Simone
conta que estava na biblioteca quando ouviu o primeiro tiro.
Leia
também:
"Eu fiquei com medo de
ele entrar nas salas onde tinham outros alunos. Então eu tinha que
impedi-lo", afirmou Simone Maulaz Elteto, coordenadora do Colégio Goyases,
em Goiânia, onde um adolescente de 14 anos matou dois colegas de sala e feriu
outros quatro na última sexta-feira (20).
No
relato, feito ao "Fantástico", da TV Globo, ela conta que estava na
biblioteca quando ouviu o primeiro tiro. Ao seguir para a sala do 8ª ano, onde
estudavam o atirador e as vítimas, viu crianças correndo e gritando.
"Quando entrei, vi os alunos caídos, feridos e muito sangue. E ele estava
com a arma em punho", afirmou.
"Tinha
só ele, eu e os alunos feridos, então eu me aproximei dele, não tive medo,
coloquei a mão no ombro dele e falei: 'o que que houve?', 'está tudo bem?'. Ele
estava um pouco alterado".
A
coordenadora afirma que pediu calma ao jovem que estava armado com uma pistola
.40 de sua mãe, que é policial militar. Inicialmente, ele se recusou a entregar
a arma e pediu que o pai fosse chamado, enquanto isso, o garoto seguiu para
fora da sala, com a coordenadora ao seu lado.
"Ele
continuou caminhando e eu tentando me posicionar, sem movimento bruscos, na
frente dele. Nesse momento, ele estava com a mão assim e a arma ficou apontada
pro meu abdômen. A mão direita eu pus no ombro dele e a mão esquerda eu fui
empurrando devagar a arma pro rumo da parede".
Coordenadora
e aluno foram até a biblioteca, onde permaneceram até a chegada da polícia.
"Eu saí correndo da biblioteca e gritei pros policiais que eu precisava de
ajuda. Me encaminhei até a sala do 8º anos, onde tinham os alunos que eu tinha
visto feridos, até então eu achei que estavam só feridos", afirmou ela.
Elteto
afirmou ainda que nunca percebeu ou recebeu queixas em relação à bullying que o
atirador estaria sofrendo dentro da sala de aula. O próprio menino falou à
polícia que era vítima de gozações de colegas. Outros estudantes disseram que
ele era chamado de "fedorento" por não usar desodorante.
A
mãe de João Pedro Calembo, 13, um dos jovens que morreu no ataque, já tinha
rebatido a teoria de bullying nas redes sociais. "Não julgue o nosso
filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido. Nós e a escola sabemos
que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação
dos nossos três filhos", disse.
Com informações da Folhapress.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi