A economia
chinesa registrou, no terceiro trimestre deste ano, o mais baixo crescimento
desde o pico da crise financeira internacional (6,9%), mas dentro da meta do
governo chinês para 2015, "cerca de 7%".
Entre junho e
setembro, o Produto Interno Bruto chinês aumentou para 48,78 biliões de yuan
(6,75 bilhões de euros), anunciou hoje (19) o Gabinete Nacional de Estatísticas
da China.
A queda é
0,1%, em relação à taxa registrada no trimestre anterior, acrescentou o
gabinete.
Segunda maior
economia do mundo, depois dos Estados Unidos, a China tem sido o motor da
recuperação global desde a crise financeira de 2008.
A
desaceleração econômica do país coincide com um período de grande volatilidade
na Bolsa de Xangai, o principal mercado financeiro da China, que desde meados
de junho registrou desvalorização de 35%.
Nos primeiros
nove meses do ano, as importações chinesas caíram 15,1%, para 7,63 mil milhões
de yuan (a moeda chinesa), enquanto as exportações baixaram 1,8%, para 10,24
mil milhões de yuan.
Em agosto, a
moeda chinesa desvalorizou sucessivamente 1,9%, 1,6% e 1,1% em relação ao dólar
norte-americano, na maior queda do gênero desde 1994.
A média deste
trimestre coincide, contudo, com a meta preconizada pelo governo chinês para o
conjunto do ano, "cerca de 7%", o valor mais baixo dos últimos 25
anos.
A China passa
por uma transição no modelo de crescimento, com maior ênfase no consumo
doméstico, em detrimento das exportações e investimentos, que asseguraram três
décadas de forte, mas "insustentável", crescimento econômico.
Desde o início
do século 21, até 2011, a economia chinesa cresceu sempre acima de 8% ao ano.
Em 2007, chegou a 13%.
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