Mostrando postagens com marcador Crime Cibernético. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crime Cibernético. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Presos suspeitos por morte de jovem que ofereceu carona no WhatsApp


© Reprodução/TV TEM

Três pessoas foram detidas no interior de São Paulo por suposto envolvimento no desaparecimento e morte da radiologista de 22 anos.

A polícia prendeu na noite desta quinta-feira (2) três suspeitos de envolvimento na morte de uma jovem de 22 anos de Guapiaçu (SP) em São José do Rio Preto, também no interior paulista. A radiologista Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, desapareceu após oferecer carona em um grupo de WhatsApp. O corpo da jovem foi encontrado seminu em um córrego entre as cidades de Frutal (SP) e Itapagibe (MG) na tarde de quinta-feira (2). As informações são do G1.

Um dos suspeitos, apontado como sendo o passageiro que viajou com a jovem no dia do desaparecimento, será levado à Delegacia da Polícia Civil de Frutal ainda nesta sexta-feira (3). Os outros dois detidos estariam ligados ao desmanche do carro da vítima, e serão mantidos em São José do Rio Preto.

Kelly foi vista pela última vez quando deixou São José do Rio Preto, onde morava, com destino a Itapagipe, no Triângulo Mineiro, para visitar o namorado e a família, na tarde de quarta-feira. Ela falou com a família quando parou para abastecer o carro em um posto de combustíveis na BR-153.

Câmeras do circuito de segurança de um pedágio em Minas Gerais registraram o momento em que a radiologista passa pela praça de pedágio dirigindo. Em seguida, o carro volta, mas com um homem ao volante.

A Polícia Civil de Frutal investiga se a jovem sofreu violência sexual, já que sua calça foi encontrada a 3km local onde estava o corpo. O Instituto Médico Legal (IML) do município recebeu o corpo para perícia.

O enterro de Kelly seria encaminhado ainda na madrugada desta sexta-feira para o Velório Municipal de Guapiaçu. O horário do velório não foi informado.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Cinco dicas que ajudam você a proteger seus arquivos e seu computador


Cerca de 300 mil computadores, em 150 países, foram afetados por um vírus este mês. O ataque cibernético do dia 12 serve de alerta aos usuários para a necessidade de medidas de proteção. Entre as ações que devem ser adotadas, especialistas apontam a atualização de sistemas operacionais e uso de antivírus como as principais.

De acordo com Paulo Roberto Meirelles, professor de engenharia de software na Universidade de Brasília, o vírus disseminado, o WannaCry, "sequestra" dados dos usuários. Basicamente, o vírus criptografa (transforma informação em código) os arquivos do computador e, para descriptografar, o usuário precisa de uma "chave" (segredo) para voltar a ter acesso aos arquivos. Então, eles tentam vender esta chave aos usuários. O pagamento é cobrado em bitcoins – moeda virtual difícil de ser rastreada.

O especialista explica que estar com as atualizações de segurança da máquina em dia é fundamental para corrigir falhas antigas, apesar de não evitar novas falhas. Por isso, é importante ter um backup testado das informações, para serem reinstaladas após as atualizações.

De acordo com Ricardo Peixoto, da Alerta Security Solutions, empresa de cibersegurança, o vírus disseminado se aproveita de uma vulnerabilidade do sistema operacional da Microsoft para fazer um acesso privilegiado e infectar a máquina. “O código malicioso infecta a máquina e procura outras máquinas na rede que tenham a mesma vulnerabilidade, então ele copia o código malicioso para essa máquina remota e vai ser executado. Ele consegue se replicar na rede. A segunda etapa é criptografar os dados do usuário de forma com que ele tenha que pagar um resgate [em bitcoins]  para ter seus dados de volta”, explica. O poder de disseminação do WannaCry dependeu da não atualização do sistema.

Mantenha o computador atualizado
De acordo com o professor da UnB, para se prevenir o usuário deve manter o sistema atualizado e usar sistemas originais. Isso também significa não usar versão pirata para poder ter essas atualizações "automáticas". Para ele, a Microsoft aplica as atualizações "custosas", grandes demais, por isso, as pessoas evitam ou demoram a atualizar seus sistemas. “Em suma, [a pessoa] não atualiza, porque atualizar é chato. No caso das coisas do Windows, demora séculos, envolve reboot [reiniciar], às vezes mais de uma vez. No caso de servidores, isso tudo é pior ainda.”

