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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lama avança 40 quilômetros acima do litoral de Regência, em Linhares


Segundo o secretário de Meio Ambiente de Linhares, Rodrigo Panetto, como há expectativa de mudança do vento para nordeste, a lama poderá descer também no sentido sul

A lama de rejeitos proveniente do rompimento de barragem da Samarco já avançou 10 quilômetros mar a dentro no litoral de Regência, em Linhares, assim como também já se espalhou por outros 40 quilômetros ao norte, já chegando na região de Pontal do Ipiranga, também em Linhares.


Em entrevista para a Rádio CBN Vitória, na manhã desta segunda (23), o secretário de Meio Ambiente da cidade, Rodrigo Panetto, afirmou que, como há expectativa de mudança do vento para nordeste, a lama poderá descer também no sentido sul. A prefeitura decidiu criar uma barragem no canal do Rio Pequeno, afluente do Rio Doce, para evitar que a lagoa Juparanã seja atingida pela lama.

A prefeitura também já ingressou na Justiça contra a Samarco por danos morais coletivos, danos ambientais e pedindo todo o ressarcimento do que está sendo gasto na cidade com o problema.

Terceira onda de rejeitos está para chegar
A prefeitura da cidade já aguarda uma nova leva da lama, mais densa, ainda sem previsão.

“No final da tarde de hoje (domingo) já percebemos uma turbidez – número de partículas na água – maior na foz. Pode ser que a turbidez aumente, mas é difícil prever. O grande problema é: onde é o fim dessa lama? Não sabemos até quando vamos receber esse material”, afirma o biólogo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Luciano Cabral.

Praias
A administração orienta a população a não frequentar as praias de Linhares. “Já coletamos amostras da água. Por precaução, pedimos que as pessoas evitem o contato até que tenhamos os laudos. Orientamos a não ir a nenhuma praia de Linhares, seja Regência, Povoação, Barra Seca ou Pontal do Ipiranga”, destacou o biólogo.
Lama de rejeitos minerais proveniente da barragem do Fundão, rompida no último dia 5, chega ao oceano no distrito de Regência, em Linhares (ES), neste domingo (22). A lama chegou ao mar após percorrer o leito do Rio Doce - Crédito: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

domingo, 22 de novembro de 2015

Boias de contenção não impedem que lama atinja vegetação na foz do Rio Doce


As boias de contenção instaladas às margens do rio Doce para proteger a vegetação na foz [ponto de desaguamento no mar], no vilarejo de Regência, próximo à cidade de Linhares (ES), não conseguiram conter completamente a lama de rejeitos do desastre de Mariana (MG).

Essa região, onde o rio se encontra com o mar, é berçário de uma espécie de caranguejo chamado de Guaiamu. A onda de rejeitos atingiu a vegetação e os locais onde vivem os caranguejos. As boias, instaladas pela Samarco, são tradicionalmente usadas na contenção de vazamentos de óleo, por isso, não se tinha certeza da efetividade da estratégia. Segundo a empresa, foram instalados nove quilômetros de barreiras de contenção para proteger as áreas mais sensíveis do estuário (ambiente de transição entre o rio e o mar) localizado em Regência, distrito de Linhares.

“Segundo análises realizadas nesta manhã, a eficiência das barreiras instaladas nas áreas protegidas chegou a ser de até 80%, se compararmos a turbidez da água de dentro do estuário ao canal principal do rio”, diz a empresa.

A empresa acrescentou que as consequências que não puderem ser mitigadas com essas ações estarão cobertas pelo Termo de Compromisso Socioambiental (TCSA) preliminar, assinado com o Ministério Público do Espírito Santo, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho. Esse termo de compromisso “prevê medidas que visam garantir o abastecimento de água em áreas atingidas, a apresentação do Plano Emergencial de Contenção, Prevenção e Mitigação dos Impactos Ambientais e Sociais, além da disponibilização de canais de comunicação com as comunidades dos municípios de Baixo Guandu, Colatina, Linhares e Marilândia”.

A Samarco diz ainda que contratou uma empresa especialista “em desastres dessa magnitude, que se dedicará à elaboração dos planos, gestão e supervisão das ações que serão implementadas em todas as áreas impactadas ao longo do Rio Doce”.

A barragem de Fundão, localizada em Mariana (MG), rompeu no dia 5 de novembro, gerando enxurrada de rejeitos de mineração. A barragem é da mineradora Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton.

* Com informações de Bruno Faustino, da TV Educativa-ES, em colaboração para a TV Brasil

No Brasil, cientistas descobrem oceano debaixo da terra


Pesquisadores descobriram um pequeno diamante que aponta para a existência de um grande depósito de água sob o manto da Terra. Com cerca de 600 quilômetros de profundidade, seu volume poderia preencher três vezes  os oceanos que conhecemos.

