segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Dilma, Lula, FHC e Aécio carregando suas cruzes a caminho do céu ou do inferno



Por Dag Vulpi 15/12/2014

Assim como as formigas carregam folhas de tamanhos variados para seus formigueiros, igualmente ocorria com os tamanhos e pesos das cruzes que aqueles que haviam passado dessa para uma melhor carregavam na sua longa jornada rumo a um destino desconhecido, céu ou inferno, de acordo com o merecimento de cada um.

Distinguem-se, porém, pessoas e formigas, no fato de que, enquanto a formiga aceita carregar passivamente sua folha com tamanho e peso diferente das demais, aquela pessoa que carrega a cruz maior do que a dos outros resolveu reclamar com Deus, afinal, ela considerava não ser justo carregar uma cruz tão grande enquanto muitos dos demais carregavam cruzes bem menores, pelo fato de se julgar ter sido uma pessoa justa quando em vida.

Após ouvir reiteradas reclamações, Deus, em sua infinita misericórdia aproximou-se do homem e aconselhou-o a carregar o fardo que havia sido a ele determinado, afinal, cada um deve carregar sua própria cruz. Após ouvir os conselhos de Deus o homem resolveu aceita-los e continuou sua jornada rumo ao destino desconhecido, levando às costas sua enorme cruz. Porém, passados mais alguns minutos ele voltou a queixar-se, e o motivo desta vez nem era mais o peso da cruz, pois ele já havia se acostumado com ele, o que o incomodou de fato foi ele ter identificado entre os demais penitentes três figuras bastante conhecidas do tempo em que ele ainda transitava entre os vivos carregando cruzes minúsculas quando compara a dele.

A cada vez que ele olhava para os lados e via o seu amigo Fernando, que quando em vida havia desgraçado com a vida de muita gente, a do Luiz, que apesar de ter ajudado muitos era excomungado por outros tantos, e para a infeliz da dentuça, todos três carregando aquelas cruzes miúdas, ele não coube dentro de si, e mais uma vez chamou Deus para fazer uma veemente reclamação. Deus aproximou-se novamente do homem e tentou acalma-lo dizendo que Ele havia revisto o livro da sua vida e que tanto o tamanho, quanto o peso de sua cruz estavam de acordo com tudo aquilo que ele havia feito na terra, porém, como Deus sabia que um dos maiores defeitos dele era o de quando em vida não aceitar as coisas como realmente eram, um bom exemplo disso foi o fato de ele não admitir ter sido preterido nas urnas, e ainda, o fato de naquela caminhada ter a presença de muitos que o mimavam em suas pirraças quando em vida, percebendo Deus que a possibilidade de haver manifestações em seu apoio eram grandes e eminentes, Deus resolveu conceder-lhe o direito de poder trocar sua cruz com alguém que ele achava que merecia carregar uma cruz maior que a dele. Ele sentindo-se vitorioso, e de fato, naquela situação conseguiu vencer "no grito", passou a observar o fardo dos demais, olhou para o Fernando, olhou para o Luiz e finalmente olhou para a Dilma, pensou consigo mesmo, agora eu acabo com aquele sorriso amarelo daquela dentuça. Ele explicou para Deus que não era nada pessoal, mas que havia se decidido por trocar sua cruz, por aquela que a comunista carregava. Tá certo disse Deus, já que você assim deseja, e para evitar que comessem a fazer manifestações em seu apoio, assim será feito, e no mesmo instante a enorme cruz que ele carregava passou para as costas da Dilma, e a dela, que era muito menor que a dele, apareceu em suas costas. Porém, para sua surpresa, a cruz que ela carregava, apesar de ser bem menor, pesava quase o dobro da que ele carregava antes. Aí ele se desesperou ao ver que a Dilma começou a rir mostrando suas enormes canjicas para ele e, com toda sua ingenuidade, imaginando ter sido aquela  uma gentileza da parte dele, agradeço-o e falou: “muito obrigado comedor de pão com queijo, foi bom saber que você não é rancoroso e, mesmo sofrendo derrotas consecutivas em todos os turnos, e de ter me chamado de leviana, ainda assim fez essa gentileza de trocar sua cruz levinha pela minha que pesava dez vezes mais. Pode estar certo de que, caso nós formos para o mesmo local, e se você concorrer a algum cargo eletivo, terá meu voto”. Aí, ela virou-se para o Luiz, deu uma piscadela para o “cumpanheiro” que seguia ao seu lado e seguiu sua jornada com aquela enorme, porém levíssima cruz. 

