venezuela)", disse Trump em entrevista coletiva após se reunir com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na Casa Branca.

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quarta-feira, 17 de maio de 2017

EUA defendem na ONU a restauração da democracia na Venezuela

Os Estados Unidos defenderam nesta quarta-feira (17), em reunião na sede das Nações Unidas (ONU), a necessidade de trabalhar para que o governo venezuelano detenha a "violência e a opressão" e restaure "a democracia ao povo". As informações são da agência EFE.

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"Na Venezuela, estamos à margem de uma crise humanitária. Manifestantes pacíficos foram feridos, detidos e inclusive assassinados por seu próprio governo. Os remédios não estão disponíveis, falta material nos hospitais e está cada vez mais difícil encontrar comida", disse a embaixadora americana perante a ONU, Nikki Haley, em um breve comunicado.

"Pelo bem dos venezuelanos e pela segurança na região, devemos trabalhar juntos para assegurar que o presidente Maduro detenha esta violência e opressão e restaure a democracia", disse ela.

Conselho de Segurança
A pedido dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU abordará hoje, em um encontro a portas fechadas, a situação na Venezuela pela primeira vez desde o início da atual crise no país.

Os membros do Conselho receberão um relatório sobre a situação elaborado pelo subsecretário geral para Assuntos Políticos das Nações Unidas, Miroslav Jenca, e terão um troca informal de opiniões, segundo fontes diplomáticas.

O Uruguai, que neste mês preside o órgão, não espera que da reunião saia algum resultado concreto, segundo disse aos jornalistas seu representante, Luis Bermúdez. Entre as questões que serão abordadas, segundo ele, estará a de introduzir ou não o caso da Venezuela como um ponto regular na agenda do Conselho de Segurança.
"É um tema que requer algumas outras discussões adicionais e consultas entre os membros, informais especialmente", disse Bermúdez.


O embaixador britânico, Matthew Rycroft, assegurou que seu país respalda a iniciativa dos EUA, pois está "muito preocupado com a situação na Venezuela, com o impacto humanitário no povo, com o crescente risco de fluxos migratórios e com a possibilidade de instabilidade regional".

terça-feira, 16 de maio de 2017

Maduro decreta novo estado de exceção que restringe garantias na Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aprovou um novo decreto de "estado de exceção e emergência econômica" que restringe as garantias constitucionais em todo o território nacional como uma medida para "preservar a ordem interna", segundo norma publicada nesta terça-feira (16) na Gazeta Oficial. As informações são da agência EFE.

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O decreto dá ao Executivo o direito de adotar "as medidas urgentes, contundentes, excepcionais e necessárias para assegurar à população o desfrute pleno de seus direitos, preservar a ordem interna e o acesso oportuno a bens, serviços, alimentos, remédios e outros produtos e serviços".

A norma ressalta ainda que "poderão ser restringidas as garantias" para o exercício dos direitos constitucionais, salvo as exceções que constam na Constituição que são "o direito à vida, restrição de comunicação, tortura, o direito ao devido processo, o direito à informação e os demais direitos humanos intangíveis".

Planos de segurança
O governo venezuelano poderá "desenvolver e executar planos de segurança pública que façam frente às ações desestabilizadoras que atentem contra a paz da nação, a segurança pessoal, e o resguardo das instalações e bens públicos e privados".

O presidente venezuelano decidiu também suspender, temporária e excepcionalmente, a "execução de sanções de caráter político" contra autoridades do poder público e altos funcionários quando estes impedirem a implementação de medidas econômicas.

O decreto permite ao governo dispor de recursos sem controle do Parlamento, bem como de bens e mercadorias de empresas privadas para garantir o abastecimento, além de restringir o sistema monetário e o acesso à moeda local e estrangeira.

No entanto, tais restrições de ordem econômica já estavam em vigor há mais de um ano com um decreto anterior de "exceção e emergência econômica".

