A
defesa de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), recorreu hoje
(23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ela possa deixar a prisão. Ela foi
presa na última quinta-feira (18) pela Polícia Federal por determinação do
ministro Edson Fachin.
Saiba
mais:
No
recurso, o advogado Marcelo Leonardo pede a substituição da prisão por medidas
cautelares de liberdade e afirma que Andrea Neves não pode ser responsabilizada
por todos atos ilícitos supostamente praticados por seu irmão.
Na
investigação que foi aberta no STF, a irmã do senador é acusada de intermediar
o pagamento de R$ 2 milhões pelo empresário Joesley Batista, dono da empresa
JBS. Em depoimento de delação, o empresário também afirmou que Andrea teria
solicitado R$ 40 milhões para a compra de um apartamento.
“Os
argumentos aduzidos pelo procurador-geral da República e, em parte, admitidos
pelo ministro relator, na decisão agravada, para, pretensamente, justificar a
necessidade da segregação cautelar da agravante Andrea Neves da Cunha são
estranhos a sua pessoa, eis que dizem respeito a seu irmão, senador Aécio
Neves”, argumenta a defesa.
Na
semana passada, após Aécio Neves ser afastado do cargo pelo ministro
Edson Fachin, a assessoria do parlamentar afirmou que ele está absolutamente
tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. "No que se refere
à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem
qualquer envolvimento com o setor público". A defesa do senador informou
que sua intenção era vender a Joesley um imóvel para pagar a
dívida.
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Dag Vulpi