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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Crash prossegue na China. Levy vê Brasil preparado


O crash do mercado de ações na China, que ontem desencadeou uma onde de pânico global (leia mais aqui), prosseguiu nesta terça-feira. O índice Hang Seng, que mede o comportamento das ações chinesas, caiu 7,63%, depois de ter afundado 8,5% na véspera. No Japão, o tombo do índice Nikkei foi de 3,93%.

Tais quedas prenunciam mais um dia de fortes perdas para os investidores na BM&FBovespa. Isso porque o estouro da bolha chinesa atinge fortemente os preços das commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, o que afeta a Vale, e também o petróleo, o que atinge a Petrobras. Ontem, não por acaso, Vale e Petrobras estiveram entre as ações mais penalizadas no Brasil.

Ontem, em entrevista, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou rumores de sua saída do cargo e disse que o Brasil, com mais de US$ 350 bilhões em reservas internacionais, está preparado para enfrentar choques externos. “A gente está preparado e sabe que pode haver essa volatilidade, mas a gente não deve confundir a volatilidade com um problema permanente da nossa economia. Estamos ajustando a economia para uma nova realidade”, afirmou.

Também em entrevista coletiva, a presidente Dilma Rousseff afirmou que um dos seus erros foi não dimensionar o tamanho da crise externa, assim como suas repercussões no Brasil. “Vocês sempre me perguntam: em que você errou? Eu fico pensando. Em ter demorado tanto para perceber que a situação podia ser mais grave do que imaginávamos. E, portanto, talvez nós tivéssemos de ter começado a fazer uma inflexão antes”, disse. “Talvez porque não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. A gente vê pelos dados. Nós levamos muito susto. Nós não imaginávamos. Primeiro que teria uma queda da arrecadação tão profunda. Ninguém imaginava”.

XANGAI (Reuters) – As ações chinesas desabaram novamente nesta terça-feira, apesar da recuperação de outros mercados asiáticos, com investidores desesperados com a falta de medidas de Pequim em reação a dados recentes sugerindo que a desaceleração da segunda maior economia do mundo está se aprofundando.

Os dois principais índices acionários chineses despencaram mais de 7 por cento nesta terça-feira, atingindo o menor patamar desde dezembro, após o tombo de mais de 8 por cento na segunda-feira, que reverberou ao longo dos mercados financeiros globais.

A China, um dos mais importantes motores da economia global, superou a Grécia no topo da lista de preocupações que acometem investidores globais, que temem que a economia esteja crescendo em ritmo muito mais lento do que a meta oficial de 7 por cento para 2015.

Mas, ao contrário de julho, quando Pequim injetou bilhões de dólares no mercado em uma operação de resgate sem precedentes, autoridades têm amplamente dado de ombros durante a última rodada de turbulência, que começou na semana passada.

“Investidores globais estão canibalizando uns aos outros. Chamar isso de um desastre no mercado não é exagerado”, disse o analista Zhou Lin, da Huatai Securities. “O pânico está dominando o mercado… E não vejo sinais de intervenção significativa do governo”.

O índice CSI300 das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen caiu 7,1 por cento para 3.042 pontos, enquanto o índice de Xangai fechou com perda de 7,6 por cento a 2.965 pontos.

Destacando o pânico que envolve investidores de varejo, que dominam as bolsas da China, os contratos futuros do índice caíram pelo limite diário de 10 por cento pelo segundo dia seguido, apontando dias mais sombrios à frente.
(Por Samuel Shen e Pete Sweeney)

Banco Central chinês corta juros
PEQUIM (Reuters) – O banco central da China reduziu as taxas de juros e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses nesta terça-feira, em um movimento de apoio à economia cambaleante e ao mercado acionário, cuja forte queda reverberou ao redor do mundo.

O Banco do Povo da China anunciou em seu site na Internet que reduziu a taxa de empréstimo de 1 ano em 0,25 ponto percentual, para 4,6 por cento. Segundo a autoridade monetária, o corte entra em vigor a partir de 26 de agosto. Além disso, cortou a taxa de depósito de um ano em 0,25 ponto percentual.