Assédio
No novo texto legal, o Executivo venezuelano apresenta como uma das razões para a implementação dessas medidas o fato de "setores nacionais e internacionais adversos a qualquer política pública de proteção do povo venezuelano (...) manterem o assédio contra a recuperação da economia venezuelana".

Os decretos de estado de exceção, segundo a Constituição, requerem a aprovação da maioria do Parlamento, controlado pela oposição e que atualmente está em "desacato", conforme decisão do Tribunal Supremo de Justiça.


Por isso, o decreto será enviado diretamente à Suprema Corte do país [alinhada com Maduro]. para decidir sua constitucionalidade, como aconteceu com todos os decretos anteriores que mantiveram algumas garantias restringidas desde janeiro de 2016.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Ministro diz que Brasil prepara plano para receber refugiados da Venezuela


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse hoje (15) que o Brasil está se preparando para receber oficialmente refugiados venezuelanos que fogem da violenta crise política, descontrole da inflação e escassez de alimentos no país vizinho. O conflito se agravou neste ano com enfrentamentos entre manifestantes pró e contra o governo e forças policiais, que já deixaram mais de 30 mortos e 700 feridos. Jungmann deu a informação durante entrevista na qual anunciou a criação do Plano de Revitalização do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, no município de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

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Questionado sobre o que o governo brasileiro planeja diante da entrada cada vez maior de venezuelanos no país, em especial em Roraima, Jungmann informou que está sendo elaborado um "plano de contingência", para o caso de agravamento do conflito entre governo e oposição na Venezuela. O governo de Roraima calcula já ter recebido cerca de 30 mil pessoas vindas da Venezuela e, em dezembro do ano passado, já havia decretado Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, por causa do fluxo migratório.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse hoje (15) que o Brasil está se preparando para receber oficialmente refugiados venezuelanos que fogem da violenta crise política, descontrole da inflação e escassez de alimentos no país vizinho. O conflito se agravou neste ano com enfrentamentos entre manifestantes pró e contra o governo e forças policiais, que já deixaram mais de 30 mortos e 700 feridos. Jungmann deu a informação durante entrevista na qual anunciou a criação do Plano de Revitalização do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, no município de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

Questionado sobre o que o governo brasileiro planeja diante da entrada cada vez maior de venezuelanos no país, em especial em Roraima, Jungmann informou que está sendo elaborado um "plano de contingência", para o caso de agravamento do conflito entre governo e oposição na Venezuela. O governo de Roraima calcula já ter recebido cerca de 30 mil pessoas vindas da Venezuela e, em dezembro do ano passado, já havia decretado Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, por causa do fluxo migratório.

Oposição faz protestos nas ruas da Venezuela contra Maduro e Constituinte


Centenas de venezuelanos foram mais uma vez às ruas do país hoje (15), em uma manifestação convocada pela oposição para protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro e contra a convocação de uma nova Constituinte no país. As informações são da agência EFE.

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Os críticos do governo começaram a se reunir desde a madrugada em pontos estipulados pela Mesa de Unidade Democrática (MUD), principal aliança de oposição. A previsão é que a atividade de prolongue por 12 horas como forma de mostrar uma "resistência pacífica".

Os deputados da MUD publicaram imagens nas redes sociais mostrando venezuelanos nas ruas nas principais cidades do país. Eles também recomendam que os opositores não fechem as artérias que não foram incluídas no planejamento da atividade de hoje.

Bombas de gás
Apesar do caráter pacífico da manifestação, a polícia de Carabobo, estado na região central da Venezuela, e a Guarda Nacional Bolivariana dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo um protesto na principal avenida da cidade de Valência.

Os opositores ocuparam a Autoestrada do Leste, único ponto de manifestação marcado pela MUD na cidade. Imagens de uma emissora local mostram os agentes reprimindo o protesto com bombas e balas de borracha quando os opositores de Maduro tentaram interromper a circulação na via por completo.

