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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Clarão no céu do Acre assusta moradores; especialistas explicam


Especialistas divergem sobre tratar-se da ação de algum meteorito ou lixo espacial em contato com a atmosfera da Terra.

Um clarão iluminou o céu do Acre na noite deste sábado (27), assustando os moradores da região. Vídeos e fotos do fenômeno desconhecimento rapidamente viralizaram nas redes sociais.

Como explica o 'G1', moradores da capital, Rio Branco, além dos municípios de Tarauacá, Feijó, Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Rodrigues Alves conseguiram ver o clarão.

A princípio, os moradores desconfiaram se tratar da queda de um avião, mas a hipótese foi descartada pelo superintendente da Infraero em Cruzeiro do Sul, Carlos Augusto.
“Não temos nenhuma indicação de aeronave na região. O que pode ter acontecido é a ação de algum meteorito, que quando entra na atmosfera pega fogo e causa um clarão. Mas isso não é oficial”, explicou ao site.

Já o meteorologista Alejandro Fonseca, da Universidade Federal do Acre (Ufac), informou que não havia atividades de meteoro ou cometa previstas para acontecer no espaço aéreo do Estado. Segundo ele, o fenômeno pode ter sido ocasionado por lixo espacial.

“Quando o lixo entra na atmosfera sofre um atrito muito grande e isso causa incêndio no objeto. O que pode ter acontecido é isso”, disse.Do Noticias ao Minuto

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Chuva de meteoros poderá ser vista neste fim de semana no Brasil


O fenômeno é anual e, neste ano, terá menos interferência da lua, possibilitando uma melhor visão até mesmo de meteoros menos brilhantes.

A chuva de meteoros Orionídeos poderá ser vista no céu entre este sábado (21) e o domingo (22). O fenônome estará visível em todo o mundo, com exceção da Antárctica. Como explica o JC Online, a chuva de meteoros Orionídeos faz parte da constelação Órion e é formada por detritos do Cometa Halley, que pode ser visto em órbita a cada 76 anos.

A publicação destaca que o fenômeno é anual e, neste ano, terá menos interferência da lua, possibilitando uma melhor visão até mesmo de meteoros menos brilhantes.

O Grupo de Astronomia de Pernambuco informa que o melhor horário para observação da chuva de meteoros será durante a madrugada, tanto do sábado quanto do domingo, com destaque entre às 2h e 3h. "A preferência é de que o fenômeno seja visto de um lugar escuro, longe da luminosidade das cidades. Esta chuva de meteoros é oriunda dos detritos deixados pela passagem do cometa Halley. Esses detritos formaram uma faixa que orbita o sol, por isso todo ano há uma repetição", explica o professor de astronomia James Solon.

Os Orionídeos possuem uma atividade de máximo constante. Por isso, as noites de 21 e 22 de outubro possuem atividade intensa semelhante. A estimativa é de que haja entre 20 e 25 meteoros por hora durante a chuva de meteoros Orionídeos.

Cometa Halley

O cometa Halley - também designado 1P/Halley - orbita periodicamente em sua órbita a cada 76 anos. A última aparição do cometa foi no ano de 1986, e a próxima está prevista para o ano de 2061. Halley é o único cometa de curto período conhecido que é claramente visível a olho nu da Terra.

Do noticiasaominuto

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Astrônomos indicam de onde vêm perigosos raios cósmicos


Os raios cósmicos foram descobertos em 1912 pelo físico austríaco Victor Hess.

A primeira análise detalhada de raios cósmicos que atingem a Terra mostrou que os mais potentes deles se formam fora da nossa galáxia, segundo informaram no Instituto de Tecnologia de Karlsruhe.

Os raios cósmicos foram descobertos em 1912 pelo físico austríaco Victor Hess. São partículas elementares e núcleos de átomos de vários elementos, acelerados a uma velocidade muito próxima da velocidade da luz, representando um dos maiores enigmas para cientistas e uma das principais ameaças para astronautas.

Hoje em dia, não há uma opinião comum quanto à origem dos raios. Alguns cientistas acreditam que as partículas se acelerem em restos quentes de estrelas que explodiram dentro da Via Láctea, enquanto outros supõem que suas fontes sejam núcleos e nuvens de gás em galáxias longínquas.

Markus Roth, pesquisador do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, Alemanha, e seus colegas há quase dez anos observam os raios cósmicos, que conseguem "perfurar" a atmosfera da Terra e atingir sua superfície com o uso do Observatório de Raios Cósmicos Pierre Auger na Argentina.

Observando de onde vêm os raios, cientistas tentaram entender se são originados pela nossa galáxia ou pelas suas "vizinhas".

"Raios cósmicos podem ser considerados uma espécie de 'enviados' do universo, que nos permitem saber muitas coisas novas sobre sua origem e seu estado hoje em dia […] O fato de termos detectado raios excessivos provenientes de certos pontos do espaço esclareceu significativamente a possível localização de sua 'pátria'", declarou Markus Roth.

Segundo o especialista, agora, pode-se afirmar com certeza que os raios cósmicos mais potentes são originados fora da nossa galáxia. De acordo com os dados do telescópio Pierre Auger, os "focos" mais brilhantes dos raios se encontram a uma distância enorme do núcleo da galáxia, equivalente a 240 Luas cheias interligadas.

A fonte dos raios ainda permanece desconhecida pelos cientistas. No entanto, os astrônomos acreditam que se formaram em galáxias próximas, não tão longe da Via Láctea.

Em breve, os detectores do observatório Pierre Auger serão renovados o que lhe permitirá detectar a fonte das partículas.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Espécie de serpente recém-descoberta sobrevive a incêndio


A capacidade da Thamnodynaste Phoenix de sobreviver ao fogo foi descoberta quando o instituto que a estudava pegou fogo

A revista alemã Salamandra publicou em agosto artigo em que o pesquisador Francisco Luis Franco, do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, descreve uma nova espécie de serpente, a Thamnodynaste Phoenix.

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O gênero Thamnodynaste é composto atualmente por 19 espécies de cobras vivíparas (que colocam ovos) e opistóglifas (cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior).

A serpente estudada foi doada pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga) ao Instituto Butantan.

Em março de 2010, o Instituto sofreu um grave incêndio que destruiu 90% da Coleção Herpetológica “Alphonse Richard Hoge”, atingindo grande parte de seu material biológico.

Foram resgatados somente alguns espécimes, incluindo dois espécimes em depósito da Thamnodynaste Phoenix. Daí o nome da espécie, uma alusão à ave mitológica que morre em combustão e renasce das próprias cinzas.

Segundo o Cemafauna Caatinga, a nova espécie hemipeniana se distingue de todos os seus congêneres por uma combinação única de caracteres, incluindo 19 linhas dorsais de escamas lisas no meio do corpo, o menor número de linhas sob a cauda no gênero e uma morfologia e padrão de coloração distintos.

A Thamnodynaste Phoenix tem ampla ocorrência nas áreas abertas do semiárido nordestino. O município de Petrolina, interior de Pernambuco, especificamente o Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ficou designado como a localidade da espécie.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Iceberg de 5,8 mil quilômetros quadrados se desprende da Antártida


Um iceberg de 5,8 mil quilômetros quadrados se desprendeu do segmento Larsen C da Antártida,  informaram hoje (12) os cientistas que vigiam sua evolução. 

Em comunicado, os especialistas do projeto Midas, da Universidade Swansea, do País de Gales, afirmaram que o desprendimento aconteceu entre 10 e 12 de julho. A informação é da Agência Télam.

O iceberg, que deve ser denominado A68, pesa mais de um trilhão de toneladas, segundo o Midas, e tem área 3,8 vezes maior que a cidade de São Paulo.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Após mais de um século, pesquisadores avistam micos-leões-dourados no Rio


Tudo começou em 2015, quando pesquisadores da Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica, campus avançado para pesquisas em biodiversidade e saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizado em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, ficaram sabendo da existência de micos-leões-dourados na região.

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No ano seguinte, a presença foi confirmada por um funcionário que avistou três indivíduos juntos da espécie Leontophitecus rosalia. No dia 19 de abril passado, pesquisadores fizeram a primeira foto da espécie, confirmando o aparecimento raro depois de mais de um século sem que micos-leões dourados fossem vistos na cidade do Rio de Janeiro.

“Significa que esses animais estão ali, regularmente”, disse à Agência Brasil o biólogo Ricardo Moratelli, um dos responsáveis pela gestão ambiental e levantamento da biodiversidade da Estação Biológica da Fiocruz. O próximo passo, segundo ele, é descobrir a origem desses animais: se são remanescentes de uma população local ou se foram trazidos de outra região e soltos na área.

Moratelli acredita que o mais provável é que tenham sido trazidos de outra região. “Poderiam estar em criadouros; podem ter sido trazidos ilegalmente. É muito difícil que sejam remanescentes de populações naturais. Mas é uma possibilidade que a gente não pode também descartar”, disse o biólogo.

Para que possam ser feitos testes que comprovem a origem desses animais, Moratelli explicou que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) terão de conceder licenças para os testes: “A gente não pode encostar nos animais sem as licenças”.

Embora seja um grupo pequeno e inviável a longo prazo, Ricardo Moratelli disse que a presença deles demonstra que aquela área poderia, inclusive, receber mais micos-leões dourados – uma vez que era o habitat original da espécie, o que abre a possibilidade para se tentar introduzir mais animais no local.

Extinção
Moratelli conta que o mico-leão-dourado é uma espécie nativa dessa região e foi extinta entre o final do século 19 e o começo do século 20. “Existe na região em torno de 50 a 60 quilômetros quadrados de matas conectadas que são habitats favoráveis para a vida desses animais. Pode ser que eles continuem por aquela área, pode ser que eles se desloquem pelo Maciço da Pedra Branca para outras regiões voltadas para a vertente sul. A gente não sabe”.

O biólogo Ricardo Moratelli conta que, por volta de 1830, o mico-leão-dourado habitava desde a Bacia do Rio Sepetiba até o norte do estado, na fronteira com o Espírito Santo, e foi se extinguindo aos poucos com mudanças feitas pelo homem no meio-ambiente local. Isso, associado à caça, reduziu muito as populações desta espécie, até que, em 1960, existiam apenas 200 indivíduos livres na natureza e todos na Bacia do Rio São João, que engloba as cidades de Silva Jardim e Casimiro de Abreu e inclui as reservas biológicas de Poço das Antas e União. Em 1940, a espécie já estava restrita à Bacia do Rio São João e às adjacências da Lagoa de Araruama.

“[A espécie] já não existia no município do Rio de Janeiro. A ocorrência desses animais mostra que essa área tem potencial para receber mais indivíduos e talvez ampliar um pouco a distribuição atual dessa espécie, por meio de reintrodução”, disse, ao lembrar que ainda não há decisão sobre o assunto: “são só ideias para se pensar o que fazer”. Qualquer medida deve ser tomada pelo Inea, que tem a missão de proteger os fauna local como um todo.

Os pesquisadores continuam a procura de outros exemplares da espécie. A Estação Biológica Fiocruz trabalha no levantamento constante da biodiversidade daquela região, englobando flora e fauna, como morcegos, anfíbios, aves e roedores.

Diversidade
Até o momento, os pesquisadores descobriram que os micos-leões dourados avistados estão vivendo na área da Estação Biológica Fiocruz em grupos mistos com saguis de tufo branco, que são animais introduzidos, oriundos do Nordeste brasileiro. Atualmente, existem 3,2 mil micos-leões-dourados no estado do Rio de Janeiro que se multiplicaram a partir daqueles 200 indivíduos que existiam em 1960.

“Existe uma diversidade genética muito baixa para a espécie”. Segundo Ricardo Moratelli, se os três indivíduos avistados no campus da Fiocruz forem oriundos de outras áreas e por alguma razão pararam ali, é o melhor para a espécie. “Quanto maior a variabilidade genética e maior a distribuição geográfica, melhor para a espécie”, afirmou.


Ricardo Moratelli disse também que o pequeno grupo corre o risco de ser atacado por predadores e morrer por doenças. “A gente sabe que esse pequeno grupo não vai viver ali por muito tempo que, quando se fala em conservação, são 30, 40, 50 anos. Mas o fato de eles ocorrerem ali de 2015 até hoje mostra que o habitat é favorável para essa espécie ainda e que um programa de reintrodução ali poderia ser pensado. Seria belíssimo ter micos-leões-dourados na maior floresta urbana das Américas”, disse.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Arara em extinção é devolvida ao Brasil após ser contrabandeada para a Argentina


Agencia Brasil
Um macho de arara-azul-de-lear, espécie ameaçada de extinção, foi devolvido ao Brasil após ser contrabandeado para a Argentina. A ave chegou ao país às 10h desta quarta-feira (5), pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, e passará por quarentena em São Paulo antes de ser levada para um criadouro científico em Minas Gerais.

Segundo o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em São Paulo, Murilo Reple Penteado Rocha, a arara foi encontrada pelas autoridades argentinas com um comerciante ilegal em 2007. Após ser apreendida, a ave ficou em um zoológico em Buenos Aires até o final do julgamento do crime ambiental pela Justiça argentina.

Rocha explica que essa arara não poderá ser devolvida à natureza, mas servirá para reprodução. “Existe um programa no Ministério do Meio Ambiente para a conservação da espécie. A vida de um exemplar é importante porque a ideia é aumentar a população [de arara-azul-de-lear]”.

A arara-azul-de-lear vive na caatinga, na região do Raso da Catarina, nordeste da Bahia. Foram catalogadas 1.358 aves dessa espécie na natureza brasileira. O tempo de vida estimado é 50 anos. Suas principais ameaças são destruição do habitat, da palmeira licuri, que serve de alimento, e o tráfico de animais silvestres.

O acordo entre Brasil e Argentina foi possível, pois os países são signatários da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e da Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção, que controla o comércio de fauna e flora silvestres.

quinta-feira, 30 de março de 2017

ONU alerta para praga mundial de besouros que está destruindo palmeiras


Um pequeno besouro vermelho está causando grandes estragos ao redor do mundo, destruindo palmeiras e ameaçando as produções de coco, dendê, tâmaras e outros. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) convocou para uma reunião em sua sede em Roma, na Itália, cientistas, especialistas em controle de pragas e ministros da Agricultura de vários países, visando formular um plano de ação internacional para frear a praga. O encontro segue até esta sexta-feira (31). As informações são da ONU News.

Nas últimas três décadas, o besouro prejudicou palmeiras em todos os países do Oriente Médio e do norte da África. Mas agora, a praga está se espalhando e já foi registrada em mais de 60 nações, incluindo França, Grécia, Itália e Espanha, além de nações do Caribe e da América Central.