Ao mesmo tempo, o banco central também reduziu a taxa de compulsório em 0,5 ponto percentual, para 18,0 por cento, para a maioria dos grandes bancos, sendo que a mudança terá efeito a partir de 6 de setembro.

A medida vem depois de os índices acionários da China despencarem mais de 7 por cento, atingindo os menores patamares desde dezembro, na sequência da forte queda de mais de 8 por cento na segunda-feira.

O banco central chinês chocou os mercados mundiais ao desvalorizar o iuan CNY=CFXS em quase 2 por cento em 11 de agosto. O Banco do Povo da China havia classificado a medida de uma reforma de livre mercado, mas alguns a viram como o início de uma depreciação do iuan de longo prazo para impulsionar as exportações.


Fonte: Brasil 247

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Economia chinesa poderá continuar a crescer 7,7% em 2014


*Da Agência Brasil
A economia chinesa, a segunda maior do mundo, poderá continuar a crescer "em torno de 7,7%" em 2014, de acordo com previsão de um grupo de estudo governamental citado hoje (28) pela imprensa oficial chinesa.

Apesar de algumas tendências de abrandamento internas, o comércio externo da China poderá crescer este ano 8%, "impulsionado pela recuperação econômica global", disse Li Wei, chefe do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Conselho de Estado.

sábado, 11 de janeiro de 2014

China ultrapassa EUA na liderança do comércio global em 2013

Blog Dag Vulpi – O comércio anual de bens da China passou a marca dos US$ 4 trilhões pela primeira vez no ano passado, revelam as estatísticas oficiais, confirmando a posição do país como o maior comerciante em escala mundial.
Divulgados pela Administração Geral das Alfândegas chinesa, os dados colocam um ponto final na dúvida sobre quem seria o país com maior volume de negócios (China ou Estados Unidos). Por causa dos diferentes métodos de cálculo entre os dois países, apenas em 2013 os chineses superaram os norte-americanos na troca de bens. A conta exclui o comércio de serviços.
“É muito provável que a China tenha suplantado os Estados Unidos como o país com mais trocas comerciais de bens em 2013 pela primeira vez”, disse o porta-voz da Administração Geral das Alfândegas chinesa, Zheng Yuesheng.
As exportações da segunda maior economia mundial subiram 7,9%, para US$ 2,21 trilhões, enquanto as importações aumentaram 7,3%, para US$ 1,95 trilhão, de acordo com a mesma fonte, o que coloca o superávit comercial da China em US$ 259,7 bilhões, 12,8% a mais do que em 2012.
O volume total de bens comercializados entre a China e outros países ficou em US$ 4,16 trilhões, o que representa uma subida de 7,6%, ligeiramente abaixo da meta das autoridades chinesas, que apontava para um aumento de 8%. O comércio entre a União Europeia (UE) e a China aumentou 2,1% em 2013, para mais de US$ 559 bilhões, mantendo os europeus como o maior parceiro comercial de Pequim.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Indústria da China desacelera em dezembro para menor nível em 3 meses

O índice PMI caiu para 50,5 a partir de leitura final de novembro de 50,8

NYT - Empregados trabalham na Foxconn em Chong­qing, na China
O crescimento da atividade industrial da China desacelerou para o menor nível em três meses em dezembro devido a uma queda na produção que ofuscou a expansão em novos pedidos, informou pesquisa preliminar do Índice Gerente de Compras (PMI) do Markit/HSBC, em linha com outros dados recentes apontando para uma economia resiliente, mas em desaceleração.

O índice caiu para 50,5 a partir de leitura final de novembro de 50,8. Embora menor que a leitura final de novembro, foi o quinto mês consecutivo acima da linha de 50, que separa expansão da atividade de contração.

