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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Anistia Internacional faz ato em solidariedade a gays perseguidos na Chechênia


Ativistas da Anistia Internacional fizeram na tarde de hoje (16) um ato público contra as violações de direitos humanos cometidas pelo governo da Chechênia, na Rússia, a homens homossexuais, que incluem a detenção, tortura e assassinato. O ato é parte de uma ação global. Para mostrar solidariedade às vítimas, os ativistas colocaram 600 vasos de flores coloridas em frente ao portão do Consulado-Geral da Rússia em São Paulo.

De acordo com informações da Anistia Internacional, o jornal independente Novaya Gazeta relata que mais de 100 homens foram sequestrados por agentes públicos desde abril. Para a entidade, os eventos recentes são considerados uma escalada da homofobia na sociedade chechena.

Segundo a assessora de ativismo e mobilização na Anistia Internacional, Jandira Queiroz, há relatos da existência de um local semelhante a um campo de concentração para onde essas pessoas são levadas. Algumas conseguem fugir ou são devolvidas às famílias, que devem prometer que “tomarão providências para resolver o problema”. Os relatos dão conta ainda de que o governo tem sistematicamente empreendido perseguições para humilhar e torturar homens suspeitos de serem homossexuais ou bissexuais, além de obrigar essas pessoas a delatarem outros homens gays.

“É uma campanha de ódio, perseguição e violência que está sendo perpetrada contra os homens gays em função de uma cultura que eles querem estabelecer e fortalecer na região de que a homossexualidade não existe. A Anistia Internacional reitera que toda forma de expressão é um direito humano e que a homossexualidade e a transgeneridade também são formas de expressão que devem ser respeitadas e protegidas pelo Estado”, disse Jandira.

A Anistia Internacional já reuniu mais de 500 mil de assinaturas em todo o mundo para a petição que pede o fim da perseguição contra homens gays na Chechênia. A organização formalmente solicitou às autoridades locais uma investigação criminal completa e que sejam tomadas todas as medidas necessárias para garantir a segurança das pessoas que possam estar em risco. Além disso, pressiona países a acolher estes homens que estão fugindo da Rússia.


Jandira explicou que no Brasil o ato aconteceu hoje para aproveitar a visibilidade da 21ª Parada do Orgulho LGBT, considerada a maior do mundo, que será realizada no domingo na capital paulista. “Queremos aproveitar esse momento em que temos olhos do mundo inteiro voltados para cá e, além disso, muitas pessoas que vêm a São Paulo para manifestar seu orgulho e sua solidariedade à população LGBT brasileira. Então convidamos todos para trazerem sua própria flor e manifestar sua solidariedade e seu repúdio a essa campanha de violência”.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Cuba convoca para outubro eleições prévias à substituição presidencial


Cuba convocou para outubro deste ano as eleições para escolher os delegados para as assembleias municipais (câmaras de vereadores), o primeiro passo antes da designação de um novo presidente, já que Raúl Castro se comprometeu a deixar o cargo em fevereiro de 2018. A informação é da Agência EFE.

Uma nota do Conselho de Estado de Cuba publicada hoje (14) nos jornais estatais Granma e Juventud Rebelde esclarece que em 22 de outubro acontecerá o primeiro turno das eleições municipais, mas não detalhou a data dos pleitos provinciais e nacionais.

"A data em que acontecerão as eleições para escolher, para um mandato de cinco anos, os delegados das assembleias provinciais e os deputados da Assembleia Nacional do Poder Popular (parlamento unicameral) será apresentada no momento oportuno", diz o texto.

Além disso, a nota afirma que, se for necessário um segundo turno, ele será realizado em 29 de outubro nos distritos onde nenhum dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos válidos.

A ilha iniciou o processo eleitoral em maio, quando foi anunciado que o serviço de consulta e atualização de domicílio aos cidadãos com direito a voto estaria disponível nos escritórios do Ministério do Interior (Minint).

As eleições municipais são o primeiro passo para que um cubano se torne deputado no parlamento, órgão que, por sua vez, elege o presidente do país.

Para o atual processo, a oposição quer apresentar candidatos independentes que não são filiados ao Partido Comunista, o único legalizado no país. Esses candidatos estão vinculados, em sua maioria, a plataformas populares dissidentes como #Otro18, Cuba Decide, Um cubano, um voto e o Movimento Cristão de Libertação Nacional.

