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terça-feira, 27 de junho de 2017

Morre ex-juiz colombiano que tentou expulsar Pelé de campo e acabou expulso


Morreu no início desta semana, em Medellín, na Colômbia, o ex-árbitro Guillermo Velásquez, aos 84 anos, celebrizado na história do futebol mundial por tentar expulsar Pelé de campo e acabar ele próprio expulso para que o jogo pudesse continuar com o craque brasileiro em partida do Santos contra a seleção sub-23 colombiana, em Bogotá, conforme exigia o público que lotava o Estádio El Campín.

O fato aconteceu no dia 17 de julho de 1968, e o Santos era a equipe mais poderosa do mundo, com Pelé no auge da forma, durante um dos inúmeros amistosos que o time disputava pelo mundo naquela época. Era comum a equipe paulista golear os adversários, mesmo os principais times do mundo, com Pelé marcando gols em quase todos os jogos.

Guillermo Velásquez era do quadro da Fifa e um dos principais árbitros do futebol mundial, que durante a carreira apitou em quatro Jogos Olímpicos e na Copa do Mundo de 1970, no México, na qual o Brasil foi tricampeão com Pelé como seu principal destaque.

Durante o jogo entre seleção colombiana sub-23 e Santos, pouco antes do final do primeiro tempo, Pelé fez uma falta violenta, por trás, no zagueiro colombiano Luis Eduardo Soto. Velásquez não hesitou: na época, não existia cartão vermelho – nem amarelo – no futebol, e o árbitro simplesmente apontou o vestiário para o craque brasileiro. Mas ele não chegou a sair de campo, e sim o árbitro.

Revolta da torcida
A expulsão de Pelé provocou a revolta do time do Santos, que partiu para cima do árbitro. Mas, pior ainda para ele, é que a torcida colombiana também começou a protestar com gritos e vaias por todo o estádio e a situação começou a se tornar perigosa para a segurança de todos. Afinal, os torcedores estavam lá e pagaram ingresso exatamente para ver Pelé jogar.

Para evitar que a situação se agravasse, a federação colombiana tomou uma atitude inédita no futebol mundial: decidiu substituir o juiz e permitir que Pelé continuasse em campo. Nos dias de hoje, seria como um autêntico cartão vermelho para o árbitro, que alegou como motivo da expulsão, além da falta praticada por Pelé, ter sido ofendido pelo jogador.

Conforme Velasquez relatou anos mais tarde à imprensa colombiana, foi o assistente número 1 da arbitragem (ou bandeirinha, como se dizia na época), Omar Delgado, quem lhe levou o recado sobre seu afastamento da partida determinado pelos dirigentes colombianos, e a ordem para que Delgado apitasse o restante do jogo. Velasquez se conformou, deixou o gramado, e a partida continuou sem problemas, terminando com a vitória do Santos por 4 a 2, com um gol de Pelé, que, naquele ano, marcou 54 vezes com a camisa santista pelo mundo afora.

Surgimento dos cartões

Os cartões amarelo e vermelho no futebol, para advertir e expulsar jogadores, só foram introduzidos no futebol pela Fifa no Mundial de 1970, sendo que nenhum cartão vermelho foi aplicado durante o torneio. No mundial de 1930, na partida entre Romênia x Peru, o árbitro chileno Albert Warren expulsou de campo, sem cartão, o atleta peruano Garlindo, sendo esta a primeira expulsão registrada em mundiais.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Laudo técnico aponta avarias na cobertura do Maracanã na Rio 2016


A Concessionária Maracanã Entretenimento encaminhou hoje (11) ao governo fluminense laudo técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) sobre os danos causados à lona de cobertura do estádio durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, acompanhado de comparativo com os danos ocorridos na Copa do Mundo de 2014. Segundo a concessionária, cabe ao governo do Rio de Janeiro, na condição de poder concedente, decidir a providências que serão tomadas.

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Elaborado pelo IPT em fevereiro deste ano por solicitação da concessionária, que reassumiu a gestão do Maracanã em janeiro após receber o equipamento do Comitê Rio 2016, organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, o relatório aponta que somente um dos 120 painéis da cobertura do estádio não apresenta anomalias.

Os técnicos do IPT analisam que as avarias não provocam risco imediato ao público, à exceção de eventuais goteiras. No médio e longo prazo, porém, a avaliação é que o tempo de vida útil da cobertura será prejudicado caso os reparos necessários não sejam efetuados.

A conclusão da concessionária é que a lona de cobertura, que tem prazo estimado em 25 anos, está comprometida e pode apresentar áreas de goteiras no curto prazo, além de sofrer deterioração e rompimento das suas três camadas em cerca de cinco a dez anos. Cada painel é dividido em 22 seções, o que configura um total de 2.640 subpainéis, dos quais 586 teriam avarias, sendo 361 afetados diretamente pela queima de fogos de artifício.

Danos
O documento do IPT classifica os danos em três graus. Na primeira categoria, estão os danos considerados mais leves ou superficiais, como riscos e marcas, que afetaram 6% das membranas da cobertura. Os danos de grau dois danificaram as camadas externas feitas de teflon, cuja função é proteger as membranas da ação do sol e da chuva e atingiu 14% das membranas. Os danos mais graves compõem a terceira categoria de avarias. A concessionária informou que totalizam 92 furos com até três centímetros de diâmetro e afetaram 3% dos subpainéis vistoriados.

A concessionária disse ter advertido o governo fluminense sobre os riscos para a lona que, apesar de ser incombustível, não deve suportar peso ou calor excessivos e que na apresentação das bandas Foo Fighters, Pearl Jam, Rolling Stones e Coldplay, em shows feitos no Maracanã sob sua gestão, nos anos de 2015 e 2016, foi proibida a utilização de fogos de artifício, obedecendo ao manual técnico da cobertura. Também não foi colocada carga na estrutura acima da permitida pelo manual.

Copa
O laudo do IPT faz comparação com o relatório emitido depois da Copa do Mundo de 2014, por encomenda da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que apurou a ocorrência de 116 subpainéis danificados por ação de fogos de artifício.

Na ocasião, a Fifa teve que pagar R$ 16 milhões, em dezembro de 2015, para custeio dos reparos necessários à lona. A Concessionária Maracanã informou que como os reparos demandariam tempo de execução de até dez meses, o governo fluminense não permitiu que fossem feitos porque coincidiriam com o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em que o estádio ficaria sob a administração do Comitê Rio 2016.


Procurada pela Agência Brasil, a concessionária respondeu que não teria porta-voz para comentar o laudo. O governo do estado recebeu o documento e procederá à sua análise, antes de divulgar qualquer posicionamento a respeito, informou a assessoria do Palácio Guanabara.

Empresa francesa desiste de comprar concessão do Maracanã


A empresa francesa Lagardère informou hoje (11) que desistiu de comprar as ações majoritárias da concessionária Maracanã, em poder da Odebrecht, que administra o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. “Ficou impossível sustentar junto à matriz o que o governo fez”, diz o comunicado, referindo-se à possibilidade de nova licitação, admitida pelo governo fluminense em audiência pública recente.

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No comunicado, a Lagardère cita “a instabilidade que a [Secretaria Estadual da] Casa Civil criou ao admitir voltar atrás no processo que ele [governo] escolheu como ideal. Isso depois de mais de um ano, centenas de documentos e garantias, quando o pré-contrato entre as empresas [Lagardère e Odebrecht] já estava assinado e tínhamos 30 pessoas no estádio há 20 dias. Esse fato repercutiu muito mal na França, que determinou que saíssemos do processo de compra, por não haver mais confiança no governo”.

A Concessionária Maracanã informou, em nota, ter recebido a decisão da Lagardère de se retirar da negociação e repassou a decisão ao governo fluminense. ”A Concessionária aguarda agora a decisão da Câmara Arbitral da Fundação Getulio Vargas, que vai definir os termos da rescisão do seu contrato com o governo do estado”, diz a nota. A Câmara de Mediação e Arbitragem da FGV foi um fórum acordado entre as duas partes, que preferiram a arbitragem a um processo judicial.

Procurada pela Agência Brasil, a Câmara Arbitral da FGV disse não poder se manifestar sobre o assunto, uma vez que o processo de arbitragem corre em sigilo. O governo fluminense, por sua vez, não quis comentar a desistência da Lagardère para administrar o Maracanã. Também por meio de nota, limitou-se a dizer que “essa relação é estritamente privada, as tratativas ocorrem entre as empresas e concessionária”.

O grupo francês GL Events e a empresa britânica CSM (Chime Sports Marketing) já haviam desistido de comprar a concessão de exploração do Complexo Maracanã em março, alegando falta de “garantias adequadas de segurança jurídica e contratual”. A construtora Odebrecht, que detém 95% de participação no consórcio, está sendo investigada na Operação Lava Jato, o que contribuiu para a desistência das empresas estrangeiras.

A Lagardère participou da primeira licitação do estádio, na qual a Odebrecht foi a ganhadora, e era atualmente a única empresa interessada na compra da concessão.