Para Meirelles, a ação atingiu empresas porque afetou várias versões do Windows Server. “Mas tem um ponto, não é comum, do ponto de vista de segurança, que as empresas, instituições e órgãos públicos usem servidores com Wndows Server. A ampla maioria dos servidores do mundo usam Linux, por ser mais seguro. Veja, por exemplo, que Google, Facebook, Amazon não foram atingidos”, destaca.

O consultor Ricardo Peixoto explica que o ataque foi devastador porque as pessoas não atualizam seu sistema operacional com frequência. “Entre o lançamento da atualização pela Microsoft e a disseminação do vírus, a gente teve quase um mês para atualizar o sistema. As empresas não deram importância para isso. Além disso, muitos países ainda usam o Windows XP, que não tem mais atualização, por exemplo, a China e a Rússia. A principal proteção, neste caso, era a atualização.”

Não abra e-mails ou links suspeitos
O usuário não deve acreditar em anúncios na internet, tampouco em mensagens e links que eventualmente cheguem por e-mail.

Não se pode executar qualquer mensagem que se recebe por e-mail. Nesses casos, deve-se verificar o endereço do remetente e estar atento para o domínio de onde está sendo mandado. “Geralmente, quando você recebe um e-mail malicioso, ele se passa por alguém ou alguma corporação. Se você analisar as informações do e-mail, como o endereço de quem o enviou, erros de português ou digitação você percebe que se trata de uma e-mail falso. Dificilmente, alguém de uma corporação cometerá esse tipo de erro”, explica Peixoto.

O consultor também destaca que é preciso estar atento quando os links te mandam para uma página completamente diferente do e-mail. Peixoto lembra que quando você passa o mouse sobre um link, ele mostra o endereço para onde o usuário está sendo enviado. Então, endereços estranhos não devem ser clicados.

Faça cópias de segurança de seus arquivos
No recente ataque de vírus do tipo ransomware – que bloqueia os arquivos até o pagamento de um resgate, o maior problema enfrentado por usuários é a perda de arquivos. O professor de engenharia de software destaca a importância de se fazer cópias de segurança dos arquivos. “Primeiro, temos que ficar mais conscientes sobre o quão é importante fazer backup das nossas coisas”, disse. As cópias de segurança devem ser feitas regularmente. Isso previne problemas de segurança, o ideal é ter um backup num HD externo ou numa nuvem.

Use antivírus
O antivírus pode deter um ataque ou identificar uma ameaça. “É essencial sempre ter um antivírus atualizado instalado no computador. É importante que essa proteção não seja qualquer uma. Ele deve fazer o controle do sistema operacional e suas alterações. Os antivírus gratuitos atuam somente em uma camada, como a verificação de arquivos executados no computador. Por isso, um antivírus simples não consegue deter certos tipos de ameaça”, explica o consultor da Alerta Security Solutions.

Peixoto explica que é preciso proteger celulares e tablets com antivírus também e preferir aplicativos desenvolvidos por fontes seguras.

Considere o uso do software livre
De acordo com o professor Meirelles, da UnB, as maiores empresas do mundo investem em softwares livres, porque o software agrega valor ao produto ou ao serviço delas. “A Samsung, por exemplo, quer um Android cada vez melhor e mais seguro porque quer vender mais celulares e tablets. A LG também. Então elas e outras empresas se juntam e investem nesse tipo de software. O mesmo acontece com relação ao Linux, a IBM e outras empresas investem bilhões nele porque querem vender equipamentos e soluções complexas que envolvem serviços de customização e manutenção de longo prazo”, exemplifica.


“Se as empresas querem usar uma outra abordagem para seus recursos computacionais, o software livre é a melhor estratégia: econômica e técnica”, diz o professor.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

China diz que EUA deveriam assumir parte da culpa por ciberataque global


A mídia estatal da China criticou nesta quarta-feira (17) os Estados Unidos por prejudicarem os esforços para deter ameaças cibernéticas globais, na esteira do ciberataque global com o vírus WannaCry, que infectou mais de 300 mil computadores em diversos países do mundo nos últimos dias. As informações são da agência Reuters.

