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quinta-feira, 17 de março de 2016

Protesto contra nomeação de Lula fecha a Avenida Paulista

Manifestantes fecharam um dos sentidos da Avenida Paulista para protestar contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil e contra o governo Dilma. Eles estão concentrados no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e vestem camisas do Brasil, seguram bandeiras e cartazes contra a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Lula. Eles cantam o Hino Nacional, entoam palavras de ordem contra o governo petista, gritam “Renuncia, renuncia”, batem panelas e fazem barulhos com vuvuzelas.

Na Avenida Paulista, o edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) está iluminado de verde e amarelo com uma faixa preta com os dizeres "Renuncia Já".

terça-feira, 15 de março de 2016

Governo reconhece que manifestações foram vigorosas, diz Jaques Wagner


O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse hoje (14), após a reunião da coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff, que o governo reconhece que as manifestações ocorridas nesse domingo (13) foram “vigorosas”, mas que também foram produzidas por federações de empresas. 

“O que não tira o seu valor. Nessa manifestação tem uma agenda que considero negativa porque não tem uma proposição. Tem um “tira fulana” e pronto. Isso não vai resolver o problema do Brasil. Impeachment não é remédio nem para impopularidade nem para crise econômica. De qualquer forma, deve ter animado a oposição”.

Ministro do Esporte diz que manifestações foram críticas ao governo e oposição

O ministro do Esporte, George Hilton, disse hoje (14) que as manifestações de ontem (13) apresentaram críticas à toda a classe política, que, na visão do ministro, precisa se unir e ouvir a "voz das ruas".

"As críticas foram a todo mundo. Situação e oposição. Mostrando assim a necessidade para a classe política de que há de atentar à voz das ruas", disse o ministro, que visitou hoje a Vila dos Atletas e o Parque Olímpico da Barra, acompanhado da presidenta da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior.

Planalto diz que liberdade de manifestação é própria das democracias

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República divulgou na noite de hoje (13) nota em que afirma que “a liberdade de manifestação é própria das democracias” e deve ser respeitada por todos.

“O caráter pacífico das manifestações ocorridas neste domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições”, diz a nota da Secom.

O texto foi divulgado após reunião da presidenta Dilma Rousseff com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, no Palácio da Alvorada, para avaliar as manifestações contra o governo ocorridas este domingo (13) em vários estados do país.

Porto Alegre teve atos a favor e contra o impeachment

Duas manifestações opostas ocorreram ao mesmo tempo hoje (13) na região central de Porto Alegre. No parque Moinhos de Vento, o Parcão, o ato reuniu pessoas favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff e contrárias ao PT. A cerca de dois quilômetros dali, no parque Farroupilha, conhecido como Redenção, houve manifestação em defesa do governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A proximidade dos dois locais foi motivo de preocupação dos órgãos de segurança pública. Por isso, cerca de 350 policiais da Brigada Militar trabalharam para evitar que grupos se deslocassem de uma manifestação para a outra, o que poderia causar confrontos. Ao final dos dois atos, por volta das 17h30, a Brigada anunciou que não houve nenhum conflito entre grupos de manifestantes.

Brasileiros nos Estados Unidos e na Argentina protestam contra o governo

Parte da comunidade brasileira que vive nos Estados Unidos aderiu às manifestações contrárias ao governo da presidenta Dilma Rousseff neste domingo (13). Foram registrados protestos e aglomerações em algumas cidades como Boston, Miami, Nova York e Washington. A movimentação foi registrada pelos manifestantes que usaram as redes sociais como o Facebook para publicar fotos e também em sites de notícias brasileiros regionais nos Estados Unidos.

Em Boston, estado de Massachusetts, região com a maior comunidade brasileira no país, centenas de pessoas se reuniram no começo da tarde na Praça de Havard. Em Nova York, o grupo se concentrou em Manhattan, na Time Square. Na capital Washington, as manifestações aconteceram em frente ao Consulado Geral do Brasil. Em Orlando, Flórida, há manifestações previstas para as 18h30 (no horário local de verão), 19h30min no horário de Brasília.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Ocupação das ruas para lazer começou com protestos de 2013, diz professor




A ocupação das ruas e espaços comuns das cidades, em efervescência em São Paulo e outras cidades do país, é fruto das manifestações de 2013, disse o coordenador do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, José Guilherme Magnani. “Eu acho que as manifestações de 2013 abriram um espaço que agora se mostra de outras maneiras”, ressaltou Magnani, ao falar de como os atos políticos foram o catalisador da busca das ruas como espaço de convivência.

