terça-feira, 18 de junho de 2013

O que querem os manifestantes?

Protestos de rua confirmam novos e velhos paradigmas 




1. Onde me senti melhor informado sobre os últimos acontecimentos  foi na Internet, porque ali tive acesso às cenas reais, sem cortes ou edições, e sem opiniões, sobre os protestos populares destes últimos dias. Somente na Internet pude ver como agiram os truculentos batalhões de polícia militar na repressão aos manifestantes.  São imagens que “falam mais do que mil textos” de âncoras e de editoriais.  O que se tem visto nestes protestos, claramente, é que a imprensa tradicional, aquela dos jornalões, das revistas semanais e a das grandes redes televisivas, insistem em manter suas linhas editoriais junto com a informação dos fatos, editando imagens e modelando a verdade.  Ou seja, segue adaptando a informação às suas próprias conveniências e interesses. Se os fatos aqui são protestos de rua, imagine o que deve ocorrer com informações ainda mais relevantes e profundas, de interesse da população. Me senti melhor informado sobre os protestos navegando pela Internet do que via jornais, revistas ou telejornais. Este é um novo paradigma que se consolida.
2.    A população brasileira (re)descobriu o poder que tem de colocar em pauta os assuntos de seu interesse através de protestos pacíficos nas ruas.  Tal como ocorreu em épocas de um passado não muito distante, nos anos 70 e 80, a população brasileira parece ter se dado conta de que ruas e praças de grandes metrópoles podem ser potentes amplificadores para o pautamento de assuntos de seu interesse, pois ali podem exigir de forma audível soluções aos problemas que as aflige, subvertendo as agendas da mídia, das corporações empresariais e, principalmente, dos políticos gestores. Para as novas gerações de cidadãos, a experiência de protestar nas ruas e praças é algo novo. Para as gerações antigas, que foram agredidas fisicamente nestes locais por policiais truculentos da época da ditadura militar, é o reencontro com uma forma antiga (e, por que não dizer, romântica?) de se fazer política social, a mesma que pressionou os militares quando já moribundos no poder ditatorial, no final do ciclo de governos golpistas anti-democráticos. Neste tópico, o importante é perceber que o movimento de protestos não se limita, como querem fazer crer os jornalões de sempre, à questão dos meros aumentos do preço das passagens de ônibus. A população que protesta demonstra interesse em mudar muito mais do que isto.

3.    Ficou comprovado que as forças policiais do país que reprimiram os recentes protestos não só estão despreparadas para lidar com movimentos sociais de rua, como ainda operam sob a velha cultura repressora da época da ditadura militar.  A palavra “baderna”, por exemplo, muito empregada naqueles dias, segue hoje como a desculpa-geral de policiais militares, como uma espécie de “senha” que liberta a repressão violenta de movimentos sociais. Os policiais de hoje, tal com os dos tempos da ditadura, revelam ausência de equilíbrio emocional ou psicológico, agindo sem técnica, com violência e truculência tão gratuitas quanto explícitas. Isto comprova que três décadas de democracia não conseguiram mudar o modelo de gestão de policiamento empregado no país, estando ainda enraizados e mantidos velhos conceitos de imposição de medo e terror sobre civis, com base em brutalidade e uso desmedido da força. Neste ponto, deve-se considerar que o farto material disponível na Internet revela que 99% dos manifestantes agiram de forma pacífica e dentro da legalidade. Na atuação policial, um viés preocupante, que revela que o modo de agir policial sobre a população civil está baseada na pretensão de induzir medo na população civil, com isso desarticulando os protestos. Trata-se de uma aposta arriscada e sem inteligência de parte dos gestores de segurança, que subestimam os protestantes.  Algo que pode produzir, justamente, o resultado contrário ao que é pretendido. Afinal, nem os 25 anos de ditadura militar no Brasil, período em que os militares implantaram uma verdadeira máquina de “terrorismo de Estado”, foram capazes de retirar manifestantes das ruas.  É preciso substituir o militarismo que ainda reina absoluto no conceitual de segurança pública por inteligência civil, com uma nova forma de interpretar e de abordar este tipo de fenômeno social.

4.    A forma utilizada na repressão às manifestações populares evidenciaram ainda ou outro vício herdado dos tempos obscuros do totalitarismo militar brasileiro: as corporações policiais agiram como polícias políticas, parecendo atuarem na defesa da gestão de governos, ao invés de mostrarem-se polícias genuínas, que buscam preservar o Estado Democrático de Direito e proteger a população e o patrimônio público e privado. Neste sentido, é uma temeridade que uma força policial, em tais circunstâncias, receba ordens diretas de um secretário de segurança de Estado, quando se sabe que este é um político que irá, logicamente, privilegiar a proteção da gestão do governo ao qual pertence, em detrimento da proteção e segurança da própria população. A medida de maturidade de uma democracia se mede pela forma como suas organizações policiais (civis ou militares) agem diante de simples protestos populares de rua. O papel de um policial não é o de defender modelos de gestão política, mas, sim, assegurar a supremacia dos valores legais e constitucionais, os quais, justamente, permitem e asseguram à população civil o direito de manifestação, democrática e pacificamente, em locais públicos. Este papel lastimável de polícia política nas corporações de segurança no Brasil é um antigo vício que parece preservado em formol pelas administrações políticas civis. Tudo isto ainda recebe um componente ainda mais perigoso, como também revela a Internet:  alguns policiais cometeram atos de vandalismo contra seus próprios equipamentos, na evidente intenção de atribuírem tais atos aos manifestantes, com isso “justificando”, de uma forma estelionatária, senão criminosa, os atos de violência que depois perpetraram contra os civis. Algo que evoca a lembrança da explosão da bomba no show do Rio-Centro. A polícia deve ser um exemplo de correção e de lisura em seus atos, como premissa elementar para que seja institucionalmente respeitada e para que receba a confiança da população.

5.    Protestos civis em manifestações pacíficas de rua sempre foram a marca registrada de democracias em todo mundo. A forma como estes eventos terminam é que sinaliza o nível de maturidade democrática ali existente. Os governantes brasileiros precisam, de uma vez por todas, aprender a conviver com isso, virando a página dos velhos métodos de repressão de movimentos populares com polícia militar. Melhor fará se investir em interlocução, na preparação de policiais para este tipo de evento, com uso de inteligência, de diálogo e procurando centrar a atuação na proteção das pessoas, inclusive dos próprios manifestantes. E a imprensa tradicional, por outro lado, deve reciclar-se, revendo esta mania paternalista de querer tutelar seu pretenso público, analisando cada informação e contaminando-a com a sua opinião enquanto a divulga. Deve a imprensa tradicional entregar a informação nua e crua, deixando para quem a consumir a tarefa de mastigá-la e de interpretá-la. Ou a imprensa tradicional recicla-se, ou se extinguirá, como os dinossauros, desaparecendo os velhos jornalões, as revistas semanais (que acham-se donas da verdade), assim como perderão audiência, paulatinamente, os noticiosos televisivos. A população atual não só se informa cada vez mais, melhor e mais rápido, como também se organiza, via Internet, através das redes sociais. Acabaram-se os tempos de paternalismo informativo absoluto de quem concentrava e vendia apenas informações de seu interesse. Hoje, a informação é algo abundante e disponível a qualquer um, em dois cliques.  Ela circula em tempo real, por fora dos grandes canais de distribuição de notícias. As agências internacionais de notícias, por sinal, estão sendo substituídas gradualmente pelo Facebook e pelo Google, dentre outras, como fontes da informação, porém, sem filtros nem controles.  As novas gerações, que são mais bem informadas do que as anteriores, não sabem dizer o nome dos três mais influentes âncoras das grandes redes de notícias, pois simplesmente não as assiste nem os escuta. Este é também um sinal claro de novos paradigmas estão se firmando.

Rogério Guimarães Oliveira - Advogado

O Fim do Cinza 
Acabaram-se todos os tons de cinza. Agora é preto ou branco. Ou você está dentro ou está fora. É inútil buscar um ponto de equilíbrio, um tom de cinza na gama dos acontecimentos dos últimos dias no Brasil. Os que ainda tentam contemporizar ficam numa situação ainda pior do que em qualquer um dos lados, posto que terminam odiados pelos dois. Resta saber quem vai ganhar a guerra, e como vai ser tratado o perdedor depois que ela acabar. Aliás, resta saber mesmo como tudo isso vai terminar.

O que começou como um protesto contra o aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus em algumas cidades brasileiras acabou ganhando dimensão num formidável movimento popular espalhado por todo país (e também no exterior), que pode ter tido muitas razões para começar, mas que dá poucos sinais de como poderá terminar. O bordão "o gigante adormecido acordou" se espalhou de vez pelas mídias sociais, inebriadas de patriotismo. O que ele vai fazer agora que acordou, ninguém sabe.

Quem talvez tenha melhor explicado a razão dessa revolta súbita, numa hora em que o Brasil experimenta um dos períodos mais prósperos de sua história e se prepara para receber eventos de proporções planetárias, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, foi o jornalista Juan Arias, do diário espanhol "El País". Favorecido pela boa perspectiva que a distância proporciona, Arias começa um artigo, publicado na segunda-feira (17), confessando a sua perplexidade com a crise num país aparentemente invejado internacionalmente pelo momento positivo porque passa na sua história, com aumento comprovado em diversos indicadores de progresso durante os últimos dez anos. O Brasil está mais rico, diz Arias, a presidente tem a aprovação de 75% da população, o desemprego é perto de zero. Uma nova classe C surgiu resgatada da pobreza, a classe média gasta rios de dinheiro em viagens ao exterior, e ainda assim o povo se revolta. Como é possível? Arias acha que a resposta está, paradoxalmente, justamente nesse resgate da classe mais pobre. Depois que lhe foi restaurada alguma dignidade básica, como ter o que comer, vestir, morar com decência, ter os filhos na escola e poder sentir finalmente um gostinho do Primeiro Mundo, ela precisa de mais. Precisa ganhar dignidade política, porque continua humilhada pela farra oficial às custas da riqueza recém-alcançada pelo país. Precisa se livrar da corrupção institucionalizada que insiste em puxar de volta o Brasil para o buraco de Terceiro Mundo. Necessita apagar a decepção de não ver revertidos para ela os recursos dos muitos impostos que lhe sangram o bolso, e que só servem para sustentar uma rede centenária de propinas, comissões e negociatas em geral. Por tudo isso, é possível ver motivos razoáveis na revolta que toma conta do país enquanto a bola rola na Copa das Confederações. Arias concentra basicamente a sua análise na classe mais pobre em ascensão, mas a hipótese pode incluir também a classe média, cansada de esperar para ver o seu flerte com o Primeiro Mundo refletido numa organização política ainda cheia de cacoetes do Terceiro Mundo.

O outro lado da moeda, entretanto, está na objetividade do movimento. Num extremo das possibilidades, está a simples ocupação pacífica das ruas, com as clássicas passeatas regidas por slogans de protesto se esvaziando pouco a pouco até tudo voltar a ser como sempre foi. No outro extremo, estão as vias de fato, a disputa pelo poder. Nesse caso, a crise vai ganhar proporções bastante sombrias, porque o teatro de combate não vai se limitar apenas aos manifestantes e à polícia. Eles vão ganhar a companhia de todo um elenco de oportunistas políticos. Os reforços virão dos partidários do governo petista, que vão chegar para se opor ao movimento, tendo como coadjuvantes os aproveitadores de ocasião que sempre aparecem nessas circunstâncias. A reação virá da militância mais feroz e radical do PT, e partidos nanicos -- à esquerda e à direita -- vão se aproveitar do momento para ganhar espaço e tumultuar ainda mais a situação. No meio de todo o caos, acabaria prevalecendo quem tem mais poder de fogo e está historicamente acostumado a intervir em momentos como esse: os militares. E eis tudo de volta como era há cinquenta anos. Encontrar um caminho viável para mudar o país no meio dessas duas possibilidades extremas é o grande desafio do movimento.

Ainda é cedo para saber se o tal "gigante acordado" cantado pelos trovadores das redes sociais tem uma cabeça no lugar. Por enquanto, o que é certo é que o seu despertar não está acontecendo sem dor.

Jorge Moreira Nunes é publicitário e publisher do jornal AcheiUSA

O acaso também precisa de ajuda
O mensalão já não tem mais tanta importância. É fácil de entender. As notícias, por mais gritantes que sejam, cansam. São as mesmas coisas e, ao fim de pouco tempo, causam saturação. É preciso algum fato novo, uma renovação.  O povo demanda e aprecia algo diferente, muito embora, aparentemente, seja uma variação do mesmo tema.  As novas são quase sempre (ou sempre) as mesmas, com distintas roupagens. E urge distrair o público com novos assuntos.

Organizar uma boa sublevação de ordem pública, por exemplo, é uma velha e histórica maneira de promover novos acontecimentos, sem nada mudar. Agora, com a inovação da faminta internet para ser alimentada, torna-se, ainda, mais importante, as pseudo-inovações.  E, pior, em vez de findarem ou serem substituídas, permanecem incólumes à televisão, ao rádio e, até, à decadente/esclerosada mídia escrita. A eutanásia é proibida, mas permitem que ela sobreviva. É considerada antidemocrática ou uma falta de humanidade. O que tentar? A única maneira é lançar mão de velhos remédios, para tratar as mesmas doenças.

Faz-se necessário reacender as chamas democráticas. Como admitir uma nova semana sem notícias impactantes?

Uma ameaça à democracia (?) é sempre um motivo importante. Os fazedores de desordens possuem um velho lema: “Que importam as vítimas se o gesto foi belo?”. Qual o montante de raiva contida nas grandes metrópoles? Então, surge uma boa saída: o transporte público.