O estádio foi inaugurado em 1952, no bairro do Maracanã, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Em 2013, o consórcio Maracanã S/A, integrado pelas empresas Odebrecht, IMX e AEG, ganhou licitação do governo do estado para explorar comercial e administrativamente a arena por 35 anos. Em março do ano passado, o consórcio cedeu o estádio ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.


No momento da devolução, entretanto, o consórcio não aceitou o estádio de volta, alegando que o equipamento não estava nas mesmas condições em que foi cedido. Com isso, o consórcio Maracanã S/A, que é liderado pela construtora Odebrecht, não quis mais administrar o estádio, que chegou a 2017 em situação de abandono, com equipamentos e peças roubados do local.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Corpos das vítimas do acidente na Colômbia chegam ao Brasil na manhã de sábado


Daniel Isaia – Agencia Brasil

Os corpos dos brasileiros que morreram no acidente aéreo da última terça-feira (29) na Colômbia devem chegar a Chapecó na manhã de sábado (3). O itinerário do vôo que vai transportar as vítimas da tragédia foi divulgado hoje (1º) pelo Ministério das Relações Exteriores.

A decolagem de Medellín está prevista para amanhã (2), às 19h, pelo horário de Brasília. O avião deve voar por quatro horas e meia até Manaus, onde fará uma parada técnica para abastecimento. De lá, o avião segue por mais seis horas até a cidade catarinense.

A viagem terá uma duração total de 12 horas, contando com o tempo de parada para abastecimento. Assim, a previsão é de que a aeronave pouse no aeroporto de Chapecó às 7h da manhã de sábado.

Segundo confirmou hoje o Palácio do Planalto, o presidente da República Michel Temer vai acompanhar a chegada dos corpos das vítimas. Ele deve participar de uma cerimônia no aeroporto da cidade catarinense, mas não irá ao velório coletivo na Arena Condá.

CBF providencia pagamento de seguro de vida a famílias de atletas do Chapecoense

Dois profissionais da empresa Itaú Seguros, acionada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já se encontram em Chapecó (SC), para agilizar os trâmites relativos ao pagamento de indenização às famílias dos atletas do Chapecoense, mortos em acidente na madrugada do último dia 29, perto do aeroporto de Medellín, na Colômbia. Naquela cidade, a equipe enfrentaria, no dia seguinte (30), o Atlético Nacional, no primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana.

De acordo com informação dada hoje (1º), no Rio de Janeiro, pela assessoria de imprensa da CBF, a entidade assumiu, no início deste ano – para desonerar os clubes 0150 – a obrigação de fazer seguros de vida para jogadores de futebol. Cada família de atleta vítima do acidente tem direito a receber 12 vezes o valor do salário do jogador, limitado a R$ 1,2 milhão. O seguro foi contratado com a Itaú Seguros.

A CBF acredita que, como se trata de um caso de comoção pública, todas as providências sejam tomadas sem burocracia, visando a acelerar a efetivação do pagamento das indenizações. O processo está em curso, de acordo com a entidade maior do futebol brasileiro.

O chefe da Comissão Nacional de Médicos de Futebol da CBF, Jorge Pagura, se encontra na Colômbia desde que foi noticiada a tragédia, e ali permanecerá o tempo que for necessário, informou a CBF.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Polícia confirma 76 mortos em avião da Chapecoense


Da Agência Ansa

A polícia colombiana confirmou que 76 pessoas que estavam a bordo do avião que levava o time da Chapecoense morreram no acidente ocorrido nesta madrugada (29). As informações são da agência Ansa.

O avião que levava o time da Chapecoense sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29), na Colômbia, com 81 pessoas a bordo, sendo 72 passageiros e nove tripulantes.

Entre as pessoas que estavam na aeronave, havia jogadores, dirigentes esportivos e jornalistas. O avião era um British Aerospace 146, gerenciado pela companhia boliviana Lamia.

Ele teria desaparecido do radar e feito um pouso forçado, devido a uma falha elétrica, em Cerro Gordo, nas proximidades da cidade de La Unión. Fontes locais dizem que a aeronave estava a apenas cinco minutos de voo do aeroporto mais próximo, mas o piloto decidiu arriscar o pouso antes.

Ele teria, inclusive, esvaziado os tanques de combustível para evitar uma explosão. O avião, que havia decolado de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, tinha como destino final o município colombiano de Medellín, onde a Chapecoense disputaria as finais da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, amanhã à noite.

Avião da Chapecoense levava 21 profissionais de imprensa

Autoridades colombianas disseram hoje (29) que, entre os 76 mortos do acidente aéreo com o avião da Chapecoense, há 21 jornalistas e representantes da imprensa e nove tripulantes, além dos jogadores e dirigentes esportivos. As equipes de impresa são das emissoras Fox e Globo, além de canais de rádio. As informações são da agência de notícias Ansa.