Os novos pedidos e encomendas de exportação cresceram a um ritmo mais rápido no período pesquisado, enquanto sub-índices que medem o emprego e estoques de compras mostraram taxas de quedas.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Saques na Argentina


Blog Dag Vulpi - Depois de as autoridades confirmarem a morte de um manifestante na madrugada de ontem na região de Entre Ríos, governada por um aliado da presidente Cristina Kirchner, o governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli — cotado para disputar a Casa Rosada pela corrente kirchnerista, em 2015 —, interrompeu uma viagem ao Brasil para anunciar um aumento no soldo dos policiais. Com os agentes em greve, a onda de saques iniciada na semana passada em Córdoba se estendeu para as províncias de Catamarca, San Juan, Río Negro, Chubut, Neuquén, Santa Fé e La Rioja. Desde o início dos distúrbios, foram registradas três mortes.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sob dúvidas, Japão aprova pacote econômico de US$182 bi

Blog Dag Vulpi - O gabinete do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, aprovou nesta quinta-feira (5) um pacote econômico de US$ 182 bilhões para tirar a economia da deflação. Para alguns analistas, o número é exagerado, já que inclui empréstimos de credores apoiados pelo governo e gastos oficiais locais já planejados.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Portugal: economia deve cair 2% em terceiro ano de recessão

Da Agência Brasil/EBC
O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal deve cair 2% este ano. Será a terceira queda anual consecutiva. A geração de riqueza no país caiu 1,6% em 2011 e 3,2% em 2012. A previsão oficial é a de que a economia portuguesa só volte a subir no próximo ano (0,3%). Os dados são do Banco de Portugal (Banco Central) que divulgou hoje (17) o Boletim Econômico de Verão.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Risco de pobreza em Portugal atinge 17,9%

O risco de viver em condições de pobreza em Portugal é 17,9%, segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O dado oficial (ainda provisório) é relativo a 2011 e foi apurado no ano passado pelo Inquérito às Condições de Vida e Rendimento. (com informações da )
Segundo informações da Agência Brasil, o indicador permanece estável (em torno dos 18%) desde 2008, epicentro da crise financeira internacional que levou Portugal à recessão (há dez trimestres consecutivos) e recorde de desemprego (17,7% no primeiro trimestre de 2013).

Risco de pobreza em Portugal fica estável apesar da recessão e do desemprego

Lisboa – O risco de viver em condições de pobreza em Portugal é de 17,9%, informou hoje (15) o Instituto Nacional de Estatística (INE). O dado oficial (ainda provisório) é relativo a 2011 e foi apurado no ano passado pelo Inquérito às Condições de Vida e Rendimento.

Conforme a pesquisa, o indicador permanece estável (em torno dos 18%) desde 2008, epicentro da crise financeira internacional que levou Portugal à recessão (há dez trimestres consecutivos) e recorde de desemprego (17,7% no primeiro trimestre de 2013).

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O que fazer quanto à dívida e ao euro? - Um manifesto

Publicamos abaixo o texto integral do manifesto subscrito por economistas da esquerda europeia sobre a dívida, o euro e a necessidade de um governo de esquerda para romper com o euroliberalismo.

A crise
A Europa está-se a afundar numa crise e regressão social sob a pressão da austeridade, da recessão e da estratégia de “reformas estruturais”. Esta pressão está coordenada firmemente a nível Europeu, sob a liderança do governo Alemão, do BCE e da Comissão Europeia. Existe um consenso alargado de que estas políticas são absurdas e mesmo “iletradas”: a austeridade fiscal não reduz o fardo da dívida, gerando antes uma espiral de depressão, mais desemprego e desespero entre os povos da Europa.

Contudo, estas políticas são racionais do ponto de vista da burguesia. Elas constituem uma forma brutal de terapia de choque para restaurar os lucros, garantir os rendimentos financeiros e implementar as contrarreformas neoliberais. O que se está a passar é fundamentalmente a validação pelos Estados das exigências financeiras sobre a produção e PIB futuros. É por isso que a crise assume a forma de uma crise da dívida soberana.

Economia mundial: A calma antes da tormenta

“Talvez seja melhor dizer que estamos num momento de calma
 antes da tormenta” - Foto de tornado de Lynne Hand/flickr
A economia mundial atravessa uma fase de relativa tranquilidade. Parecem longe aqueles dias de 2009 quando o colapso terminal parecia iminente. Uma análise mais detalhada revela que a calma relativa não provém de uma recuperação sustentável e que apareceram nuvens ameaçadoras no horizonte. Por Alejandro Nadal.