Os transportes públicos sempre foram a pièce de résistancedas revoltas urbanas. Sem falar na estudantada, esta massa de manobra conhecidíssima e facilmente inflamável. Falar de estudantes é o mesmo que dizer: jovens. Tanto os que estudam, quanto aqueles que são “estudantes profissionais dos protestos”. Pode-se, inclusive, misturar uns velhinhos desempregados ou, mesmo, empregados e outros tipos de “trombudos”, para que a massa já esteja no ponto de ser mexida. Nem é preciso colocar fermento para que cresça.

Juntando-se uma turba, com facilidade, (no presente, mais fácil de ser convocada via internet) e, depois, introduzir alguns especialistas em desordem pública... Quando o espetáculo vai esquentando, só é preciso alguns contingentes policiais para a festa pegar fogo. Em qualquer parte do mundo, nada melhor que a polícia para estimular a turba às paixões belicosas.

Voam-se algumas pedras, ouvem-se gritos, e são acionadas bombas de efeito moral, de fumaça, ou balas de borracha. Um transeunte que passava na rua, por acaso, é atingido. Qualquer vítima serve: dá no mesmo

E a pacífica manifestação passa aos estágios de violentos protestos populares, turbulentos, de sublevação, e finda como o indício de uma revolução para acabar com nossa suposta democracia. Transmuta-se em matéria para as primeiras páginas, as manchetes dos meios de comunicação, para os quais o mais importante é manter o movimento. E, adeus, à pobre vitima.

Algumas pessoas filosofam: “nada acontece por acaso”. Acredito, porém, que o acaso precisa de um pouco de ajuda, para poder acontecer. 

Meraldo Zisman – Médico psicoterapeuta

O que querem os manifestantes?
Protestar contra tudo isso que está aí, poderia ser uma explicação, ao estilo dos anos 80, quando todos que eram contra a ditadura se reuniam sob essa bandeira. Mas, e hoje, nas principais capitais brasileiras, o que move os manifestantes?

Parece que a juventude contemporânea está saindo do cotidiano e indo assumir seu lugar na História. Afinal, toda geração tem de marcar posição na praça. Os jovens imediatamente mais velhos do que esses foram acusados pelos “pensadores” midiáticos  de formarem uma geração acomodada, sem ideais, sem ânimo para lutar. A verdade é que estavam estudando duro e não tinham feice.

Dificilmente o motivo principal da rapaziada de hoje é o aumento das passagens de ônibus. Agendam-se pelo feice e demais aplicativos de comunicação móveis, reúnem-se em pontos pré-marcados e vão protestar. Acontece que, entre eles, estão os eternos “contra tudo isso que está aí”, agora vestidos de preto e usando piercing, os infiltrados político-partidários e os vadios de sempre. Ficou claro no protesto do Rio que são dois grupos bem diferentes. Um queimava, agredia, arrombava. O outro, apagava, protegia e enfrentava os rebeldes sem causa.

Nesse exato momento recebo a seguinte convocação pelo feice para participar de protestos na Barra da Tijuca com a explicação que os governantes tanto buscam:

“A hora chegou e não há nada, nem ninguém que possa nos parar! Não estamos lutando por menos 20 centavos, queremos os direitos que nos foram negados desde de 1500.

A burguesia esta cada vez mais rica e o pobre cada vez mais miserável, vc deve estar achando irônico..."ah mora na barra e quer defender os pobres.. hipócrita querendo aparecer"

NÃO, a união nos torna um só, e se os menos favorecidos não tem voz, nos unidos podemos fazer com que a voz deles cheguem ao poder! Não queremos uma anarquia, comunismo, ... (os erros gramaticais vieram juntos com a convocação.)

Não vou, óbvio. Além de economizar os tais 20 centavos, a volta da Barra é um suplício, ainda mais nesses ônibus péssimos.

Uma amiga minha resumiu os protestos públicos numa só palavra: EVENTO. Parece que ela tem razão, a julgar pela lista de motivos expostos acima pela convocação. O feice aceita tudo, exatamente como o bom e velho papel, e, na falta de bons shows 0800 (o tempo inteiro, diga-se), a rapaziada agora cria seus próprios eventos públicos disfarçados de políticos. Minha amiga não vai porque não tem samba.

Esse pessoal está bagunçando o protesto genuíno contra o aumento das passagens. Se os governos baixassem o preço eles sumiriam das ruas ou continuariam com os protestos? Acho que os manifestantes ficariam satisfeitos e os insatisfeitos teriam de buscar outro motivo para seus eventos.

Dá licença que acaba de me chegar outra convocação pelo feice. Se for perto de casa, de repente dou uma passada por lá.

Paulo França – Jornalista, com pós-graduação em História Contemporânea e em Estudos Estratégicos

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