Moral da história: Cada um deve carregar sua própria cruz e saber que nem sempre a cruz que parece ser maior necessariamente é a mais pesada.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Propinas do cartel do Metrô de São Paulo passavam por contas no Uruguai



 


Os investigadores terão acesso a duas contas em Montevidéu, pelas quais passavam os pagamentos

Por Pedro Marcondes de Moura no G1

Ao aprofundar a apuração sobre o cartel do Metrô de São Paulo, os promotores e os procuradores envolvidos nas investigações descobriram que as movimentações financeiras do esquema percorreram o mundo. Foram detectadas transações suspeitas em seis países, além do Brasil. Por meio delas, circulou o dinheiro de multinacionais e de lobistas, destinado a pagar propina a agentes públicos de estatais paulistas. Mediante suborno, empresas – como a francesa Alstom ou a alemã Siemens – obtiveram contratos superfaturados em 30% para fornecer trens e equipamentos ao Metrô de São Paulo e à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Um prejuízo estimado em R$ 834 milhões aos cofres públicos. Na trilha desse dinheiro, a investigação chegará, em breve, a um novo e decisivo destino: o Uruguai.

Em janeiro, uma força-tarefa desembarcará em Montevidéu. Os integrantes do Ministério Público de São Paulo e do Ministério Público Federal terão acesso a uma leva de documentos por meio da cooperação com as autoridades locais. Entre eles, estão movimentações bancárias no país. Duas delas são consideradas chave para elucidar uma incógnita das investigações: se há corruptores, quem são os corrompidos? É o que devem responder os extratos das contas usadas pelo lobista Arthur Teixeira e seus representantes no Uruguai, Nicolas Juan Alonso e Roberto Diego Licio. Segundo informações preliminares, nelas ingressou dinheiro das multinacionais, e delas saiu pagamento de propina.

Para os responsáveis pela investigação, Teixeira ocupa papel de destaque na engrenagem financeira. Ele é considerado o pivô das fraudes nas estatais metroferroviárias de São Paulo. Ao lado de Sergio Teixeira – morto em 2011 –, ele  controlava duas empresas de “consultoria” no Brasil e três offshores sediadas no Uruguai: Leraway, Gantown e GHT. Todas registradas no mesmo endereço: um escritório de contabilidade em Montevidéu, conhecido por abrir e gerenciar firmas de fachada. As offshores simulavam serviços de consultoria para multinacionais interessadas em contratos com as estatais paulistas, entre 1998 e 2008, durante os governos dos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. Pelos contratos, companhias como Siemens e Alstom aceitavam pagar percentuais em futuros contratos e aditivos obtidos do Metrô paulista e da CPTM.  Os recursos recebidos pelas offshores no Uruguai remuneraram serviços variados prestados por Teixeira. Ele comandava reuniões com executivos do cartel para repartir os projetos das estatais. Definia também, nos encontros, os valores das propostas superfaturadas a apresentar nas licitações. Para garantir que os acordos saíssem do papel, repassava parte dos valores recebidos como propina a agentes públicos.

As conexões de Teixeira emergiram com o acordo de leniência da Siemens, em junho de 2013. Em troca de redução de sanções para a empresa e seus executivos, a Siemens confessou a participação no cartel, que reunia 12 empresas. Desde então, o ex-diretor da área de transportes da Siemens Everton Rheinheimer passou a narrar os bastidores do esquema. Contou aos promotores que Teixeira se apresentava como “indicação do cliente (CPTM) para organizar o mercado”. “Arthur Teixeira dizia que os contatos com o cliente se davam na pessoa de Zaniboni e Lavorente”, afirmou. João Roberto Zaniboni foi diretor da CPTM entre 1999 e 2003. José Luiz Lavorente faz parte da direção da CPTM desde 1999. Ambos estão numa lista de 33 indiciados pela Polícia Federal no último dia 1o, em que aparecem também Teixeira e o atual presidente da CPTM, Mário Bandeira.

