terça-feira, 15 de março de 2016

Porto Alegre teve atos a favor e contra o impeachment

Duas manifestações opostas ocorreram ao mesmo tempo hoje (13) na região central de Porto Alegre. No parque Moinhos de Vento, o Parcão, o ato reuniu pessoas favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff e contrárias ao PT. A cerca de dois quilômetros dali, no parque Farroupilha, conhecido como Redenção, houve manifestação em defesa do governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A proximidade dos dois locais foi motivo de preocupação dos órgãos de segurança pública. Por isso, cerca de 350 policiais da Brigada Militar trabalharam para evitar que grupos se deslocassem de uma manifestação para a outra, o que poderia causar confrontos. Ao final dos dois atos, por volta das 17h30, a Brigada anunciou que não houve nenhum conflito entre grupos de manifestantes.

Durante a semana, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) recomendou que as seções estaduais da entidade remarcassem os atos pró-governo marcados para este domingo, de modo a não coincidir com os atos pelo impeachment. Mesmo assim, a CUT-RS resolveu manter a data.

Parcão verde e amarelo

O ato que pedia o impeachment da presidenta Dilma e a prisão do ex-presidente Lula começou às 15h. Os manifestantes vestiam roupas nas cores verde e amarelo e carregavam bandeiras do Brasil. Eles ocuparam boa parte do Parcão e um pedaço da Avenida Goethe, que contorna o parque.

Faixas e cartazes pediam a saída do PT do governo e o fim da corrupção. Houve discursos inflamados pronunciados no carro de som e os organizadores executaram o Hino Nacional. Ambulantes espalhados por todo o parque vendiam bonecos "pixulecos" representando Lula e Dilma com uniformes de prisão.

"O nosso maior objetivo é acabar com a corrupção no país. A gente precisa se manifestar, não pode ficar inerte. E se pra isso for preciso que caia mais um presidente, que se faça a vontade do povo", afirmou a advogada Aline Pereira, que participou do ato no Parcão.

Vermelho na Redenção
A manifestação em defesa do governo começou antes, por volta das 14h. Às 12h, já havia pessoas com bandeiras e faixas do PT, da CUT e de movimentos sociais, aguardando o começo do ato. Em pouco tempo, os militantes ocuparam todo o entorno do Monumento ao Expedicionário, um dos símbolos do parque Redenção.

A maioria dos participantes usava roupas vermelhas, adesivos e faixas com os dizeres "não vai ter golpe". Os organizadores levaram uma banda de música gaúcha para animar a militância e promoveram um "coxinhaço" com a venda de coxas de frango assadas a preços populares.

O ato atraiu pessoas de várias partes do Rio Grande do Sul. A estudante Rafaela Coden saiu de Santa Maria, município da região central do estado, para participar do ato em Porto Alegre.

"Mesmo com as dificuldades de vir até a capital, a gente vai seguir nas ruas para não deixar que a democracia seja ferida. Nós precisamos botar a nossa força nas ruas para que esse golpe explícito não aconteça", ressaltou Rafaela.

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Dag Vulpi

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