A relativa estabilidade do presente é uma referência inútil para prever o futuro. Infelizmente a tendência natural é projetar para o futuro incerto os dados conhecidos e usá-los como um guia para tentar prever o curso dos acontecimentos. Não é um procedimento certeiro, mas parece que os seres humanos sentem assim que podem enfrentar a angústia da incerteza.

Holanda pode provocar o colapso do euro

A Holanda começa a provar o amargo da austeridade que o seu
ministro das Finanças quer aplicar em toda a Europa.
Foto By Rijksoverheid.nl [CC0], via Wikimedia Commons
A bolha imobiliária estourou, o país está em recessão, o desemprego sobe e a dívida dos consumidores é 250% do rendimento disponível. O grande aliado da Alemanha na imposição da austeridade por todo o continente começa a provar o amargo da sua própria receita. Por Matthew Lynn, El Economista

Que país da zona euro está mais endividado? Os gregos esbanjadores, com as suas generosas pensões estatais? Os cipriotas e os seus bancos repletos de dinheiro sujo russo? Os espanhóis tocados pela recessão ou os irlandeses em falência? Pois curiosamente são os holandeses sóbrios e responsáveis. A dívida dos consumidores nos Países Baixos atingiu 250% do rendimento disponível e é uma das mais altas do mundo. Em comparação, a Espanha nunca superou os 125%.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Troika volta pela terceira vez a Portugal em dois meses


Pela terceira vez desde março, os credores de Portugal regressam a Lisboa para tratar das contas públicas. O Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, que formam a chamada Troika, se reúnem à tarde (14h30, hora de Lisboa) no Ministério das Finanças. O objetivo é saber como o governo vai cumprir as metas de déficit público após o Tribunal Constitucional considerar ilegais quatro medidas de contenção de despesas previstas no Orçamento do Estado para 2013 (custo de cerca de 1,3 bilhão de euros ou R$ 3,5 bilhões).

Apesar do aumento do dólar no paralelo, Cristina Kirchner descarta desvalorização do peso


A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, descartou ontem (6) qualquer possibilidade de desvalorizar o peso. “Os que pretendem ganhar à custa das desvalorizações vão ter que esperar outro governo”, disse, durante um ato na Casa Rosada (sede do governo argentino. Ela prometeu manter o mesmo modelo econômico, de estímulo à produção e ao consumo, até o fim do governo, em 2015.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Em Portugal, Troika quer saber como governo vai solucionar buraco orçamentário


Lisboa – Os técnicos da Troika – formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia (CE) – estão na sede do Ministério das Finanças em Lisboa para saber que medidas o governo vai tomar para cobrir 1,326 bilhão de euros de gastos não previstos no Orçamento do Estado 2013, considerado parcialmente ilegal pelo Tribunal Constitucional.
A despesa extra agrava as dificuldades do governo em reduzir o desequilíbrio orçamentário. No ano passado, o déficit entre receita e despesa do Estado chegou a 6% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit fiscal acumulado por Portugal nos últimos anos faz com que o país hoje deva a bancos nacionais e ao mercado financeiro internacional valor correspondente a 124% do PIB (mais de 205 bilhões de euros ou 15 meses de toda a riqueza produzida em Portugal).

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Presidente de Cuba diz que esforço é para manter reformas econômicas