Os documentos uruguaios esclarecerão uma incógnita da investigação: quem foram os corrompidos?

As movimentações de Teixeira também são seguidas de perto na Europa. Numa reunião com procuradores suíços em Berna, no começo do mês, uma delegação brasileira recebeu informações sobre cerca de dez novas contas dele até então desconhecidas. A partir de março, os investigadores brasileiros e suíços compartilharão ações contra os envolvidos nas fraudes do Metrô. A ideia é que eles respondam pelos delitos nas esferas civis e criminais tanto no Brasil como na Suíça. A comitiva brasileira ficou surpresa com a desenvoltura com que Teixeira agia e com as somas que ele movimentou em bancos suíços. Lá, ele responde a uma ação por lavagem de dinheiro.

Entre as evidências do processo, está um depósito feito em 27 de abril de 2000. Da conta 524374 Rockhouse, no banco Credit Suisse, em Genebra, Teixeira transferiu US$ 103.500 para uma conta denominada Milmar. O beneficiário era Zaniboni, o ex-diretor da CPTM. Ele disse ter recebido por consultorias. Não é o que pensam as autoridades suíças. Elas informaram a existência de indícios de que outras contas de agentes públicos paulistas também foram abastecidas por Teixeira. Em depoimento aos promotores, Teixeira negou ser lobista, disse ter prestado serviços de consultoria às empresas do cartel, refutou ser dono das offshores  e seu envolvimento com irregularidades.

Ao mesmo tempo, os promotores tentam recuperar o dinheiro desviado. Estima-se que o Metrô de São Paulo e a CPTM tenham sido lesados em R$ 834 milhões. Numa ação na Justiça movida no último dia 4, promotores pedem que dez empresas do cartel sejam condenadas a devolver R$ 418 milhões ao Estado de São Paulo. A ação só leva em conta os contratos firmados entre 2001 e 2003 para a manutenção de trens da CPTM e pede a dissolução das empresas envolvidas no cartel. A Alstom afirma que não “comentará investigações em andamento e reitera que está colaborando com as autoridades competentes”. A Siemens diz que foram as suas denúncias que “deram origem às atuais investigações” e que “sempre desejou e apoiou o total esclarecimento desse episódio”.

Via G1

Petrobras emite nota: Demitiu Venina devido seu envolvimento com irregularidades da época


Funcionária que disse ter alertado a presidente Graça Foster sobre irregularidades em negócios da estatal em 2009, segundo o jornal Valor Econômico, teve a oportunidade de trazer à tona, em comissão interna, os fatos que acaba de revelar, mas "guardou estranhamente por cerca de 5 anos o material e hoje possivelmente o traz a público pelo fato de ter sido responsabilizada pela comissão", disse a Petrobras em nota na noite desta sexta-feira; empresa faz referência a falhas cometidas pela funcionária que elevaram o valor das obras da Refinaria Abreu e Lima em R$ 3,9 bilhões; companhia diz ainda que Venina Velosa da Fonseca foi destituída do cargo por ter ameaçado seus superiores

A Petrobras divulgou uma nova nota de esclarecimento sobre o caso da ex-gerente Venina Velosa da Fonseca, que disse ter alertado a presidente da estatal, Graça Foster, sobre irregularidades nas obras da Refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco, em 2009, de acordo com reportagem do jornal Valor Econômico (leia mais).

A estatal do petróleo diz que a funcionária pôde revelar, em comissão interna criada pela empresa para apurar procedimentos de contratação nas obras da refinaria os fatos que acaba de trazer à tona, mas não o fez.

"A empregada guardou estranhamente por cerca de 5 anos o material e hoje possivelmente o traz a público pelo fato de ter sido responsabilizada pela comissão", aponta o comunicado da Petrobras. A empresa se refere ao fato de Venina ter sido acusada de ter cometido falhas que elevaram o valor das obras em R$ 3,9 bilhões.

A Petrobras afirma ainda que Venina "foi destituída" do cargo de diretora presidente da Petrobras Singapore, em Cingapura, onde atuava, por ter ameaçado seus superiores de "divulgar supostas irregularidades caso não fosse mantida na função gerencial".

Petrobras emite nota de esclarecimento sobre matérias a respeito de denúncias



Novo esclarecimento que divulgamos na noite desta sexta-feira (12/12):

Com referência às matérias publicadas na imprensa a respeito de denúncias feitas pela empregada Venina Velosa, a Petrobras reitera que tomou todas as providências para elucidar os fatos citados nas reportagens. Não procede a afirmação de que não houve apuração por parte da Companhia em nenhum dos três casos citados por ela: RNEST, Compra e Venda de BUNKER e Irregularidades da Gerência de Comunicação do Abastecimento.

A Petrobras instaurou comissões internas de apuração, entre as quais uma referente aos procedimentos de contratação nas obras da RNEST, em 2014. A empregada foi ouvida nesta comissão, momento em que teve a oportunidade mas não revelou os fatos que está trazendo agora ao conhecimento da imprensa. A empregada guardou estranhamente por cerca de 5 anos o material e hoje possivelmente o traz a público pelo fato de ter sido responsabilizada pela comissão.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Lista de TPs e Canais do StarOne C2 – Última atualização



Atualizamos e reorganizamos a Lista de TPs e Canais do StarOne C2 Banda KU, que é a lista de tps da Claro TV.

Acreditamos que da maneira que reorganizamos esta lista, em que colocamos em uma primeira tabela somente a Lista de TPs do C2 com os seus dados e em uma segunda lista colocamos a Lista de Canais nos TPs do StarOne C2 Banda KU, fica mais fácil visualizar tanto os dados dos transponders quantos os canais em cada transponder.

Reforçamos que na Banda KU do StarOne C2 está apenas a lista de TPS da Claro TV.

Se você quer manter o seu receptor atualizado com as ultimas novidades da Banda KU da Claro TV no satélite StarOne C2, fique ligado na lista de TPs e Canais que publicamos abaixo.

Deixe seu comentário sobre a nova organização desta lista.
Esta lista foi atualizada em 19/11/2014.

Fonte: Portal BSD.


TPS BANDA KU DO STARONE C2

Bolsonaro reacende discussões sobre imunidade e decoro parlamentar




Por Leonardo Sarmento* no JusBrasil

Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece”. Jair Bolsonaro.

A imunidade material prevista no art. 53, caput, da Constituição não é absoluta, pois somente se verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o exercício do mandato parlamentar.

A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material (CF, art. 53, caput) – que representa um instrumento vital destinado a viabilizar o exercício independente do mandato representativo – somente protege o membro do Congresso Nacional, qualquer que seja o âmbito espacial (locus) em que este exerça a liberdade de opinião (ainda que fora do recinto da própria Casa legislativa), nas hipóteses específicas em que as suas manifestações guardem conexão com o desempenho da função legislativa (prática in officio) ou tenham sido proferidas em razão dela (prática propter officium), eis que a superveniente promulgação da EC 35/2001 não ampliou, em sede penal, a abrangência tutelar da cláusula da inviolabilidade. A prerrogativa indisponível da imunidade material – que constitui garantia inerente ao desempenho da função parlamentar (não traduzindo, por isso mesmo, qualquer privilégio de ordem pessoal) – não se estende a palavras, nem a manifestações do congressista, que se revelem estranhas ao exercício, por ele, do mandato legislativo. A cláusula constitucional da inviolabilidade (CF, art. 53, caput), para legitimamente proteger o parlamentar, supõe a existência do necessário nexo de implicação recíproca entre as declarações moralmente ofensivas, de um lado, e a prática inerente ao ofício congressional, de outro.

Valor acusa Graça Foster de abafar irregularidades e Petrobras contesta



Reportagem desta sexta-feira do jornal Valor Econômico aumenta a temperatura do caso Petrobras; segundo o jornal, que é uma sociedade entre os grupos Globo e Folha, a geóloga Venina Velosa da Fonseca, que foi gerente-executiva da área de abastecimento da empresa, alertou sobre excessos de aditivos na Refinaria Abreu e Lima e também sobre serviços pagos e não prestados; em nota, a estatal contestou a reportagem e afirmou que todas as providências foram tomadas, como a demissão de um gerente responsável pelos pagamentos indevidos e a realização de uma apuração interna sobre Abreu e Lima; "assim, fica demonstrado que a Companhia apurou todas as informações enviadas pela empregada citada na matéria", diz a nota.

A reportagem de capa do jornal Valor Econômico desta sexta-feira tenta jogar o foco das denúncias contra a Petrobras sobre a presidente da companhia, Graça Foster.

Segundo a publicação, que é uma parceria entre os grupos Globo e Folha, a atual presidente foi alertada sobre erros cometidos na área de abastecimento, que foi dirigida por Paulo Roberto Costa.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

MPF denuncia 36 suspeitos e pede R$ 1 bilhão de indenização na Lava Jato




Do UOL, em São Paulo

O MPF (Ministério Público Federal) no Paraná denunciou nesta quinta-feira (11) 36 suspeitos de participação no esquema de corrupção na Petrobras. Eles foram denunciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As penas podem chegar a 51 anos de prisão. 

Dos 36 denunciados, 22 pertencem às empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Engevix, Mendes Júnior e Galvão Engenharia. Além deles, foram denunciados Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef. Completam a lista outros suspeitos de participarem das operações de lavagem de dinheiro, inclusive Enivaldo Quadrado, que já foi condenado por lavagem de dinheiro no mensalão.


No início da tarde de hoje, o MPF informou que 35 suspeitos foram denunciado. No final da tarde, no entanto, a Procuradoria acrescentou Dalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa, à lista. 

Segundo o procurador Deltan Dallagnol, os desvios feitos pelos suspeitos em contratos fraudulentos só da diretoria de abastecimento, objeto da denúncia de hoje, somam, até agora, cerca de R$ 300 milhões. O MPF, no entanto, pede que sejam ressarcidos R$ 1 bilhão, que é a estimativa mínima do valor total que teria sido desviado nos contratos em todas as áreas da Petrobras.

Para o procurador, além de criminosos de "colarinho branco", é necessário punir empresa envolvidas em corrupção, "Empresas corruptoras precisam ser punidas de modo firme para que elas não cogitem corromper novamente", afirmou o procurador.

Lava-Jato: MPF denuncia 36 pessoas


Lava-Jato: MPF denuncia 36 pessoas por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa de grandes empreiteiras

Com informações do site do Ministério Público Federal

Acusações envolvem recursos desviados da ordem de R$ 1 bilhão

O Ministério Público Federal ofereceu, nesta quinta-feira (11), cinco denúncias contra 36 pessoas pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os denunciados são executivos de seis das maiores empreiteiras do país: as empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Junior, OAS e UTC. As acusações são relativas à segunda etapa da Operação Lava Jato, que apurou desvios de recursos da Petrobras. Neste momento, as denúncias são restritas a pessoas físicas.

No esquema criminoso denunciado pela Força-Tarefa do MPF, as empreiteiras pagavam propina para altos dirigentes da Petrobras em valores que variam de 1% a 5% do montante total de contratos bilionários, em licitações fraudulentas. Os recursos eram distribuídos aos beneficiários por meio de operadores financeiros do esquema, de 2004 a 2012, com pagamentos estendendo-se até 2014.

Clube – De acordo com o MPF, os recursos foram desviados por intermédio de fraudes em licitações das empreiteiras com a Petrobras. As empresas se cartelizaram em um “clube” para fraudar licitações, no qual o caráter competitivo era apenas na aparência. Os preços oferecidos à Petrobras eram calculados e ajustados em reuniões secretas para definir quem ganharia o contrato e qual seria o preço, inflado em benefício privado. As empreiteiras integram o primeiro de três núcleos criminosos desvendados nas investigações da Força-Tarefa do MPF.

De acordo com o que foi apurado pela Força-Tarefa, o cartel possuía regras que simulavam um regulamento de campeonato de futebol para definir como as obras seriam distribuídas. Para disfarçar o crime, o registro da distribuição de obras era feito, por vezes, como se fosse a distribuição de prêmios de um bingo.

Para que o esquema criminoso funcionasse bem, era preciso garantir que apenas as empresas ligadas ao cartel fossem convidadas para as licitações – e que essas empresas que o cartel queria que fossem as vencedoras estivessem no grupo dos convidados. Além disso, para maximizar lucros e oportunidades, era conveniente cooptar agentes públicos. Por isso, as empreiteiras pagavam as propinas de 1% a 5% do valor dos contratos. Esses agentes públicos constituem o segundo núcleo criminoso.

O terceiro grupo criminoso era formado por operadores financeiros, responsáveis por intermediar o pagamento e entregar a propina para os beneficiários. A lavagem do dinheiro acontecia em duas etapas: em um primeiro momento, os valores iam das empreiteiras até o operador financeiro (em espécie, por movimentação no exterior e por meio de contratos simulados com empresas de fachada). Depois, o dinheiro ia do operador até o beneficiário – em espécie, por transferência no exterior ou mesmo mediante pagamento de bem, como a Land Rover que o doleiro Alberto Youssef deu a ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. 

Fachada – O principal método de lavagem de dinheiro – que é objeto das acusações do MPF – consiste na contratação fictícia, pelas empreiteiras, de empresas de fachada dos operadores, para justificar a ida do dinheiro das empreiteiras para os operadores. As empresas de fachada responsáveis pelos serviços eram quatro: GFD Investimentos, MO Consultoria, Empreiteira Rigidez e RCI Software. Nenhuma dessas empresas tinha atividade econômica real, três delas não tinham sequer empregados. Os serviços existiam no papel mas nunca foram prestados.

Em alguns casos, o primeiro e o segundo núcleo criminoso se relacionaram sem o terceiro, isto é, empreiteiras pagaram propina diretamente aos agentes públicos. Isso também aconteceu de forma disfarçada, lavando o dinheiro sujo mediante pagamentos no exterior e contratos de consultoria fictícios.

(11/12/2014)

Ministro lamenta caminho trilhado por André Vargas

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, durante a 6ª Edição do "Diálogos: Governo - Sociedade Civil" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (11) lamentar que o ex-deputado petista André Vargas (sem partido-PR), cassado ontem por suposto envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, “tenha acabado trilhando esse caminho”.

“A gente lamenta, evidentemente, que um companheiro nosso tenha acabado trilhando esse caminho. Não quero fazer o julgamento da pessoa. Tenho respeito pelo André, mas infelizmente, de fato, comprovadas as práticas inadequadas, os erros, os desvios, não há outro caminho a não ser a gente punir o erro. Essa é a novidade no Brasil: é um governo que não procura encobrir as falhas dos seus próprios correligionários quando eles caem em desvios e erros”, disse.

O ministro ressaltou que é sadio que o Congresso exclua aqueles que não tiverem um comportamento digno. “Eu só espero que isso continue e valha para todos aqueles que efetivamente, de uma forma ou de outra, saem do prumo, de uma linha ética e de uma conduta moral adequada”, disse Carvalho, que participou da abertura da sexta edição do Diálogos Governo – Sociedade Civil sobre o Brasil sem Miséria.

Sobre as contas da campanha da candidata Dilma Rousseff à Presidência, aprovadas ontem com ressalvas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro disse que, em nenhum momento, houve dúvidas de que as contas seriam aprovadas. “As nossas doações foram formais, oficiais. Felizmente, prevaleceu o bom senso, as contas foram aprovadas e as ressalvas serão resolvidas”.

Segundo Carvalho, o governo petista é muito combatido pelo fato de incluir milhões de brasileiros. “O medo que a direita, que os conservadores têm de nós não é um problema da corrupção. A corrupção sempre existiu no país. Eles nunca combateram. Nós estamos combatendo a corrupção e tendo a capacidade de cortar na própria carne quando é necessário. O medo que eles têm é outro: é porque estamos trazendo para a mesa do debate político, para a cidadania, milhões de brasileiros”.

Da Agência Brasil

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Operação Lava Jato da PF às portas do candidato derrotado Aécio Neves

Imagem da Internet
Como dizia o coronel Limoeiro do alto dos seus 70 anos caminhando pelo agreste nordestino: "Com a Lei não tem lero-lero, das duas uma, ou você a cumpre ou a ignora", outra muito usada pelo coronel era: "Leis são como cerca de arame farpado, se elas estiverem muito frouxas, passa-se por cima, já, se ela estiver muito esticada a melhor forma de ser burlada é passando por debaixo". E parece que o matuto fez escolas pelas bandas das Minas Gerais.

Investigadores da Operação Lava Jato encontraram indícios de que políticos ligados ao PSDB cometeram os mesmos erros que tentam imputar como sendo exclusividades de políticos do PT.

O que resta como dúvida é saber o tamanho da disposição que o PSDB e a mídia monocular terão para continuar na tentativa de obstruir o caminhada em direção a uma real democracia brasileira.

A Folha de S.Paulo publicou de forma discreta neste ultimo dia (9), uma nota indicando que a Operação Lava Jato está a cada dia mais próxima do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB), e que, a comprovação do seu envolvimento com o mar de lama da corrupção entre empreiteiras, Petrobras e políticos das mais variadas matizes ideológicas, será uma questão de tempo.   
Agentes da Polícia Federal responsáveis pelas investigações apreenderam no escritório da empresa UTC Participações, em São Paulo, anotações que mostram o interesse de algumas empreiteiras no andamento da CPI da Petrobras no Congresso. Pelos papeis encontrados, diz a nota da Folha que Aécio foi procurado pela Construtora Norberto Odebrecht para não se aprofundar nos trabalhos da CPI e que os senadores também tucanos Álvaro Dias (PR) e Mario Couto (PA) teriam sido escolhidos por Aécio para "fazer circo".

Junte a esse fato o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada acusando o então presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra – morto em março deste ano –, de assediá-lo e extorquir R$ 10 milhões para que a CPI da Petrobras aberta em julho de 2009 no Senado fosse encerrada antes que o ex-funcionário da estatal fosse implicado. Segundo Costa, o tucano disse a ele que o dinheiro seria usado para a campanha de 2010. Aos que tomaram seu depoimento prestado sob delação premiada, agora na Operação Lava Jato, Costa afirmou que os R$ 10 milhões foram pagos em 2010 a Guerra, e só depois que aquela CPI da Petrobras foi encerrada sem punições, em dezembro de 2009. Aécio Neves na época era governador de Minas, com ambição de concorrer à Presidência da República. Desistiu e saiu candidato ao Senado.


Atualmente, os tucanos voltam sua artilharia para pressionar pela reprovação de contas de campanha da presidenta Dilma Rousseff, hipótese reforçada pela relatoria da análise nas mãos do ministro Gilmar Mendes. Mas outra notinha, desta vez no jornal O Estado de S. Paulo, pode ser o início da operação abafa sobre as contas de campanha do tucano. Segundo a matéria, há indícios de uso de caixa dois e de empresas de fachada na campanha de Aécio Neves. Um caso é o da empresa Marcelo Martins ME. 

Segundo as contas apresentadas à Justiça Eleitoral, a firma recebeu R$ 1,4 milhão entre os dias 31 de julho e 19 de setembro de 2014, por publicidade em placas, estandartes e faixas. A microempresa foi constituída em julho deste ano, mesmo mês em que iniciou a emissão de faturas para a campanha de Aécio, a qual foi sua cliente exclusiva, segundo os dados da Justiça Eleitoral. Mas o que mais chamou atenção foi que, no endereço da empresa, em Sorocaba (SP), funciona a sede de outra empresa, a Logmax Logística e Transporte, que aparentemente nada tem a ver com a empresa de impressão e da qual Marcelo Martins, dono da empresa de impressão, não é sócio, segundo dados da Junta Comercial de São Paulo. Até o momento, porém, além da notinha, nenhum veículo da imprensa tradicional foi até Sorocaba conferir a realidade.

Claro que pode ser que a Marcelo Martins Impressão ME não tenha cometido ilícitos, mas pelos indícios é preciso conferir. Se a empresa fosse fornecedora da campanha petista, será que seria ignorada como está sendo? Ou haveria equipes de repórteres virando Sorocaba ao avesso, vasculhando a vida dos donos das duas empresas e suas conexões? O PSDB aposta suas fichas no tapetão do Judiciário para ainda tentar reverter a derrota sofrida nas eleições presidenciais. Depois de fazer alarde com boatos na internet sobre boletins de urnas falsificados e pedir auditoria da totalização dos votos ao Tribunal Superior Federal (TSE), teve os dados colocados à disposição para fazer a auditoria que bem entendesse, mas o partido não tocou mais no assunto. Agora que há indícios de que pode ter cometido os erros de que acusa o PT, veremos a quanto irá sua disposição para frear a marcha natural da democracia brasileira.

Com informações da Folha se S.Paulo e redebrasilatual.com.br

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook