A
defesa do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) entregou ontem (22)
à Polícia Federal (PF), em São Paulo, uma mala com R$ 465 mil. Em abril,
Loures foi filmado pela PF recebendo a mala, que, segundo as investigações,
continha R$ 500 mil, e foi enviada pelo empresário Joesley Batista, dono da
JBS. No documento em que atestaram a apreensão, os policiais contaram 9.300 notas
de R$ 50.
Saiba
mais:
Os
documentos que comprovam a entrega foram enviados nesta manhã ao gabinete do
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que, na semana
passada, determinou o afastamento de Rocha Loures do mandato após pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR). Os advogados não se manifestaram sobre a
falta de R$ 35 mil.
Pela
denúncia, Loures aparece ainda em uma das conversas gravadas com Ricardo Saud,
ex-diretor de Relações Instituições da J&F, concordando em apresentar uma
prévia do relatório da Medida Provisória do Refis, que ainda não era público.
Na conversa, os dois falam sobre esconder o que a JBS queria no texto,
incluindo os pontos como sugestão da Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carnes.
Posteriormente,
Rocha Loures foi filmado recebendo R$ 500 mil enviados por Joesley Batista.
Loures é apontado como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos
do grupo J&F com o governo, de acordo com denúncia do Ministério Público
Federal (MPF), com base em áudio de conversa gravada por Joesley.
Em pronunciamento no último sábado (20), o presidente
Temer afirmou que indicou Rocha Loures apenas para ouvir "as
lamúrias" de Joesley Batista e negou que, com isso, o empresário fosse
obter alguma alguma vantagem ou benefício no governo.
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