Ao menos 22 jogadores da Chapecoense estavam no avião que caiu na noite de ontem no município de La Ceja, perto de Medellín, onde a equipe catarinense disputaria a final da Copa Sul-Americana.

Dos atletas, sobreviveram apenas os goleiros Danilo e Jackson Follmann e o lateral Alan Ruschel. Todo o restante morreu na tragédia.
As vítimas do elenco são os laterais Giménez, Dener e Caramelo; os zagueiros Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os meio-campistas Josimar, Gil, Sérgio Manoel, Matheus Biteco, Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.

Alguns atletas não embarcaram com a delegação, como Neném, Hyoran, Martinucico, Nivaldo, Rafael Lima e Demerson, que não vinham sendo usados pelo técnico Caio Júnior, que também faleceu. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava na lista de convidados do clube, mas não viajou.

Entre os 72 passageiros, além dos 22 jogadores, havia 18 membros da comissão técnica, oito da diretoria, três convidados, incluindo o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto Filho, e 21 representantes da imprensa, inclusive o ex-jogador e ex-técnico Mário Sérgio, comentarista dos canais Fox Sports.

Confira a lista de passageiros do voo:

Atletas:

1. Danilo
2. Gimenez
3. Bruno Rangel
4. Marcelo
5. Lucas Gomes
6. Sergio Manoel
7. Felipe Machado
8. Matheus Biteco
9. Cleber Santana
10. Alan Ruschel
11. William Thiego
12. Tiaguinho
13. Neto
14. Josimar
15. Dener
16. Gil
17. Ananias
18. Kempes
19. Follmann
20. Arthur Maia
21. Mateus Caramelo
22. Aílton Canela

Comissão técnica:

22. Caio Júnior
23. Duca
24. Pipe Grohs
25. Anderson Paixão
26. Anderson Martins
27. Dr. Marcio
28. Gobbato
29. Cocada
30. Serginho
31. Serginho
32. Adriano
33. Cleberson Silva
34. Maurinho
35. Cadu
36. Chinho di Domenico
37. Sandro Pallaoro
38. Cezinha
39. Giba

Diretoria:

40. Plínio D. de Nes Filho
41. Nilson Folle Júnior
42. Decio Burtet Filho
43. Edir de Marco
44. Ricardo Porto
45. Mauro dal Bello
46. Jandir Bordignon
47. Dávi Barela Dávi

Convidados:

48. Delfim Peixoto Filho
49. Luciano Buligon
50. Gelson Meisão

Imprensa:

51. Victorino Chermont
52. Rodrigo Gonçalves
53. Devair Paschoalon
54. Lilacio Júnior
55. Paulo Clement
56. Mario Sergio Paiva
57. Guilher Marques
58. Ari Júnior
59. Guilherme Laars
60. Giovane Klein
61. Bruno Silva
62. Djalma Neto
63. Adré Podiacki
64. Laion Espindula
65. Rafael Henzel
66. Renan Agnolin
67. Fernando Schardong
68. Edson Ebeliny
69. Gelson Galiotto
70. Douglas Dorneles
71. Jacir Biavatti

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CBF volta atrás e autoriza realização da Primeira Liga

Guerrero, atacante do Flamengo, marca dois gols na estréia do rubro-negro na Primeira Liga contra o Atlético mineiro
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou hoje (28) resolução autorizando a realização da Primeira Liga, também conhecida como Copa Sul Minas Rio. Por pressão de algumas federações estaduais, a CBF havia proibido a competição na última segunda (25), alegando que o evento não estava prevista no calendário da entidade de 2016.

Os clubes saíram em defesa da legalidade da Primeira Liga e mantiveram a realização dos jogos que já estavam marcados.

As federações ligadas à CBF deram anuência para a realização da competição desde que os jogos não coincidam com os campeonatos estaduais e observem os intervalos mínimos entre as partidas de um mesmo clube.

Este ano, a Primeira Liga será considera uma competição amistosa, mas a CBF avalia a inclusão do torneio no calendário oficial do futebol a partir de 2017.

A Primeira Liga começou na última quarta (27), com clubes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A segunda rodada da competição ocorre nos dias 17, 18, 27 e 28 de fevereiro.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CBF proíbe Primeira Liga, mas clubes mantêm calendário

Eduardo Bandeira de Mello - Presidente do Flamengo
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou hoje (25) resolução que veta a criação da Primeira Liga, que a entidade identifica como Copa Sul-Minas-Rio, em 2016. A liga tem início previsto para esta quarta-feira (27). A competição reúne clubes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e foi formatada em 2015.

