O
Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República confirmou
que o ataque cibernético ocorrido hoje (12) em 74 países provocou
“incidentes pontuais” em computadores de servidores do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), mas nega comprometimento de dados da administração
pública brasileira. Conforme explicou o GSI, o ataque foi feito com um programa
de computador que sequestra dados para que os hackers exijam resgate.
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“Em
relação às notícias veiculadas pela mídia sobre o ciberataque ocorrido em
alguns países e os reflexos no Brasil […] Trata-se de um programa que sequestra
dados de computadores para, em seguida, exigir resgate; o ataque também ocorreu
no Brasil em grande quantidade por meio de e-mails com arquivos
infectados; até o momento, não há registros e evidências de que a estrutura de
arquivos dos órgãos da administração pública federal (APF) tenha sido afetada”,
disse o GSI, em nota.
Ransomware
O
GSI, que é responsável por monitorar assuntos militares, de segurança nacional
e potencial risco à estabilidade institucional, divulgou orientações aos órgãos
da administração pública federal sobre o ataque, identificado como um ransomware.
“O atacante explora vulnerabilidades dos sistemas Windows, [...] bloqueando
acesso aos arquivos e cobrando o 'resgate'”, informou o órgão de segurança.
O
ransomware pode ser entendido como um código malicioso que infecta dispositivos
computacionais com o objetivo de sequestrar, capturar ou limitar o acesso aos
dados ou informações de um sistema, "geralmente através da utilização de
algoritimos de encriptação (crypto-ransoware), para fins de extorsão. Para
obtenção da chave de decriptação, geralmente é exigido o pagamento (ransom)
através de métodos online, tipo 'Bitcoins' [moedas virtuais]”, completa o GSI.
Dentre
as medidas para reduzir o dano do ataque, o GSI recomendou aos usuários manter
os sistemas atualizados para a versão mais recente e isolar da rede máquina
infectada, além de realizar campanhas internas, alertando usuários a não clicar
em links ou baixar arquivos de e-mail suspeitos ou não
reconhecidos como de origem esperada.
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