Em Caracas, os manifestantes se concentram em dois locais: em um trecho da Autopista Francisco Fajardo, a mais importante da cidade, e também na Avenida Victoria, no oeste da capital.

Golpe de Estado
O protesto, chamado de "grande plantão nacional", faz parte da agenda de manifestações que tiveram início depois que o Tribunal Supremo de Justiça, acusado de servir ao chavismo, retirou as prerrogativas do Parlamento, controlado pela oposição.

A pressão nas ruas aumentou ainda mais quando Maduro anunciou, no último dia 1º de maio, a convocação de uma assembleia Constituinte para redigir um novo ordenamento jurídico como “a única" maneira de conseguir a paz. A oposição vê a medida como um golpe de Estado, e acusa o presidente de tentar se perpetuar no poder.


Algumas das manifestações, iniciadas há 45 dias, têm terminado em violência. Segundo o último balanço oficial, 39 pessoas já morreram e centenas ficaram feridas desde o início dos protestos. A polícia da Venezuela já prendeu no período mais de 2.000 suspeitos.

União Europeia pede que Venezuela libere opositores


Os ministros do Exterior da União Europeia (UE) pediram hoje (15) que a Venezuela "investigue todos os incidentes violentos", libere os opositores políticos e respeite os direitos constitucionais.

"A violência e o uso da força não resolverão a crise do país. Devem ser respeitados os direitos fundamentais do povo venezuelano, incluindo o direito a se manifestar pacificamente", disseram os ministros da UE, em conclusões que aprovaram hoje em um conselho em Bruxelas.

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No primeiro texto, os países da União Européia, quando abordaram a situação da Venezuela, pediram a "todos os agentes políticos e às instituições" do país para trabalharem "de forma construtiva em prol de uma solução" que respeite plenamente o Estado de Direito e os direitos humanos, bem como as instituições democráticas e a separação de poderes.

Os ministros expressaram sua "preocupação" com os mais de 600 mil cidadãos europeus que vivem na Venezuela e se ofereceram para "cooperar com as autoridades venezuelanas" para que garantam sua assistência, proteção e segurança.


As conclusões vieram precedidas por um discurso da alta representante da UE para a Política Exterior, Federica Mogherini, no qual externou a preocupação com os cidadãos e considerou a situação na Venezuela "desestabilizadora para a região", segundo fontes diplomáticas. As informações são da agência de notícias EFE.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Oposição da Venezuela busca apoio internacional para uma agenda democrática


A oposição da Venezuela está exortando outros países latino-americanos a pressionarem o governo do presidente Nicolás Maduro a implementar uma "agenda democrática", disse nesta quinta-feira (11) o líder oposicionista Julio Borges. As informações são da agência Reuters.

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Borges, presidente da Assembleia Nacional, de maioria da opositora, viajou a Lima para se encontrar com parlamentares peruanos e com o presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski, que tem sido um dos críticos mais contundentes de Maduro entre os chefes de Estado da América Latina. O Peru convocou seu embaixador em Caracas no final de março.

"O pedido que estou trazendo ao Congresso e ao presidente peruanos é que nos ajudem, juntamente com outros presidentes com os quais conversei, a criar um grande grupo de presidentes que são amigos e proponentes da democracia na Venezuela. É importante que consigamos que vários governos da região se unam no curto prazo para fazer com que na Venezuela não exista nada além de uma agenda popular e democrática", disse Borges.

Ele declarou que a crise humanitária e os protestos intensos contra o governo socialista de Maduro atravessaram as fronteiras venezuelanas, provocando uma onda de refugiados em toda a região.

Passeatas e mortos
A Venezuela já testemunha mais de cinco semanas de passeatas antigoverno que deixaram ao menos 39 mortos. Ainda nesta quinta-feira, centenas de opositores venezuelanos participaram de uma passeata no leste de Caracas em homenagem ao jovem Miguel Castillo, que morreu ontem em um protesto contra o governo, após ser ferido por uma arma de fogo.