Leia também:

A Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) deveria arcar com parte da culpa pelo ataque, que se aproveita de vulnerabilidades em sistemas da Microsoft e que até sábado havia atingido cerca de 30 mil organizações chinesas, informou o jornal China Daily. O ciberataque, que começou na sexta-feira (12), beneficiou-se de um relatório criado pela NSA, que vazou na internet em abril, informou a Microsoft.

"Esforços combinados para lidar com crimes cibernéticos vêm sendo prejudicados pelas ações dos Estados Unidos", disse o jornal, acrescentando que Washington não possui "nenhum indício crível" para sustentar as proibições impostas a empresas de tecnologia chinesas nos EUA após o ataque.

A crítica de Pequim ocorre no momento em que a China se prepara para adotar uma lei abrangente de cibersegurança que, segundo grupos empresariais norte-americanos, irá ameaçar as operações de companhias estrangeiras na China, com leis rígidas de armazenamento local de dados e exigências de vigilância rigorosas.


As autoridades cibernéticas chinesas vêm pressionando há tempos pelo que chamam de “equilíbrio equitativo" na governança cibernética global, criticando o domínio dos EUA. O China Daily ressaltou as restrições norte-americanas ao fornecedor de telecomunicações chinês Huawei Technologies, argumentando se tratar de uma hipocrisia, dado o vazamento da NSA.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Putin diz que a fonte primária do vírus do ciberataque global foi a CIA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assegurou nesta segunda-feira (15) que a Rússia não tem nada a ver com o ciberataque global que já afetou mais 200 mil computadores em pelo menos 150 países. E acusou o serviço secreto dos Estados Unidos (CIA) de ser "a fonte primária do vírus".

Leia também:

"Acredito que a direção da Microsoft já indicou a CIA como a fonte primária do vírus. A Rússia não tem nada a ver com isso", disse Putin, em entrevista coletiva em Pequim, onde participou do Fórum da Nova Rota da Seda. Segundo ele, as instituições públicas russas "não sofreram danos importantes, nem os bancos, nem o sistema de saúde, nem outros, mas, em geral, não há nada de bom nisto e é preocupante".

WikiLeaks vazou
O presidente da Microsoft, Brad Smith, advertiu ontem que a compilação de vulnerabilidades cibernéticas por parte dos governos se converteu em um padrão emergente que causa danos generalizados quando estas informações são vazadas.

“Vimos aparecer no WikiLeaks vulnerabilidades armazenadas pela CIA, e agora estas vulnerabilidades roubadas da NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) afetaram clientes em todo o mundo", criticou Smith, ao se pronunciar sobre a origem do erro no sistema operacional Windows que possibilitou a ação do ciberataque com o software maligno WannaCry.


O 'ransomware'  (tipo de ciberataque que infecta os computadores e depois cobra um resgate) WannaCry, que exigiu um pagamento na moeda digital 'bitcoin' para que o acesso aos computadores fosse recuperado, infectou sistemas de informática em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Hacker dos EUA vê indícios de ação da Rússia por trás do ciberataque global


O secretário da Hack Miami, Rod Soto, disse nesta segunda-feira (15) à Agência EFE que não há dúvida de que a Rússia  "é parcialmente responsável" pelo ciberataque global que afetou mais de 200 mil computadores desde a sexta-feira. A Hack Miami é uma comunidade de "hackers éticos" do sul da Flórida, nos Estados Unidos (EUA),

Leia também:

Soto disse que foi o grupo The Shadow Brokers (Corretores das Sombras), piratas cibernéticos "vinculados ao Kremlin", que usou um código que figurava nos arquivos da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e que foram divulgados no site WikiLeaks.

Uma vez publicado esse código, os criminosos cibernéticos puderam baixá-lo e adaptá-lo para seus propósitos de obter dinheiro para decodificar os sistemas operacionais e arquivos dos computadores previamente infectados com o ransomware (tipo de ciberataque que infecta os computadores e depois cobra um resgate) WannaCry e que ficam inacessíveis para seus usuários, disse o especialista em segurança cibernética.