O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou que o governo se empenhará para manter as reformas necessárias na economia, incrementar o desenvolvimento e o comércio exterior. Ele disse que é importante agregar novas ideias. Segundo Castro, as prioridades são colocar em prática as medidas já aprovadas que visam ao crescimento econômico, com a produção de alimentos, o estímulo ao turismo e a busca por fontes renováveis ​​de energia.
Desde 1962, Cuba é alvo de embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos. As divergências políticas entre os dois países geram uma série de impactos na economia cubana. O embargo é condenado por vários países latino-americanos, entre eles o Brasil, e pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Para as autoridades cubanas, é fundamental incluir propostas de financiamento para incentivar as exportações e reduzir as importações. Paralelamente, Castro disse que a base do Orçamento de Cuba será para os setores de saúde e educação. Porém, o governo anunciou a retirada das gratificações consideradas indevidas, mas manteve os subsídios para pessoas consideradas necessitadas.
"Essas são questões que dizem respeito a todos", disse o presidente, na reunião do Conselho de Ministros. Segundo ele, as mudanças em curso estão em “ritmo acelerado”. De acordo com Castro, é fundamental supervisionar a implementação das medidas adotadas.
O vice-presidente do Conselho de Ministros e ministro da Economia e Planejamento, Adel Yzquierdo, apresentou ontem (3) as diretrizes para o plano econômico de 2014.  A proposta inclui projeções para exportações, importações e relaciona as prioridades para o crescimento econômico, com  a produção de alimentos, o incentivo ao turismo e a busca por fontes renováveis ​​de energia.

terça-feira, 19 de março de 2013

Portugueses temem taxação sobre depósitos bancários

Lisboa – A decisão do governo do Chipre de impor uma taxa sobre os depósitos bancários (6,75% para depósitos de até 100 mil euros e 9,9% para valores superiores) deixou a opinião pública portuguesa apreensiva. A medida no Chipre faz parte do plano de ajustamento econômico e é exigida pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para emprestar 10 bilhões de euros ao país.


O temor dos lusitanos é que algo semelhante possa ser exigido do país, que desde abril de 2011 está sob intervenção externa. A agência de classificação de risco financeiro Moody's já soltou comunicado alertando que a taxação pode estimular a retirada massiva de depósitos em bancos de economias do sul da Europa, como Portugal.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Troika espera que governo português apresente novo quadro orçamental e faça reformas

Lisboa – O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a Comunidade Europeia esperam que o governo de Portugal apresente, nos próximos dias, propostas de cortes de gastos para reduzir o déficit orçamentário. Apesar de as equipes técnicas das três entidades credoras de Portugal (que formam a Troika) terem deixado Lisboa na última sexta-feira (15) e o ministro das Finanças de Portugal, Vitor Gaspar, ter feito o balanço da missão, a sétima avaliação do programa de ajustamento econômico de Portugal ainda não está concluída.

“O governo está empenhado em adotar e publicar nas próximas semanas uma versão detalhada do quadro orçamental de médio prazo, permitindo assim a conclusão formal da presente avaliação”, descreve comunicado do FMI.

As avaliações antecedem as liberações das parcelas do empréstimo que Portugal obteve em 2011 com a Troika. A próxima parcela é de dois bilhões de euros (1,3 bi da UE e 0,7% do FMI) e deverá ser liberada em maio, de acordo com a avaliação.

Para continuar liberando parcelas do empréstimo, os credores esperam que o governo do primeiro ministro Pedro Passos Coelho apresente, no próximo mês, a proposta (já adiada) de cortes “estruturais” (definitivos) de quatro bilhões de euros nos gastos públicos (incluindo despesas em áreas sociais). Além dos ajustes fiscais duradouros, FMI, BCE e a União Europeia esperam que Portugal efetue reforma tributária, reforma do Poder Judiciário e reestruture empresas públicas.

O governo formado pela coalização do Partido Social Democrata (PSD) e do Partido Popular (CDS-PP) mantém maioria na Assembleia da República para alterar legislação e executar o programa econômico acertado com os credores internacionais, mas é crescente o descontentamento com o governo que enfrentará eleições regionais em outubro. No último fim de semana, os jornais estampavam a insatisfação da opinião pública com Vitor Gaspar que admitiu desemprego de mais de um milhão de pessoas para breve e mais um ano de recessão (redução do Produto Interno Bruto de 2,3%).

A manchete do semanário Expresso, publicado sábado (16), estampava: “Troika culpa governo pelo falhanço [fracasso] das políticas”. O editorial do Diário de Notícias assinalava, no último domingo (17), que “o ministro das Finanças [Vitor Gaspar] conseguiu retirar o país de uma encruzilhada e empurrá-lo para um beco sem saída”.

segunda-feira, 11 de março de 2013

PIB de Portugal cai 3,2%, o segundo pior resultado desde a Revolução dos Cravos


Lisboa – De acordo com o Instituo Nacional de Estatística (INE), Portugal teve no ano passado um dos piores desempenhos da sua economia. O INE, que corresponde ao IBGE no Brasil, confirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 3,2% em 2012. No último trimestre, a queda se acentuou e chegou a 3,8%.
Conforme a série estatística sobre o PIB, os indicadores anual e trimestral de Portugal desde a Revolução dos Cravos, em 1974, só estiveram pior em 1975, quando o PIB caiu 5,1%, e no 1º trimestre de 2009, que registrou queda de 4,1%, no esteio da crise financeira internacional que teve o auge em setembro de 2008.
De acordo com o INE, a queda do PIB tem relação com o desaquecimento interno (consumo das famílias) e externo (queda de exportações para a Europa).
“A redução mais acentuada do PIB refletiu a diminuição do contributo positivo da procura externa líquida, que passou de 4,7 pontos percentuais em 2011 para 3,9 p.p., em resultado da desaceleração das exportações de bens e serviços, e o contributo negativo mais significativo da procura interna, traduzindo a redução mais intensa do consumo privado”, descreve boletim do INE.
A confirmação das más notícias sobre a economia portuguesa foi divulgada no momento em que o país recebe a sétima missão de avaliação do programa de ajustamento econômico. A avaliação é feita por técnicos do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comunidade Europeia, instituições credoras de Portugal que formam a chamada Troika.
Segundo a imprensa portuguesa, a razão de representantes da Troika permanecerem pela terceira semana no país é que o governo apresentou aos técnicos estrangeiros a proposta de adiar por um ano a meta de controle do déficit público igual ou inferior a 3%. A emissora pública Rádio e Televisão de Portugal (RTP) noticiou que a Troika aceitou a prorrogação.
Se isso ocorrer, o governo ganha tempo para reduzir as despesas e pode adiar o corte de quatro bilhões de euros (mais de R$ 10 bilhões) que prometeu fazer no Orçamento de 2013 e 2014. Mais prazo para cumprir as metas poderá ser útil para o governo que, no próximo mês, tem que apresentar balanço da execução orçamentária e também vive a expectativa de que o Tribunal Constitucional (equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil) obrigue a rever os cortes feitos no Orçamento deste ano.
Na semana passada, já havia sinais de certo abrandamento na condução do programa de ajustamento - a promessa de cortes nos gastos públicos deveria ter saído até o final de fevereiro, conforme o calendário inicial do governo. Para o economista João Amaro de Matos, diretor de pós-graduação da Universidade Nova de Lisboa, começa a haver impressão externa de que “Portugal e Irlanda estão mais ou menos fora da zona de sufoco”.
O economista, no entanto, mantém-se preocupado com os “fundamentos econômicos” da zona do euro  (países que adotaram a moeda da União Europeia) no contexto de diminuição de ritmo das economias emergentes - como China, Índia e Brasil. “O que ocorre em Portugal vai ser sempre o corolário [consequência] do que ocorre nos outros países que são mais influentes”.
Para a socióloga Isabel Maria Guerra, do Instituto Universitário de Lisboa, a crise econômica poderá ter como desfechos positivos a aproximação entre trabalhadores e empresários - em busca de “concertação social” e de “competitividade” - e o desenho de políticas sociais e do sistema de seguridade, que estão ameaçadas em Portugal pelas ameaças de cortes orçamentários e pelo envelhecimento da população.
Segundo ela, a economia, “apesar da crise”, é capaz de produzir mais riqueza que no passado. “Se produzirmos riqueza, construiremos capacidades de redistribuição”. Apesar do otimismo, a socióloga é bastante crítica quanto ao governo e outras instituições do Estado. “A perda de confiança no modelo de governação é alargada”, disse à Agência Brasil.
Agência Brasil/EBC

segunda-feira, 4 de março de 2013

Portugal quer mais prazo para pagar dívida à Troika

Lisboa - Os ministros das Finanças dos 13 países onde circula o euro discutem hoje (4) em Bruxelas, na Bélgica, o pedido de Portugal e também da Irlanda de mais prazo para pagar os empréstimos feitos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela União Europeia.

Dois dias depois da troika ter concedido uma "folga" à Grécia, até às eleições alemãs de Outubro, Portugal pediu mais tempo para pagar a dívida // Foto Lusa. A. Lopes.

No caso de Portugal, o acordo assinado com o FMI, o Banco Central Europeu e a Comunidade Europeia (a Troika) prevê um empréstimo de mais de 79 bilhões de euros (ou R$ 214 bilhões). Até o momento, Portugal sacou cerca de 80% do valor que tem disponível e só pagou juros da dívida de abril de 2011, quando assinou o programa de ajustamento econômico após a crise financeira internacional.
Se for concedido mais prazo para Portugal, o país poderá aliviar parte do desembolso programado de 2,3 bilhões de euros do valor principal da dívida para 2015. As amortizações nos anos seguintes – em 2016 e 2017 – devem chegar a 14 bilhões de euros no total.
As contas de Portugal estão sendo avaliadas neste momento em Lisboa pela sétima missão de técnicos da Troika que visita o país. Há expectativa de que algum afrouxamento seja anunciado, em vista da recessão, com a queda de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, e da taxa de desemprego, que supera os 17%.
O alívio exige um relaxamento dos fundamentos do programa de ajustamento econômico, como permitir maior déficit orçamentário nas contas do Estado, e poderá resultar no adiamento do corte de 4 bilhões de euros que o governo anunciou nos gastos públicos para este ano e 2014 – inclusive nas despesas com seguridade social, saúde e educação.
No sábado (2), os portugueses organizaram uma manifestação em 40 cidades (do país e do exterior)contra a política econômica do governo e o programa de ajustamento. Os portugueses também pediram a demissão do primeiro-ministro do país, Pedro Passos Coelho. Segundo os organizadores do movimento Que Se Lixe a Troika! Queremos Nossas Vidas, 1,5 milhão de pessoas foram às ruas em todo o país, que tem pouco mais de 10 milhões de habitantes. O governo não contestou a contagem feita pelos manifestantes.
Portugal faz grande manifestação contra a Troika e pede demissão do governo de Passos Coelho
02/03/2013 
Lisboa – Os portugueses fizeram na tarde de hoje (2) uma grande manifestação contra a política econômica do governo e contra o programa de ajustamento em andamento no país desde abril de 2011, quando Portugal assinou acordo de empréstimo e de intervenção no gerenciamento das contas públicas com o Fundo Monetário Internacional, com o Banco Central Europeu e com a Comunidade Europeia, a chamada Troika.
Em 40 cidades em Portugal e também no exterior, em frente a embaixadas e consulados lusitanos e nas representações da União Europeia, os portugueses pediam a demissão do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Os manifestantes também querem o fim das medidas que diminuíram os recursos públicos da seguridade social, da saúde e da educação, agravando as condições do país, que enfrenta recessão. Em 2012 foi registrada uma queda de 3,2% do Produto Interno Bruto e, segundo a estatística oficial, a taxa de desemprego está quase em 17%.
A mobilização neste sábado foi articulada pelas redes sociais e liderada pelo movimento Que Se Lixe a Troika! Queremos Nossas Vidas. Não há estimativa oficial do número de participantes em todos os locais. Em Lisboa, os organizadores avaliam que a manifestação tenha superado o ato de protesto realizado em setembro do ano passado, quando 500 mil pessoas teriam ido às ruas.
Enquanto aumentam os protestos em Portugal, o governo continua tentanto reduzir o chamado Estado Social. Uma missão da troika esteve reunida com o governo durante toda a semana para verificar os indicadores da macroeconômica e discutir o corte de mais 4 bilhões de euros (quase R$ 11 bilhões) nos gastos do governo, inclusive na área social.
Agência Brasil/EBC

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