Segundo a FAO, os besouros conseguem se espalhar com rapidez porque faltam estratégias de prevenção e o monitoramento da praga tem sido insuficiente. Outro problema é a dificuldade para detectar o inseto durante a infestação: 80% do ciclo de vida desse besouro não pode ser observado a olho nu, e na maioria dos casos, fica tarde demais para salvar a palmeira.

Perdas
As perdas econômicas são enormes todos os anos, devido aos prejuízos para a produção e os custos para controlar a peste. Países do Oriente Médio chegam a perder US$ 8 milhões por ano. Já os custos combinados para erradicar o besouro e cuidar das palmeiras infestadas chega a custar 90 milhões de euros na Espanha, na Itália e na França.

Mas segundo a FAO, esse custo pode aumentar para 200 milhões de euros até 2023, se nenhum programa rigoroso de controle for implementado.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Estudo prevê extinção de um terço de espécies nativas do Cerrado em 30 anos


Agência Brasil
Estudo internacional, coordenado por pesquisadores brasileiros e publicado ontem (23) na revista Nature Ecology and Evolution, aponta perda significativa de espécies nativas do Cerrado nos próximos 30 anos se o ritmo atual de desmatamento do bioma continuar. A razão para isso é que há 4.600 espécies de plantas endêmicas no bioma, que não existem em nenhum outro lugar do planeta. Os pesquisadores projetam um quadro de extinções de espécies de grande magnitude se nada for feito.

Eles estimam que até 1.140 espécies podem desaparecer pelo desmatamento acumulado. “Esse é um número oito vezes maior do que todas as espécies registradas como extintas no mundo até hoje”, disse o coordenador da pesquisa, Bernardo Strassburg. Desde o ano de 1.500, quando foram feitos os primeiros registros das espécies de plantas no planeta, 139 foram declaradas oficialmente extintas.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Considerado extinto, cardeal-amarelo é visto no Rio Grande do Sul após 15 anos


Considerada extinta na região há mais de uma década, a ave Gubernatrix cristata, conhecida como cardeal-amarelo, foi fotografada no começo de maio na região da Serra Sudeste, no Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com o Uruguai. É a primeira vez em 15 anos que um macho adulto da espécie é fotografado e filmado em seu ambiente natural.

A descoberta ocorreu durante expedição da Secretaria de Meio Ambiente do estado à região. Os pesquisadores capturaram o pássaro, coletaram amostras para análises genéticas e fizeram uma marcação que permite monitorá-lo.

O cardeal-amarelo é um dos pássaros mais ameaçados de extinção do Brasil. A única população conhecida e monitorada da ave vive no Parque Estadual do Espinilho e arredores, no extremo oeste do Rio Grande do Sul. A estimativa do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é que existam cerca de 50 aves da espécie em todo o território brasileiro.

De acordo com o Cemave, a captura e o comércio ilegal de cardeais-amarelos para criação em cativeiro são as principais ameaças à espécie e foram responsáveis pelo desaparecimento do pássaro nessa região nas últimas décadas. “Estas ameaças também ocorrem no restante de sua distribuição, que se estende ao território uruguaio e argentino.”
Participaram da expedição pesquisadores de instituições ligadas ao Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Passeriformes Ameaçados dos Campos Sulinos e Espinilho, entre elas o ICMBio.

Veja aqui a lista completa de espécies ameaçadas de extinção no Brasil

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Nível do mar subiu mais nos últimos cem anos que nos três milênios anteriores


O nível dos oceanos subiu mais rapidamente ao longo do século XX do que nos três últimos milênios, devido às alterações climáticas, indica um estudo publicado na segunda-feira.

Entre 1900 e 2000, os oceanos e os mares do planeta subiram cerca de 14 centímetros, por causa do degelo, principalmente no Ártico, revelaram os autores de estudos publicados na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Os climatólogos estimaram que, sem a elevação da temperatura do planeta observada desde o início da era industrial, a subida do nível dos oceanos teria correspondido a menos da metade observada nos últimos cem anos.

O século passado “foi excepcional em comparação com os últimos três milênios e a elevação no nível dos oceanos acelerou nos últimos 20 anos”, disse Robert Kopp, professor do departamento de Ciências da Terra da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, Estados Unidos.

Segundo este estudo, feito a partir de uma nova abordagem estatística concebida pela Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos, o nível dos oceanos baixou cerca de oito centímetros entre o ano 1000 e 1400, período marcado por um arrefecimento planetário de 0,2 graus Celsius (°C).

Atualmente, a temperatura mundial média está um grau acima do que a do final do século 19.

Para determinar a evolução do nível dos oceanos durante os últimos três mil anos, os cientistas compilaram novos dados geológicos que indicam a elevação do nível das águas, como os pântanos e os recifes de corais, os sítios arqueológicos, além de dados referentes a marés em 60 pontos do globo nos últimos 300 anos.

Estas estimativas detalham a variação do nível dos oceanos durante os últimos 30 séculos, permitindo fazer projeções mais exatas, explicou Andrew Kemp, professor de Ciências Oceânicas e da Terra da Universidade Tufts, em Massachusetts.

Os investigadores também calculam que o nível dos oceanos pode aumentar “muito provavelmente" de 51 centímetros para 1,3 metro durante este século "caso o mundo continue a ser tão dependente de energias fósseis”.

Em 12 de dezembro, 195 países aprovaram o acordo de Paris, que prevê conter a elevação das temperaturas em dois graus acima da era pré-industrial.

Se os compromissos conduzirem a uma eliminação gradual do uso carvão e dos hidrocarbonetos, o aumento do nível dos oceanos talvez não vá além de 24 a 60 centímetros, segundo o estudo.

“Estes novos dados sobre o nível dos oceanos confirmam uma vez mais como este período moderno de aquecimento não é habitual, porque se deve às nossas emissões de gases de efeito de estufa”, sublinhou Stefan Rahmstorf, professor de Oceanografia no Instituto Potsdam de investigação sobre o impacto do clima, na Alemanha.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Instituições atuam em parceria para medir impactos ambientais da lama no oceano


O navio de pesquisas Vital de Oliveira, comprado este ano pela Marinha, chegou hoje (24) à tarde em Vitória (ES) para reforçar as equipes que estão verificando os impactos da lama de rejeitos de mineração na fauna e na flora das áreas oceânicas atingidas no último domingo (22). 

A expectativa é que os equipamentos a bordo do navio, com previsão de atuar na foz do Rio Doce, no município de Linhares (ES), permitam a caracterização física, química, biológica e geológica da região nas próximas semanas.

Além dos pesquisadores da Marinha, o navio receberá técnicos do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (IEAPM) e da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

O Vital vai se juntar amanhã a mais duas embarcações da Marinha que estão na região, a fragata Rademaker, que está a cerca de 18 quilômetros da costa da praia de Regência e aguarda os resultados de testes com coletas da água, e o rebocador de alto-mar Tridente, que chegou na madrugada de segunda-feira (23).

O pró-reitor de pesquisas da Ufes, Neyval Reis, disse que ainda é cedo para estimar os estragos ambientais, sociais e econômicos da lama que atingiu o oceano. “Naquele primeiro momento após o acidente, emergencialmente, os nossos especialistas fizeram uma atividade de assessoria e apoio técnico aos órgãos que estão cuidando do problema. Agora estamos começando a ter algumas amostras coletadas pela própria universidade e vamos começar a fazer análises”, disse.

Reis informou que a Ufes oficializou hoje a criação de um grupo de 79 pesquisadores que vão atuar no caso. Eles foram divididos em três grupos. Um vai fazer o monitoramento ambiental e propor ações de remediação dos estragos e será composto por especialistas em engenharia ambiental, tratamento e qualidade da água, tratamento de resíduos, fauna e flora, oceanografia, entre outros.

O segundo grupo vai avaliar os impactos sociais do acidente e é composto por economistas, antropólogos, profissionais de saúde e especialistas em gestão pública. O terceiro grupo é de comunicação e gestão institucional e vai sistematizar as demandas e os resultados das pesquisas entre os órgãos e técnicos.

A mancha
A mineradora Samarco, que tem como acionistas a Vale do Rio Doce e a BHP Billiton, informou que prossegue usando 9 quilômetros de barreiras de contenção para proteger as áreas mais sensíveis do estuário localizado em Regência, distrito de Linhares (ES). A empresa disse, por meio de nota, que “a pluma de turbidez está a aproximadamente 12 km da boca do rio de Regência ao alto mar, cerca de 15 km da boca do rio ao Norte e 7 km para o Sul”.

Ainda de acordo com a Samarco, no monitoramento da manhã desta terça-feira, a eficiência das barreiras instaladas nas áreas protegidas variou de 47% até 91%, se comparado a turbidez da água de dentro do estuário ao canal principal do rio.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa da empresa disse que está cuidando do recolhimento das espécies mortas da fauna. A ação é uma demanda estabelecida pelo  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para evitar a geração de odor e a proliferação de vetores.

"Nos locais onde se identificou morte de peixes, uma empresa especializada, em conjunto com pescadores da região, está recolhendo as espécies, em atendimentos às determinações das autoridades competentes e armazenando-as em bombonas, para posterior destinação em local devidamente habilitado para recebê-los”, informaram, sem dizer quantos quilos de peixes já foram recolhidos.

A prefeitura de Linhares (ES) interditou as praias de Regência e Povoação após a chegada da lama do rompimento de barragem em Mariana (MG) no mar. A prefeitura espalhou placas ao longo das praias informando que a água está imprópria para o banho.

O rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), no dia 5 de novembro, liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração no meio ambiente.

domingo, 22 de novembro de 2015

No Brasil, cientistas descobrem oceano debaixo da terra


Pesquisadores descobriram um pequeno diamante que aponta para a existência de um grande depósito de água sob o manto da Terra. Com cerca de 600 quilômetros de profundidade, seu volume poderia preencher três vezes  os oceanos que conhecemos.

O principal autor do estudo, Graham Pearson,  membro da Universidade de Alberta, no Canadá, disse que “Uma das razões da Terra ser um planeta dinâmico é a presença de água em seu interior. As mudanças da água dependem da forma como o mundo funciona”.

Depois de discutir a teoria há décadas, os cientistas relatam que finalmente encontraram um grande oceano no manto da Terra, três vezes maior do que os oceanos que conhecemos.

Esta descoberta surpreendente sugere que a água da superfície vem do interior do planeta como parte de um ciclo integrado da água, desbancando a teoria dominante de que a água foi trazida para a Terra por cometas gelados que passaram por aqui há milhões anos.

Cada vez mais os cientistas estão aprendendo sobre a composição de nosso planeta, compreendendo os acontecimentos relacionados às mudanças climáticas. O clima e o mar estão intimamente relacionados com a atividade tectônica que tem estado continuamente vibrando sob nossos pés.

Assim, os pesquisadores acreditam que a água na superfície da Terra poderia ter vindo do interior do planeta, tendo sido “impulsionada” para a superfície por meio de atividade geológica.

Depois de inúmeros estudos e cálculos complexos para testar suas teorias, os pesquisadores acreditam ter encontrado um reservatório gigante de água numa zona de transição entre as camadas superior e inferior do manto, uma região que se encontra em algum lugar entre 400 e 660 km abaixo da superfície da terra.

Como sabemos, a água ocupa a maior parte da área de superfície do nosso planeta, que é paradoxalmente chamado de Terra. Embora seja verdade que, em comparação com o diâmetro terrestre a profundidade dos oceanos represente apenas uma fina camada semelhante à casca de uma cebola, descobrimos agora que a presença deste precioso líquido não está limitada à superfície visível.

Na realidade, a cerca de centenas de quilômetros de profundidade no subsolo há também enormes volumes de água, com uma importância fundamental para a compreensão da dinâmica geológica do planeta. Quase um oceano no centro da Terra.

A descoberta do oceano subterrâneo
A importante descoberta foi realizada por pesquisadores canadenses, que se basearam em um diamante encontrado numa rocha, em 2008, em uma área conhecida como Juína, no estado do Mato Grosso, Brasil.

A descoberta ocorreu por acidente, pois a equipe que estava, na realidade, à procura de outro mineral, ter comprado o diamante de alguns garimpeiros que o tinham encontrado através de uma coleta de cascalho realizada em um rio raso. Ao analisar a pedra detalhadamente um estudante descobriu, um ano depois, que o diamante, de apenas três milímetros de diâmetro e de pouco valor comercial, continha em sua composição um mineral chamado ringwoodite, que até agora só tinha sido encontrado em rochas de meteoritos e que contém significativa quantidade de água. No entanto, a confirmação final da presença deste mineral levou muitos anos, pois foi necessária a realização de vários testes e análises científicas.

De onde vem este mineral?
A análise detalhada da amostra encontrada revelou que, neste caso, o mineral não provinha de meteoritos, mas do manto da Terra, a uma profundidade de cerca de 410 e 660 km, em uma área que é conhecida como “zona de transição”.

Anteriormente, discutia-se muito sobre a possibilidade da existência de grandes quantidades de água muitos quilômetros abaixo do subsolo, mas nunca tinha sido antes demonstrada nenhuma prova real de tal teoria, que tem implicações muito importantes para a forma como entendemos os fenômenos geológicos planetários, pois acredita-se que este é o mineral mais abundante na zona do manto. Desta forma, como a amostra encontrada possui até 1,5 por cento de seu peso em água, pode-se afirmar que existem volumes de água realmente extraordinários, como um grande oceano.

Esta descoberta é, sem dúvida, uma das mais importantes realizadas no campo da geologia nos últimos anos, e forçará os peritos a modificarem, até certo ponto, a abordagem que se tem utilizado até agora para analisar fenômenos como vulcanismo, placas tectônicas e muitos outros processos de importância na compreensão da dinâmica da Terra – cujo nome, depois dessa descoberta, se tornou ainda mais paradoxal.

A peculiaridade desta descoberta  é que  esta água não existe em qualquer um dos três estados que conhecemos: líquido, sólido ou gasoso. A água foi encontrada em estruturas moleculares de formações rochosas no interior da Terra.

Uma concentração tão importante de água trás uma mudança significativa nas teorias relacionadas com a origem da água na superfície da Terra.

Esta descoberta é a prova de que nas partes mais profundas do nosso planeta, a água pode ser armazenada. Fato este que poderá colocar fim em uma polêmica de 25 anos, sobre se o centro da terra é seco ou úmido em algumas áreas.