O principal autor do estudo, Graham Pearson,  membro da Universidade de Alberta, no Canadá, disse que “Uma das razões da Terra ser um planeta dinâmico é a presença de água em seu interior. As mudanças da água dependem da forma como o mundo funciona”.

Depois de discutir a teoria há décadas, os cientistas relatam que finalmente encontraram um grande oceano no manto da Terra, três vezes maior do que os oceanos que conhecemos.

Esta descoberta surpreendente sugere que a água da superfície vem do interior do planeta como parte de um ciclo integrado da água, desbancando a teoria dominante de que a água foi trazida para a Terra por cometas gelados que passaram por aqui há milhões anos.

Cada vez mais os cientistas estão aprendendo sobre a composição de nosso planeta, compreendendo os acontecimentos relacionados às mudanças climáticas. O clima e o mar estão intimamente relacionados com a atividade tectônica que tem estado continuamente vibrando sob nossos pés.

Assim, os pesquisadores acreditam que a água na superfície da Terra poderia ter vindo do interior do planeta, tendo sido “impulsionada” para a superfície por meio de atividade geológica.

Depois de inúmeros estudos e cálculos complexos para testar suas teorias, os pesquisadores acreditam ter encontrado um reservatório gigante de água numa zona de transição entre as camadas superior e inferior do manto, uma região que se encontra em algum lugar entre 400 e 660 km abaixo da superfície da terra.

Como sabemos, a água ocupa a maior parte da área de superfície do nosso planeta, que é paradoxalmente chamado de Terra. Embora seja verdade que, em comparação com o diâmetro terrestre a profundidade dos oceanos represente apenas uma fina camada semelhante à casca de uma cebola, descobrimos agora que a presença deste precioso líquido não está limitada à superfície visível.

Na realidade, a cerca de centenas de quilômetros de profundidade no subsolo há também enormes volumes de água, com uma importância fundamental para a compreensão da dinâmica geológica do planeta. Quase um oceano no centro da Terra.

A descoberta do oceano subterrâneo
A importante descoberta foi realizada por pesquisadores canadenses, que se basearam em um diamante encontrado numa rocha, em 2008, em uma área conhecida como Juína, no estado do Mato Grosso, Brasil.

A descoberta ocorreu por acidente, pois a equipe que estava, na realidade, à procura de outro mineral, ter comprado o diamante de alguns garimpeiros que o tinham encontrado através de uma coleta de cascalho realizada em um rio raso. Ao analisar a pedra detalhadamente um estudante descobriu, um ano depois, que o diamante, de apenas três milímetros de diâmetro e de pouco valor comercial, continha em sua composição um mineral chamado ringwoodite, que até agora só tinha sido encontrado em rochas de meteoritos e que contém significativa quantidade de água. No entanto, a confirmação final da presença deste mineral levou muitos anos, pois foi necessária a realização de vários testes e análises científicas.

De onde vem este mineral?
A análise detalhada da amostra encontrada revelou que, neste caso, o mineral não provinha de meteoritos, mas do manto da Terra, a uma profundidade de cerca de 410 e 660 km, em uma área que é conhecida como “zona de transição”.

Anteriormente, discutia-se muito sobre a possibilidade da existência de grandes quantidades de água muitos quilômetros abaixo do subsolo, mas nunca tinha sido antes demonstrada nenhuma prova real de tal teoria, que tem implicações muito importantes para a forma como entendemos os fenômenos geológicos planetários, pois acredita-se que este é o mineral mais abundante na zona do manto. Desta forma, como a amostra encontrada possui até 1,5 por cento de seu peso em água, pode-se afirmar que existem volumes de água realmente extraordinários, como um grande oceano.

Esta descoberta é, sem dúvida, uma das mais importantes realizadas no campo da geologia nos últimos anos, e forçará os peritos a modificarem, até certo ponto, a abordagem que se tem utilizado até agora para analisar fenômenos como vulcanismo, placas tectônicas e muitos outros processos de importância na compreensão da dinâmica da Terra – cujo nome, depois dessa descoberta, se tornou ainda mais paradoxal.

A peculiaridade desta descoberta  é que  esta água não existe em qualquer um dos três estados que conhecemos: líquido, sólido ou gasoso. A água foi encontrada em estruturas moleculares de formações rochosas no interior da Terra.

Uma concentração tão importante de água trás uma mudança significativa nas teorias relacionadas com a origem da água na superfície da Terra.

Esta descoberta é a prova de que nas partes mais profundas do nosso planeta, a água pode ser armazenada. Fato este que poderá colocar fim em uma polêmica de 25 anos, sobre se o centro da terra é seco ou úmido em algumas áreas.

