sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Valor acusa Graça Foster de abafar irregularidades e Petrobras contesta



Reportagem desta sexta-feira do jornal Valor Econômico aumenta a temperatura do caso Petrobras; segundo o jornal, que é uma sociedade entre os grupos Globo e Folha, a geóloga Venina Velosa da Fonseca, que foi gerente-executiva da área de abastecimento da empresa, alertou sobre excessos de aditivos na Refinaria Abreu e Lima e também sobre serviços pagos e não prestados; em nota, a estatal contestou a reportagem e afirmou que todas as providências foram tomadas, como a demissão de um gerente responsável pelos pagamentos indevidos e a realização de uma apuração interna sobre Abreu e Lima; "assim, fica demonstrado que a Companhia apurou todas as informações enviadas pela empregada citada na matéria", diz a nota.

A reportagem de capa do jornal Valor Econômico desta sexta-feira tenta jogar o foco das denúncias contra a Petrobras sobre a presidente da companhia, Graça Foster.

Segundo a publicação, que é uma parceria entre os grupos Globo e Folha, a atual presidente foi alertada sobre erros cometidos na área de abastecimento, que foi dirigida por Paulo Roberto Costa.

O alerta teria sido feito pela geóloga Venina Velosa da Fonseca, que foi gerente-executiva da área de abastecimento da empresa, sobre excessos de aditivos na Refinaria Abreu e Lima e também sobre serviços pagos e não prestados na área de comunicação.

Em nota, a estatal contestou a reportagem e afirmou que todas as providências foram tomadas após as denúncias da funcionária. Leia abaixo:
Esclarecimento

A Petrobras esclarece que, em relação à matéria publicada no Valor Pro de 11/12/2014, sob o título " Diretoria da Petrobras foi informada de desvios de bilhões em contratos", instaurou comissões internas em 2008 e 2009 para averiguar indícios de irregularidades em contratos e pagamentos efetuados pela gerência de Comunicação do Abastecimento. O ex-gerente da área foi demitido por justa causa em 03 de abril de 2009, por desrespeito aos procedimentos de contratação da companhia. Porém, a demissão não foi efetivada naquela ocasião porque seu contrato de trabalho estava suspenso, em virtude de afastamento por licença médica, vindo a ocorrer em 2013. O resultado das análises foi encaminhado às autoridades competentes.

Em relação aos procedimentos na área de Bunker, após resultado do Grupo de Trabalho constituído em 2012, a Petrobras aprimorou os procedimentos de compra e venda com a implementação de controles e registros adicionais. Com base no relatório final, a Companhia adotou as providências administrativas e negociais cabíveis. A Petrobras possui uma área corporativa responsável pelo controle de movimentações e auditoria de perdas de óleo combustível, que não constatou nenhuma não conformidade no período de 2012 a 2014.

Como mencionado em comunicados anteriores, a Comissão Interna de Apuração constituída para avaliar os processos de contratações para as obras da RNEST concluiu as apurações e encaminhou o Relatório Final para os órgãos de controle e autoridades competentes.

Assim, fica demonstrado que a Companhia apurou todas as informações enviadas pela empregada citada na matéria.

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