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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Black Blocs: 40 são investigados por comando de atos

Wagner Giudice, diretor do Deic
(Foto: Kleber Tomaz/G1)
Cerca de 40 pessoas são investigadas pela Polícia Civil por suspeita de comandarem a tática black bloc em manifestações violentas em São Paulo, segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o delegado Wagner Giudice. Em entrevista ao G1 na segunda-feira (24), ele declarou que os suspeitos poderão ser indiciados por formação de quadrilha armada no inquérito que tenta associar os black blocs a uma organização criminosa.

“A pena para esse tipo de crime varia de quatro a oito anos de reclusão”, afirmou o delegado. O departamento integra a força-tarefa criada após os protestos de junho para, juntamente com a Polícia Militar e Ministério Público, coibir, deter, identificar e responsabilizar vândalos em manifestações violentas. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Datafolha registra maior rejeição a protestos desde junho

O percentual de aprovação dos brasileiros em relação aos protestos iniciados em junho de 2013 atingiu seu nível mais baixo, segundo dados divulgados pela pesquisa Datafolha, que foi realizada nos dias 19 e 20 deste mês.


O levantamento aponta que, atualmente, 52% dos entrevistados apoiam as manifestações. Apesar de ainda ser maioria, este índice chegou a 81% no mês de junho, quando cerca de 1 milhão de pessoas iniciaram os protestos em 25 capitais brasileiras.

Leia também: 

Já o percentual de pessoas que disseram ser contra o movimento aumentou de 15% para 42% no mesmo período.


Em relação às manifestações programadas para o período da Copa do Mundo, 32% dos entrevistados são a favor e 63% contra. 

O maior apoio aos protestos, de acordo com a pesquisa, aconteceu na região Sul, com 60% de aprovação. A região Nordeste, por sua vez, foi a que registrou o menor índice, com apenas 46%.

Em relação à escolaridade, o movimento recebeu apoio de 72% dos entrevistados com curso superior e de 37% daqueles que possuem ensino fundamental completo.


A pesquisa foi realizada pouco tempo após a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, atingido por um rojão durante um protesto no Rio de Janeiro, ocorrido no dia 10 de fevereiro.

Com informações do Data Folha e UOL.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Será proibido o uso de mascaras em manifestações


O deputado Efraim Filho (DEM-PB) concluiu hoje (20) o texto que reunirá pontos previstos em oito projetos que tramitam no Congresso Nacional sobre protestos e manifestações públicas no país. Efraim Filho, que é o relator da matéria, manteve, no texto, a proibição do uso de máscaras ou qualquer objeto que dificulte a identificação de pessoas, como já previa o Projeto de Lei 5.964/13.

Pelo substitutivo de Efraim, que ainda não foi protocolado na Câmara, qualquer cidadão suspeito de cometer crime, prejudicar outras pessoas ou o patrimônio público e portar arma será abordado por agentes de segurança pública.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Dilma defende o rigor da lei contra vandalismo nas ruas

A Sociedade brasileira aprova e participa de manifestos legítimos e pacíficos, mas é terminantemente contrária a manifestações com viés político e com atos de vandalismo. Blog Dag Vulpi
Blog Dag Vulpi - Cumprindo uma de suas atribuições à frente do executivo nacional que é a de exigir o cumprimento da Lei para a garantia da ordem, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o endurecimento das penas aplicadas aos condenados por crimes cometidos durante manifestações públicas. Como confirmado anteriormente pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Dilma afirmou que o governo trabalha numa proposta de legislação que coíba toda forma de violência durante os protestos de rua.

