A
oposição da Venezuela boicotou um encontro nesta segunda-feira (8) para
discutir o plano do presidente Nicolás Maduro de uma nova assembleia popular,
promovendo protestos nas ruas, novamente bloqueadas pelas forças de segurança,
que usaram gás lacrimogêneo. As informações são da Agência Reuters.
Em
cenas familiares em cinco semanas de agitações, jovens com máscaras de gás e
escudos improvisados enfrentaram a polícia e tropas da Guarda Nacional em
Caracas, após centenas de manifestantes serem impedidos de chegar a órgãos do
governo.
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Em
Maracaibo, segunda maior cidade da Venezuela, cerca de 300 manifestantes que
gritava “Fora Maduro!” e “Não à ditadura” foi dispersada com uso gás
lacrimogêneo.
Denunciando
Maduro como um autocrata que destruiu a economia do país, a oposição da
Venezuela demanda eleições para resolver a grave crise política por que passa.
Maduro,
sucessor de Hugo Chávez, diz que seus adversários tentam um golpe com apoio dos
Estados Unidos. Ele está instalando uma Assembleia Constituinte com poder de
reescrever a Constituição e reorganizar poderes públicos.
Nenhum
representante da coalizão da oposição Unidade Democrática foi ao palácio
presidencial Miraflores nesta segunda-feira, apesar de convite do ministro da
Educação, Elías Jaua, que está liderando o processo da Assembleia Constituinte.
“É
um truque para se manterem no poder”, disse Júlio Borges, líder da Assembleia
Nacional, onde a oposição conquistou maioria em 2015. “A única maneira de
resolver esta crise é um com voto livre.”
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