Segundo a CBF, a competição enfrenta impedimentos legais e não está prevista no calendário nacional de competições para 2016. "[São] obstáculos intransponíveis de ordem técnica e das normas constantes do ordenamento jurídico desportivo estadual, nacional e internacional, para que a competição seja realizada no ano de 2016".

A confederação argumenta que convocou os clubes envolvidos para realizar a competição em 2017 e que não fará oposição à criação da liga. A entidade reafirmou que admite a realização de jogos amistosos até 30 de janeiro, dentro do período de pré-temporada.

A Primeira Liga divulgou nota informando que os jogos desta quarta (27) e quinta (28) estão mantidos e que "não existe a necessidade legal de buscar-se prévia autorização para a realização dos jogos que estão programados até o dia 31 de março". A assessoria de imprensa do Cruzeiro informou que o presidente do clube e da Primeira Liga, Gilvan Tavares, ainda não vai se pronunciar sobre o assunto e confirmou que a programação do clube para o seu jogo de estreia na competição está mantida.

A Primeira Liga

A ideia surgiu no ano passado, quando os clubes mineiros e dos estados do sul do país buscaram a recriação da Copa Sul Minas, realizada entre os anos de 2000 e 2002, como forma de viablizar uma competição mais rentável do que os estaduais. Descontentes com a federação carioca, Flamengo e Fluminense aderiram à proposta.

Segundo o regulamento da liga, os clubes foram divididos em três grupos, com os primeiros colocados e mais o melhor segundo fazendo as semifinais. Foram confirmados na competição o Flamengo, Fluminense, Atlético Mineiro, Cruzeiro, América Mineiro, Internacional, Grêmio, Atlético Paranaense, Coritiba, Avaí, Figueirense, Criciúma.

Confira os jogos da rodada de abertura

27/01 - Atlético-MG x Flamengo
27/01 - Criciúma x Cruzeiro
27/01 - Fluminense x Atlético-PR
28/01 - América-MG x Figueirense
28/01 - Avaí x Grêmio
28/01 - Inter x Coritiba

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Brasileiro Wendell Lira ganha prêmio de gol mais bonito de 2015


O brasileiro Wendell Lira ganhou o prêmio de gol mais bonito de 2015 da Fifa, em premiação realizada na tarde de hoje, em Zurique, na Suíça. Lira marcou com um belíssimo gol de bicicleta contra o Atlético Goianiense, quando vestia a camisa do Goianésia. “Queria agradecer a minha família e a nação brasileira”, disse Lira.

O brasileiro, hoje no Vila Nova (GO), ainda citou a parábola bíblica de Davi contra Golias para expressar sua emoção ao ganhar o prêmio, desbancando o argentino Lionel Messi e o italiano Alessandro Florenzi, e falou sobre a alegria de estar ao lado de jogadores "que só conhecia no videogame".

O prêmio de gol mais bonito do ano leva o nome do ex-jogador húngaro Puskás. O vencedor de gol mais bonito é eleito pelos internautas, que puderam votar pelo site da Fifa. A cerimônia ainda vai revelar qual foi o melhor jogador do ano passado. Disputam o prêmio Messi, o português Cristiano Ronaldo e o brasileiro Neymar.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Fla ressalta foco em Mancuello, mas Independiente faz jogo duro pelo meia

Diretoria rubro-negra tenta baixar pedida. Dirigente do clube argentino vê negociação esfriar e diz que não haverá nova conversa por agora: "Proposta não satisfaz"

Na busca por um meia para reforçar o elenco da próxima temporada, o Flamengo foi até Buenos Aires na semana passada para buscar a contratação de Federico Mancuello. O diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano e o diretor geral Fred Luz se reuniram com dirigentes do Independiente e conversaram sobre o camisa 11, mas não chegaram a um acordo. Os rubro-negros, no entanto, seguem focados nessa negociação.

- Fomos à Argentina e oficializamos uma negociação com o Independiente. É um jogador valorizado lá, capitão da equipe. Se não vier é porque realmente os números pedidos estão fora da nossa capacidade. Estamos em busca de mais três nomes, além dos que já chegaram, isso nunca foi segredo para ninguém, e o Mancuello é um deles. Em caso de negativa do Independiente, vamos partir para outras alternativas - disse Rodrigo Caetano.

O Independiente pede US$ 3 milhões, o equivalente a cerca de R$ 12 milhões, por 50% dos direitos de Mancuello. Mas o Fla considera alto o valor e tenta a redução. Perguntado pelo GloboEsporte.com se haveria nova conversa com a cúpula rubro-negra, o diretor de futebol do Independiente, Jorge "Puma" Damiani, deu a entender que a negociação esfriou.