“Defendo toda e qualquer manifestação democrática. Democratas são aqueles que exercem pacificamente seu direito e liberdade de exigir mudanças. São democratas aqueles que lutam por mais qualidade de vida e defendem com paixão suas ideias, que é a grande maioria dos manifestantes. Mas repudio o uso da violência em manifestações e acho inadmissível atos de vandalismo, violência, pessoas que escondem o rosto não são democratas. Os órgãos de segurança pública devem coibir a violência, cumprindo a lei, mas é preciso reforçar a lei e aplicar a Constituição, que garante a liberdade de manifestação, mas ela veda, proíbe o anonimato. Então estamos trabalhando numa legislação para coibir toda forma de violência em manifestações”, disse a presidenta em entrevista a rádios de Alagoas, lembrando que a violência já levou à morte de “um pai de família”, o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, ferido por um rojão em uma manifestação no dia 6 de fevereiro, no Rio de Janeiro.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Caso Santiago: a vítima não foi a mídia, foi o jornalismo

Por Luis Nassif no GGN
Desde o início, tinham-se todos os elementos para não se dar credibilidade ao advogado Jonas Tadeu nas acusações de que o PSOL e o deputado Marcelo Freixo estariam por trás do suposto financiamento aos vândalos das manifestações.

Tadeu não apresentou uma prova, apenas sua palavra, e de maneira cautelosa para se prevenir de futuros processos.

Bastava a informação de que foi advogado de Natalino Guimarães - o chefe de milícia alvo de uma CPI da Assembleia Legislativa do Rio, cujo principal nome foi o próprio Freixo - para, no mínimo, não se endossar de pronto as declarações.. Nem seria necessário a informação adicional, de que durante a CPI Tadeu e Freixo se desentenderam várias vezes.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Black bloc de SP vai radicalizar na Copa


Por Fabiana Cambricoli, do 
Mesmo após o uso de um rojão causar a morte do cinegrafista Santiago Andrade em um protesto no Rio, os adeptos da tática black bloc, em São Paulo, prometem radicalizar durante as manifestações contra a Copa do Mundo e não descartam nem mesmo ataques contra delegações de times estrangeiros.

"Nossa tática nunca foi ferir civis, mas, se não formos ouvidos, a gente vai dar susto em gringo. Não queremos machucar, mas se for preciso 'tacar' (coquetel) molotov em ônibus de delegação ou em hotel em que as seleções vão ficar, a gente vai fazer", disse, em entrevista ao Estado, o estudante Pedro (nome fictício), adepto da tática em São Paulo.

O movimento ‘Não Vai Ter Copa’ promete ser um fiasco de autenticidade

A Sociedade brasileira aprova e participa de manifestos legítimos e pacíficos, mas é terminantemente contrária a manifestações com viés político e com atos de vandalismo. Blog Dag Vulpi
Por Dag Vulpi

O movimento contrário à realização da copa que vem sendo orquestrado nas redes sociais poderá até acontecer, porém, caso ele ocorra, será um manifesto com conotação exclusivamente política, e que certamente não contará com a participação e apoio da sociedade. O tempo e as decepções ensinaram ao cidadão brasileiro a fazer suas reivindicações, e melhor, com a legitimidade de não serem induzidos pelos interesses desta ou daquela corrente política. 

Basta retrocedermos alguns meses e recordarmos de quando o povão semipolitizado que deu origem, força e legitimidade aos manifestos de junho passado, deixaram bem claro seu repudio e não aceitaram que partidos políticos se infiltrassem no manifesto, pois, sabiamente entendiam que a população em geral passaria a enxerga-los não como legítimos representantes do interesse de todo o povo brasileiro, mas sim, numa passeata de um grupo de simpatizantes de determinada ideologia, com objetivos exclusivamente políticos, mesmo por que, se existe algo que os políticos fazem muito bem é contribuir para que os eleitores, “brandindo o gládio e erguendo as hastas” destruam a imagem de seus próprios sonhos e neles desacreditem para sempre. 

Depois da eclosão do movimento, começaram as trocas de acusações entre políticos, gente que queria apadrinhar-se do fato e ficou exposta a falta de tato das autoridades e das polícias para se lidar com manifestações populares. A polícia dividia-se em dois extremos – ou descia o cacete indiscriminadamente ou ficava passiva diante dos atos de vandalismo -, enquanto os políticos assumiam que era preciso ouvir a voz das ruas e pregavam mudanças. O problema é que, na opinião do povo, quem deve mudar são eles, os políticos. 

Urariano Mota 
escreveu na época dos manifestos "O protesto virou um happening. É a maior festa do Face. Um evento de sucesso. Mas a “juventude indignada” é mais que um movimento nascido no Facebook. Além de ser o que dele falam alguns sociólogos, quando o veem como resultado das condições sociais e econômicas do Brasil, os protestos nas ruas parecem ser, de imediato, um acúmulo da doutrinação da mídia que, à semelhança de música do hit parade, martelou denúncias diárias e frequentes do mensalão, na fúria contra os governos Lula e Dilma. Ele, o espantalho Lula/Dilma, com as suas bolsa família, perdão, Bolsa esmola e prounis, ameaçou diminuir o poder secular da elite brasileira. Mas como pode um protesto de jovens ser conservador, pois tudo que é jovem é novo e belo, pois não? Como poderia um protesto contra o mundo  se voltar contra governos à esquerda?" Escreveu ele. 

A infeliz ocorrência nos manifestos deste ano que resultou na morte do cinegrafista da Band foi mais um motivador para afastar de vez os cidadãos comuns deste tipo truculento de manifesto. E fez com que, ao Invés do apoio, estes grupos tivessem a desaprovação da sociedade, voltando-se de vez contra este tipo de manifestos liderados por estes grupos que se autodenominam black blocs.

A partir do momento em que os manifestos passaram a valer-se de táticas baseadas no vandalismo os cidadãos de bem não se sentiram mais seguros para manifestarem-se, e optaram por se afastar das ruas, pois não pactuavam com aquela forma de fazer reivindicações, voltando-se contra o manifesto que eles deram inicio e apoiavam incondicionalmente. 

Ficou mais que evidente que a sociedade jamais participará ou apoiará manifestos dos quais ela não compactua, e a participação de partidos políticos e a infiltração de grupos que fazem uso de força excessiva são razões evidentes para sua desaprovação.

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Delegado pede prisão preventiva de suspeitos de morte de cinegrafista

O delegado Maurício Luciano pede a prisão 
preventiva dos dois suspeitos de acender o rojão que 
matou o cinegrafista Santiago Andrade Fernando 
Frazão/Arquivo Agência Brasil
O delegado titular da 17ª Delegacia de Polícia, em São Cristóvão, Maurício Luciano, vai pedir hoje (14) a substituição da prisão temporária para preventiva dos dois suspeitos de acender o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade da TV Bandeirantes, durante manifestação no centro do Rio no último dia 6.

A prisão temporária estipula um prazo de 30 dias para soltura do suspeito. Na preventiva, ele pode ficar detido até a data do julgamento.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado vai entregar hoje, às 15h, à 8ª Promotoria de Investigação Penal, do Ministério Público do estado, o inquérito que investiga a morte do cinegrafista.

Caio Silva de Souza e Fábio Raposo já estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste.



PSTU e PSOL negam financiamento a manifestantes

Os partidos também afirmam que não têm relação com suspeitos de lançar rojão em cinegrafista

O PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) divulgaram notas em que negam qualquer ligação com os manifestantes que adotam a tática black bloc e promovem vandalismo durante os protestos.

O PSTU também negou ter relação com os dois rapazes presos sob acusação de terem lançado o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade.

"Nas manifestações do ano passado, o PSTU foi o único partido de esquerda a contestar e discordar publicamente dos métodos empregados por estes setores do movimento social. Exigimos que se apure a denúncia de financiamento desses jovens. Se eles receberam dinheiro para agirem como provocadores, exigimos que se diga quem os financiou. Não só quem financiou esses jovens, mas quem financia a defesa da dupla acusado-delator", afirma a nota.

Suspeito confirma esquema para financiar protestos

Em depoimento à polícia, Caio afirma existência de financiadores de protesto

Ativistas que discordam da prática teriam divulgado prestação de contas em rede social

Caio disse à polícia que já lhe ofereceram dinheiro
 para atuar em manifestações do Rio
Carlos Moraes / Agência O Dia
Em depoimento à polícia, o manifestante Caio Silva de Souza, suspeito de acender o rojão que atingiu o cinegrafista da Band, confirmou a existência de um esquema de aliciamento de jovens para protestos do Rio. Ele contou que já foi convidado para participar de manifestações de forma remunerada e que viu uma prestação de contas nas páginas do Black Bloc verdade e Anonymous, no Facebook.

Souza afirmou não conhecer os responsáveis pela prática, mas que eles aparecem em protestos e, em caso de dificuldades financeiras do manifestante, oferecem dinheiro da passagem e quentinhas.

Segundo o jovem, ele não foi chamado pela ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, para participar dos protestos. Mas Souza conta que ela organiza protestos e "ajuda a manipular a forma como a manifestação vai acontecer", apesar de não ser a líder.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PSOL pede retratação da TV Globo

Reprodução/Facebook
Do jornal Brasil de Fato:

Em nota divulgada nesta terça-feira (11), a executiva nacional do PSOL exige imediata retratação da TV Globo por ter produzido uma matéria em que vincula o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ) ao episódio que vitimou o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.

Segundo a matéria veiculada pelo programa Fantástico, no último domingo (9), o advogado Jonas Tadeu, que defende Fábio Raposo, um dos supostos envolvidos na morte do cinegrafista, entregou à jornalista da TV Globo um termo circunstanciado, ou seja, um documento utilizado para registrar crimes de menor gravidade.

Nesse documento consta que a ativista, conhecida como Sininho, afirma que o homem responsável por acender o rojão que matou Santiago era ligado à Freixo. O termo foi registrado pelo estagiário do advogado, Marcelo Mattoso.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Próximo passo é saber quem financia Black Blocs


Advogado da dupla responsável pela morte do cinegrafista Santiago Andrade afirmou que jovens eram pagos para irem a protestos e promoverem baderna; "eles recebem até uma espécie de ajuda financeira, de mesada, para participar dessas manifestações, com o intuito de terrorismo social", disse Jonas Tadeu Nunes; situação financeira de Caio de Souza, que acendeu o rojão, é bastante precária; por trás estariam "vereadores e deputados estaduais", indica o advogado; governador Sérgio Cabral diz que ato que matou o profissional da Band pode ter cunho político; "esses dois jovens estão inseridos em um contexto maior", sugeriu

terça-feira, 18 de junho de 2013

O que querem os manifestantes?

Protestos de rua confirmam novos e velhos paradigmas 




1. Onde me senti melhor informado sobre os últimos acontecimentos  foi na Internet, porque ali tive acesso às cenas reais, sem cortes ou edições, e sem opiniões, sobre os protestos populares destes últimos dias. Somente na Internet pude ver como agiram os truculentos batalhões de polícia militar na repressão aos manifestantes.  São imagens que “falam mais do que mil textos” de âncoras e de editoriais.  O que se tem visto nestes protestos, claramente, é que a imprensa tradicional, aquela dos jornalões, das revistas semanais e a das grandes redes televisivas, insistem em manter suas linhas editoriais junto com a informação dos fatos, editando imagens e modelando a verdade.  Ou seja, segue adaptando a informação às suas próprias conveniências e interesses. Se os fatos aqui são protestos de rua, imagine o que deve ocorrer com informações ainda mais relevantes e profundas, de interesse da população. Me senti melhor informado sobre os protestos navegando pela Internet do que via jornais, revistas ou telejornais. Este é um novo paradigma que se consolida.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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