sexta-feira, 28 de agosto de 2015

''Cunha é pilantra de 5ª categoria'', dispara ex-ministro Ciro Gomes


O ex-ministro Ciro Gomes acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ser “um pilantra de quinta categoria” que está “mandando e desmandando na República.

A declaração foi dada na segunda-feira (17) à noite, na abertura de um encontro interno do Pros, em Fortaleza, no qual o ex-governador cearense e seu grupo político discutiram a migração em massa para o Partido Democrático Brasileiro (PDT).

O Congresso em Foco teve acesso ao áudio do discurso do ex-ministro da Fazenda, no governo Itamar Franco, e da Integração Nacional, no governo Lula.

“Não é fácil o trabalhador chegar em casa e ligar a televisão e assistir à novela mal-cheirosa, diária, da ladroeira [em referência à roubo], que não poupa mais ninguém. Pra bem dizer, o presidente da Câmara Federal do Brasil é um pilantra de quinta categoria que tá aí mandando e desmandando na República”, afirmou Ciro na reunião.

Ele também criticou o governo Dilma, que, segundo ele, tem feito “tudo ao contrário” do que prometeu na campanha eleitoral.

Ciro e seu irmão, o também ex-governador Cid Gomes, receberam convite do presidente do PDT, Carlos Lupi, para se filiar à sigla com vistas às eleições presidenciais de 2018. A ideia de Lupi é lançar Ciro Gomes como candidato.

Outros nomes do partido, entretanto, como os senadores Cristovam Buarque (DF) e Reguffe (DF) não concordam com a filiação dos irmãos Gomes.

Cristovam era tido como nome certo para concorrer novamente à Presidência da República, a exemplo do que ocorreu em 2006.

A crítica de Ciro ocorre meses após Cid chamar publicamente Eduardo Cunha e outros “400, 300 deputados” de “achacadores”, ratificando o que ele havia dito a universitários no fim de fevereiro, quando ele ainda era ministro da Educação.

Após chamar os deputados de “achacadores”, Cid deixou a pasta. Sua saída foi anunciada por Eduardo Cunha em plenário, no momento em que o então ministro ainda discursava.

Na última segunda-feira, começou, pelo menos de forma oficial, as discussões para que vários nomes do Pros cearense deixem a legenda e passem a integrar o PDT.

No encontro, Ciro Gomes disse que seria uma mudança natural sua filiação à sigla de Leonel Brizola.  

Além dos irmãos Gomes, devem aderir ao PDT outros nomes importantes da política cearense como a vice-governadora Izolda Cela e vários prefeitos e vereadores ligados à família.

“O PDT tem sido aliado nosso em todas as eleições. De maneira que é um passo muito natural, que é um passo muito coerente para quem está, como nós, obrigados a tomar essa posição”, defendeu Ciro.

Entretanto, a posição ainda não está oficializada. Embora, o próprio presidente nacional do PDT já conte com Ciro e Cid nos quadros do PDT.

Em outro momento do desabafo, Ciro Gomes também criticou o governo federal. Ele afirmou que o PT não pode fechar os olhos para as manifestações.

“Não é simples, nem é fácil a gente ver uma pessoa e um governo que a gente ajudou a eleger com tanto carinho, com tanto entusiasmo, com sacrifícios… Cid se sacrificou e muito… Todos os que estão aqui se sacrificaram, correram riscos sérios com aquele povo em cima do muro, não sei o que e tal. E, com tudo isso, no dia seguinte, tudo o que a gente achava que ia ser, foi ao contrário”, declarou.

“É o preço da gasolina, é o preço da energia… [Dilma] Nomeia o cara dos bancos pro Ministério da Fazenda [Joaquim Levy]… E aquilo que era um conjunto de valores, a questão nacional, a questão da desigualdade, a questão do valor dos salários como remuneração do trabalho decente das pessoas, foi esquecido. Isso explica porque a sociedade brasileira está aborrecida e qualquer governo que queira ter o mínimo de condições de se reconciliar com sua nação tem que ter humildade para entender isso”, disparou Ciro.

Depois disso, ele ainda afirmou que nas manifestações existem “doido de todo o tipo”, mas que é necessário se respeitar a Constituição.

“Não adianta desqualificar as manifestações. Tem coisa de todo o tipo, doido de todo o tipo e modalidade, mas não adianta desqualificar. Aquelas multidões que foram pras ruas ontem só foram porque tem uma coisa muito errada acontecendo no nosso país”.

Por isso, Ciro defendeu que a militância seja focada não somente no respeito às instituições democráticas e na cobrança sistemática das ações do governo federal. Uma doutrina que, coincidentemente, tem sido pregada pela cúpula do PDT.

“A crise política se descomprimiu um pouco. Não que a gente não esteja no meio de uma crise política muito grave, com potencial muito grave de ameaça ao futuro do país. Mas aquela escalda de golpe deu uma diminuída grande. O próprio governo começou a cair em si e começou tomar aqui e ali, ainda muito desorientado, alguma iniciativa política”, pontuou.

Com informações Uol

Lelo, Colnago e Luiz Paulo disputam apoio de Hartung pela PMV


Três aliados do governador Paulo Hartung (PMDB) disputam o apoio do governo às suas pré-candidaturas a prefeitura de Vitória, ano que vem.

O deputado federal Lelo Coimbra, presidente regional do PMDB, é o mais afoito. Está disposto a brigar pela vaga dentro do grupo palaciano contra qualquer um.

Lelo não teme enfrentar nem o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que segundo as pesquisas, lidera a corrida para as eleições de 2016 em Vitória.

Outro tucano que trabalha em silêncio, usando a via da articulação, é o vice- governador César Colnago, que nunca escondeu seu desejo de governar a capital.

Todos contam com a determinação de Hartung, que promete detonar o prefeito do PPS que não apoiou sua eleição para o governo, ano passado. Luciano foi posto na vida pública por Hartung.

Via Agência Congresso

Nenhum capixaba aprovou projeto de lei este ano no Congresso


Seis meses após a posse na atual legislatura, nenhum deputado do Espírito Santo conseguiu aprovar projeto na Câmara.

Apresentar eles apresentam todo dia. Mas virar lei, nenhum. Segundo levantamento do Sistema de Informação Legislativa, entre os dez deputados, só sete conseguiram aprovar projetos mas apenas em comissões temáticas.

Isso significa que a proposta pode ficar décadas aguardando votação final do plenário. Juntos, os sete federais tiveram 23 projetos aprovados dos 270 apresentados pelos dez parlamentares.

Entende-se como proposições: projetos de leis, propostas de emendas à Constituição (PECs), projetos de resolução e projetos de decreto legislativo.

Vale lembrar que a função de um deputado é propor, discutir e aprovar leis. Mas a maioria engana. Se fosse receber o salário por produtividade ficariam no débito.

Para virar lei, as propostas precisam ser aprovadas pelas duas Casas do Congresso.

Projetos em comissões

Dr. Jorge Silva (Pros), que cumpre o segundo mandato, foi o deputado com maior número de projetos aprovados, nove.

Entre os 37 apresentados nesta legislatura, três foram aprovados. E os restantes são: um de 2014, quatro de 2013 e um de 2011.

Em seguida, o novato Sérgio Vidigal (PDT) quatro projetos aprovados, entre 41. Lelo Coimbra (PMDB) conseguiu a aprovação de três.

Manato (SD), Max Filho (PSDB) e Evair de Melo tiveram, cada um, um projeto aprovado.

Via Agência Congresso

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de propina a Guerra e Aécio


Leandro Prazeres Do UOL
Dois dos principais delatores da operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, mencionaram nesta terça-feira (25) que políticos do PSDB receberam recursos desviados de empresas estatais como a Petrobras e Furnas. Entre os beneficiados estariam o ex-presidente nacional partido Sérgio Guerra e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

As declarações de Costa e Youssef foram feitas durante uma acareação realizada nesta terça-feira na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras na Câmara. Costa e Youssef disseram que Sérgio Guerra recebeu R$ 10 milhões para "abafar" uma CPI no Congresso Nacional para investigar irregularidades na Petrobras em 2009. O dinheiro, segundo a dupla, teria sido pago pela empreiteira. Segundo Youssef, o dinheiro foi pago pela empreiteira Camargo Correa, uma das investigadas pela operação Lava Jato.

Costa disse que foi procurado por Guerra e pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) para que o dinheiro fosse encaminhado ao líder tucano. "De minha parte, posso dizer que eles receberam", afirmou Costa. Sérgio Guerra morreu em março de 2014.

Deputados do PT seguiram questionando os dois delatores sobre suspeitas de pagamento de propina a líderes tucanos. Jorge Sola (PT-BA) perguntou a Youssef se ele tinha conhecimento das informações de que o senador Aécio Neves teria recebido dinheiro de propina relativa a contratos da estatal Furnas. "O senhor confirma que Aécio recebeu dinheiro de corrupção de Furnas?", indagou Sola. Youssef disse ter ouvido sobre isso do ex-deputado José Janene, morto em 2010: "Eu confirmo por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre, e eu era operador dele", disse Youssef. Janene é apontado como o responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa à direção de Abastecimento da Petrobras.

Em nota oficial, o diretório nacional do PSDB rebateu as afirmações dos delatores. "Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las."

O texto prossegue questionando as motivações de tais declarações: "Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época."

A partir das menções feitas a Aécio Neves e a Sérgio Guerra, deputados do PT e da oposição travaram uma espécie de "batalha" ao longo da acareação. Em diversos momentos, quando deputados oposicionistas faziam perguntas sobre líderes do PT, deputados governistas gritavam o nome de Aécio. 

Youssef disse ainda que chegou a enviar recursos oriundos de propina a Belo Horizonte, mas negou que fossem direcionados ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

"Com referência ao Anastasia, eu mandei, sim, dinheiro para Belo Horizonte, mas não fui que fui entregar. Então, a mim não foi dito que era para o Anastasia. Mas quem foi lá entregar foi o Jayme [Alves de Oliveira Filho], então só ele pode dizer a quem ele entregou. Eu posso dizer que recebi um endereço, um nome, e mandei entregar. Esse nome que eu recebi, me lembro muito bem, não era o Anastasia. Tinha outro nome e tinha outro endereço", afirmou.