A capacidade de armazenar água em seu interior não é exclusiva da Terra. Outros planetas, como Marte, podem conter grandes quantidades de água, algo que nos faz pensar se o planeta vermelho poderia abrigar vida.

VIA: AIM

sábado, 21 de novembro de 2015

Lama de barragem rompida atingirá litoral do Espírito Santo a partir desta noite


A onda de lama de rejeitos minerais que se formou após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, no último dia 5,  deve chegar ao litoral do Espírito Santo a partir da noite de hoje (21) até a madrugada de amanhã (22), segundo informações da Defesa Civil e da mineradora. Devido ao período seco, um banco de areia formou-se e está impedindo a chegada da lama ao mar.

Máquinas da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, trabalham para desobstruir o caminho até o litoral no vilarejo de Regência, próximo à cidade de Linhares. A avaliação é que, caso a lama se dilua no mar, os danos serão menores do que se permanecer represada.

Em uma tentativa de salvar a vegetação na foz [ponto de desaguamento no mar] do rio Doce, a Samarco instalou bóias de contenção às margens. No entanto, não há certeza sobre a efetividade das bóias, já que tradicionalmente elas são usadas na contenção de vazamentos de óleo.

O trajeto da lama de rejeitos pelo rio Doce interrompeu o abastecimento de água em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. A situação mobilizou pessoas de vários pontos do país, que arrecadaram água potável para enviar para a região. Amanhã (22), durante o jogo de futebol entre Fluminense e Avaí, na cidade capixaba de Cariacica, haverá mais um esforço de arrecadação.

Os torcedores que doarem dois litros de água mineral nas entradas do estádio terão direito a pagar metade do valor dos ingressos. A campanha está sendo organizada pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES).

*Com informações de Bruno Faustino, da TV Educativa-ES, em colaboração para a TV Brasil

Projeto devolve à natureza peixes-boi marinhos ameaçados de extinção


Em seis anos, o Projeto Manati, que monitora o resgate e reabilitação de mamíferos aquáticos no litoral do Ceará, devolveu cinco peixes-boi marinhos à natureza.  Os animais passaram por uma reabilitação em Pernambuco e foram soltos em Alagoas.

De acordo com a bióloga Ana Carolina Meirelles, coordenadora do projeto, o Ceará é o que registra o maior de encalhe dos animais, ameaçados de extinção.

A bióloga explica que os bichos buscam estuários (locais de transição entre um rio e o mar) para o nascimento dos filhotes, por serem áreas mais calmas e protegidas. No entanto, com a degradação do meio ambiente, a maioria dos estuários no Ceará e no noroeste do Rio Grande do Norte está assoreada, muito rasa. Com isso, as fêmeas não conseguem entrar nos estuários e os filhotes nascem em mar aberto. Eles não conseguem acompanhar a mãe, acabando por encalhar. Cada filhote de peixe-boi marinho fica em torno de dois a três anos com a mãe.

Com a ajuda das comunidades costeiras, os biólogos da organização não governamental Aquatis recolhem os peixes-boi encalhados. “A gente faz todo um trabalho de conscientização e de treinamento nas comunidades para eles saberem o que fazer quando encontrarem um animal desse encalhado, porque em geral são filhotes recém-nascidos. O manejo é mais fácil”, disse.

O serviço de resgate funciona 24 horas por dia e conta com equipe de plantão para atendimento dos encalhes. Cerca de 6,8 mil pessoas já foram capacitadas pelo projeto, como estudantes da rede de ensino municipal e estadual, professores e pescadores.

Em 2012, o projeto passou a contar com um centro próprio de reabilitação dos animais no Ceará. Antes, eles eram levados para Pernambuco. “Os animais que encalhavam aqui [Ceará], a gente tinha que mandar para Pernambuco, porque aqui não tinha nenhuma estrutura de reabilitação. A estrutura que a gente tinha era temporária”, disse Ana Carolina Meirelles, acrescentando que o centro foi construído com apoio do Programa Petrobras Socioambiental.

Reabilitação
Mais nove animais da espécie estão em reabilitação no momento, sendo sete no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, no Ceará, e dois em Pernambuco.

O projeto Manati pretende que os animais fiquem quatro anos em reabilitação, uma vez que cada animal reage de uma forma ao processo de desmame e tem que passar por um processo de readaptação ao ambiente natural, conforme Ana Carolina.

Em 2016, deverá ser iniciada a construção do cativeiro em ambiente natural, com estrutura semelhante a um curral de pesca, visando ao processo de reinserção dos dois animais que estão no centro.

No cativeiro, eles aprenderão a conviver com correntes marítimas, marés, ruídos naturais e de embarcações, além de diversos outros fatores que não existem nos tanques de reabilitação. O cativeiro será erguido em uma enseada, no município de Icapuí, litoral leste do Ceará.