“Você pode usar [a rua] tanto para o lazer, quanto para a manifestação da sua diferença e, em geral, essas manifestações políticas também têm um conteúdo de lazer. Porque é um encontro, uma coisa meio festiva. Há uma espécie de apropriação do espaço, que é marcar a diferença. Quando você vai para a rua de lazer você encontra o diferente, mas troca com ele. Há possibilidade de confronto, muitas vezes. É um pouco a mesma coisa, em uma escala diferente”, analisou.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Comportamento de “coxinhas” paulistanos é tema de análise sociológica

Por  em 
(co.xi.nha) Bras. Cul.

sf.
1 Coxa de galinha, que se usa ger.na preparação de canjas e sopas,
ou como parte do frango à passarinho 
sf.
2 Salgadinho empanado e frito
em forma de coxa de galinha,
com uma porção de sua carne
envoltos em massa de farinha de trigo 

[F.: coxa + -inha.]•

manifestação coxinha
Manifestação coxinha

As manifestações que se proliferam Brasil afora deixaram, em São Paulo, marcas muito maiores do que a vitória do Movimento Passe Livre, que conseguiu reduzir em R$ 0,20 o preço da passagem nos transportes públicos. Incluiu mais um significado à palavra “coxinha” e ao verbo “coxiinhar” para, no futuro, ser sintetizada nos dicionários.
Por agora, no calor dos pneus em chamas, entre balas de borracha e gás de pimenta, o cientista social Leonardo Rossatto e o professor de Português Michel Montanha, de Santo André, no ABC paulista, redatores do blog Aleatório, Eventual & Livre, fazem uma “análise sociológica” do significado do termo, aplicado à definição de quem integra “um grupo social específico, que compartilha determinados valores”, segundo o texto.
Leia-o, adiante, na íntegra:
O Coxinha – uma análise sociológica
Um fenômeno se espalha com rapidez pela megalópole paulistana: os “coxinhas”. É um fenômeno grandioso, que proporciona uma infindável discussão. A relevância do mesmo já faz com que linguistas famosos se esforcem em entender a dinâmica do dialeto usado por esse grupo, inclusive.
Afinal, quem são os coxinhas, o que eles querem, como esse fenômeno se originou? O que eles são?
“Coxinha”, sociologicamente falando, é um grupo social específico, que compartilha determinados valores. Dentre eles está o individualismo exacerbado, e dezenas de coisas que derivam disso: a necessidade de diferenciação em relação ao restante da sociedade, a forte priorização da segurança em sua vida cotidiana, como elemento de “não-mistura” com o restante da sociedade, aliadas com uma forte necessidade parecer engraçado ou bom moço.
Os coxinhas, basicamente, são pessoas que querem ostentar um status superior, com códigos próprios. Até algum tempo atrás, eles não tinham essa necessidade de diferenciação. A diferenciação se dava naturalmente, com a absurda desigualdade social das metrópoles brasileiras. Hoje, com cada vez mais gente ganhando melhor e consumindo, esse grupo social busca outras formas de afirmar sua diferenciação.
Para isso, muitas vezes andam engomados, se vestem de uma maneira específica, são “politicamente corretos”, dentro de sua noção deturpada de política, e nutrem uma arrogância quase intragável, com pouquíssima tolerância a qualquer crítica.
A Origem
Existe muita controvérsia a respeito do tema. Já foram feitas reportagens para elucidar o mistério, sem sucesso, mas é hora de finalmente revelar a verdade a respeito do termo.
A origem do termo “coxinha”, como referência a esse grupo diferenciado, não tem nada de nobre. O termo é utilizado, ao menos desde a década de 80, para se referir aos policiais civis ou militares que, mal remunerados, recebiam também vales-alimentação irrisórios, também conhecidos como “vales-coxinha” (os professores também recebem, mas não herdaram o apelido). Com o tempo, a própria classe policial passou a ser designada, de forma pejorativa, como “coxinhas”. Não apenas por causa do vale, mas por conta da frequência com que muitos policiais em ronda, especialmente nas periferias das grandes cidades, acabam se alimentando em lanchonetes, com salgados ou lanches rápidos, por conta do caráter de seu serviço.
Os policiais, apesar de mal remunerados, são historicamente associados à parcela mais conservadora da sociedade, por atuarem na repressão aos crimes, frequentemente com truculência. Com o a popularização de programas policialescos como Aqui Agora, Cidade Alerta e Brasil Urgente, o adjetivo “coxinha” passou a designar também toda a parcela de cidadãos que priorizam a segurança antes de qualquer outra coisa. Para designar essa parcela que necessita de “diferenciação” e é individualista ao extremo, foi um pulo.
Expoentes
Não cabe citar socialites ou coisa do tipo. São pessoas que vivem em um mundo paralelo essas daí. Mas vou citar três criadores de tendências no universo coxinha:
1) O “engraçado”: Tiago Leifert
Um exemplo do que o Tiago Leifert trouxe pro jornalístico Globo Esporte: apostas babacas envolvendo a seleção da Argentina
Um exemplo do que o Tiago Leifert trouxe pro jornalístico Globo Esporte: apostas babacas envolvendo a seleção da Argentina

