Pela terceira
vez desde março, os credores de Portugal regressam a Lisboa para tratar das
contas públicas. O Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a
Comissão Europeia, que formam a chamada Troika, se reúnem à tarde (14h30, hora
de Lisboa) no Ministério das Finanças. O objetivo é saber como o governo vai
cumprir as metas de déficit público após o Tribunal Constitucional considerar
ilegais quatro medidas de contenção de despesas previstas no Orçamento do
Estado para 2013 (custo de cerca de 1,3 bilhão de euros ou R$ 3,5 bilhões).
O controle dos
gastos é exigência do programa de ajustamento econômico aceito pelos portugueses
para receber empréstimo internacional em parcelas que totalizam 78 bilhões de
euros (R$ 210 bilhões), creditadas desde 2011 até 2014. Além das condições de
empréstimo, a participação na União Europeia exige que Portugal, assim como os
outros países-membros, tenham um déficit público máximo que não exceda os 3% do
Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, o déficit foi superior a 6%, o que
gera impacto na dívida pública que está em 126% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para atender
às exigências de controle de gastos, o governo, desde o ano passado, promete
que irá fazer uma “refundação” do Estado Social (enxugando despesas com saúde,
educação e seguridade social), a fim de obter uma economia de 4 bilhões de
euros (R$ 10,8 bilhões). Na semana passada, o primeiro-ministro anunciou cortes
de 4,8 bilhões de euros (cerca de R$ 13 bilhões).
As medidas de
austeridade incluem, entre outras, a demissão voluntária de 30 mil funcionários
públicos, o aumento da idade de aposentadoria de 65 para 66 anos, aumento da taxa
paga pelos servidores públicos para sua assistência de saúde e a cobrança de
uma taxa de solidariedade para aposentados públicos e privados. Essa cobrança,
no entanto, dividiu o governo e os partidos da base aliada e, neste momento,
não há certeza de que as medidas possam ser aprovadas na Assembleia da
República, onde o governo, com a coligação, tem maioria.
A polêmica no
governo soma-se às resistências na sociedade, que enfrenta dois anos de
recessão e tem quase 1 milhão de pessoas desempregadas. Hoje (7), a União Geral
dos Trabalhadores (UGT) se reuniu com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
No encontro, o secretário-geral da central sindical, Carlos Silva, disse “estar
disponível” para negociar, mas cobrou “inflexão” do governo. “O governo tem noção
da nossa abertura para negociar e da nossa indisponibilidade para soluções que
eliminem a esperança”, disse Silva após o encontro.
Apesar das
resistências fora e dentro do governo às medidas de austeridade e as
dificuldades econômicas, inclusive para conter o déficit público, o
primeiro-ministro espera que Portugal, após a visita da Troika, receba ainda
neste mês nova parcela do empréstimo internacional de 2 bilhões de euros (cerca
de R$ 5,4 bilhões) e o país ganhe mais sete anos para pagar o empréstimo (novo
início a partir de 2022).
Para captar
recursos no mercado financeiro, Portugal levou hoje a leilão novos títulos da
dívida (para pagar com prazo de dez anos). Segundo o ministro dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Portas, a transação significa que Portugal “regressa aos
mercados passo a passo”. A dificuldade para negociar títulos em 2011 no mercado
financeiro, para rolar a dívida pública e custear despesas do Estado foi o que
levou o país a pedir o empréstimo internacional.
Agência Brasil*
*Com
informações da Agência
Lusa e da Rádio e Televisão
de Portugal (RTP)
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ResponderExcluirA troika é apolítica e amoral. Para eles, o governo que se vire. Não têm limites. Se for preciso fazer salsicha da população, que se faça. A crise, meu amigo.... Nem em 2018 se resolve. Pode não estar escrito nas estrelas, mas está no meu site.. http://conscienciademocrata.no.comunidades.net/index.php?pagina=1290980688
Rui Alberto Monteiro Rodrigues
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ResponderExcluirEssa Troika está acabando com a Europa! Não há referendo em hipotese alguma para qualquer coisa! Isso sim é democracia para ninguem botar defeito. E o que está ocorrendo no Brasil, com essa proposta escabrosa do PT para a Reforma Politica, é um reflexo desta hiper-concentração de poder na Europa e nos EUA. Deve haver um movimento amplo da sociedade para repelir esta reforma politica, que eu sempre achei necessária mas em outros termos, e exigir um debate aberto sobre os temas principais. O primeiro deles é o da INTERNET PÚBLICA que o Minicom está fazendo de TUDO para entregar nas mãos das Teles. Abram os olhos, minha gente. A coisa está muito perigosa.
Marcos Rebello
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ResponderExcluirPortugal , na verdade, sempre esteve na calda da Europa e isso já era previsto e ninguém nada fez. Fez-se sim, um Pais megalômano e em pouco tempo tudo lá tinha que ser maior em tudo. Desde shopiings até mesmo os corruptos que como aqui, não vão pra cadeia. O Portas é um merdas que anda por lá não sei a fazer o que. O País que dominou o mundo está inevitavelmente dominado. Não vejo saída e até 2020 estará completamente falido e não tentem comparar Brasil adolescente com um Portugal da terceira idade. E por falar no idoso, quero as minhas pensões, já me basta sustentar a corja brasileira e era só o que me faltava , sustentar a corja luso politica.
Beatriz De Broutelles