O último estudo, feito em 2013, pela Universidade Federal de Pernambuco, em parceria com a Fundação Mamíferos Aquáticos, identificou a existência de uma população de mil peixes-boi marinhos da costa de Alagoas até o Piauí.

No Ceará e no Rio Grande do Norte, a população é estimada em 190 animais.
Apesar do trabalho de preservação desenvolvido por várias organizações, o peixe-boi marinho ainda está ameaçado de extinção no país, “porque a espécie foi quase dizimada no passado, em razão da caça”.

Embora não seja mais caçado no Nordeste, enquanto no Norte do país ainda há uma caça de subsistência, o peixe-boi é uma espécie que demora para se recuperar. A reprodução é lenta. Além disso, tem outros impactos que ameaçam a espécie, entre os quais a destruição do habitat, a captura acidental em redes de pesca e o atropelamento por embarcação.
 

Sebastião Salgado diz que acredita na sobrevivência do Rio Doce


Natural de Aimorés (MG), afetada pelo rompimento das barragens da Samarco, Salgado cresceu às margens do Rio Doce. É dele a ideia de criar um fundo exclusivo para recuperação do rio que deverá ser constituído pelas empresas BHP e Vale, donas da Samarco.

O fotógrafo alerta ainda para a necessidade de que os recursos sejam fiscalizados pela sociedade civil para evitar que o dinheiro seja desviado para uso político. “Tenho muito medo de haver uma espécie de varejo desses fundos e quem sabe numa hora qualquer esses fundos, que deveriam ser para reconstituir uma bacia destruída, passe a ser um recurso para constituir praças públicas e ser plataforma de político. Tenho muito medo.”

De acordo com ele, o formato de gestão do fundo e de fiscalização da aplicação desses recursos ainda será definida e deverá contar com a participação de autoridades federais e estaduais, organizações não governamentais (ONGs) e universidades.

O fotógrafo defende ainda uma ação emergencial de atendimento às populações ribeirinhas que estão com problemas de abastecimento de água. “Para essa parte da população [pescadores e indígenas] vamos ter que encontrar um plano imediato. A proposta que nós temos deve ser concluída a médio e longo prazo, você não recupera uma bacia em menos de 15 ou 20 anos”, disse.

Perguntado sobre possíveis apoios internacionais para constituição do fundo de recuperação da Bacia do Rio Doce, ele disse que a questão é puramente nacional, de duas empresas, a Vale e a BHP que, em última instância, provocaram o dano ecológico. “Depois que o fundo for constituído a gente pode pensar na colaboração internacional tanto técnica quanto financeira para reconstrução da bacia”, ressalta.

Sobre a recuperação das nascentes da região, ele disse que o Instituto Terra, ONG da qual é fundador, pode começar o reflorestamento dessas áreas a partir de outubro do próximo ano, período de chuvas. “O instituto tem o maior viveiro de plantas nativas do estado de Minas Gerais e pode iniciar o plantio e a preparação dos técnicos que vão trabalhar nessa recuperação a longo prazo.”


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Rejeitos diminuem velocidade, mas continuam avançando pelo Rio Doce


Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) está monitorando em tempo real, por meio de estações instaladas na calha do Rio Doce, a movimentação dos rejeitos após o rompimento das barragens Santarém e Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana, na região central de Minas Gerais.

A previsão é que após a passagem dos rejeitos pela barragem da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas, o deslocamento até o município de Colatina, no Espírito Santo, seja de aproximadamente um dia. Depois de passar por Colatina há uma mudança de declividade no trecho até Linhares (ES), o que deverá reduzir a velocidade do escoamento. Com isso, a previsão é de maior deposição dos rejeitos, aumentando o tempo de chegada a Linhares.

Nos próximos dias, podem ocorrer mudanças na previsão, em decorrência da deposição de sedimentos no reservatório e das chuvas previstas para a região.
Segundo o CPRM, o avanço dos rejeitos não causará enchentes nos municípios localizados às margens do Rio Doce.

Até agora, o número de vítimas em consequência do rompimento das barragens continua o mesmo: há sete corpos identificados e quatro aguardando identificação. Doze pessoas continuam desaparecidas, sendo nove funcionários da Samarco e três moradores. Na tarde de ontem (16), a Polícia Militar de Belo Horizonte retirou três pessoas da lista por não serem moradores da região.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Rompimento de barragens ameaça vida marinha do Espírito Santo, diz biólogo


Milhares de quilômetros do litoral do Espírito Santo serão contaminados pelos metais tóxicos liberados pelo rompimento de duas barragens de rejeitos no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). A afirmação é do biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz, Santa Cruz, no Espirito Santo.

“Esses dejetos do Rio Doce serão sugados por uma corrente giratória, que é o criadouro marinho, exatamente onde os peixes grandes como baleias, tubarões, arraias e tartarugas se reproduzem”, afirmou. 

“São alguns quilos de cada tipo de metal pesado e, com os anos, isso vai se acumulando na cadeia alimentar, pois não é eliminável pelo organismo. O pH desse material é como se fosse uma soda cáustica. Se você cair dentro dessa lama, se queima”.

O acidente ocorreu na quinta-feira (5) na barragem da Mineradora Samarco, que tem como principal acionista a empresa Vale. Pelo menos três pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas. 

De acordo com o biólogo, a lama tóxica que desce no Rio Doce atingirá cerca de 10 mil Km2 do litoral norte da região litorânea do Espírito Santo. A área compreende três unidades de Conservação Marinhas: Comboios, Área de Proteção Ambiental Costa das Algas e Refúgio da Vida Silvestre de Santa Cruz, que somam cerca de 200 mil hectares no mar.

Segundo André Ruschi, o acidente pode representar o "assassinato" da Bacia do Rio Doce, a quinta maior bacia hidrográfica do país.

“Toda a vida no rio está sendo eliminada praticamente em 100%. As espécies endêmicas desse rio estão extintas a partir de hoje”, acrescentou. A concentração dos metais na cadeia alimentar pode levar até 100 anos para se dissipar, informou o biólogo. Dos minerais mais tóxicos e que foram despejados no rio, ele citou o cádmio, arsênio, mercúrio e cromo.

Professor de geotecnia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Ehrlich disse que, por terem sismicidade baixa, os tremores na região na ocasião do acidente não seriam suficientes para causar a queda da barragem.

“Infiltração de água também não é o caso, pois estamos em estiagem desde o ano passado. Se alguma falha houve, ela pode estar relacionada ao comportamento mecânico do material usado na construção da barragem. Talvez possa ter ocorrido um erro na estimativa da resistência do material. Outra possibilidade seria um alteamento mal feito da barragem."

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Nível de poluição no Norte da China supera em 50 vezes o recomendado pela OMS


Parte do Norte da China encontra-se hoje (9) coberta por uma nuvem cinzenta, após o nível de poluição superar em quase 50 vezes os índices considerados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A densidade das pequenas partículas (2.5), as mais suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões e de atacarem o sistema respiratório, atingiu 860 microgramas por metro cúbico em Changchun, capital da província de Jilin, no Nordeste do país. O nível supera amplamente os 25 microgramas considerados aceitáveis pela OMS.

O governo municipal anunciou, entretanto, o nível 3 de alerta, que inclui a proibição de atividades ao ar livre nas escolas, a recomendação aos moradores para optar por transportes públicos e espaços fechados e a tomada de precauções.

A poluição tornou-se, nos últimos anos, uma das principais fontes de descontentamento popular na China e está relacionada a milhares de mortes prematuras.

As partículas PM 2.5 podem causar doenças cardíacas, enfarte e patologias do aparelho respiratório, como o enfisema e o câncer de pulmão.

A densidade das pequenas partículas atingiu 1.157 micrograma por metro cúbico em Shenyang, capital da província de Liaoning, segundo dados do Gabinete de Proteção Ambiental local.

"Ao sair de casa, o ar queima os olhos, a garganta fica irritada", disse um morador, citado pela agência oficial chinesa Xinhua.

Em 2014, o ar em quase 90% das principais cidades chinesas ficou aquém dos padrões de qualidade, segundo avaliação divulgada pelo Ministério chinês da Proteção Ambiental.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Brasil e Reino Unido fecham acordo de projeto rural sustentável


Os governos do Brasil e do Reino Unido fecharam uma parceria nesta quarta-feira (28) para execução de projeto rural sustentável para beneficiar produtores rurais e agentes de assistência técnica. O projeto terá US$ 26 milhões (em torno de R$ 102 milhões no câmbio atual) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a serem repassados pelo Banco do Brasil.

Em solenidade prevista para as 15h, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, será lançado o Portal Rural Sustentável, espaço dedicado às entidades técnicas envolvidas e instituições de ensino e pesquisa de ciências agrárias e sociais relacionados com a produção rural.

De acordo com o ministério, o projeto vai beneficiar aproximadamente 3.500 pequenos e médios produtores de 70 municípios de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, da Bahia, de Minas Gerais, do Paraná e Rio Grande do Sul.

Amanhã mesmo será aberta a primeira chamada de propostas para os produtores que queiram oferecer suas propriedades como unidades demonstrativas da fase piloto nos municípios de Machadinho D’Oeste (RO), Marabá (PA), Alta Floresta (MT), Nilo Peçanha (BA), Teófilo Otoni (MG), Francisco Beltrão (PR) e Passo Fundo (RS).

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Lagoa Juparanã amanhece verde em Linhares, ES

O nível da lagoa também está cada dia mais baixo.

Especialista acredita que a seca tenha contribuído para as manchas verdes.

A lagoa Juparanã, em Linhares, região Norte do Espírito Santo, amanheceu esverdeada nesta quinta-feira (1). O nível da lagoa também está mais baixo. Segundo especialista, a coloração pode ser resultado de obras realizadas para aumentar a conexão entre a lagoa e o Rio Pequeno.

Em dezembro do ano passado o mesmo fenômeno aconteceu na lagoa. Na ocasião, a orientação era evitar contato com a água. Além da mudança na coloração, desta vez o nível da água está cada vez mais baixo.

Segundo o engenheiro ambiental Marcos Aurélio de Almeida, uma das causas possíveis para o baixo nível da lagoa e aparecimento das manchas verdes são as obras de abertura do canal que liga a lagoa ao Rio Pequeno.

As obras ajudam a escoar a água da lagoa e limpar a mancha escura que apareceu no rio na semana passada e prejudicou todo o abastecimento de água da cidade de Linhares.

"Em certos locais da lagoa vai virar uma mini lagoa, porque não vai ter pra onde escoar a água. Então aquele acumulo e o sol quente acaba propiciando esse fenômeno, que se chama eutrofização", esclarece o especialista.

O engenheiro ambiental também explica porque a água mudou de coloração: "Essa parte verde é derivada de uma toxina que é produzida pelas algas e isso destrói todos os seres vivos que estão no sistema".

Entretanto, segundo a Prefeitura de Linhares, a água esverdeada é um processo natural por causa das altas temperaturas da água e falta de chuva, e não tem relação com as obras realizadas na boca do Rio Pequeno.

A prefeitura também informou que o município acompanha diariamente o nível da água e que ele não foi influenciado pelos trabalhos, que estão sendo acompanhados por técnicos do Instituto Estadual de Meio Ambiente e da Agência Estadual de Recursos Hídricos.

Seca prejudica a pesca

A seca já prejudica o trabalho de mais de 200 pescadores da região. Com a mudança na coloração da lagoa, eles têm ainda mais dificuldade de tirar seu sustento da lagoa.

"Fica difícil para os pescadores sobreviverem dessa maneira. A gente passa três ou quatro dias para pegar dois quilos de peixe", lamenta João Foreste.

Os pescadores tem medo de que as obras para abrir o canal para o rio prejudiquem ainda mais o nível da lagoa.


"Estão matando a lagoa Juparanã para salvar o Rio Pequeno. O pescador já não está mais suportando. Além da falta de peixe, agora tem falta de água também", disse Milton Jorge, presidente da Colônia de Pescadores.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Com água contaminada, Linhares decreta situação de emergência

Mancha escura com mal cheio apareceu no rio que abastece a cidade.
Há suspeitas de esgoto clandestino.

A Prefeitura de Linhares decretou situação de emergência na manhã desta sexta-feira (25). O motivo é a recente contaminação das águas do Rio Pequeno, que abastece a cidade. Mais de 80 mil pessoas estão sem água desde quinta-feira (24).

Para solucionar o problema, a prefeitura acionou o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema), que aprovou intervenções emergenciais na margem do rio. A previsão é restabelecer 30% ou mais do abastecimento da cidade ainda nesta sexta.

O município trabalhou para estabelecer a captação de água direto do Rio Doce e aumentar a vazão da Lagoa Juparanã para o Rio Pequeno, para que a mancha desça com mais rapidez, durante esta sexta-feira.

Também estão sendo escavados bolsões de areia ricos em água à margem oeste do Rio Pequeno. Empresas e parceiros da cidade de Linhares integram a força-tarefa de limpeza do rio e captação de outros pontos para abastecimento da sede de Linhares.

O abastecimento foi interrompido nesta quinta-feira (24), depois que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) detectou que havia matéria orgânica na captação de água do Rio Pequeno.

Amostras da água foram coletadas e o resultado deverá ficar pronto nesta sexta-feira (25). Uma equipe de peritos da Polícia Civil está investigando as condições do Rio Pequeno e há suspeita de esgoto clandestino.

Brasil perde 1,8% de suas florestas em dois anos, diz IBGE


O Brasil perdeu 1,8% de suas florestas entre 2010 e 2012, segundo dados divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, o país tinha 3,26 milhões de quilômetros quadrados (km²) de vegetação florestal, enquanto em 2012, essa área caiu para 3,2 milhões de km², uma perda de quase 60 mil km² em apenas dois anos.

Nesses dois anos, houve a reposição de 204 km² de florestas, mas o desmatamento foi quase 300 vezes maior: 59,4 mil km². A perda da vegetação florestal deveu-se principalmente à expansão agrícola, que respondeu por 68% da redução das florestas no país. A expansão da pastagem plantada respondeu por outros 28% e a silvicultura por apenas 4%.

Segundo a pesquisa Mudanças na Cobertura e Uso da Terra do IBGE, no entanto, a principal perda de vegetação natural ocorreu nas pastagens naturais, que são áreas de vegetação campestre natural sujeitas a atividade pastoril de baixa intensidade e que perderam 7,8% de sua superfície nesse período.

A expansão agrícola também foi responsável por 65% do recuo das pastagens naturais. Outros 35% de perda foram provocados pela expansão da pastagem plantada.

As áreas de vegetação campestre alagada, como charcos e pântanos, reduziram-se em 5,9%, enquanto as de vegetação campestre, como savanas, perderam 2,7% de sua superfície.

Ao mesmo tempo, as áreas artificiais, que incluem áreas urbanas, cresceram 2,5%, as áreas agrícolas aumentaram em 8,6% e as pastagens plantadas avançaram 11,1%. A silvicultura teve crescimento de 4,6% nesses dois anos.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Família americana cria mini fazenda no meio da cidade que produz 3 toneladas de alimentos orgânicos por ano


A questão ambiental tem sido abordada cada vez mais nas televisões e nos jornais. Já sentimos os efeitos do aquecimento global e da falta de água no nosso dia a dia, portanto, as práticas sustentáveis são essenciais para revertermos os prejuízos causados à natureza. Um exemplo a ser seguido é o da família Dervaes que planta seus próprios alimentos, não usa agrotóxicos e mostra que ser sustentável não é tão difícil quanto falam por aí.

Tudo começou quando Jules Dervaes percebeu que as empresas começaram a criar alimentos transgênicos e usar muitos agrotóxicos no cultivo de frutas, legumes e verduras.

Como deixar que meus filhos comam esses alimentos estranhos e cheios de venenos? Questionou ele. Assim, veio a ideia de plantar o máximo de alimentos que podia em seu casa, localizada em Pasadena, Califórnia, EUA. Tudo é registrado no blog e página de Facebook da Família Dervaes.

A família transformou seu quintal em uma fazenda urbana e, no espaço de aproximadamente 400 m², são produzidas mais de 3 toneladas de alimentos orgânicos por ano, o suficiente para abastecer 90% da alimentação da família e gerar renda extra através da venda de excedentes.



Quando compramos verduras no supermercado, os alimentos viajam quilômetros até chegarem nas prateleiras dos supermercados. Os alimentos da família Dervaes, além de serem livres de agrotóxicos, são super frescos e levam apenas 12 minutos para chegarem à mesa. Além disso, a família utiliza energias alternativas, possui galinhas para produção de ovos e estrume e abelhas para a produção de mel orgânico, diminuindo assim o consumo de recursos não renováveis do planeta e os impactos ambientais.

O sucesso da fazenda urbana foi tão grande que a família até ganhou um curta-metragem premiado, que você pode ver abaixo:


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Pesca desenfreada nos oceanos pode causar impacto maior que poluição, diz ONG

Vista aérea da Península AntárticaArquivo/Agência Brasil
Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil*

A pesca desenfreada pode ser mais prejudicial a ecossistemas marinhos que a poluição, alertou a diretora-geral da organização não governamental (ONG) Oceana no Brasil, Monica Peres. Nesta segunda-feira (8), comemora-se o Dia Internacional dos Oceanos.

A diretora-geral da ONG afirmou que o Brasil precisa investir na produção de dados e no manejo da pesca no país. "No Brasil, temos um problema muito grave de falta de manejo, de falta de dados, de falta de pesquisas necessárias para manejar bem essa atividade. Hoje em dia, não se sabe bem quantos barcos de pesca existem no país. Não sabemos, há muitos anos, sobre o que desembarca da pesca no Brasil. Isso é um problemão, e a pesca não manejada e intensa, acima da capacidade de as espécies se reporem, é um impacto talvez maior que o da poluição."

Para Monica, muitas pessoas pensam que os oceanos têm uma distribuição uniforme das formas de vida em toda a sua extensão quando, na verdade, há grandes agregações de seres vivos em espaços restritos e áreas gigantescas sem vida. Quando a pesca é feita sem o manejo adequado nessas áreas em que a vida se concentra, o equilíbrio dos ecossistemas é ameaçado. "Às vezes, a pesca é feita para retirar uma espécie que é abundante, mas vem junto com ela uma espécie que vive muitos anos, que fica adulta muito tarde, que tem poucos filhotes. Essas espécies mais vulneráveis não aguentam a intensidade de pesca que a espécie-alvo aguenta", disse Monica, destacando que é preciso proteger as espécies que são pescadas e usadas como alimento e as demais, que, quando acabam caindo nas redes de pesca, são devolvidas mortas ao mar sem que haja qualquer benefício com isso.

