A
mídia estatal da China criticou nesta quarta-feira (17) os Estados Unidos por
prejudicarem os esforços para deter ameaças cibernéticas globais, na esteira do
ciberataque global com o vírus WannaCry, que infectou mais de 300 mil
computadores em diversos países do mundo nos últimos dias. As informações são
da agência Reuters.
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A
Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) deveria arcar
com parte da culpa pelo ataque, que se aproveita de vulnerabilidades em
sistemas da Microsoft e que até sábado havia atingido cerca de 30 mil
organizações chinesas, informou o jornal China Daily. O ciberataque, que
começou na sexta-feira (12), beneficiou-se de um relatório criado pela NSA, que
vazou na internet em abril, informou a Microsoft.
"Esforços
combinados para lidar com crimes cibernéticos vêm sendo prejudicados pelas
ações dos Estados Unidos", disse o jornal, acrescentando que Washington
não possui "nenhum indício crível" para sustentar as proibições
impostas a empresas de tecnologia chinesas nos EUA após o ataque.
A
crítica de Pequim ocorre no momento em que a China se prepara para adotar uma
lei abrangente de cibersegurança que, segundo grupos empresariais
norte-americanos, irá ameaçar as operações de companhias estrangeiras na China,
com leis rígidas de armazenamento local de dados e exigências de vigilância
rigorosas.
As
autoridades cibernéticas chinesas vêm pressionando há tempos pelo que chamam de
“equilíbrio equitativo" na governança cibernética global, criticando o
domínio dos EUA. O China Daily ressaltou as restrições
norte-americanas ao fornecedor de telecomunicações chinês Huawei Technologies,
argumentando se tratar de uma hipocrisia, dado o vazamento da NSA.
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