- Por agora, não. A proposta não satisfaz o Independiente - limitou-se a dizer o diretor argentino.

O Independiente quer fazer caixa com Mancuello, mas não está muito aberto a negociar o valor. O meia de 26 anos, por sua vez, também deseja sair e até chegou a postar uma foto antiga no Rio de Janeiro para instigar a torcida do Flamengo e pressionar dirigentes.

Federico Mancuello tem 1,77m de altura, é o capitão do Independiente e tem sido destaque do time nos últimos anos. Foi revelado pelo próprio clube, onde joga profissionalmente desde 2008. Nesse período, ficou fora apenas entre 2011 e 2012, quando foi emprestado ao Belgrano, também da Argentina. O meia foi convocado pela primeira vez para a seleção argentina neste ano e marcou um gol de falta logo na estreia, na vitória por 2 a 0 no amistoso com El Salvador - entrou aos 28 minutos do segundo tempo. Ele chegou a entrar na pré-lista de 30 nomes da Copa América, mas ficou fora da lista final de 23 convocados.

Além de Mancuello, o Fla negocia com outro meia argentino, mas este é mantido sob total sigilo.


Fla prevê perda de R$ 3 milhões na camisa, mas mantém valores da Caixa


Por mais um ano, Rubro-Negro vai fechar por R$ 25 milhões com banco público e busca alternativa para fim de parceria com Viton 44. Jeep pode ganhar mais espaço

Embora durante o período eleitoral, os dirigentes rubro-negros mostrassem certo pessimismo em relação a patrocinadores devido à crise econômica, o Flamengo obteve ótima notícia para seus cofres nesta semana. Deixou bem encaminhada a renovação de contrato com a Caixa Econômica Federal, que seguirá pagando R$ 25 milhões por ano, valor inferior apenas em relação ao recebido pelo Corinthians (R$ 30 milhões). 

Em 2016, a Caixa exibirá sua marca pelo terceiro ano consecutivo no espaço mais nobre da camisa do Flamengo. 

O acerto representa um alívio para a direção rubro-negra, que, em seu orçamento, trabalha com perda de R$ 3 milhões em patrocínios, motivada pela saída da Viton, que expunha seu logo nas costas e na manga da camisa.

Para contornar a saída da Viton, que comprometeu-se a pagar R$ 20 milhões ao Flamengo em 2015, o clube busca soluções com a JEEP, cuja marca era exibida na barra da camisa em troca de R$ 4,5 milhões anuais. Há a hipótese de a montadora ocupar o espaço deixado pela Viton, porém um terceiro patrocinador não está descartado.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Portaria regulamenta parcelamento de débitos de entidades de futebol com o BC

Diário Oficial da União traz hoje (5) portaria que regulamenta o parcelamento especial de débitos de entidades desportivas profissionais de futebol junto à Procuradoria-Geral do Banco Central (BC).

O parcelamento dos débitos está previsto no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), que estabelece o refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol sob a condição de critérios mais rígidos de responsabilidade fiscal na gestão.

Para aderir ao Profut, as entidades desportivas devem protocolar o requerimento, até o dia 30 de novembro de 2015. A portaria estabelece que poderão ser parcelados os débitos ocorridos até 5 de agosto de 2015, inscritos ou não na Dívida Ativa, mesmo que em fase de execução fiscal já ajuizada, ou que já tenham sido objeto de parcelamento anterior não integralmente quitado.

Os débitos poderão ser parcelados em até 240 prestações mensais e consecutivas, com redução de 70% das multas e 40% dos juros.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mordidaço de Suárez: maior punição da história das Copas


Meus amigos: vale a pena refletir sobre as duras punições impostas pela Fifa, ao uruguaio Luís Suárez, que mordeu o zagueiro italiano Chiellini. Luisito Suárez provou, desde logo (mais uma vez), que dentro de todos os humanos existe um animal, que deve ser domesticado (Nietzsche). Há dois caminhos para se alcançar essa domesticação: educação e disciplina. A primeira, se fosse totalmente efetiva, tornaria inócua a segunda. Desde a pré-história o humano acredita muito na disciplina, quando a prioridade deveria ser a educação. Que pena que a humanidade (que com muito custo chegou ao grande meio-dia) ainda não entendeu bem esse tema!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Troféu da Copa do Mundo de 2014 chega ao Brasil depois de rodar o mundo


O troféu da Copa do Mundo de 2014 chegou ontem (21) ao Rio de Janeiro, depois de passar por cerca de 80 países entre setembro do ano passado e abril deste ano. A taça ficará exposta até o próximo dia 25 no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, que será o palco da final do campeonato, no dia 13 de julho.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Conmebol vai apurar atos racistas contra Tinga


A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou hoje (14) que abriu investigação preliminar para apurar as manifestações racistas da torcida do time peruano Real Garcilaso contra o jogador brasileiro Tinga, na última quarta-feira (12), em Huancayo, no Peru.

