PEC
que vai tirar R$ 743 bilhões da saúde (estudo do IPEA) e R$ 510 bilhões da
educação (estudo técnico da consultoria de orçamento da câmara), além de
congelar salários, é aprovada por 53 votos a 16. Medida representa retrocesso
histórico. Veja como votaram os senadores, com destaque para os dois capixabas.
Fica o registro, caso o equívoco seja meu, terei enorme prazer em parabenizar e quem sabe até votar num dos dois senadores (nome em em negrito) do meu estado que aprovaram a PEC. Porém, caso eles estejam equivocados, e ter aprovado esta PEC tenha sido um erro, eu terei satisfação ainda maior em lembrar para todos os capixabas quem foram os dois traíras.
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Após
discussões entre a base aliada de Temer e a oposição, o Senado aprovou nesta
terça (13), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição que congela
salários e investimentos em Saúde e Educação nos próximos 20 anos (PEC
55/2016).
O placar foi
de 53 favoráveis e 16 contrários (veja abaixo como votou cada senador). Não
houve abstenção. A emenda deve ser promulgada pelo Congresso ainda nesta
semana.
Apesar de ter
obtido uma vitória no Congresso, o governo perdeu apoio de oito senadores. No
primeiro turno, a proposta foi aprovada por 61 votos a favor e 13 contra.
O resultado se
dá alguns dias depois da revelação de que integrantes do alto escalão e o próprio
presidente Michel Temer foram citados como beneficiários do esquema de
corrupção investigado pela Lava Jato.
O início da
sessão, senadores da oposição contestaram a forma como o presidente da Casa,
Renan Calheiros (PMDB-AL), conduziu a discussão em torno da medida. Para eles,
a realização de três sessões de discussão no mesmo dia, fato que aconteceu na
última quinta (8), feriu o direito dos parlamentares de realmente debater o
assunto.
O clima chegou
a esquentar no início da sessão quando o senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
acusou Renan de ser “devedor do Supremo Tribunal Federal” por ainda ser
presidente da Casa. Ele fez referência ao imbróglio resolvido pelo Supremo
na semana passada sobre se um réu em ação penal poderia continuar na linha
sucessória da Presidência da República. A Corte decidiu que Renan poderia
continuar no cargo mas não pode assumir o comando do país em caso de ausência
do titular.
“Vossa
Excelência só está nesta cadeira por causa da PEC 55″, disse Lindbergh. Ao que
Renan retrucou: “Hoje rezei muito para não aceitar provocação”.
Entenda a PEC
A PEC 55 vai
além da simples mudança no regime fiscal da União. Também impõe uma das mais importantes
alterações no modelo de Estado desenhado pela Constituição de 1988, obrigando
modificações em diversos artigos constitucionais e leis ordinárias que regem
programas de governo e suas metas.
As mudanças
nas leis nacionais, estaduais e municipais serão obrigatórias para enquadrar na
nova regra os orçamentos de todas as instâncias de poder.
Uma das
primeiras modificações terá de ser feita nas leis que regem a política salarial
dos servidores públicos. Todas as regras que vierem a prever aumento real, com
reposição acima da inflação, não poderão sequer ser negociadas ou prometidas,
sob pena de descumprimento do limite de gastos.
Uma das
principais críticas à medida é a mudança nas regras dos gastos com saúde e
educação. Hoje, essas áreas recebem um percentual mínimo calculado com base nas
receitas do governo. Ou seja, se a economia cresce, aumentam os investimentos
nas duas áreas.
A proposta do
governo Temer, no entanto, fixa um novo piso para os dois setores, que passam a
ser reajustados ao menos de acordo com a variação da inflação. Ou seja, os
investimentos em saúde e educação ficariam congelados, mas não poderiam ser
reduzidos.
Estudo de
pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou
que a saúde pode perder até R$ 743 bilhões nos 20 anos de vigência da PEC.
Já a educação
pode ter perdas no Orçamento de até R$ 25,5 bilhões por ano, segundo apontou
estudo técnico da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados.
Na última
sexta-feira (9), o relator da ONU (Organizações das Nações Unidas) para direitos
humanos, Philip Alson, afirmou que o projeto pode aprofundar os níveis de
desigualdade social no Brasil. “Se essa emenda for adotada, colocará o
Brasil em uma categoria única em matéria de retrocesso social”, disse o relator
da ONU.
Abaixo, veja
como se posicionou cada senador na votação da PEC 55.
VOTARAM
A FAVOR DA PEC 55
Aécio Neves (PSDB-MG)
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Álvaro Dias (PV-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Antonio C Valadares (PSB-SE)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Deca do Atacadão (PSDB-PB)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Eduardo Braga (PMDB-PA)
Elmano Férrer (PTB-CE)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Fernando Coelho (PSB-PE)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Gladson Cameli (PP-AC)
Hélio José (PMDB-GO)
Ivo Cassol (PP-SC)
José Agripino (DEM-RN)
José Anibal (PSDB-SP)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PSD-RN)
Lasier Martins (PDT-RS)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Osmar Aziz (PSD-AM)
Otto Alencar (PSD-BA)
Pastor Valadares (PDT-RO)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Pinto Itamaraty (PSDB-MA)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Reguffe (sem partido-DF)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Muniz (PP-BA)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tébet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Álvaro Dias (PV-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Antonio C Valadares (PSB-SE)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Deca do Atacadão (PSDB-PB)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Eduardo Braga (PMDB-PA)
Elmano Férrer (PTB-CE)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Fernando Coelho (PSB-PE)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Gladson Cameli (PP-AC)
Hélio José (PMDB-GO)
Ivo Cassol (PP-SC)
José Agripino (DEM-RN)
José Anibal (PSDB-SP)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PSD-RN)
Lasier Martins (PDT-RS)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Osmar Aziz (PSD-AM)
Otto Alencar (PSD-BA)
Pastor Valadares (PDT-RO)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Pinto Itamaraty (PSDB-MA)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Reguffe (sem partido-DF)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Muniz (PP-BA)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tébet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
VOTARAM
CONTRA A PEC 55
Ângela Portela (PT-RR)
Dário Berger (PMDB-SC)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Gleisi Hoffomann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
Jorge viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-BA)
Regina Sousa (PT-PI)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Dário Berger (PMDB-SC)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Gleisi Hoffomann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
Jorge viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-BA)
Regina Sousa (PT-PI)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).