Em março deste ano, Aécio negou participação no esquema de Furnas. "A chamada lista de Furnas - relação que contém nomes de mais de 150 políticos brasileiros de diferentes partidos - é uma das mais conhecidas fraudes políticas do País e já foi reconhecida como falsa em 2006 pela CPMI dos Correios", disse o tucano em nota. Segundo a nota, a "lista de Furnas" surgiu em 2005 como "tentativa de dividir atenção da opinião pública" em meio à revelação do mensalão.

Em relação ao PT, Youssef disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinham conhecimento do esquema de desvios de recursos públicos da Petrobras investigado pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal). Ambos negam.

Leia a seguir a íntegra da nota oficial do PSDB sobre os depoimentos dos delatores:

"Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.

Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época.

Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: "Nunca teve contato com Aécio Neves" (página 18) e que "questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não" (página 20).

Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.

Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT."

Alberto Youssef confirma na CPI da Petrobras que Aécio Neves recebia “recursos” de Furnas


Por Dag Vulpi

Muitos dos manifestantes e paneleiros que ocuparam as ruas Brasil afora no último dia 16, declaradamente eleitores do candidato derrotado democraticamente nas urnas, Aécio neves, mas que ainda não aceitam a derrota como resultado, tornam exposta a hipocrisia nacional da seletividade ao execrarem acertadamente políticos da base aliada envolvidos em corrupção, mas que, por outra lado, pecam ao defenderem políticos igualmente corruptos, porém, com o “diferencial” de serem da oposição.

Não fazem nem seis meses que foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o vídeo [assista abaixo] em que o doleiro Alberto Youssef afirma ter ouvido do ex-deputado federal José Janene e do presidente da empresa Bauruense, Airton Daré, que o tucano Aécio Neves dividiria uma diretoria de Furnas com o PP e que uma irmã dele faria a suposta “arrecadação de recursos”.

No depoimento, prestado para o grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República Curitiba (PR), Youssef afirmou ter auxiliado Janene e transportado para ele, algumas vezes, propinas pagas pela empresa Bauruense por contratos em Furnas. A propina teria sido paga, segundo o doleiro, entre 1996 e 2002 – durante o governo Fernando Henrique Cardoso – do PSDB.

Janene arrecadava entre US$ 100 mil e US$ 120 mil mensais, com pagamentos em espécie, em dólares ou reais. O doleiro disse ter ouvido o então deputado Janene, do PP, afirmar que a diretoria de Furnas seria dividida com o PSDB, mais especificamente com Aécio Neves.

“Ele conversando com outro colega de partido, então naturalmente saía essa questão que na verdade o PP não tinha a diretoria só, e sim dividia com o PSDB, no caso a cargo do então deputado Aécio Neves“, declarou Youssef. O doleiro afirmou ter ouvido algumas vezes que caberia a uma irmã de Aécio fazer a arrecadação de recursos na Bauruense.

A procuradoria estranhamente decidiu não levar adiante as investigações sobre o tucano – que agora apoia marchas contra a corrupção no Brasil, e pela derrubada de Dilma.

Mas para que não pairem dúvidas entre os seletivos, e que ao menos torne rubra a face dessa sociedade hipócrita, nessa terça, 25/08, o doleiro Alberto Youssef, confirmou durante seu depoimento (vídeo abaixo) para a CPI da Petrobras no Congresso Nacional durante sabatina feita pelos integrantes da Comissão parlamentar de Inquérito, que mantinha sua afirmativa de que o senador tucano Aécio Neves, arrecadava recursos, ou seja, recebia propinas no esquema de Furnas.

Confira abaixo os dois vídeos:

O primeiro é o do depoimento prestado para o grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República;

E o segundo é o feito para a CPI da Petrobras no Congresso Nacional.




terça-feira, 25 de agosto de 2015

Noticias que foram destaque nesta terça 25/08


IBOVESPA sobe forte após estímulos na China

Um dia depois do crash chinês e queda brusca nas bolsas internacionais, Ibovespa opera em alta nesta terça-feira 25 seguindo a disparada global depois que a China deu os tão esperados estímulos à economia como o corte na taxa de compulsório e na taxa de empréstimos; às 12h17 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 2,39%, a 45.395 pontos; Petrobras registrava alta de 5%
Petistas querem punição por página que pede morte a Dilma no Facebook

Conteúdo revoltou parlamentares do PT, que cobram investigação pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal por crime de ódio contra a presidente; deputada Maria do Rosário (PT-RS) defende que responsáveis sejam processados e que a página seja tirada imediatamente do ar; deputada Érika Kokay (PT-DF) lembra que os ataques à presidente Dilma não se limitam ao viés ideológico político, mas são de ódio sexista
Dilma: 2016 continuará com dificuldades, mas "não imensas como muitos pintam"

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (25) que o Brasil atravessa uma situação econômica que “requer cuidados” e reconheceu que, apesar das ações do governo, a crise não será resolvida no curto prazo. Segundo Dilma, 2016 ainda será um ano de dificuldades.

“Eu espero uma situação melhor. Mas não tenho como garantir que a situação em 2016 vai ser maravilhosa, não vai ser, muito provavelmente não será. Agora também não será a dificuldade imensa que muitos pintam. Vamos continuar tendo dificuldades, até porque não sabemos a repercussão de tudo o que está acontecendo na economia internacional”, disse a presidenta em entrevista a rádios do interior de São Paulo, antes de embarcar para Catanduva, onde entrega unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida.
Temer diz que continua na articulação política, mas "de outra maneira"

O vice-presidente Michel Temer disse hoje (25) que continua na articulação política do governo, mas com outra forma de atuação. Segundo ele, a conclusão das votações das medidas do ajuste fiscal no Congresso Nacional motivou a mudança no perfil de sua atividade, que começa agora uma segunda fase.

“Passamos essa primeira fase do ajuste fiscal, o governo teve as vitórias necessárias e agora estamos numa segunda fase da coordenação política, fase na qual me encontro, que é exatamente aquela na qual vamos continuar trabalhando na relação com o Congresso Nacional, na relação com o Judiciário, na relação com os estados. Na verdade, vamos continuar trabalhando pela boa ordenação econômica, social e política do nosso país. Continuo nesta articulação, formatada desta outra maneira”, explicou.
Banco central chinês volta a cortar juros para incentivar economia.

Enquanto lá se corta os juros por aqui os eleva a alturas estratosféricas.
Qual a justificativa para a prescrição de remédios distintos para tentar a cura de um mesmo mal?

O Banco Popular da China – o banco central chinês – anunciou hoje (25) nova baixa das taxas de juros, pela quinta vez desde novembro de 2014. Com a redução, a instituição diminui a proporção das reservas obrigatórias dos bancos, num aparente esforço para conter a queda das bolsas locais.
A partir de amanhã (26), a taxa de empréstimos e a taxa de depósitos, para o período de um ano, vão diminuir em 25 pontos. Com isso, o rendimento de empréstimos pessoais cairá para 4,60% e os ganhos com certificados de depósitos bancários diminuirão para 1,75%.

As medidas visam, por meio do desestímulo às aplicações financeiras, a incentivar que os recursos em poder de investidores sejam destinados ao comércio e à produção industrial e agrícola.

Crash prossegue na China. Levy vê Brasil preparado

Um dia depois de afundar 8,5%, o índice Hang Seng, da bolsa de valores chinesa, caiu mais 7,6%; estouro da bolha asiática pressiona preços de produtos exportados pelo Brasil, como o minério de ferro, e também do petróleo, atingindo empresas como Vale e Petrobras; no governo federal, avalia-se que a recessão prevista para este ano poderá se aprofundar, mas o ministro Joaquim Levy diz que o Brasil, com reservas de mais de US$ 350 bilhões, está pronto para enfrentar as turbulências; ontem, em entrevista coletiva, a presidente Dilma Rousseff disse que errou ao subestimar a crise internacional, assim como seus impactos no Brasil.
Dilma defende parceria com estados para enfrentar problemas na economia

A presidenta Dilma Rousseff pediu hoje (25), em São Paulo, que os governos estaduais ajam em parceria com a União para ajudar o país a superar o momento de dificuldade econômica. Dilma participou da entrega de 1.237 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida em Catanduva e acompanhou, por teleconferência, a entrega de casas nos municípios de Araras, Araraquara e Mauá.

Ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de prefeitos da região e ministros, Dilma listou uma série de ações e investimentos do governo federal no estado, como obras em rodovias e de saneamento, construção de escolas federais, interligação de represas para garantir o abastecimento de água e envio de profissionais do Programa Mais Médicos. “O estado que mais recebeu médicos do programa, porque não tinha médico suficiente, foi o estado de São Paulo. O programa veio resolver um problema grave, gravíssimo, no atendimento da atenção básica."

Youssef nega ter repassado dinheiro ao ex-ministro Palocci


Depois de se recusar a responder às primeiras perguntas de integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef quebrou o silêncio e negou, mais uma vez, que tenha repassado R$ 2 milhões ao ex-ministro Antonio Palocci, que seriam destinados à campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2010. Palocci era coordenador da campanha.

“Vou quebrar o silêncio neste assunto. Com respeito ao Palocci, eu confirmo minhas declarações feitas anteriormente. Eu não conheço o Palocci, não conheço o assessor dele. Ninguém me fez pedido para que pudesse arrebanhar recurso para a campanha”, garantiu.

Munido de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal, que lhe garante o direito de não responder às perguntas, o doleiro antecipou, em tom de mistério, que novos fatos prometem ratificar sua versão. “Existe uma investigação neste assunto do Palloci, que logo vai esclarecer o assunto. Um novo réu colaborador está falando. Eu não fiz esse repasse e essa colaboração”, afirmou.

Youssef está frente a frente com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em uma acareação promovida pela comissão. Os dois fecharam acordo de delação premiada com a Justiça para contribuir com as investigações da Operação Lava Jato.

A operação da Polícia Federal apura denúncias de irregularidades na Petrobras, e os dois réus foram convocados para falar, no mesmo momento, para que esclareçam divergências nos depoimentos prestados até agora.
Costa foi o autor da denúncia contra Youssef envolvendo o ex-ministro da Fazenda Antonio Palloci. Assim como o doleiro, ele manteve sua versão da história durante os questionamentos dos parlamentares. “Ratifico aqui meus 126 depoimentos”, resumiu.

O ex-diretor da estatal explicou, no início de suas declarações, que “entre CPMI [comissão parlamentar mista de inquérito] e CPI, esta é a quinta vez que estou aqui respondendo a perguntas. Prestei 126 depoimentos, e todos são de domínio público. Estou aqui para esclarecer algumas dúvidas. Vossas Excelências conhecem todos os meus depoimentos”, concluiu.


Costa foi condenado a mais de 7 anos de prisão por participar de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele cumpre a pena em regime domiciliar. O doleiro está preso em Curitiba, condenado a nove anos e dois meses por lavagem de dinheiro. 

Dilma defende parceria com estados para enfrentar problemas na economia


A presidenta Dilma Rousseff pediu hoje (25), em São Paulo, que os governos estaduais ajam em parceria com a União para ajudar o país a superar o momento de dificuldade econômica. Dilma participou da entrega de 1.237 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida em Catanduva e acompanhou, por teleconferência, a entrega de casas nos municípios de Araras, Araraquara e Mauá.

Ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de prefeitos da região e ministros, Dilma listou uma série de ações e investimentos do governo federal no estado, como obras em rodovias e de saneamento, construção de escolas federais, interligação de represas para garantir o abastecimento de água e envio de profissionais do Programa Mais Médicos. “O estado que mais recebeu médicos do programa, porque não tinha médico suficiente, foi o estado de São Paulo. O programa veio resolver um problema grave, gravíssimo, no atendimento da atenção básica."

Segundo Dilma, a parceria com estados e municípios vai continuar e não depende da relação dos partidos dos gestores com o governo federal. São Paulo é administrado há mais de 20 anos pelo PSDB. “Tenho certeza de que essa parceria com estados e prefeituras vai continuar e está baseada em uma visão democrática e republicana da coisa pública. Podemos divergir, mas temos que agir juntos no que se refere à administração para proteger os interesses da população. Quando agimos juntos somos capazes de realizar mais e melhor.”

No discurso de cerca de meia hora, a presidenta disse que o Brasil vai superar as dificuldades na economia e voltou a criticar os que, segundo ela, torcem pelo pior. “Vamos superar este momento de dificuldade, todos nós, que somos brasileiros e brasileiras, sabemos que temos capacidade de superar desafios, de apresentar e de construir caminhos e de chegar a resultados. Quanto mais rápido fizermos isso, mais rápida será a superação das nossas dificuldades. Temos que enfrentar os problemas de frente, jamais aceitar que se torça para o pior, porque quando acontece o pior, quem paga é a população do país.”
Segundo Dilma, os problemas enfrentados pela economia brasileira também afetam outros países. “São dificuldades pelas quais todos os países do mundo estão passando, uns mais, outros menos. A segunda maior economia do mundo, a economia chinesa, ontem [24] teve um momento de muita dificuldade, e nós torcemos para que essas dificuldades econômicas e financeiras sejam superadas.”

Mais cedo, em entrevista a rádios do interior de São Paulo, Dilma disse que o Brasil atravessa uma situação econômica que “requer cuidados” e reconheceu que, apesar das ações do governo, a crise não será resolvida em curto prazo.  “A situação em 2016 não será maravilhosa”para a economia, afirmou a presidenta.

Segundo Dilma, a parceria com estados e municípios vai continuar e não depende da relação dos partidos dos gestores com o governo federal. São Paulo é administrado há mais de 20 anos pelo PSDB. “Tenho certeza de que essa parceria com estados e prefeituras vai continuar e está baseada em uma visão democrática e republicana da coisa pública. Podemos divergir, mas temos que agir juntos no que se refere à administração para proteger os interesses da população. Quando agimos juntos somos capazes de realizar mais e melhor.”


Da EBC

Ibovespa sobe forte após estímulos na China


Um dia depois do crash chinês e queda brusca nas bolsas internacionais, Ibovespa opera em alta nesta terça-feira 25 seguindo a disparada global depois que a China deu os tão esperados estímulos à economia como o corte na taxa de compulsório e na taxa de empréstimos; às 12h17 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 2,39%, a 45.395 pontos; Petrobras registrava alta de 5%

Por Ricardo Bomfim


SÃO PAULO - O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (25) seguindo a disparada das bolsas internacionais depois que a China deu os tão esperados estímulos à economia como o corte na taxa de compulsório e na taxa de empréstimos. As boas indicações do governo chinês fazem os índices norte-americanos Dow Jones e S&P 500 subirem 2,47% a 16.264 pontos e 2,63% a 1.943 pontos respectivamente, além de impulsionar commodities como o petróleo, com o barril do Brent registrando alta de 3,09% a US$ 44,01.

Às 12h17 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 2,39%, a 45.395 pontos. Já o dólar comercial recua 0,50% a R$ 3,5346 na venda, ao mesmo tempo em que o dólar futuro para setembro registra perdas de 0,37% a R$ 3,547. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 recua 14 pontos-base a 13,95% ao passo que o DI para janeiro de 2021 cai 9 pbs a 13,81%. Ontem o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que a inflação terá forte queda.

No cenário doméstico o Senado começa a votar hoje as medidas da chamada agenda Brasil, testando trégua  política após entendimento entre o presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB-AL) e o governo. Enquanto isso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) avalia ação contra Dilma, que admite erros após União anunciar corte de ministérios.

Indicadores O Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 6,163 bilhões em julho, informou o Banco Central nesta terça-feira, acumulando em 12 meses um saldo negativo equivalente a 4,34% do Produto Interno Bruto (PIB).  O resultado no mês veio melhor ao estimado por economistas consultados pela Reuters, que esperavam saldo negativo em julho de US$ 6,7 bilhões.

Já os Investimentos Diretos no País (IDP) - antiga denominação para Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) - alcançaram 5,994 US$ bilhões em julho, contra expectativa de 6 bilhões de dólares em pesquisa Reuters.

Também foi divulgada às 9h desta terça a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio) Contínua, que mostrou um aumento da taxa de desemprego a 8,3% no segundo trimestre de 2015, ante 7,9% no primeiro trimestre deste ano. O número foi o maior da série histórica iniciada em 2012.

Destaques de ações Depois de caírem forte ontem, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 9,10, +4,60%; PETR4, R$ 8,08, +4,12%) disparam mais de 3% nesta terça. Após a forte queda de 6% ontem em meio ao cenário de pânico das bolsas mundiais com a China, a Petrobras voltou a registrar ganhos, também de olho nas novas medidas chinesas. Hoje, o dia é de recuperação para os mercados: o preço do barril de petróleo brent sobe 2,88%, a US$ 43,92, enquanto o WTI tem ganhos de 2,80, a US$ 39,31, o que impulsiona também as ações da estatal.

Petrobras sobe 5%, elétrica dispara 8% e 2 small caps saltam 20%

Após a derrocada de ontem em meio à falta de estímulos na China, fazendo com que a Bovespa voltasse aos níveis de 2009, hoje o dia é de forte alta para o benchmark da bolsa brasileira com o anúncio de novas medidas pelo gigante asiático. Papéis das empresas ligadas a commodities são as mais beneficiadas.

Com a euforia dos mercados por conta das medidas de estímulo chinês, apenas 2 ações do Ibovespa tem queda nesta manhã. Confira abaixo os principais destaques da Bolsa, segundo cotação das 12h24 (horário de Brasília):

Petrobras (PETR3, R$ 9,01, +3,56%; PETR4, R$ 8,02, +3,35%) Após a forte queda de 6% ontem em meio ao cenário de pânico das bolsas mundiais com a China, a Petrobras repica hoje e aparece entre as maiores altas do Ibovespa. Apesar do forte movimento positivo, a alta é mais amena do que na abertura, quando os papeís chegaram a subir 6%.

Hoje, o dia é de recuperação para os mercados: o preço do barril de petróleo brent sobe 2,88%, a US$ 43,92, enquanto o WTI tem ganhos de 2,80, a US$ 39,31, o que impulsiona também as ações da estatal.

Vale (VALE3, R$ 15,99, +3,83%, VALE5, R$ 12,70, +2,58%) e siderúrgicas Além da Petrobras, as ações da Vale reagem positivamente hoje depois de despencarem na véspera. Com as medidas adotadas pelo BC chinês, os ativos chegaram a subir mais de 5% nesta manhã. Acompanham o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 8,16, +2,26%), holding que detém participação na mineradora.

No mesmo caminho da Vale, as ações das siderúrgicas também têm alta hoje: Gerdau (GGBR4, R$ 4,77, +0,90%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,61, +1,16%), CSN (CSNA3, R$ 2,92, +3,18%) e Usiminas (USIM5, R$ 2,83, +2,91%).

No mercado de commodities, o minério de ferro cotado no porto de Qingdao, na China, encerrou a sessão com leve alta de 0,32%, a US$ 53,45 a tonelada - lembrando que quando o governo chinês anunciou as medidas a sessão já havia sido encerrada.

Hoje, o BTG Pactual divulgou um relatório comentando sobre o setor de siderúrgica, mineração e papel e celulose. Para o banco, Suzano, Fibria e Gerdau parecem mais interessantes agora, embora Gerdau sofra ainda com o cenário macroeconômico desafiador. Já em relação à Vale, os analistas comentam que o risco/retorno ainda não parece dos melhores (podendo surgir mais para frente um melhor ponto de entrada), mas lembraram que o corte de juros e compulsório na China deverão impulsionar os papéis do setor.

Além disso, sobre a Gerdau, a Standard and Poor's reafirmou os ratings 'BBB-' e 'brAAA' da siderúrgica em escala global e nacional. A perspectiva segue estável. Em comunicado, a S&P's afirmou que a reafirmação reflete a diversificação geográfica da siderúrgica, operação eficiente e amplo escopo de produtos e mercados finais da Gerdau, que resultaram em margens e fluxo de caixa resilientes, mesmo com uma demanda mais fraca por aço no Brasil.
Bancos Os papéis dos bancos sobem e ajudam a impulsionar o benchmark nesta sessão. O Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 26,67, +3,05%), Bradesco (BBDC3, R$ 25,34, +3,47%; BBDC4, R$ 23,47, +2,62%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 18,25, +1,78%) e Santander (SANB11, R$ 14,16, +1,14%) sobem forte depois de derrocada da véspera.

Gol (GOLL4, R$ 4,12, +3,78%) As ações da Gol tem alta hoje, acompanhando o dia de repique do mercado, depois de ter renovado na véspera mínima histórica. Na segunda-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da empresa na escala global e nacional, com perspectiva estável, citando enfraquecimento dos fundamentos da companhia por conta da deterioração macroeconômica.

Somente em agosto, as ações da Gol já caíram 30%, enquanto no ano desabam 71,9%. Por conta da forte queda, operadores do mercado já comentavam que a notícia da S&P não deveria fazer preço nas ações da companhia aérea.

Light (LIGT3, R$ 11,83%, +8,14%) A Light vê suas ações dispararem hoje após ter recomendação elevada pelo JPMorgan, de neutra para overweight (desempenho acima da média). A revisão veio após a companhia anunciar um plano de investir R$ 3,5 bilhões entre 2015 e 2018, representando um corte de 22%, ou R$ 1 bilhão, frente ao plano anterior, de R$ 4,5 bilhões entre 2014 e 2017. A expectativa da companhia é investir, anualmente, em média, R$ 865 milhões, patamar abaixo dos R$ 1,054 bilhão no ano passado.

Por outro lado, o Credit Suisse se manteve neutro no papel, apontando que ontem, no Investor Day da empresa, não foi apresentado nenhuma notícia muito relevante para os investidores ficarem mais animados com a perspectiva da empresa. Apesar da queda de 36% no ano, os analistas preferem se manter neutros, já que a alta a alta alavancagem, falta de geração de caixa e potencial revisao de lucro para baixo devem manter as ações sob pressão.

Lupatech (LUPA3, R$ 4,00, +21,21%) A fornecedora de equipamentos e serviços para o setor de óleo e gás Lupatech informou ter apresentado na segunda-feira seu plano de recuperação judicial, que estabelece termos e condições para a restruturação de suas dívidas e de suas subsidiárias e prevê a venda de ativos considerados não essenciais.

A companhia apresentou pedido de recuperação judicial no fim de maio, em conjunto com outras empresas do grupo e em caráter de urgência, uma vez que vem sendo afetada pelos menores preços do barril do petróleo e pelas turbulências envolvendo a Petrobras, sua principal cliente. O processo tramita perante a 1ª Vara de Falências, Recuperações Judiciais e Conflitos Relacionadas à Arbitragem da Comarca de São Paulo.


Triunfo (TPIS3, R$ 5,45, +18,48%)  As ações da Triunfo chegaram a disparar 30% nesta sessão, após a companhia informar hoje cedo que seu conselho de administração aprovou vender fatia de três controladas do segmento de energia Rio Verde Energia para a China Three Gorges Brasil Energia. O valor a ser pago pela CTG Brasil para a totalidade das três controladas é de R$ 970 milhões no fechamento.

Temer diz que continua na articulação política, mas "de outra maneira"


Yara Aquino da Agência Brasil
O vice-presidente Michel Temer disse hoje (25) que continua na articulação política do governo, mas com outra forma de atuação. Segundo ele, a conclusão das votações das medidas do ajuste fiscal no Congresso Nacional motivou a mudança no perfil de sua atividade, que começa agora uma segunda fase.

“Passamos essa primeira fase do ajuste fiscal, o governo teve as vitórias necessárias e agora estamos numa segunda fase da coordenação política, fase na qual me encontro, que é exatamente aquela na qual vamos continuar trabalhando na relação com o Congresso Nacional, na relação com o Judiciário, na relação com os estados. Na verdade, vamos continuar trabalhando pela boa ordenação econômica, social e política do nosso país. Continuo nesta articulação, formatada desta outra maneira”, explicou.

A decisão do vice-presidente de deixar o dia a dia da articulação foi anunciada ontem (24), mas Temer ainda não havia se pronunciado sobre as mudanças em sua atuação no governo. Ele destacou que, além da aprovação das medidas do ajuste, outras demandas da articulação política já estão encaminhadas e serão concluídas pela equipe da Secretaria de Relações Institucionais.

“Aquela chamada entrega de cargos, emendas orçamentárias, praticamente já solucionada, nesta parte não vou entrar mais. Haverá alguns na Secretaria de Relações Institucionais que continuarão cuidando desse assunto, mas não eu”, explicou. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha – auxiliar de Temer na articulação – vai continuar nessas funções pelo menos até o dia 1° de setembro. Depois disso, o ministro deve passar a se dedicar exclusivamente à sua pasta.

Segundo Temer, a presidenta Dilma Rousseff pediu que ele ficasse na articulação. Os dois se reuniram ontem, após a reunião de coordenação política, para tratar das mudanças nas atribuições do vice-presidente. “Ela fez um pedido, naturalmente enalteceu, gentilmente, minha colaboração nessa primeira fase, mas concordou plenamente que estamos numa segunda fase e portanto devo exercitar uma outra espécie de atividade, ainda na coordenação política. Não há embaraço nenhum para ela.”

Temer reconheceu que houve pressões de seu partido, o PMDB, para que ele deixasse de vez a articulação política do governo. “No PMDB, tem alguns que querem que eu deixe a articulação e outros tantos que querem que continue, mas eu entendi que não posso, tendo responsabilidade com o país, não posso deixá-la de uma vez.”

Perguntado sobre especulações de que sua saída da articulação política do governo abriria caminho para um pedido de impeachment da presidenta Dilma, Temer disse que “não há qualquer hipótese” de afastamento da presidenta. “É falso, absolutamente falso. Tenho sempre dito e repetido ao longo do tempo que qualquer hipótese de impeachment é impensável. Tenho dito isso frequentemente.”


O vice-presidente assumiu as funções da Secretaria de Relações Institucionais em abril, diante do agravamento da crise entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, com derrotas do governo em votações importantes. Nesse período, Temer foi responsável pela articulação para aprovar as medidas do ajuste fiscal na Câmara e no Senado.

Crash prossegue na China. Levy vê Brasil preparado


O crash do mercado de ações na China, que ontem desencadeou uma onde de pânico global (leia mais aqui), prosseguiu nesta terça-feira. O índice Hang Seng, que mede o comportamento das ações chinesas, caiu 7,63%, depois de ter afundado 8,5% na véspera. No Japão, o tombo do índice Nikkei foi de 3,93%.

Tais quedas prenunciam mais um dia de fortes perdas para os investidores na BM&FBovespa. Isso porque o estouro da bolha chinesa atinge fortemente os preços das commodities exportadas pelo Brasil, como o minério de ferro, o que afeta a Vale, e também o petróleo, o que atinge a Petrobras. Ontem, não por acaso, Vale e Petrobras estiveram entre as ações mais penalizadas no Brasil.

Ontem, em entrevista, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou rumores de sua saída do cargo e disse que o Brasil, com mais de US$ 350 bilhões em reservas internacionais, está preparado para enfrentar choques externos. “A gente está preparado e sabe que pode haver essa volatilidade, mas a gente não deve confundir a volatilidade com um problema permanente da nossa economia. Estamos ajustando a economia para uma nova realidade”, afirmou.

Também em entrevista coletiva, a presidente Dilma Rousseff afirmou que um dos seus erros foi não dimensionar o tamanho da crise externa, assim como suas repercussões no Brasil. “Vocês sempre me perguntam: em que você errou? Eu fico pensando. Em ter demorado tanto para perceber que a situação podia ser mais grave do que imaginávamos. E, portanto, talvez nós tivéssemos de ter começado a fazer uma inflexão antes”, disse. “Talvez porque não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. A gente vê pelos dados. Nós levamos muito susto. Nós não imaginávamos. Primeiro que teria uma queda da arrecadação tão profunda. Ninguém imaginava”.

XANGAI (Reuters) – As ações chinesas desabaram novamente nesta terça-feira, apesar da recuperação de outros mercados asiáticos, com investidores desesperados com a falta de medidas de Pequim em reação a dados recentes sugerindo que a desaceleração da segunda maior economia do mundo está se aprofundando.

Os dois principais índices acionários chineses despencaram mais de 7 por cento nesta terça-feira, atingindo o menor patamar desde dezembro, após o tombo de mais de 8 por cento na segunda-feira, que reverberou ao longo dos mercados financeiros globais.

A China, um dos mais importantes motores da economia global, superou a Grécia no topo da lista de preocupações que acometem investidores globais, que temem que a economia esteja crescendo em ritmo muito mais lento do que a meta oficial de 7 por cento para 2015.

Mas, ao contrário de julho, quando Pequim injetou bilhões de dólares no mercado em uma operação de resgate sem precedentes, autoridades têm amplamente dado de ombros durante a última rodada de turbulência, que começou na semana passada.

“Investidores globais estão canibalizando uns aos outros. Chamar isso de um desastre no mercado não é exagerado”, disse o analista Zhou Lin, da Huatai Securities. “O pânico está dominando o mercado… E não vejo sinais de intervenção significativa do governo”.

O índice CSI300 das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen caiu 7,1 por cento para 3.042 pontos, enquanto o índice de Xangai fechou com perda de 7,6 por cento a 2.965 pontos.

Destacando o pânico que envolve investidores de varejo, que dominam as bolsas da China, os contratos futuros do índice caíram pelo limite diário de 10 por cento pelo segundo dia seguido, apontando dias mais sombrios à frente.
(Por Samuel Shen e Pete Sweeney)

Banco Central chinês corta juros
PEQUIM (Reuters) – O banco central da China reduziu as taxas de juros e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses nesta terça-feira, em um movimento de apoio à economia cambaleante e ao mercado acionário, cuja forte queda reverberou ao redor do mundo.

O Banco do Povo da China anunciou em seu site na Internet que reduziu a taxa de empréstimo de 1 ano em 0,25 ponto percentual, para 4,6 por cento. Segundo a autoridade monetária, o corte entra em vigor a partir de 26 de agosto. Além disso, cortou a taxa de depósito de um ano em 0,25 ponto percentual.

Ao mesmo tempo, o banco central também reduziu a taxa de compulsório em 0,5 ponto percentual, para 18,0 por cento, para a maioria dos grandes bancos, sendo que a mudança terá efeito a partir de 6 de setembro.

A medida vem depois de os índices acionários da China despencarem mais de 7 por cento, atingindo os menores patamares desde dezembro, na sequência da forte queda de mais de 8 por cento na segunda-feira.

O banco central chinês chocou os mercados mundiais ao desvalorizar o iuan CNY=CFXS em quase 2 por cento em 11 de agosto. O Banco do Povo da China havia classificado a medida de uma reforma de livre mercado, mas alguns a viram como o início de uma depreciação do iuan de longo prazo para impulsionar as exportações.


Fonte: Brasil 247

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