A capacidade de armazenar água em seu interior não é exclusiva da Terra. Outros planetas, como Marte, podem conter grandes quantidades de água, algo que nos faz pensar se o planeta vermelho poderia abrigar vida.

VIA: AIM

sábado, 21 de novembro de 2015

Projeto devolve à natureza peixes-boi marinhos ameaçados de extinção


Em seis anos, o Projeto Manati, que monitora o resgate e reabilitação de mamíferos aquáticos no litoral do Ceará, devolveu cinco peixes-boi marinhos à natureza.  Os animais passaram por uma reabilitação em Pernambuco e foram soltos em Alagoas.

De acordo com a bióloga Ana Carolina Meirelles, coordenadora do projeto, o Ceará é o que registra o maior de encalhe dos animais, ameaçados de extinção.

A bióloga explica que os bichos buscam estuários (locais de transição entre um rio e o mar) para o nascimento dos filhotes, por serem áreas mais calmas e protegidas. No entanto, com a degradação do meio ambiente, a maioria dos estuários no Ceará e no noroeste do Rio Grande do Norte está assoreada, muito rasa. Com isso, as fêmeas não conseguem entrar nos estuários e os filhotes nascem em mar aberto. Eles não conseguem acompanhar a mãe, acabando por encalhar. Cada filhote de peixe-boi marinho fica em torno de dois a três anos com a mãe.

Com a ajuda das comunidades costeiras, os biólogos da organização não governamental Aquatis recolhem os peixes-boi encalhados. “A gente faz todo um trabalho de conscientização e de treinamento nas comunidades para eles saberem o que fazer quando encontrarem um animal desse encalhado, porque em geral são filhotes recém-nascidos. O manejo é mais fácil”, disse.

O serviço de resgate funciona 24 horas por dia e conta com equipe de plantão para atendimento dos encalhes. Cerca de 6,8 mil pessoas já foram capacitadas pelo projeto, como estudantes da rede de ensino municipal e estadual, professores e pescadores.

Em 2012, o projeto passou a contar com um centro próprio de reabilitação dos animais no Ceará. Antes, eles eram levados para Pernambuco. “Os animais que encalhavam aqui [Ceará], a gente tinha que mandar para Pernambuco, porque aqui não tinha nenhuma estrutura de reabilitação. A estrutura que a gente tinha era temporária”, disse Ana Carolina Meirelles, acrescentando que o centro foi construído com apoio do Programa Petrobras Socioambiental.

Reabilitação
Mais nove animais da espécie estão em reabilitação no momento, sendo sete no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, no Ceará, e dois em Pernambuco.

O projeto Manati pretende que os animais fiquem quatro anos em reabilitação, uma vez que cada animal reage de uma forma ao processo de desmame e tem que passar por um processo de readaptação ao ambiente natural, conforme Ana Carolina.

Em 2016, deverá ser iniciada a construção do cativeiro em ambiente natural, com estrutura semelhante a um curral de pesca, visando ao processo de reinserção dos dois animais que estão no centro.

No cativeiro, eles aprenderão a conviver com correntes marítimas, marés, ruídos naturais e de embarcações, além de diversos outros fatores que não existem nos tanques de reabilitação. O cativeiro será erguido em uma enseada, no município de Icapuí, litoral leste do Ceará.

O último estudo, feito em 2013, pela Universidade Federal de Pernambuco, em parceria com a Fundação Mamíferos Aquáticos, identificou a existência de uma população de mil peixes-boi marinhos da costa de Alagoas até o Piauí.

No Ceará e no Rio Grande do Norte, a população é estimada em 190 animais.
Apesar do trabalho de preservação desenvolvido por várias organizações, o peixe-boi marinho ainda está ameaçado de extinção no país, “porque a espécie foi quase dizimada no passado, em razão da caça”.

Embora não seja mais caçado no Nordeste, enquanto no Norte do país ainda há uma caça de subsistência, o peixe-boi é uma espécie que demora para se recuperar. A reprodução é lenta. Além disso, tem outros impactos que ameaçam a espécie, entre os quais a destruição do habitat, a captura acidental em redes de pesca e o atropelamento por embarcação.
 

sábado, 3 de outubro de 2015

Começa desova de tartarugas marinhas nas praias do Brasil


A temporada de desova de tartarugas marinhas no Brasil começou em setembro, com a chegada ao litoral brasileiro das fêmeas reprodutoras das tartarugas cabeçuda e oliva e, em seguida, das tartarugas de couro, e se estenderá até março de 2016, quando todos filhotes terão nascido.

As últimas tartarugas a chegar às praias são a tartaruga pente, em dezembro, e a tartaruga verde, em janeiro. A postura dos ovos ocorre nas praias dos estados da Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio de Janeiro e, a partir de janeiro, em Fernando de Noronha.

Monitorado por oceanógrafos, o Projeto Tamar em o apoio de mais de 500 pescadores-tartarugueiros nos cinco estados, além de veterinários e voluntários, informou o coordenador nacional do Projeto Tamar, oceanógrafo Guy Marcovaldi.

Em média, os filhotes das tartarugas começam a nascer dois meses após a desova, que costuma ocorrer no período de dois a três meses. “A partir de novembro, começam a nascer os primeiros filhotes”, informou Marcovaldi.

Ele destacou que a preparação para a desova e o nascimento dos filhotes é uma repetição dos últimos 33 anos. “Existe um exército de pessoas nas praias trabalhando para que as tartarugas tenham sucesso não só em termos de segurança, mas de pesquisa científica”.
Segundo o coordenador do Projeto Tamar, a parte de segurança melhorou muito. “O roubo de desova e a matança de fêmeas praticamente não existe mais. Mas nós temos que continuar trabalhando com a estatística do que acontece, as tendências que ocorrem no Brasil inteiro”, destacou.

O importante, disse Guy Marcovaldi, é que existe uma população maior de tartarugas desovando do que há cinco anos. A nova geração de tartarugas fêmeas reprodutoras, protegidas nos últimos 30 anos, “que ficaram adultas, começaram a casar e ter filhos”, é estimada em 21 mil animais.

Como elas passam dois anos sem desovar, comendo para formar os ovos, depois saem da área de alimentação para a área de reprodução nas praias, para pôr os novos ovos. O processo de desova abrange 7 mil tartarugas por ano, disse o oceanógrafo.

A pesquisa de campo é feita por amostragem. O Projeto Tamar elege trechos das praias, onde é feito o acompanhamento, e depois transfere os dados para o restante do litoral.

“Essa é uma técnica científica aprovada”, comentou Marcovaldi. No ano passado, nasceram no Brasil 1,2 milhão de filhotes de tartarugas monitorados pelo Projeto Tamar. “Demorou 15 anos para o número passar a ser razoável e 30 anos para ser relevante”.

É a temperatura da areia durante o período de incubação dos ovos que determina o sexo dos filhotes. “Por isso, às vezes, pequenas populações de tartarugas que existem no Rio de Janeiro e no Espírito Santo são muito importantes, porque lá produzem os machos e na Bahia e Sergipe, são produzidas as fêmeas”, disse.

Isso significa que temperaturas abaixo de 27 graus centígrados, em média, são mais favoráveis ao nascimento de tartarugas machos, como ocorre no município de Campos dos Goytacazes, norte-fluminense, enquanto temperaturas mais elevadas, acima de 33 graus C tendem a gerar fêmeas. Daí, 90% das tartarugas que nascem nas praias da Bahia e de Sergipe, no Nordeste, são fêmeas. “É preciso mais machos para fecundar as tartarugas”, indicou.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Eclipse total faz superlua desaparecer do céu do Brasil


Observar a lua mais de perto e, na mesma noite, vê-la sumir momentaneamente. Este é o fenômeno que os brasileiros puderam presenciar hoje (27) à noite, durante a eclipse lunar total não apenas da lua, mas de uma superlua. O satélite natural do planeta em que habitamos estará mais próximo de nós durante toda a noite, fazendo com que tenha um tamanho maior. 

Durante  boa parte desse período, foi possível perceber a sombra da Terra impedindo a iluminação da lua.

Coincidência que só ocorre uma vez a cada 30 anos, a superlua e o eclipse lunar total foram vistos no céu de alguns países nesta noite. O eclipse pôde ser apreciado no Brasil porque a lua entrou na sombra da Terra quando já era noite no país. 


Já a superlua ocorre porque a órbita da lua, isto é, o caminho que a lua faz ao redor da Terra, não é circular. Com isso, o satélite se aproxima mais da Terra uma vez por ano, ocasionando o fenômeno.

Pouco antes do eclipse, o casal Samuel Santos e Amália Venâncio namoravam próximo a um shopping do centro de Brasília. Samuel, 26 anos, eletrotécnico, foi quem deu a ideia do namoro ao ar livre.

"Observei que ontem a lua estava bem grande mesmo. Até comentei com um colega", informou Samuel, confessando desconhecer a ocorrência dos fenômenos. Para Amália, o clima quente na noite da capital federal incentivou as pessoas a sair de casa para observar o espetáculo. "É um encanto mesmo. É sempre um devaneio", acrescentou.

Em Brasília de passagem para prestar concurso público, o estudante Joel Marcos de Sousa também foi surpreendido com o fenômeno. Ele mora em Uberlândia (MG) e concorda com a peculiaridade do céu brasiliense: "Dei sorte."

Joel reclamou que, por conta das luzes da cidade, não foi possível ver muitas estrelas. "A lua está maravilhosa. Todo dia tenho o costume de ficar olhando", afirmou, antes de explicar que mora próximo a uma rodovia, o que facilita observar o céu noturno.

Estudante de Engenharia Elétrica e com viagem de volta para Minas marcada para esta mesma noite, Joel torcia para que pudesse observar os fenômenos da estrada às 23h30, quando estava previsto para a lua desaparecer completamente.

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Dag Vulpi

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