"Abriram a caixa de Pandora", afirmou Soto, em referência ao grupo The Shadow Brokers.

Mutações e precauções
Em resposta à afirmação do presidente russo, Vladimir Putin, de que a origem primária da informação que levou ao ciberataque foi a CIA (Central Intelligence Agency, a central de inteligência americana), Soto disse que, apesar de a agência NSA ter parte do código há algum tempo, nunca aconteceu nada até sua publicação pelo grupo The Shadow Brokers, que também estaria envolvido nos vazamentos do WikiLeaks.

Soto disse ter certeza de que haverá diversas mutações do vírus WannaCry e destacou que os países do Terceiro Mundo, onde há maior número de usuários de programas piratas, podem ser os mais afetados.

Como primeira medida preventiva, ele recomendou a instalação da atualização MS17-010 para Windows que a Microsoft lançou em março e, sobretudo, ter "precaução e bom senso" na hora de abrir mensagens de e-mail, pois o WannaCry usa este caminho para infectar os computadores.

Seguir o dinheiro
Rod Soto mostrou-se seguro de que os responsáveis pelo ciberataque serão descobertos e disse que os "hackers éticos" podem ser de grande ajuda nesse processo, pois estão na linha de frente da luta contra os criminosos cibernéticos. Para o especialista em cibersegurança, “é preciso seguir a pista do dinheiro” para encontrar os autores do ciberataque global.

O FBI, a polícia federal investigativa dos EUA, em um comunicado de 2015, estimou em US$ 18 milhões o custo da extorsão cibernética para os consumidores.

Geralmente os chantagistas cibernéticos exigem de suas vítimas o pagamento em bitcoins (moedas digitais criptografadas), que "não estão presas a regulamentos, não têm limitações nas quantidades e são difíceis de ser rastreadas", disse Soto à EFE em uma entrevista realizada em janeiro durante uma reunião do Hack Miami, na qual foram discutidos vários crimes cibernéticos.

O Hack Miami realizará nos próximos sábado e domingo (20 e 21)  sua quinta conferência anual da qual devem participar de cerca de 250 especialistas em segurança cibernética e que deve ter o WannaCry entre os assuntos destaque, informou Soto.

Resgates
Apesar de mais de 300 mil computadores em 150 países terem sido infectados desde sexta-feira pelo ciberataque global, seus responsáveis arrecadaram menos de US$ 70 mil com a chantagem sobre os afetados pelo vírus que pagaram para recuperar seus dados, informou nesta segunda-feira o governo dos Estados Unidos.
Nenhum dos sistemas do governo americano foi afetado até agora pelo vírus global, disse aos jornalistas o assessor de Segurança Nacional do governo americano, Tom Bossert. Ele negou que os EUA tenham "fabricado o vírus", como sugeriu a Rússia.

O ciberataque "estendeu-se a 150 países e afetou mais de 300 mil máquinas, mas a boa notícia é que as taxas de infecção diminuíram ao longo do fim de semana", afirmou Bossert em entrevista coletiva na Casa Branca.

Apesar da ganância dos responsáveis pelo vírus, "parece que foram pagos menos de US$ 70 mil em resgates", e que os que efetuaram esses pagamentos não conseguiram "recuperar nenhum de seus dados", disse Bossert.

domingo, 14 de maio de 2017

Europol: número de atingidos por ciberataque deve aumentar nesta segunda


O diretor do Serviço Europeu de Polícia (Europol), Rob Wainwright, declarou neste domingo que o ciberataque em massa da última sexta-feira (12) já deixou 200 mil vítimas em "pelo menos 150 países" e advertiu que o número de atingidos continuará crescendo a partir de amanhã (15). As informações são da agência de notícias EFE.

Leia também:

Em declarações à emissora britânica ITV, Wainwright advertiu que o vírus continuará se propagando "quando as pessoas voltarem ao trabalho e ligarem seus computadores a partir de segunda-feira".

O software malicioso que se propagou na sexta-feira bloqueou os computadores em numerosos centros de saúde no Reino Unido, bem como em empresas e órgãos públicos na Espanha, França, Alemanha e Rússia, entre outros países. "Fazemos cerca de 200 operações globais por ano contra o crime cibernético, mas nunca vimos nada como isto", disse Wainwright.

O responsável da Europol alertou que o setor de saúde está especialmente exposto a ataques similares, e recomendou que todas as organizações deem prioridade a medidas para proteger seus sistemas e atualizem as versões do software com o qual trabalham. "Advertimos já há algum tempo que o setor de saúde em muitos países é particularmente vulnerável e é responsável por processar uma grande quantidade de informação sensível", detalhou o diretor da Europol.

Este último ciberataque em grande escala "serve para enviar uma mensagem muito clara: todos os setores são vulneráveis e devem levar absolutamente a sério a necessidade de funcionar com sistemas atualizados e instalar todas as atualizações disponíveis", disse Wainwright.

O chefe da Europol citou os bancos como um setor de referência, que aprendeu a lidar com as ameaças cibernéticas. "Poucos bancos na Europa, se é que houve algum, foram afetados por este ataque, porque aprenderam a partir da dolorosa experiência de serem o alvo número 1 do cibercrime", disse o funcionário britânico.

O diretor do Serviço Europeu de Polícia indicou que os investigadores trabalham com a hipótese de que o ataque de sexta-feira foi cometido por criminosos, não por terroristas, e assegurou que os responsáveis receberam uma quantidade "notavelmente baixa" de pagamentos em conceito de recompensa para desbloquearem os computadores.

As vítimas do ciberataque viram que suas máquinas ficaram bloqueados e que os hackers pediam um resgate em moeda digital, o 'Bitcoin', para que pudessem recuperar seus arquivos.

A ministra do Interior do Reino Unido, Amber Rudd, recomendou aos numerosos hospitais e centros de saúde afetados no Reino Unido que "não pagassem" o valor exigido pelos criminosos cibernéticos.

sábado, 13 de maio de 2017

França estima em mais de 75 mil os computadores infectados em todo o mundo

A polícia francesa estimou neste sábado que mais de 75 mil computadores foram infectados em todo o mundo pelos ciberataques registrados em aproximadamente 100 países.

Em um boletim de prevenção, a Polícia Nacional indicou que os primeiros ataques se dirigiram contra o sistema de saúde britânico, bem como contra "uma importante companhia de telecomunicações espanhola", em alusão à Telefónica. As informações são da Agência EFE.

Leia também:

A polícia também fala de uma "uma grande empresa francesa", em referência ao fabricante Renault, e que isso conduziu à parada brusca de "algumas de suas linhas de produção".

A Promotoria de Paris já tinha aberto uma investigação sobre este assunto pela intrusão em sistemas de tratamento automatizado de dados, obstaculização de seus funcionamento, extorsão e tentativa de extorsão.

As investigações foram encarregadas ao OCLCTIC, o serviço do polícia especializado na luta contra a delinqüência nas tecnologias da informação e comunicação.

Em nota preventiva, a Polícia Nacional disse que para os usuários de computadores com o sistema operacional Windows é recomendado "inclusive em ausência de infecção aparente", que se aplique o corretivo Microsoft MS 17-010.

Caso o vírus tenha se introduzido no equipamento - acrescentou -, "é indispensável isolar a máquina infectada desligando-a da rede familiar ou da empresa, o que impedirá toda propagação".

Isso pode ser feito desligando o computador, retirando o cabo que o conecta à rede ou desativando o wifi.


Os autores do aviso apontaram que o programa é "particularmente perigoso" por sua forma de se propagar, já que uma vez que entrou em uma máquina, age no conjunto da rede e paralisa todas os equipamentos a partir de uma codificação dos arquivos. 

Empresa de antivírus diz que ataque hacker já se estende por quase 100 países

A empresa tcheca de antivírus Avast, que figura entre as dez maiores do mundo no ramo, informou hoje (13) que o ataque hacker registrado ontem (12) em mais de 70 países já afeta 99 Estados. "Já estamos vendo 75 mil detecções do WanaCrypt0r 2.0 em 99 países", informou no blog da Avast o especialista em informática Jakub Kroustek. As informações são da agência de notícias EFE.