Raúl Castro governa Cuba formalmente desde 24 de fevereiro de 2008, quando foi ratificado pela Assembleia Nacional, mas exercia o cargo desde 2006, quando o seu irmão, o hoje falecido Fidel Castro, delegou a ele o comando do país devido a uma grave doença.

Desde que assumiu a presidência, Raúl Castro assegurou que só ocuparia o cargo durante dois mandatos de cinco anos, mas deve permanecer até 2021 à frente do Partido Comunista, que controla as estruturas de poder no país.

Na falta de uma posição oficial, os prognósticos indicam uma substituição institucionalizada e a designação do vice-presidente Miguel Díaz-Canel, de 56 anos, como próximo governante da ilha.

Díaz-Canel é engenheiro de computação, entrou muito jovem no Partido Comunista e foi nomeado pelo próprio Raúl Castro como primeiro vice-presidente de governo em 2013.

A designação do vice-presidente como autoridade máxima da ilha materializaria também uma substituição geracional que o próprio Castro reconheceu como necessária e, por isso, no ano passado limitou para 60 anos a idade para ser integrante do Comitê Central do Partido Comunista e a 70 para exercer cargos de direção dentro da legenda.

No domingo (9), um grupo dissidente publicou nas redes sociais que Raúl Castro se encontrava "em estado grave", o que levantou especulações sobre o estado de saúde do governante.


No entanto, na segunda-feira (10), a televisão cubana divulgou imagens de Raúl Castro recebendo o chanceler de Luxemburgo, que faz uma visita oficial à ilha.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Promotores denunciam Trump por receber dinheiro de governos estrangeiros


E a destra vem confirmando a sua hipocrisia falaciosa mundo afora. O rato da vez é o senhor topete amarelado que o povo americano escolheu para ser seu representante. Fosse ele um político com viés sinistro, estaria causando furor entre os conservadores mundo afora. Porém, como ele é destro, eles devem estar colocando em cheque não a idoneidade do yellow mouse, mas sim a competência dos promotores que o denunciaram.

Os promotores-gerais de Maryland, Brian Frosh, e do Distrito de Colúmbia, Karl Racine, apresentaram nesta segunda-feira (12) uma denúncia contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por receber dinheiro de governos estrangeiros por negociações das quais ele não se desvinculou totalmente. As informações são da agência EFE.

Em coletiva de imprensa em Washington, Racine disse que o processo foi aberto na manhã de hoje em um tribunal federal por "flagrante violação" de Trump das provisões constitucionais contra a influência do dinheiro de interesses estrangeiros ou nacionais.

Eles consideram que "nunca antes" um presidente teve uma conjunção tão grande de interesses econômicos dos quais não se desvinculou, o que coloca a democracia em risco.

Frosh, por sua vez, espera que, eventualmente, os tribunais ou o Tribunal Supremo criem precedentes e determinem por lei que Trump deve fazer mais para se desligar dos seus negócios. O presidente já renunciou de todas as suas responsabilidades na Trump Organization.

Para os dois promotores-gerais, Trump está violando as cláusulas da Constituição, já que alguns governos, como o da Arábia Saudita por exemplo, estão melhorando as relações com a Casa Branca com gastos de milhares de dólares nos hotéis de Trump, como o Trump International Hotel, no centro de Washington, muito perto da Casa Branca.


Trump considera que sua saída dos postos de responsabilidade da Trump Organization e o seu compromisso de não falar de negócios com os filhos seriam suficientes para evitar conflitos de interesses.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Mulher do opositor Leopoldo López nega haver diálogo com governo venezuelano

Lilian Tintori, esposa do líder opositor preso Leopoldo López, negou nesta quarta-feira (7) que existam conversas entre o fundador do partido Vontade Popular (VP) e o governo da Venezuela, e assegurou que um processo "verdadeiro" de diálogo deveria incluir a plataforma política Mesa da Unidade Democrática (MUD). A informação é da Agência EFE.

"Eles dizem que é um diálogo, mas Leopoldo é um refém da República, está preso, incomunicável, isolado. Chegam à prisão para conversar e ele está ali preso", disse Tintori à EFE antes de participar de uma marcha opositora no leste de Caracas.

