A
Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal aliança de oposição da Venezuela,
anunciou neste domingo (7) que não participará da Assembleia Nacional
Constituinte convocada pelo presidente do país, Nicolás Maduro, medida com a
qual se pretende mudar o ordenamento jurídico em vigor desde 1999. A informação
é da Agência EFE.
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"A
unidade democrática e a maioria dos venezuelanos, mais de 80% que quer mudança,
não irão a Miraflores", disse em coletiva de imprensa o candidato
presidencial Henrique Capriles, que, em nome da MUD, convocou os cidadãos a
rejeitarem a constituinte.
O
governo de Maduro tinha convidado a plataforma de oposição para uma reunião
amanhã (8) para debater o processo que o antichavismo classificou como uma
"fraude" e uma "loucura".
"Aqui
há uma Constituição. Se o governo acredita que pode revogá-la por meio da
força, está errado. Essa não é uma constituinte, não poderíamos participar de
um processo absolutamente fraudulento", afirmou Capriles.
O
líder de oposição afirmou que o chavismo não quer se submeter a uma nova
eleição e por isso apresenta a Constituinte. "Não existe na Constituição
que o país tenha que aceitar uma Constituição que apenas um grupo decide",
criticou.
Capriles
afirmou que a atual Carta Magna dá ao presidente apenas a possibilidade de
reformar a Constituição. A decisão de iniciar o processo constituinte, segundo
o opositor, cabe apenas ao eleitorado, de cerca de 20 milhões de venezuelanos.
O
também governador do estado de Miranda anunciou que a MUD organizará um
protesto amanhã e marchará em direção ao escritório do chefe da comissão
presidencial para a constituinte, o ministro de Educação, Elías Jaua, para
entregar um documento que comunica a decisão da oposição ao processo.
"Se
Maduro insiste na convocação da constituinte, o povo venezuelano é quem deve
tomar essa decisão", indicou Capriles.
Segundo
Capriles, a exigência da MUD é a realização de eleições livres e democráticas
no país. Além disso, ele alertou a possibilidade de o governo insistir no
caminho estabelecido por Maduro para que o país tenha duas Constituições
simultâneas.
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