Uma característica importante do coxinha padrão é tentar ser descolado, descontraído e não levar as coisas a sério. E nisso o maior exemplo é esse figurão da foto ao lado. Filho de um diretor da Globo, cavou espaço para introduzir o jornalismo coxinha na grade de esportes da emissora. Jogos de futebol valem menos do que as piadas sem graça sobre os jogos. Metade do Globo Esporte é sempre sobre vídeo-game ou sobre a dancinha nova do Neymar, e TUDO vira entretenimento, não esporte.
Prova disso são declarações do próprio, como a declaração em que ele diz que não leva o esporte a sério, ou quando fala que o Brasil não é o país do futebol, é o país da novela. Isso revela duas características do coxinha default: ele não aceita críticas (e isso fica claro pelo número imenso de usuários bloqueados no Twitter pelo Tiago Leifert – incluindo este que vos escreve) e ele não tem conteúdo, provocando polêmicas para aparecer. Tudo partindo, obviamente, da necessidade quase patológica de diferenciação.
2) O “bom moço”: Luciano Huck
O apresentador, que revelou beldades como a Tiazinha e a Feiticeira na Band, na década de 1990, virou, na Globo, símbolo do bom-mocismo coxinha. Faz um programa repleto de “boas ações”, que, no fundo, são apenas uma afirmação de superioridade, da mesma forma que a filantropia dos Rockfellers no início do século XX. Puro marketing.
Quando você reforma um carro velho ou uma casa, além de fazer uma boa ação, você se autopromove. Capitaliza com o drama alheio mostra que, além de “bondoso”, você é diferente daquele que você está ajudando. Como preza a cartilha do bom coxinha.
Luciano Huck apresentou ao público Tiazinha e A Feiticeira
Aparência de bom moço. Só aparência. Luciano Huck apresentou ao público Tiazinha e A Feiticeira

Além disso, Luciano Huck é a representação da família bem sucedida e feliz. Casado com outra apresentadora da Globo, Angélica, forma um dos “casais felizes” da emissora. Praticamente uma cartilha de como montar uma família coxinha. “Case-se com alguém bem sucedido, tenha dois ou três filhos, e leve eles para festinhas infantis junto com outros filhos de famosos”.
Para se mostrar engajado e bom moço, Huck deu até palestra sobre sustentabilidade na Rio+20. Irônico, pra quem foi condenado por crime ambiental, em Angra dos Reis. Ele fez uma praia particular sem autorização. Diferenciação, novamente. Isolamento. Características típicas do coxinha default. Assim como “ter twitter”. Mas o twitter dele é praticamente um bot, só serve pra afagar seus amigos famosos e mandar mensagens bonitinhas.
3) A “Coxinha Política”: Soninha Francine
Soninha Francine