A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, assegurou ontem (6) que o governo iniciou um diálogo com López, detido há mais de três anos em um presídio militar. "Iniciamos um diálogo com o senhor Leopoldo López", disse ela durante um ato com militares em Caracas, dois dias depois da divulgação de um encontro seu com o fundador do VP na prisão militar onde ele cumpre pena.

A realização do encontro, do qual participou também o ex-chefe de governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, e o prefeito do munícipio de Libertador, Jorge Rodríguez, foi confirmada no domingo pela própria Lilian. Contudo, hoje, ela disse que "o diálogo tem que ser comunicado pela MUD - e isso não aconteceu, a palavra diálogo na Venezuela lamentavelmente está golpeada".

Além disso, Lilian  disse que López "não é juiz" para solicitar uma medida cautelar substitutiva de liberdade, como a prisão domiciliar, e que estas medidas "são outorgadas" e não exigidas. "Ele não pode pedir uma medida (cautelar), as medidas são outorgadas pelo Tribunal Supremo de Justiça, nem sequer pela Procuradoria, porque o caso de Leopoldo repousa hoje no Tribunal Supremo, essa não é uma decisão dele, nem minha", comentou.


A esposa do opositor declarou ainda que na reunião na prisão o opositor não fez pedidos, apesar de ele ter exigido que pudesse ver seus advogados, falar com a família por telefone e ter acesso a jornais. "Até que esses mínimos direitos não sejam respeitados para Leopoldo, e todos os presos políticos, não podemos pensar que há abertura a um diálogo", destacou Lilian.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Trump deve retirar EUA do Acordo de Paris


Com base em fontes do governo, imprensa americana antecipa saída do país do pacto climático que visa conter aquecimento global. No Twitter, presidente diz que vai anunciar sua decisão nos próximos dias.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve retirar seu país do Acordo climático de Paris, antecipou a mídia americana nesta quarta-feira (31/05), citando fontes do governo.

De acordo com o site Axios, que divulgou a notícia em primeira mão citando duas fontes com conhecimento direto sobre o assunto, Trump tomou a decisão de sair do acordo histórico para a redução das emissões globais de carbono. Assinado em 2015 por quase 200 países, o pacto visa frear o aquecimento global.

Vários meios de comunicação dos EUA, incluindo as emissoras CNN, CBS e ABC, além dos jornais Politico e The New York Times também relataram que a Casa Branca deve anunciar a saída americana do acordo assim que os detalhes do processo estiverem definidos.

A Casa Branca não confirmou as divulgações da imprensa americana, e Trump reafirmou que sua decisão será anunciada ainda esta semana. "Vou anunciar minha decisão sobre o Acordo de Paris nos próximos dias", escreveu, em sua conta no Twitter.

No último fim de semana, enquanto participava da cúpula de líderes do G7 na Sicília, o presidente americano já havia antecipado via Twitter que tomaria a "decisão final" sobre o assunto nesta semana. Segundo a Casa Branca, Trump queria escutar os parceiros do G7, o grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo, antes de tomar uma decisão a respeito.

Durante sua campanha eleitoral, Trump criticou duramente o Acordo de Paris e questionou as mudanças climáticas, fenômeno que chegou a qualificar de "invenção" dos chineses. Já como presidente, ele decidiu iniciar um processo para revisar se interessa aos EUA continuar fazendo parte do pacto.

Apesar da pressão exercida pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e da chanceler federal alemã, Angela Merkel, a declaração final da cúpula do G7 reconheceu que os Estados Unidos "não estão em posição de alcançar um consenso" sobre a luta contra as mudanças climáticas. Os membros do G7, com exceção dos EUA, reiteraram nessa declaração o compromisso de implementar "rapidamente" o Acordo de Paris.

Assinado em 2015 por quase 200 países, o pacto estabelece metas para a redução de emissões de gases do efeito estufa e a diminuição de uso de combustíveis fósseis. As medidas visam limitar o aquecimento global ao máximo de 2 ºC acima dos níveis pré-industriais.


Do DW

O que seria da defesa europeia sem os EUA?


Sem o apoio de Washington e seu poder de dissuasão nuclear, Rússia poderia alterar equilíbrio de poder na Europa, afirmam especialistas. Merkel e Macron têm nas mãos chave para autossuficiência europeia na área militar.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou que é hora de a Europa tomar seu destino em suas próprias mãos. Países que estão pagando menos do que deveriam à Otan começam, naturalmente, a se sentir incomodados quando os EUA ameaçam um apoio "moderado" àqueles que não cumprem o determinado pela aliança, que é destinar 2% de seu PIB a gastos com defesa. Se o presidente americano, Donald Trump, tornar realidade suas ameaças, que tipo de segurança a própria Europa poderá proporcionar a si mesma?

Nick Witney, ex-funcionário da Agência Europeia de Defesa (AED) e atual integrante do think tank Conselho Europeu de Relações Exteriores, afirma que nunca houve uma necessidade mais premente – nem uma oportunidade melhor – de a Europa levar isso a sério. Com ameaças de Trump vindo de uma direção, e as da Rússia, do outro, a eleição do novo presidente da França, Emmanuel Macron, dá a Merkel o melhor conjunto de circunstâncias que ela pode ter para fortalecer a autossuficiência da Europa.

"A Europa deveria parar de choramingar e ver isso como uma útil chamada para acordar", frisa Witney. "Tem sido muito fácil reconhecer o que precisa ser feito e dizer 'talvez no próximo ano, quando a situação orçamental for mais fácil'", acrescenta.

"É preciso haver um levantamento rigoroso de onde estamos perdendo coisas, onde estamos gastando grandes somas de dinheiro, nos prendendo a coisas que não têm utilidade, e onde precisamos cortar gastos desnecessários", diz.

Lições não aprendidas
Quando governos europeus tentaram assumir a liderança em 2011, no que viria a ser uma intervenção militar da Otan na Líbia, eles não conseguiram fornecer sua própria inteligência, sistemas de reconhecimento ou de vigilância. Itens básicos, como munição, se esgotaram rapidamente, fazendo com que os europeus dependessem do apoio dos EUA.

"Nós deveríamos finalmente nos dar conta e desativar centenas de milhares de bombas convencionais e investir em munições inteligentes", propõe o especialista. "Mas tenho certeza de que isso ainda não aconteceu", lamenta.


Sven Biscop, diretor do Instituto Real de Relações Exteriores da Bélgica, concorda que a melhor esperança da Europa para a autossuficiência é finalmente cooperar em investimentos de defesa.

"Com essa política Trump first, os interesses dos EUA podem ou não coincidir com os da Europa. E quando eles não coincidem, a Europa não terá uma escolha sobre que mãos seguram seu destino", avalia, recomendando uma política "Europa first" como esposta.

Russos superestimados
Biscop diz que a ameaça militar russa para a Europa é superestimada, mas que mesmo assim não pode ser enfrentada pela Europa, por esta não investir em armamentos estratégicos.

"A Rússia é mais fraca do que parece. Os 28 Estados da União Europeia (UE), com 1,5 milhão de pessoas de uniforme, são mais fortes, mas não fortes o suficiente", enfatiza. "Quando se trata de projetar forças para fora do nosso próprio território, não podemos fazê-lo sem os EUA, porque não investimos em equipamentos estratégicos – transportes de longa distância, satélites, aviões com reabastecimento ar-ar", enumera o especialista.

Ele avalia que o desenvolvimento dessas capacidades deve ser uma prioridade da Europa. Biscop espera que Merkel e Macron se alinhem para a formação de um grupo central de países que iria partilhar o custo desse tipo de itens. Mas ele frisa que a tarefa não deve ser fácil.

"Até porque cada indústria de defesa nacional é relutante em abrir mão de seu nicho", sublinha. Biscop acredita que a união de forças para pagar esses custos não só faria com que preocupações econômicas se tornassem menos críticas, mas também as capacidades ampliadas tornariam obsoletos os tão alardeados 2% por cento do PIB.

Bruno Lete, especialista em segurança e defesa da fundação americana German Marshall Fund (GMF), concorda que a Europa esteja caminhando devagar, apesar de dispor de uma das mais poderosas e tecnologicamente avançadas forças armadas do mundo.

"Sem a capacidade única de formação de coalizão dos Estados Unidos dentro da Otan, hoje a Europa iria ter dificuldades para unir e organizar eficazmente sua própria defesa", crê Lete, citando a necessidade de facilitadores estratégicos dos EUA, além das "plataformas americanas de comando, controle e inteligência".

"É particularmente nesses domínios que falta pegada à Europa, e onde os EUA estão acrescentando muito valor", complementa Lete. "Se a Europa quer cuidar de sua própria defesa, é essa lacuna é que ela terá de resolver em primeiro lugar."

Dissuasão nuclear
Witney coloca mais uma preocupação no topo da lista: a perda potencial das capacidades nucleares americanas como fator de dissuasão. Com a saída do Reino Unido da UE, o que coloca em um limbo a relação dos britânicos com o bloco, a missão de exercer o poder de dissuasão nuclear passa a ficar a cargo da França, segundo o especialista.

"A mudança exigiria um ajuste de atitude", considera Witney. "E não apenas nos franceses. Os alemães nunca gostaram de estar sob o guarda-chuva nuclear de ninguém", diz. "Mas se for o caso, eles preferem estar sob a proteção americana do que dar aos franceses a condição de 'protetores da Europa'." 


Witney frisa que, sem os EUA, os europeus vão ter que superar esse problema e encontrar maneiras de compartilhar o "guarda-chuva nuclear", bem como de realizar uma divisão de responsabilidades e custos.

Via DW

Trump anunciará em breve endurecimento da política dos EUA para Cuba

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja anunciar em breve em Miami, na Flórida, uma série de mudanças na política para Cuba que pode endurecer significativamente as condições para o comércio e as viagens de americanos à ilha. As informações foram confirmaradas à Agência EFE nesta terça-feira (31) por três fontes próximas ao processo.

Ao chegar ao poder em janeiro, Trump ordenou que sua equipe fizesse uma revisão da política de abertura a Cuba, estabelecida a partir de dezembro de 2014 por seu antecessor, o ex-presidente Barack Obama.

A revisão está perto de terminar e a equipe de Trump pretende apresentar ao presidente uma série de opções para que ele decida qual tomar, disse hoje à EFE uma fonte do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Segundo fontes próximas ao processo de revisão, a Casa Branca já decidiu que Trump fará nas próximas semanas um discurso semelhante a um comício em Miami para detalhar as mudanças. O evento estaria programado para ocorrer em meados de junho: "está certo que Trump vai a Miami e fará um discurso, mas os detalhes ainda estão sendo negociados".

Entre as possíveis mudanças está a proibição de empresas dos EUA de negociar com companhias ou órgãos que estejam ligados às Forças Armadas Revolucionárias (FAR) de Cuba. Outra revisão prevê a imposição de mais restrições a viagens de americanos à ilha.

Também é provável que Trump anule a ordem executiva publicada por Obama em 2016, que servia como guia esclarecendo a responsabilidade de cada órgão do governo norte-americano na nova relação com Cuba.

Ainda que Trump não esteja cogitando romper as relações ou fechar a embaixada dos EUA em Havana, as mudanças estão longe de ser meramente simbólicas, afirmaram as fontes consultadas pela Agência EFE.

"Essa é uma marcha ré significativa em relação à política de aproximação de Obama", afirmou uma fonte, que defende o fim do embargo comercial a Cuba.
"Proibir todas as transações relacionadas com o Exército cubano pode parecer inócuo, mas, na prática, isso sufocará todo o comércio com Cuba", avaliou a fonte consultada pela EFE.

Para o Departamento do Tesouro dos EUA é difícil ter certeza de que uma empresa estatal cubana não tem vínculo com as FAR. Isso criaria incerteza para as companhias americanas, que não vão se arriscar.

Trump também pode instruir o Departamento de Estado a focar mais nos direitos humanos, segundo John Kavulich, que preside o Conselho Comercial e Econômico EUA-Cuba, um grupo de empresas americanas interessadas em fazer negócios com a ilha.

Turismo
Ainda que o turismo de americanos em Cuba não seja permitido, Obama relaxou as restrições de viagem e autorizou que cidadãos dos EUA se autodeclarassem participantes de uma visita educativa, cultural ou de outro tipo à ilha.

Kaluvich explicou que a intenção da equipe de Trump é, pelo menos, reforçar os controles de imigração para que os americanos que retornem de Cuba provem que viajaram à ilha pelos motivos alegados.

Outra opção é eliminar a autocertificação de Obama e obrigar que todos obtenham licenças específicas para viajar a Cuba, algo que pode desestimular os turistas e dificultar as operações das companhias aéreas que estabeleceram rotas regulares para a ilha.

Dois republicanos de origem cubana foram essenciais no processo de revisão da Casa Branca: o senador Marco Rubio e o congressista Mario Díaz-Balart. Todos teriam recebido garantias do próprio Trump de que o presidente endureceria as políticas para Cuba se eles colaborassem com o presidente em vários temas, como as indicações de membros para formar o governo e a lei de reforma da saúde.


Rubio segue negociando com a Casa Branca o conteúdo do discurso de Trump, mas, por enquanto, a equipe de estrategistas do presidente tem levado a melhor no debate interno sobre quase todos os órgãos do governo, que se mostraram favoráveis a manter a política de Obama para Cuba, afirmaram duas das fontes ouvidas pela EFE.

Coreia do Norte diz estar pronta para testar míssil intercontinental

A Coreia do Norte afirmou hoje (31) que está pronta para realizar um teste de um míssil balístico intercontinental (ICBM) "a qualquer momento". A informação é da agência de notícias EFE.

As forças armadas norte-coreanas "estão prontas para a realização de um teste real de um ICBM a qualquer momento e em qualquer lugar, apenas aguardando uma ordem do líder supremo" Kim Jong-un, segundo informa um artigo do jornal Rodong Sinmun, órgão oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.

O próprio Kim Jong-un disse em seu anúncio de Ano Novo que o país estava na fase final do desenvolvimento de um míssil deste tipo, que, no futuro, pode alcançar o território americano com uma arma nuclear, o que daria ao regime recurso importante para a sua sobrevivência.

No texto divulgado pela agência estatal KCNA e em que o regime de Pyongyang analisa o teste americano, os norte-coreanos afirmam que nenhuma força estrangeira poderá parar os avanços do país asiático, "uma potência nuclear e de mísseis no Oriente".

A Coreia do Norte disse que seguirá fortalecendo sua capacidade de "autodefesa" diante da "política hostil" dos Estados Unidos e advertiu que o governo do presidente Donald Trump tome "a decisão correta" já que se encontra "entre a vida e a morte".


A mensagem de Pyongyang chega um dia depois de Washington ter realizado, com sucesso, em sua costa ocidental, um teste de intercepção de um míssil balístico intercontinental, no meio da crescente tensão militar com a Coreia do Norte.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Governo dos EUA diz que está revisando suas políticas em relação a Cuba

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está revisando sua política com Cuba devido à situação de direitos humanos na ilha, afirmou nesta terça-feira (30) o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer. "A política de direitos humanos é muito importante e, por isso, estamos revisando nossa política com Cuba", disse Spicer em entrevista coletivaa. A informação é da EFE.

O porta-voz não detalhou o que está sendo revisado nas relações com Cuba, país com o qual os EUA iniciaram um processo de degelo e aproximação em dezembro de 2014 durante o mandato do ex-presidente Barack Obama, um gesto que pôs fim a meio século de inimizade e bloqueios econômicos e desembocou no restabelecimento de relações.

Spicer fez estas declarações em resposta a uma pergunta sobre a conversa por telefone que Trump teve em abril com o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, na qual o mandatário americano, segundo o jornal The Washington Post, felicitou seu colega filipino por seu "incrível trabalho" na luta contra as drogas, que deixou mais de 7 mil mortos desde sua posse, em junho do ano passado.

Inesperadamente, o porta-voz Spicer ligou essa resposta com o tema da revisão da política americana em relação a Cuba, sem que houvesse qualquer pergunta a respeito.


Alguns veículos de comunicação americanos informaram que Trump deve anunciar suas mudanças na política de Obama em relação à ilha caribenha em uma visita que ele fará em junho a Miami (Flórida), onde vive uma grande colônia de exilados cubanos. A Casa Branca, no entanto, não confirmou essa informação.

Oposição venezuelana contabiliza 257 feridos após protesto em Caracas


O líder opositor venezuelano Henrique Capriles afirmou que 257 pessoas sofreram ferimentos durante a manifestação de segunda-feira (29) contra o governo de Nicolás Maduro, em Caracas, que foi dispersada com bombas de gás lacrimogêneo lançadas por agentes das forças de segurança. As informações são da Agência EFE.

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"Temos no dia de hoje 257 feridos", disse Capriles durante uma coletiva de imprensa na qual fez um balanço da manifestação e convocou uma marcha amanhã (31) até o Ministério de Interior e Justiça para pedir ao titular da pasta que detenha a "repressão" aos protestos.

O líder opositor detalhou que só no município de Baruta foram contabilizados 147 feridos, dos quais 46 apresentaram "traumatismos pelo impacto de bombas de gás lacrimogêneo", 25 sofreram asfixia pelos gases, enquanto outros 64 foram feridos com "balas de borracha, bolas de gude, esferas e barras de metal".

Além disso, declarou que o deputado Carlos Paparoni, que ficou ferido na cabeça ao ser derrubado pelo jato de água lançado por um veículo antidistúrbios, apresentou "traumatismo cranioencefálico".


Capriles, duas vezes candidato à presidência da Venezuela, calcula que 62 pessoas já morreram nos protestos contra o governo que começaram no último dia 1º de abril. A procuradoria venezuelana estima que 59 pessoas morreram e mais de mil se feriram em manifestações.

Capriles denuncia plano para atacar sedes diplomáticas na Venezuela


O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, disse nessa segunda-feira (30) que a mobilização convocada para hoje (30), em Caracas, será na sede do Ministério do Interior e não mais nas embaixadas, como estava previsto. Ele denunciou um suposto plano para "atacar" as sedes diplomáticas. A informação é da Agência EFE.

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"Ficou cancelada essa visita às embaixadas, não vamos para as embaixadas. Sabemos, de pessoas dentro do governo, do plano que tinha sido montado para atacar as sedes diplomáticas", advertiu Capriles, em entrevista divulgada nas redes sociais.

A oposição tinha chamado os manifestantes a se mobilizar nas várias embaixadas e consulados credenciados no país, um dia antes da reunião de chanceleres que será realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para analisar a crise venezuelana.

Capriles afirmou que a intenção do suposto esquema é "refutar, continuar no processo de deslegitimar um protesto que tem a verdade na sua mão".

O governador do estado de Miranda disse ainda que os manifestantes seguirão para a sede do Ministério do Interior e Justiça, em Caracas, "um dos grandes culpados de todas as mortes, dos feridos e por tudo que está ocorrendo no país".
"Isso que aconteceu hoje, todos esses feridos, tudo (que) ocorreu no dia de hoje, vamos encontrar amanhã nas ruas do país", disse o dirigente do partido opositor Primeiro Justiça, ao se queixar da atuação da polícia contra os protestos.


Há dois meses, uma onda de manifestações a favor e contra o presidente Nicolás Maduro começou na Venezuela, deixando 59 mortos e milhares de feridos.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Família de Herzog pede condenação do Brasil em corte internacional


Durante audiência nessa quarta-feira (24) na sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos na Costa Rica, a família de Vladimir Herzog pediu a responsabilização do Estado brasileiro pela impunidade em relação ao assassinato do jornalista por agentes da ditadura militar e a revisão da Lei da Anistia para que os responsáveis por sua morte possam ser identificados e punidos.

Saiba mais:

Em sua fala, Clarice Herzog casada à época com Vlado e presidente do Instituto Vladimir Herzog, disse esperar que a Corte exija do Estado brasileiro o fim da impunidade e preste explicações sobre as circunstâncias da morte de Herzog aos familiares. “A sociedade tem direito de saber o que aconteceu. Os familiares que tiveram essa perda nunca tiveram nada [de reparação]. Abri uma ação e depois dessa vieram outras e nunca houve uma resposta. Ignoraram tudo e nós ficamos lá no passado”, disse perante a Corte.

O procurador da República Sérgio Suiama apontou a necessidade de reabertura das

Sem oposição em plenário, Câmara aprova seis MPs


Com a ausência de deputados da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (24) seis medidas provisórias (MPs) que trancavam a pauta de votações da Casa. A aprovação das MPs ocorreu sem a presença da oposição que decidiu se retirar do plenário em protesto contra a edição do decreto do presidente Michel Temer que autorizou a presença das Forças Armadas nas ruas do Distrito Federal.

Saiba mais:

A decisão de abandonar o plenário foi tomada por deputados do PT, PSOL, Rede, PDT, PCdoB e PMB. Após o reinício dos trabalhos, o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), anunciou que os partidos de oposição decidiram retirar todos seus deputados do Plenário em protesto contra o decreto do presidente Michel Temer que prevê o emprego das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios entre os dias 24 e 31 de maio para “garantir a lei e a ordem".

“Estamos inaugurando uma nova fase na história do Brasil. Para reprimir uma manifestação popular com mais de 100 mil pessoas, se coloca o Exército na rua. Isso é

terça-feira, 23 de maio de 2017

Nicolás Maduro assina decreto com proposta para eleger Assembleia Constituinte

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou hoje (23) um decreto com a proposta de eleger 540 parlamentares para redigir uma nova Constituição, assunto que foi enviado ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para revisão. A informação é da Agência EFE.

Saiba mais:

Maduro reiterou que os redatores da nova Carta Magna serão escolhidos mediante "voto universal, direto e secreto" e em "âmbitos territoriais e setoriais".

Ele detalhou que 364 serão escolhidos mediante eleições territoriais tradicionais: dois em cada capital dos 23 estados e um em cada um dos 335 municípios do país, com exceção do município de Libertador, em Caracas, onde serão eleitos sete representantes.

Além disso, os povos indígenas escolherão oito deputados, que se somarão aos 364 territoriais na Assembleia Nacional Constituinte que será unicameral e instalada nas 72 horas posteriores à proclamação dos vencedores.

Oito grupos setoriais
Em relação às eleições do âmbito setorial, Maduro disse que se dividirão em oito grupos formados por trabalhadores, camponeses e pescadores, estudantes, pessoas com incapacidade, povos indígenas, pensionistas, empresários e conselhos comunais.  Segundo o presidente, para estas eleições o CNE deverá solicitar os registros às instituições oficiais. Maduro ressaltou que se elegerá um representante para cada 83 mil eleitores.

O presidente destacou que nenhum eleitor poderá estar em mais de um registro setorial e que todos estes agrupamentos escolherão seus constituintes "em listas nacionais, mediante o princípio de representação maioritária", salvo as comunas e conselhos comunais onde a seleção será feita "regionalmente".

Para concorrer à vaga de constituinte, o candidato deve ser venezuelano de nascimento, sem ter outra nacionalidade, ser maior de 18 anos na data da eleição, ter residido pelo menos cinco anos no território que pretende representar e estar inscrito no registro eleitoral.

Além disso, os que postularem o posto por iniciativa própria deverão solicitar o apoio de 3% do registro eleitoral de seu setor ou território e, no caso das votações setoriais, será necessária uma constância que assegure a inscrição nos agrupamentos respectivos.

O decreto diz ainda que não serão eleitos suplentes e que os escolhidos gozarão de imunidade e terão dedicação exclusiva.


A Assembleia Nacional Constituinte terá como sede o salão elíptico do Palácio Federal Legislativo e funcionará sob o mecanismo instaurado em 1999, quando se escreveu a atual Constituição.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Sobe para 49 o número de mortos durante protestos na Venezuela

Com a morte, nesta segunda-feira (22), no estado de Barinas, Oeste da Venezuela, de um jovem de 19 anos atingido por um tiro durante uma manifestação, chega a 49 o número de mortes nos últimos protestos no país informou o Ministério Público. 

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Em um comunicado, o MP venezuelano indica que designou a procuradora estadual Obdulia Díaz "para investigar a morte de Yorman Alí Bervecia Cabeza, ocorrida hoje durante uma manifestação".

O organismo detalhou que a vítima, segundo informação preliminar, "encontrava-se no lugar no qual desenvolvia-se uma manifestação, quando recebeu um disparo".
Após ser ferido, Bervecia Cabeza foi transferido a um centro de saúde próximo onde, segundo a procuradoria, já "ingressou sem sinais vitais".

A recente onda de protestos antigovernamentais na Venezuela começou no último dia 1º de abril, depois que o Supremo Tribunal assumiu algumas das funções do Parlamento, o que foi visto pela oposição como um "golpe de Estado".


Desde então, algumas das manifestações se transformaram em confrontos violentos que já deixaram 49 mortos e mais de 100 feridos, segundo relatórios do Ministério Público e dirigentes da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática.

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Dag Vulpi

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