Leia também:

Segundo Kroustek, o ataque dos hackers está voltado, "sobretudo, contra Rússia, Ucrânia e Taiwan", e "infectou com sucesso grandes instituições como hospitais ao longo da Inglaterra e a empresa de telecomunicações espanhola Telefónica".
O especialista tcheco informou depois no Twitter que ocorreu uma rápida escalada nos ataques, que "chegaram a 100 mil em menos de 24 horas".

Além disso, Kroustek confirmou que a Rússia registrou 57% dessas detecções.

A Avast teve conhecimento da primeira versão do WanaCrypt0r em fevereiro e indicou que ele está disponível agora em 28 línguas diferentes, "desde o búlgaro até o vietnamita", segundo Kroustek.

O WanaCrypt0r é um tipo de ransomware que limita ou impede aos usuários o acesso ao computador e seus arquivos e solicita um resgate para eles possam ser acessados de novo.


Este resgate é geralmente pago em uma moeda digital, frequentemente o bitcoin, o que dificulta seguir o rastro do pagamento e identificar os hackers.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

GSI diz que ataque cibernético não comprometeu dados da administração federal

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República confirmou que o ataque cibernético ocorrido hoje (12) em 74 países provocou “incidentes pontuais” em computadores de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas nega comprometimento de dados da administração pública brasileira. Conforme explicou o GSI, o ataque foi feito com um programa de computador que sequestra dados para que os hackers exijam resgate.

Leia também:

“Em relação às notícias veiculadas pela mídia sobre o ciberataque ocorrido em alguns países e os reflexos no Brasil […] Trata-se de um programa que sequestra dados de computadores para, em seguida, exigir resgate; o ataque também ocorreu no Brasil em grande quantidade por meio de e-mails com arquivos infectados; até o momento, não há registros e evidências de que a estrutura de arquivos dos órgãos da administração pública federal (APF) tenha sido afetada”, disse o GSI, em nota.

Ransomware
O GSI, que é responsável por monitorar assuntos militares, de segurança nacional e potencial risco à estabilidade institucional, divulgou orientações aos órgãos da administração pública federal sobre o ataque, identificado como um ransomware. “O atacante explora vulnerabilidades dos sistemas Windows, [...] bloqueando acesso aos arquivos e cobrando o 'resgate'”, informou o órgão de segurança.

O ransomware pode ser entendido como um código malicioso que infecta dispositivos computacionais com o objetivo de sequestrar, capturar ou limitar o acesso aos dados ou informações de um sistema, "geralmente através da utilização de algoritimos de encriptação (crypto-ransoware), para fins de extorsão. Para obtenção da chave de decriptação, geralmente é exigido o pagamento (ransom) através de métodos online, tipo 'Bitcoins' [moedas virtuais]”, completa o GSI.


Dentre as medidas para reduzir o dano do ataque, o GSI recomendou aos usuários manter os sistemas atualizados para a versão mais recente e isolar da rede máquina infectada, além de realizar campanhas internas, alertando usuários a não clicar em links ou baixar arquivos de e-mail suspeitos ou não reconhecidos como de origem esperada.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Saiba o que fazer em casos de difamação, calúnia e cyberbulling na internet


Como denunciar

Os crimes de: Ameaça (art. 147 do Código Penal), Calúnia (art. 138 do Código Penal), Difamação (art. 139 do Código Penal), Injúria (art. 140 do Código Penal) e Falsa Identidade (art.307 do Código Penal), dependem de queixa realizada pela própria vítima. Estes crimes, mesmo cometidos pela Internet, devem ser denunciados pela vítima na delegacia mais próxima da residência dela ou em uma delegacia especializada em crimes cibernéticos. Já os casos de Pornografia Infantil, Racismo, Homofobia, Xenofobia, Apologia e incitação a crimes contra a vida e Neo Nazismo podem ser feitas na Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.

O que fazer antes da denúncia

Preserve todas as provas
– Imprima e salve o conteúdo das páginas ou “o diálogo” do(s) suspeito(s) em salas de bate-papo, mensagens de e-mail ofensivas e posts em redes sociais. É necessário ainda guardar também os cabeçalhos das mensagens;
– Preserve as provas em algum tipo de mídia protegida contra alteração, como pen drive, CD-R ou DVD-R;
– Todas essas provas ajudam como fonte de informação para a investigação da polícia;

Garanta as provas
No entanto, essas provas não valem em juízo, pois carece de fé pública. Uma alternativa é ir a um cartório e fazer uma declaração de fé pública de que o crime em questão existiu, ou lavrar uma Ata Notarial do conteúdo ilegal/ofensivo. Esses procedimentos são necessários porque, como a Internet é dinâmica, as informações podem ser tiradas do ar ou removidas para outro endereço a qualquer momento.

Não esqueça: A preservação das provas é fundamental. Já houve casos de a Justiça brasileira ter responsabilizado internautas que não guardaram registros do crime on-line do qual foram vítimas.

Para os casos de processos de calúnia e difamação, é necessário de uma queixa oficial em uma autoridade policial. No Recife, a delegacia fica na Rua da Aurora, 487 – Boa Vista. O telefone é (81) 3184-3206. Para outros estados, acesse o a lista de endereços.

Solicite a remoção do conteúdo
Para fazer esta solicitação, envie uma Carta Registrada para o prestador do serviço de conteúdo na Internet, que deve preservar todas as provas da materialidade e os indícios de autoria do(s) crime(s). Confira modelo de carta sugerido pela SaferNet Brasil.

Entenda a diferença entre os crimes
Apesar de parecer sinônimos, os crimes contra a honra possuem algumas diferenças.

Calúnia (art. 138 do Código Penal): É acusar alguém falsamente de ter cometido um crime. Por exemplo, dizer que sua faxineira pegou dinheiro sem permissão. A pena é de seis meses a dois anos.

Difamação (art. 139 do Código Penal): É difamar alguém, dizendo algo que seja ofensivo à sua reputação. A pena é de três meses a um ano, além de multa. Falar de traições ou se alguém é ninfomaníaco, por exemplo.

Injúria (art. 140 do Código Penal): Ofender a dignidade ou o decoro de alguém. A pena é de um a seis meses ou multa. Aqui, na prática, é qualquer xingamento. Chamar alguém de “rameira”, “puta”, etc, pode ser enquadrado aqui. Se for algo relacionado à cor, raça, etnia ou condição de deficiência, a coisa fica mais grave e o usuário passa a ser enquadrado na lei 10.741, de 2003, contra discriminação. A pena pode chegar a três anos e multa.

Falsa Identidade (art. 307 do Código Penal): Fazer um perfil fake para causar dano a imagem de alguém pode levar a três meses a um ano de detenção.

Ameaça (art. 147 do Código Penal): Ameaçar alguém pela rede, mesmo que seja uma bravata, pode ser enquadrado neste artigo, que leva de um a seis meses ou multa. Lembrando que é necessária uma representação legal, ou seja, o usuário precisa fazer uma queixa formal.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Lei que pune crimes cibernéticos entra em vigor hoje

A partir desta terça-feira (2), invadir dispositivos como computador, smartphones e tablets de outra pessoa para obter informações sem autorização passa a ser crime com pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Nesse caso, a pena ainda pode ser agravada se a informação roubada causar algum prejuízo econômico. A Lei 12.737/2012, que tipifica como crime uma série de condutas no ambiente virtual, foi sancionada no fim do ano passado e entra em vigor hoje.

Também está prevista prisão de seis meses a dois anos, além de multa, para quem obtiver dados "de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais e informações sigilosas". Se o crime for cometido contra autoridades do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, a pena aumenta de um a dois terços.

A Lei 12.737/12 aumenta a pena se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiros dos dados obtidos ilegalmente. A lei também criminaliza a interrupção intencional do serviço de internet, normalmente cometida por hackers. Nesse caso, a pena pode variar de um a três anos de detenção, além de multa.

Outra norma que entra em vigor nesta terça-feira é a Lei 84/99, que pune quem usar dados de cartão de crédito na internet, sem autorização do proprietário. A fraude, que passa a ser equiparada à de falsificação de documento, tem pena prevista de um a cinco anos de prisão. A exemplo do que já ocorre em meios de comunicação impressos, rádio e TV, o texto estabelece a retirada imediata de mensagens racistas postadas na internet.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook