Moradores e turistas reclamaram do mau cheiro da água.
Causa seria o lixo e o esgoto despejado no local, segundo biólogo.
Parte da lagoa Juparanã, localizada em Linhares, município da região Norte do Espírito Santo, foi tomada por uma proliferação de algas que deixam a água verde e imprópria para o banho. O biólogo Elber Tesch explicou que a causa do problema seria o lixo deixado na margem, além de esgoto despejado por sanitários. A prefeitura de Linhares informou que biólogos recolheram amostras em toda a extensão da lagoa para que seja feita a análise da água. O resultado sai nesta terça-feira (30).
A lagoa é uma das maiores em extensão do país e atrai um grande número de turistas durante o ano, número este que aumenta no verão. Porém, a água verde tem afastado alguns banhistas, que preferem não enfrentar o mau cheiro e os riscos. “A gente veio de Mucuri, na Bahia. Meu irmão trouxe a gente para visitar e está horrível, com mau cheiro. Não tenho coragem de entrar, vou deixar para quem tem”, contou uma turista baiana.
O biólogo Elber Tesch explicou que a cor verde e o odor são causados pela proliferação de cianobactérias, que podem ter chegado ao local através de lixo e esgoto. “Tudo indica que é o lixo. Pode ser o esgoto, porque temos alguns sanitários aqui na margem da lagoa, que podem estar sendo lançados na lagoa sem tratamento”, disse.
O lavrador Raul Jhone contou que tem medo de pegar alguma doença ao entrar na lagoa e brincou com a cor da água. “Acho que o Incrível Hulk urinou aí dentro, está tudo verde e fede um pouquinho. Não entrei. Trouxe uns cinco litros de água e joguei no meu corpo, porque se entrar aí dá perigo.”
Fatores como o calor e a luminosidade influenciam na proliferação das cianobactérias, que podem causar doenças, segundo o biólogo. “Quanto mais sol e mais calor, maior a proliferação desses organismos. Eles produzem algumas toxinas, que podem causar desde uma simples diarreia a problemas hepáticos, problemas neurológicos”, explica.
Segundo Elber, um jeito de evitar que o problema persista é guardar o lixo em sacolas e dar o devido destino, além de tratar o esgoto que cai dentro da lagoa. O funcionário público Josías Rangel contou que leva uma sacola para colocar o lixo sempre que vai à lagoa. “Quando eu venho aqui procuro trazer sempre com minha família uma sacolinha para quando acabar de utilizar. Eu coloco e levo embora e jogo em casa, para manter sempre o lugar limpo, organizado”, disse.
A prefeitura de Linhares informou que biólogos recolheram amostras em toda a extensão da lagoa para que seja feita a análise da água. O resultado sai nesta terça-feira (30). Por isso, a prefeitura orienta que os visitantes evitem o banho no local até que seja liberado o resultado da análise dos índices de toxinas presentes na água.
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