Soninha Francine

O terceiro e último (graças a Deus) exemplo de coxinha é a figura da imagem acima. Soninha Francine deve ser o maior caso de metamorfose política do Brasil. Até 2006 era petista convicta, mas o vírus da COXINHICE já afetava seu cérebro, a ponto dela sair na capa da Época em 2001 falando “eu fumo maconha”, provavelmente por um brilhareco.
Daí ela saiu do PT, entrou no PPS, caiu nos braços de José Serra e do PSDB paulista e se encontrou. Tenta conciliar a fama de “descolada”, adquirida nos anos como VJ da MTV, com uma postura política típica de um coxinha padrão: individualista e conservadora. E, pra variar, manifesta tais posturas via… Twitter. Emblemático foi o dia em que Metrôs BATERAM na Linha Vermelha e ela, afogada em seu individualismo, disse que não encarou nenhum problema e que o Metrô estava “sussa”. Assim como a acusação de “sabotagem” do Metrô às vésperas da eleição de 2010.
Soninha ajuda a definir o estereótipo do coxinha default. O coxinha tenta de forma desesperada parecer um cara legal, descolado e antenado com os problemas do mundo. Mas não consegue disfarçar seu individualismo e sua necessidade de diferenciação. Não consegue disfarçar seu rancor quando os outros passam a ter as mesmas oportunidades e desfrutar dos mesmos serviços que ele.
Conclusão
O coxinha é um fenômeno sociológico disseminado em vários lugares, mas, por enquanto, só “assumido” em São Paulo (em outras cidades, os coxinhas ainda devem ter outros nomes). Não por acaso, tendo em vista que São Paulo é um dos ambientes mais individualistas do Brasil.
São Paulo é uma das cidades mais segregadas do país. É uma cidade de grande adensamento no Centro, com as regiões ricas isoladas da periferia. A exclusão é uma opção dos mais ricos. Eles não querem se misturar com o restante da população. E, nos últimos anos, isso ficou mais difícil: não dá mais pra excluir meramente pelo poder econômico. Daí, é necessário expor um personagem, torná-lo um padrão, pra disseminar essa mentalidade individualista e conservadora: é aí que surge o coxinha.
E isso é bom. Porque o coxinha, hoje, é exposto ao ridículo pelo restante da sociedade. Até algum tempo atrás, ele era apenas uma personagem latente. Ele não aparecia, portanto, não podia ser criticado ou ridicularizado. No final, o surgimento dos coxinhas só reflete a mudança do nosso perfil social. E, por incrível que pareça, o amadurecimento de nossa sociedade.

Comportamento de “coxinhas” paulistanos é tema de análise sociológica adicionado por  em 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Tumulto leva à prisão de dois policiais civis durante marcha em Brasília


Uma confusão no início da tarde de ontem causou pânico e terminou com a detenção de dois policiais civis no momento em que a Marcha das Mulheres Negras chegava à Praça dos Três Poderes. Segundo relatos de participantes da marcha, algumas mulheres teriam tentado derrubar um boneco inflável que estava em um acampamento em frente ao gramado do Congresso Nacional. Um policial civil do Maranhão, que está acampado com o grupo que pede intervenção militar, deu quatro tiros para o alto e se entregou à polícia. Durante o tumulto, um policial civil do DF também deu tiros para o alto e foi detido, segundo a Polícia Militar.

Durante a confusão, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que participava da marcha de mulheres, foi atingido por gás de pimenta – usado pela Polícia Militar para afastar as pessoas. “A polícia chegou e protegeu os integrantes do acampamento. Eles jogaram gás de pimenta na gente. É impressionante como até a atitude da polícia é racista. Os dois lados erraram, mas a polícia foi terrível”, afirmou uma participante da marcha que não quis se identificar.

Poucos minutos depois e com os ânimos ainda exaltados, um grupo de mulheres se colocou diante de um carro particular em frente ao Ministério da Justiça. As manifestantes acusavam a motorista de não respeitar o protesto e de invadir uma das faixas destinadas às mulheres.

“A motorista jogou o carro em cima da companheira. Todas essas violências que aconteceram aqui na Esplanada dos Ministérios foi só uma amostra do que acontece no nosso dia a dia”, afirmou Verônica Lourenço, 45 anos, historiadora, educadora e integrante da Rede Sapatá (Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras).

Após o tumulto, a marcha seguiu em direção ao Ginásio Nilson Nelson, de onde partiu na manhã de hoje.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Mulheres negras se unem contra o racismo e a violência em marcha em Brasília

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Mulheres negras de todo o país se reúnem hoje (18) em Brasília, na 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras. A expectativa da organização é que elas sejam mais de 15 mil em luta contra o racismo, a violência e as más condições de vida enfrentadas por essa população.

