Parte da comunidade brasileira que vive nos Estados Unidos aderiu às
manifestações contrárias ao governo da presidenta Dilma Rousseff neste
domingo (13). Foram registrados protestos e aglomerações em algumas
cidades como Boston, Miami, Nova York e Washington. A movimentação foi
registrada pelos manifestantes que usaram as redes sociais como o
Facebook para publicar fotos e também em sites de notícias brasileiros
regionais nos Estados Unidos.
Em Boston, estado de Massachusetts,
região com a maior comunidade brasileira no país, centenas de pessoas
se reuniram no começo da tarde na Praça de Havard. Em Nova York, o grupo
se concentrou em Manhattan, na Time Square. Na capital Washington, as
manifestações aconteceram em frente ao Consulado Geral do Brasil. Em
Orlando, Flórida, há manifestações previstas para as 18h30 (no horário
local de verão), 19h30min no horário de Brasília.
A maioria dos
brasileiros que vivem nos Estados Unidos não apoia o governo Dilma, fato
que ficou comprovado nas eleições de 2014 quando a maioria dos
eleitores brasileiros que votaram no país escolheram outros candidatos.
Além das manifestações que aconteceram nos Estados Unidos, houve
manifestações de brasileiros em Londres, Portugal, Canadá e Argentina.
Repercussão internacional
Os protestos e o volume de participantes repercutiram na imprensa nos Estados Unidos e na Europa. O The Wall Street Journal noticiou o protesto e disse que "milhares protestaram contra a presidente Dilma Rousseff e o partido do governo".
A
britânica BBC mostrou os protestos e destacou a posição da presidenta
de Dilma em defesa do ex-presidente Lula e o posicionamento dela
contrário a uma renúncia.
Na Argentina
Carregando
bandeiras e cartazes, cerca de 50 brasileiros se reuniram neste domingo
(13) no Obelisco, no coração de Buenos Aires, em apoio às manifestações
no Brasil. Muitos eram universitários de Medicina, que estudam na
Argentina, onde não existe vestibular e as universidades públicas têm
prestigio e são gratuitas.
“Somos cerca de 30 mil estudantes
brasileiros aqui e, mesmo morando fora, muitos de nós sentimos os
efeitos da crise brasileira”, disse o estudante Emerson Pires. “Meus
pais me sustentam e, com a inflação e a alta do dólar, tem sido cada vez
mais difícil para eles”.
Isadora Boing , outra estudante, chegou
à Argentina há dois meses. Ela disse que foi ao protesto porque acha
importante ter participação politica – mesmo fora do Brasil. “Espero que
quando o governo perceber que a população está unida contra a
corrupção, que tome decisões coerentes e concretas em relação a isso”,
disse.
O pequeno grupo cantou o hino nacional e gritou slogans
contra a presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luíz Ignácio Lula da
Silva e o PT. Mas segundo Isadora, os petistas não são o único alvo.
“Queremos uma limpa geral e que todos os corruptos, não importa o cargo,
o partido ou a empresa, fiquem fora do governo e dentro da cadeia”,
disse.
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