O governo
chinês não tem qualquer intenção de desvalorizar a sua moeda, o yuan, para
incentivar as exportações, nem tem planos de iniciar uma guerra de divisas,
assegurou o primeiro-ministro, Li Keqiang, à diretora-gerente do Fundo
Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
Eles
conversaram nessa quinta-feira (28), por telefone, a pedido do FMI, pouco
depois de o organismo apelar ao país para que melhore a comunicação com o
mercado sobre as suas políticas econômicas, informam os meios de comunicação
chineses.
Li reiterou
que “não há qualquer base” para uma contínua desvalorização do yuan e negou que
a redução do valor da moeda seja um mecanismo para impulsionar as debilitadas
exportações chinesas.
O valor do
yuan é fortemente controlado pelas autoridades, que diariamente estabelecem um
câmbio de referência e permitem que flutue até um máximo de 2% em relação ao
preço médio.
Alguns
analistas interpretam a desvalorização do yuan como uma tentativa da China de
estimular a economia, em desaceleração, enquanto o governo argumenta que é
apenas uma medida para equiparar a sua moeda ao dólar.
Li assegurou a
Largarde que a China vai aumentar a comunicação com o mercado para manter “um
tipo de câmbio do yuan estável e em um nível razoável e justo”.
O
primeiro-ministro também pediu à diretora-gerente do FMI que confie na economia
chinesa, apesar da sua desaceleração, e enumerou as melhorias alcançadas, como
o “emprego quase total”.
“Somos capazes
de manter um crescimento sustentável e estável”, afirmou Li, uma semana depois
de ter sido divulgado que o Produto Interno Bruto da China cresceu 6,9% em
2015, o ritmo mais baixo em 25 anos.
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