"A gente precisa respeitar a capacidade daquelas populações de se reporem. Toda extração de recursos vivos precisa ser feita dentro da capacidade do organismo de se repor".

Ações de preservação e de manejo, na visão da pesquisadora, servirão também para que os ecossistemas marítimos sejam mais capazes de resistir às mudanças climáticas no planeta. "O que se sabe hoje é que os ambientes marinhos e oceânicos serão os mais afetados pelas mudanças climáticas", disse. Mudanças na temperatura, explica Monica, podem provocar alterações, por exemplo, nas correntes marítimas e na disponibilidade de oxigênio e nutrientes na água. A falta de sódio, por exemplo, poderia levar à morte de corais.

*Colaborou Mara Régia, das Rádios EBC

quinta-feira, 10 de julho de 2014

27 tartarugas marinhas são achadas enroladas à rede de pesca, no ES

Pelo menos 27 tartarugas foram encontradas mortas (Foto: Reprodução/ Whatsapp)
Segundo bióloga, pelos menos 27 animais foram encontrados mortos.
Moradores da região se mobilizaram para ajudar a retirar os animais.

Pelo menos 27 tartarugas marinhas foram encontradas mortas, enroladas em uma rede de pesca na manhã desta quarta-feira (9), em uma praia da Barra do Jucu, em Vila Velha, no Espírito Santo. Segundo um guarda-vidas que trabalha no local, moradores da região fizeram o resgate, mas nenhum animal foi retirado da água com vida. A bióloga Jordana Borini, do projeto Tamar, foi ao local e contou que um pedaço da rede ainda está na água, e há chances de mais tartarugas estarem presas. 

terça-feira, 29 de abril de 2014

Microsoft e ONU criam programa para prever degradação ambiental


A empresa de informática Microsoft e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) desenvolveram o primeiro sistema de simulação virtual capaz de prever a degradação do meio ambiente e o futuro da terra.

A tecnologia de código aberto, denominada Madingley, permite que os cientistas conheçam como interagem todos os organismos em um dado ecossistema e respondam a perguntas-chave, informou o Pnuma em comunicado.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Pesquisa mostra que 60% dos japoneses são a favor da caça à baleia


*Da Agência Brasil
Seis em cada dez japoneses apoiam o programa de caça à baleia no país, mas apenas 14% admitem comer carne de baleia, de acordo com os resultados de uma pesquisa divulgada hoje (22).

O trabalho é apresentado menos de um mês depois de o Tribunal Internacional de Justiça ter determinado o cancelamento do programa dos baleeiros japoneses na Antártica, por considerar uma atividade comercial disfarçada de missão científica com vista a contornar a lei internacional.

sábado, 14 de dezembro de 2013

A Amazônia que o BNDES financia



Nos calhamaços de papel assinados e rubricados diversas vezes por gigantes da economia brasileira – Vale, Eletrobrás, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Votorantim, Alcoa, dentre outros -, saltam cifras de 500 milhões, 1 bilhão, até quase 10 bilhões de reais. São os contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a uma série de megaempreendimentos na Amazônia, que não são disponibilizados publicamente pelo banco, embora todas essas obras sejam custeadas com o dinheiro de impostos.

A Pública entrou com um pedido de acesso à informação para obter os contratos dos principais investimentos do BNDES em projetos de infraestrutura na Amazônia brasileira e obteve 43 contratos que revelam detalhes sobre o financiamento de projetos de empresas e estados – as garantias exigidas, os compromissos socioambientais acordados – e descobriu que, na prática, muitas dessas obras desrespeitam o que foi assinado, contribuindo para muitos dos problemas que a reportagem vem encontrando ao longo da produção dessa série, motivando inclusive ações judiciais.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Transgênicos resistentes a agrotóxico podem ser liberados



Por Mariana Branco

Blog Dag Vulpi - Uma variedade controversa de alimentos transgênicos pode ser liberada para comercialização no Brasil. Trata-se das sementes de milho e soja resistentes ao agrotóxico 2,4-D, utilizado para combater ervas daninhas de folha larga. Diferentes das comuns, as supersementes suportam o herbicida sem morrer. Há um temor, no entanto, de que sua presença no mercado estimule o uso excessivo do defensivo agrícola, inclusive em combinação com outras substâncias.


O Ministério Público Federal (MPF) realiza audiência pública hoje (12) para saber mais sobre essa classe específica de organismos geneticamente modificados. Para o órgão, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), responsável pela liberação dos transgênicos, não faz uma análise satisfatória dos impactos das sementes na saúde humana e no meio ambiente.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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