Borges disse que a estratégia dos protestos de rua e de clamores por pressão internacional visam "romper a consciência das Forças Armadas e dos grupos políticos" que ainda apoiam Maduro e evitar mais mortes. A oposição condena Maduro por vê-lo como um autocrata que arruinou a economia do país e exige eleições para resolver a crise política.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Assembleia venezuelana aprova acordo de anulação do decreto da Constituinte


A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, aprovou nessa terça-feira (9) um acordo sobre a "inconstitucionalidade e nulidade" do decreto com o qual o presidente Nicolás Maduro convocou uma Assembleia Nacional Constituinte. O acordo foi aprovado durante debate, do qual participaram somente os deputados opositores. A informação é da Agência EFE.

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O acordo foi apresentado pelo deputado Omar Barboza, que destacou que a Constituinte deve ser submetida primeiro a um referendo para consultar o povo venezuelano sobre a necessidade do processo.

Barboza disse que, embora nos artigos da Constituição sobre a Constituinte não seja mencionada a realização de referendo, a Carta Magna deve ser interpretada "integralmente". Lembrou que nela está estabelecido que se deve recorrer a esse mecanismo, "inclusive para assuntos de interesse paroquial". Segundo ele, como estabelece o Artigo 348 da Constituição, a convocação deve ser feita pelo povo venezuelano.

Os deputados opositores também pediram ao Poder Eleitoral, que recebeu na quarta-feira passada (3) a convocação de Maduro, "respeito à soberania popular e à Constituição". Eles consideram que esse poder deve abster-se de "dar curso a essa convocação inconstitucional".

No acordo, os parlamentares decidiram denunciar à Defensoria do Povo, ao Ministério Público e a alguns organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), "a violação dos direitos políticos" dos venezuelanos.

Os deputados consideram que essa convocação do governo serve para ganhar tempo, não realizar eleições e estabelecer uma Assembleia Constituinte "tutelada".


A iniciativa de Maduro de modificar a Constituição surge em meio aos protestos antigovernamentais, iniciados há mais de um mês, e que, em algumas ocasiões, geraram incidentes violentos, deixando 37 mortos e centenas de feridos.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Oposição da Venezuela boicota encontro com Maduro; confrontos se intensificam

A oposição da Venezuela boicotou um encontro nesta segunda-feira (8) para discutir o plano do presidente Nicolás Maduro de uma nova assembleia popular, promovendo protestos nas ruas, novamente bloqueadas pelas forças de segurança, que usaram gás lacrimogêneo. As informações são da Agência Reuters.

Em cenas familiares em cinco semanas de agitações, jovens com máscaras de gás e escudos improvisados enfrentaram a polícia e tropas da Guarda Nacional em Caracas, após centenas de manifestantes serem impedidos de chegar a órgãos do governo.

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Em Maracaibo, segunda maior cidade da Venezuela, cerca de 300 manifestantes que gritava “Fora Maduro!” e “Não à ditadura” foi dispersada com uso gás lacrimogêneo.

Denunciando Maduro como um autocrata que destruiu a economia do país, a oposição da Venezuela demanda eleições para resolver a grave crise política por que passa.

Maduro, sucessor de Hugo Chávez, diz que seus adversários tentam um golpe com apoio dos Estados Unidos. Ele está instalando uma Assembleia Constituinte com poder de reescrever a Constituição e reorganizar poderes públicos.

Nenhum representante da coalizão da oposição Unidade Democrática foi ao palácio presidencial Miraflores nesta segunda-feira, apesar de convite do ministro da Educação, Elías Jaua, que está liderando o processo da Assembleia Constituinte.


“É um truque para se manterem no poder”, disse Júlio Borges, líder da Assembleia Nacional, onde a oposição conquistou maioria em 2015. “A única maneira de resolver esta crise é um com voto livre.”

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