Em
depoimento à polícia, Caio afirma existência de financiadores de protesto
Ativistas que
discordam da prática teriam divulgado prestação de contas em rede social
Caio
disse à polícia que já lhe ofereceram dinheiro
para atuar em manifestações do Rio
Carlos
Moraes / Agência O Dia
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Em depoimento
à polícia, o manifestante Caio Silva de Souza, suspeito de acender o rojão que
atingiu o cinegrafista da Band, confirmou a existência de um esquema de
aliciamento de jovens para protestos do Rio. Ele contou que já foi convidado
para participar de manifestações de forma remunerada e que viu uma prestação de
contas nas páginas do Black Bloc verdade e Anonymous, no Facebook.
Souza afirmou
não conhecer os responsáveis pela prática, mas que eles aparecem em protestos
e, em caso de dificuldades financeiras do manifestante, oferecem dinheiro da
passagem e quentinhas.
Segundo o
jovem, ele não foi chamado pela ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho,
para participar dos protestos. Mas Souza conta que ela organiza protestos e
"ajuda a manipular a forma como a manifestação vai acontecer", apesar
de não ser a líder.
A página Black
Bloc verdade, no Facebook, divulgou nesta quinta-feira (13) imagem de suposta
prestação de contas. A imagem mostra pessoas que teriam recebido dinheiro e
supostos doadores. A lista indica ao menos dois vereadores como doadores, sem
contudo identificá-los.
A Polícia
Civil informou, na quarta (12), que apura suposto esquema de aliciamento nos
protestos. Nesta quinta, o delegado responsável pela investigação da morte de
Santiago Andrade, Maurício Luciano, informou que o suposto aliciamento de
manifestantes só configura crime em casos em que o financiamento tiver relação
com estímulo à violência.
Partidos
No depoimento,
Souza afirmou que tal prestação de contas já havia sido publicada antes porque
dentro do grupo de ativistas há discordâncias sobre a prática. Ele diz que nos
protestos há pessoas encarregadas de distribuir pedras e apetrechos, mas que
não as conhece.
Souza também
confirma que ouviu falar que um deputado teria ajudado um grupo chamado “Mais
Pão e Menos Opressão”, mas não sabe quem é esse parlamentar. Ele diz acreditar
que os partidos que levam bandeiras para os protestos são os que financiam tal
esquema. No depoimento, ele cita o PSOL e o PSTU.
O PSTU
(Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e o PSOL (Partido Socialismo e
Liberdade) divulgaram notas em que negam qualquer ligação com os manifestantes
que adotam a tática black bloc e promovem vandalismo em protestos.
O PSTU também
negou ter relação com os dois rapazes presos suspeitos de terem lançado o rojão
que matou o cinegrafista Santiago Andrade.
"Nas
manifestações do ano passado, o PSTU foi o único partido de esquerda a
contestar e discordar publicamente dos métodos empregados por estes setores do
movimento social. Exigimos que se apure a denúncia de financiamento desses jovens.
Se eles receberam dinheiro para agirem como provocadores, exigimos que se diga
quem os financiou. Não só quem financiou esses jovens, mas quem financia a
defesa da dupla acusado-delator", afirma a nota.
"Somos
radicalmente contrários à perseguição que os governos vêm promovendo contra os
movimentos sociais. A violência instaurada naquele dia na Central do Brasil é
de responsabilidade do governo e da Polícia Militar. Prestamos nossa
solidariedade aos familiares de Santiago e continuaremos lutando para que novas
tragédias como esta não aconteçam", conclui o texto.
Já o PSOL
afirma que irá processar quem tenta vincular o nome do partido aos vândalos.
Leia a nota na íntegra:
"Desde o
trágico incidente que culminou com a morte do cinegrafista Santiago, vários
boatos — depois "desmentidos" — tentam vincular o PSOL e seus
parlamentares ao ocorrido. O Partido Socialismo e Liberdade declara que, mais
uma vez, são levianas as acusações de seu envolvimento nesse lamentável
episódio. Os responsáveis por tais acusações serão devidamente processados.
O PSOL não
utiliza nem defende o uso de atos de violência como método e prática política
nas manifestações, bem como nunca manteve qualquer contato com os acusados de
participação nesta tragédia. O partido, consternado com a morte do
cinegrafista, transmite irrestrita solidariedade à família, amigos, colegas de
trabalho e profissão de Santiago Ilídio de Andrade, exigindo uma investigação
séria que responsabilize todos os envolvidos.
A denúncia
sobre possíveis financiamentos de militantes não constitui prática do partido e
exigimos que seja investigada. Para o PSOL-RJ, motivos para protestar continuam
existindo. Seguiremos apoiando as mobilizações da população por seus direitos e
a defesa de conquistas democráticas duramente alcançadas."
Do R7
Estimado Dagmar Vulpi, estou ficando cada dia mais apreensivo com esses protestos violentos. O sujeito falou em dois partidos e numa frente. Duvido que tenha falado tudo. O caminho é o estado de sítio que favoreceria a atual Presidente (Dilma) fazendo uma reeleição dando as cartas e jogando de mão, com uma super concentração de poder em suas mãos e, o que é pior, com amparo na Constituição Federal. Seria um Deus nos acuda. Tomara que eu esteja errado. Não é Espedito Freitas; José Rodrigues da Cunha; Jose Luiz Paes Amaral; Catarina Paladini e outros.
ResponderExcluirConcordo meu caro Claudiomar Pereira da Cunha. E não é preciso muito para chegar a essas conclusões. Basta voltar alguns meses, na época em que teve o inicio dos manifestos pacíficos. Tudo desencadeado pelo reajuste de 0,20 na passagem de ônibus. Assim que os manifestos AINDA pacíficos e encabeçados por populares tiveram inicio a popularidade da nossa presidenta despencou, com a participação de forma idiotas dos blac blocs os cidadãos de bem afastaram-se das manifestações e os índices de popularidade da presidenta voltou a subir. 2+2 = ?
ExcluirTem mais! Transcorrido o pleito, com a reeleição da Presidente já que concorreria em situação de desigualdade, podendo coibir até mesmo a atuação da imprensa, seu grande desejo, seria facilmente prorrogável o estado de sítio. O resto já sabemos como ficaria.
ExcluirBaderna+estado de sítio+eleições=ditadura
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