“Nos últimos anos, tivemos um grande processo de reformulação, de mudanças, de ampliação de direitos, de acesso a políticas e a bens e serviços. No entanto, quando a gente faz um recorte racial e de gênero, identificamos que as mulheres negras, um quarto da população, estão em condição de vulnerabilidade, de fragilidade, sem garantias”, diz a coordenadora do núcleo impulsor da Marcha, Valdecir Nascimento, coordenadora executiva do Instituto da Mulher Negra da Bahia (Odara)

Dados do último Censo, de 2010, indicam que as mulheres negras são 25,5% da população brasileira (48,6 milhões de pessoas).

Isso não assegura, entretanto, que elas tenham mais direitos garantidos. Entre as mulheres, as negras são as maiores vítimas de crimes violentos. De 2003 para 2013, o assassinato de mulheres negras cresceu 54,2%, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil. No mesmo período, o índice de assassinatos de mulheres brancas recuou 9,8%, segundo o estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres.

“A Marcha quer falar de como um país rico como o Brasil não assegura o nosso direito à vida. Queremos um novo pacto civilizatório para o país. O pacto atual é falido e exclui metade da população composta por mulheres e homens negros”, diz Valdecir.

A concentração da 1ª Marcha das Mulheres Negras será no Ginásio Nilson Nelson, na região central da capital. Uma caminhada em direção à Praça dos Três Poderes terá início às 9h.

Devem se juntar às brasileiras a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ex-vice presidenta da África do Sul, e a ex-integrante do grupo Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos, Angela Davis. Também é esperada a participação de Gloria Jean Watkins, mais conhecida pelo pseudônimo bell hooks, autora, feminista e ativista social norte-americana.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Dilma diz que não tem o menor interesse em restringir manifestações




Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff voltou a comentar hoje (11) as manifestações contrárias ao governo que ocorreram nos últimos dias e as que estão programadas para o próximo domingo (15). Dilma disse que “passou a vida” protestando nas ruas e que não tem o “menor interesse” em restringir o direito à livre manifestação no país.

“Já falei para vocês que sou uma pessoa mais velha e sou de uma época em que não era possível se manifestar. As pessoas que se manifestavam iam direto para a cadeia ou eram chamadas de subversivas ou de nomes piores. Eu passei minha vida manifestando nas ruas, principalmente na minha juventude. Não tenho o menor, mas o menor interesse, o menor intuito, nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição à livre manifestação neste país”, disse, em entrevista a jornalistas em Rio Branco, após entregar casas a famílias atingidas pela enchente no Acre.

Segundo Dilma, como o país não vive uma ditadura, os brasileiros têm o direito de se manifestar, mas sem que haja violência. “A livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja feita de forma pacífica”.

No último domingo (8), enquanto o pronunciamento da presidenta em cadeia nacional de rádio e TV era exibido, moradores de cidades brasileiras protestaram contra o governo com panelaços e buzinaços. Ontem (10), durante evento em São Paulo, a presidenta foi recebida com vaias por parte dos presentes.

No domingo, Dilma deverá enfrentar uma nova onda de protestos. As manifestações estão sendo organizadas por movimentos contrários ao governo em várias cidades do país.

terça-feira, 18 de junho de 2013

O que querem os manifestantes?

Protestos de rua confirmam novos e velhos paradigmas 




1. Onde me senti melhor informado sobre os últimos acontecimentos  foi na Internet, porque ali tive acesso às cenas reais, sem cortes ou edições, e sem opiniões, sobre os protestos populares destes últimos dias. Somente na Internet pude ver como agiram os truculentos batalhões de polícia militar na repressão aos manifestantes.  São imagens que “falam mais do que mil textos” de âncoras e de editoriais.  O que se tem visto nestes protestos, claramente, é que a imprensa tradicional, aquela dos jornalões, das revistas semanais e a das grandes redes televisivas, insistem em manter suas linhas editoriais junto com a informação dos fatos, editando imagens e modelando a verdade.  Ou seja, segue adaptando a informação às suas próprias conveniências e interesses. Se os fatos aqui são protestos de rua, imagine o que deve ocorrer com informações ainda mais relevantes e profundas, de interesse da população. Me senti melhor informado sobre os protestos navegando pela Internet do que via jornais, revistas ou telejornais. Este é um novo paradigma que se consolida.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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