O nível da
lagoa também está cada dia mais baixo.
Especialista acredita que a seca tenha contribuído para as manchas verdes.
A lagoa
Juparanã, em Linhares, região Norte do Espírito Santo,
amanheceu esverdeada nesta quinta-feira (1). O nível da lagoa também está mais
baixo. Segundo especialista, a coloração pode ser resultado de obras realizadas
para aumentar a conexão entre a lagoa e o Rio Pequeno.
Em dezembro do ano passado o mesmo fenômeno aconteceu na lagoa. Na ocasião, a
orientação era evitar contato com a água. Além da mudança na coloração, desta
vez o nível da água está cada vez mais baixo.
Segundo o
engenheiro ambiental Marcos Aurélio de Almeida, uma das causas possíveis para o
baixo nível da lagoa e aparecimento das manchas verdes são as obras de abertura
do canal que liga a lagoa ao Rio Pequeno.
As obras
ajudam a escoar a água da lagoa e limpar a mancha escura que apareceu no rio na semana passada e prejudicou todo o
abastecimento de água da cidade de Linhares.
"Em
certos locais da lagoa vai virar uma mini lagoa, porque não vai ter pra onde
escoar a água. Então aquele acumulo e o sol quente acaba propiciando esse
fenômeno, que se chama eutrofização", esclarece o especialista.
O engenheiro
ambiental também explica porque a água mudou de coloração: "Essa parte
verde é derivada de uma toxina que é produzida pelas algas e isso destrói todos
os seres vivos que estão no sistema".
Entretanto,
segundo a Prefeitura de Linhares,
a água esverdeada é um processo natural por causa das altas temperaturas da
água e falta de chuva, e não tem relação com as obras realizadas na boca do Rio
Pequeno.
A prefeitura
também informou que o município acompanha diariamente o nível da água e que ele
não foi influenciado pelos trabalhos, que estão sendo acompanhados por técnicos
do Instituto Estadual de Meio Ambiente e da Agência Estadual de Recursos
Hídricos.
Seca
prejudica a pesca
A seca já prejudica o trabalho de mais de 200 pescadores da região. Com a mudança na coloração da lagoa, eles têm ainda mais dificuldade de tirar seu sustento da lagoa.
"Fica
difícil para os pescadores sobreviverem dessa maneira. A gente passa três ou
quatro dias para pegar dois quilos de peixe", lamenta João Foreste.
Os pescadores
tem medo de que as obras para abrir o canal para o rio prejudiquem ainda mais o
nível da lagoa.
"Estão matando a lagoa Juparanã para salvar o Rio Pequeno. O pescador já não está mais suportando. Além da falta de peixe, agora tem falta de água também", disse Milton Jorge, presidente da Colônia de Pescadores.
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Dag Vulpi