A Unidade Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol divulgou nota na qual diz que procedeu a abertura da investigação para apurar denúncia recebida ontem (13) por parte do Cruzeiro Esporte Clube. O clube brasileiro alega que, no jogo contra o Real Atlético Garcilaso, torcedores do clube local mostraram conduta racista contra o jogador Paulo César Fonseca do Nascimento, “Tinga”

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Justiça aceita denúncia e investigará o Barcelona pela contratação de Neymar

Sócio do Barcelona acusa presidente do clube de desviar € 40 milhões para uma empresa do pai de Neymar

A polêmica envolvendo a contratação de Neymar pelo Barcelona ganhou um capítulo importante nesta quarta-feira. O juiz Pablo Ruz, da Audiência Nacional espanhola, aceitou a denúncia feita pelo sócio azul-grená Jordi Cases e anunciou que vai investigar a transferência do brasileiro para o clube catalão. Especula-se que o atual presidente do Barça, Sandro Rosell, teria ‘maquiado’ os valores da compra, que ultrapassaria muito os € 57 milhões (cerca de R$ 182 milhões) oficialmente anunciados.
Miguel Ruiz/Barcelona
Neymar com Sandro Rosell na assinatura de seu contrato com o Barcelona
De acordo com o auto publicado pelo juiz, há indícios de que houve uma simulação contratual na documentação da transferência de Neymar. "Tudo o que foi indicado anteriormente leva a estimar, a priori, como verossímil a classificação dos fatos relatados na denúncia como constitutivos de um possível crime de apropriação indébita", declarou Pablo Ruz.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Torcedor da Portuguesa entra na Justiça comum contra CBF e STJD


Acusação de Delmiro Goveia é de que os réus não teriam respeitado os artigos 35 e 36 do Estatuto do Torcedor

O advogado e torcedor da Portuguesa Delmiro Aparecido Goveia entrou com uma ação no Juizado Especial Cível da cidade de Mogi das Cruzes contra a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

Segundo o próprio advogado explicou, qualquer torcedor que se sentir prejudicado pode fazer o mesmo que ele, ainda que o processo se repita em comarcas diferentes.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Política e futebol rasteiros.


Dag Vulpi - O Brasil ha muito perdeu o glamour de ser o país do futebol e do samba, optou por fazer uma péssima permuta, abrindo mão do samba, e em seu lugar elegendo a política como sua legítima substituta. Passou a ser o país do futebol sem graça e da política rastejante, onde as "artes" prediletas confundem-se na plenitude rasteira da ignorância, seja na politicalha ou na futebolística.

Aqui poucos se importam se o político é desonesto, seja através do caixa dois, que é tanto crime quanto desvio de verbas públicas, ou se um time tira proveito de erros alheios para justificar os seus próprios, ainda que os seus sejam potencialmente maiores e mais vergonhosos que os cometidos pelo outro.

Estamos na era da travessia do pântano de lamas, onde os fins justificam os meios. Pouco importa se o político desviou verbas, o que de fato importa é que ele lista nas fileiras da legenda que eu simpatizo. Igualmente, pouco importa se o time de futebol fez ou não por merecer o título ou a permanência nesta ou naquela divisão, o que de fato importa é que o meu time se deu bem. Danem-se os demais, aqui o que queremos e aplaudimos é a incessante plenitude da “lei de Gerson”.   

Passarinhando pelas redes sociais nesta tarde, encontrei muita coisa relacionada à queda de uma pequena equipe que disputara a serie A do brasileirão de 2013, e, em contrapartida a ascensão de outra que ocupará a vaga por aquela deixada.

Muitos foram os gracejos publicados, comentados, compartilhados e curtidos, que acabei por me envolver em alguns deles, tentando dar ainda mais graça para um assunto que só agora percebo não ter tanta graça assim.

Naquele momento muitos dos participantes daquela rede social já postavam suas despedidas desejando ótima noite para os que ainda permanecessem por algum tempo. Foi aí que parei e percebi que Infelizmente dentre tudo que foi tratado sobre o assunto, eu não havia lido ainda, sequer um depoimento sério feito por um tricolor igualmente sério sobre estes episódios que volta e meia envolvem o tricolor das Laranjeiras.

Seria interessante que um tricolor legítimo reconhecesse que, mesmo que o seu time do coração permaneça na série A do brasileiro no ano que vem, ainda assim, seu time fizera uma campanha pífia em 2013, fato até então ainda não ocorrido, onde, um clube fora campeão brasileiro num ano e no ano seguinte fazer uma campanha tão ruim que a qualificaria como merecedor de disputar a série B daquele campeonato. 

O que vem acontecendo, não só no fluminense, mas em varias equipes de futebol, é um completo desrespeito com seus torcedores. Assim como vivemos um momento político, onde representantes desrespeitam e desonram os votos a eles confiados. Tudo aparentemente dentro da lisura, onde torcedores defendem os erros dos seus clubes de paixão e militantes partidários defendem igualmente bandidos travestidos de probos.


Já é tempo de dar uma pausa e fazermos uma autocrítica no quanto estamos sendo cúmplices nos rumos deste pais.  

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Fluminense mais uma vez é beneficiado no “TAPETÃO” graças à “INTERPRETAÇÃO” do STJD

Sabem por quê? Vamos aos fatos…

Em 2010 o Duque de Caxias, time do Rio de Janeiro, escalou Leandro Chaves de maneira irregular na partida contra o Icasa. Isso porque o atacante, que começou a Série B pelo Ipatinga, havia recebido um cartão amarelo pelo clube mineiro. Com a camisa do Duque de Caxias, ele tomou mais dois cartões, contra Guaratinguetá e Paraná. E o jogo seguinte era contra o Icasa. O Duque de Caxias colocou Leandro Chaves em campo. Alegou que não sabia do cartão recebido pelo jogador quando ele estava no Ipatinga.

O Duque de Caxias foi enquadrado no Artigo 214 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que fala sobre “incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente”. Pena: “perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição (três pontos), independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais)”.

O Duque de Caxias foi absolvido pelo STJD, que aceitou a argumentação do clube, que deixou Leandro Chaves de fora quando ele recebeu o terceiro cartão amarelo com a camisa do Duque de Caxias. Com a decisão, não foi rebaixado para a Série C, mas sim o Brasiliense, que permaneceria na B se o time do Rio de Janeiro tivesse sido condenado.

Pois bem, neste mesmo ano de 2010, o Fluminense foi campeão brasileiro. Terminou a competição com 71 pontos e o Cruzeiro com 69.

No empate em 1-1 diante do Goiás, pela 35ª rodada do segundo turno, o time carioca escalou o meia Tartá de maneira irregular no parecer do STJD. Isso porque o jogador, que iniciou a competição pelo Atlético-PR, levou dois cartões amarelos, na segunda rodada (empate em 2-2 contra o Guarani) e sétima (derrota 0-1 para o Vitória).

Já com a camisa do Fluminense, para onde foi transferido, Tartá tomou cartão amarelo na rodada 31, diante de seu ex-time, no empate em 2-2  na Arena da Baixada.

No jogo seguinte, triunfo de 2-0 contra o Grêmio, no Engenhão, Tartá ficou de fora.

Mas nos dois jogos seguintes, empate 0-0 contra o Inter, em Porto Alegre, e vitória 1-0 sobre o Vasco (gol de Tartá), o jogador recebeu cartões amarelos.
Ou seja: se o STJD desconsiderou o cartão amarelo que Leandro Chaves recebeu com a camisa do Ipatinga, deveria fazer o mesmo com os dois que Tartá levou com a camisa do Atlético-PR.

Portanto, segundo entendimento do STJD, na partida contra o Goiás Tartá não tinha condições de jogo.

O caso foi levantado depois de encerrada a competição, exatamente como acontece agora neste episódio envolvendo Héverton, meia da Portuguesa. Mas o Fluminense nem sequer foi a julgamento no STJD. Deveria, mas não foi; deveria ter sido enquadrado no mesmo artigo 214 do CBJD, mas não foi.

Se fosse, perderia quatro pontos. E se perdesse quatro pontos, acabaria o Brasileiro de 2010 com 67 e o Cruzeiro, que terminou com 69, seria o campeão nacional.

E sabem o que Paulo Schmidt, o procurador geral do tribunal, disse à época em entrevista ao SporTV (veja vídeo abaixo) quando questionado sobre a irregularidade de Tartá? Disse Schmidt: “Rediscutir o título que foi conquistado no campo de jogo, da forma que foi, abrir precedente não só para o Cruzeiro, mas vários clubes discutir tudo isso…”

Então, STJD, como é que fica agora? A situação é a mesma. A Portuguesa, usando as mesmas palavras de Paulo Schmidt, conquistou o direito de permanecer na Série A no campo de jogo, de forma heroica.

Se valeu para o Fluminense, deveria valer para a Portuguesa também.




Via Terra

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