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quinta-feira, 9 de maio de 2024

Extremistas de direita propagam desinformação sobre tragédias no Rio Grande do Sul


Dag Vulpi - 09 de maio de 2024

Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta uma série de tragédias naturais, como enchentes e deslizamentos, extremistas de direita, ligados ao bolsonarismo, têm utilizado as redes sociais para disseminar informações falsas e distorcidas, gerando ainda mais caos e desinformação.

Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta uma série de tragédias naturais, como enchentes e deslizamentos, extremistas de direita, ligados ao bolsonarismo, têm utilizado as redes sociais para disseminar informações falsas e distorcidas, gerando ainda mais caos e desinformação.

Em meio à devastação causada pelas fortes chuvas que atingem o estado, boatos sobre supostas ações do governo estadual e federal têm se espalhado rapidamente, com o intuito de desacreditar as autoridades e semear o caos. Mensagens que atribuem a responsabilidade das tragédias a ações do governo ou que minimizam a gravidade da situação têm se multiplicado, alimentando uma atmosfera de desconfiança e instabilidade.

Segundo especialistas em desinformação, a estratégia dos extremistas de direita é criar um cenário de caos e confusão, buscando enfraquecer ainda mais as instituições e semear discórdia na população. A disseminação de fake news sobre as tragédias no Rio Grande do Sul representa não apenas uma irresponsabilidade, mas também um perigo real para a segurança e o bem-estar da população, que precisa de informações precisas e confiáveis para enfrentar momentos tão difíceis.

Diante desse cenário, autoridades e especialistas alertam para a importância de se verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, além de denunciar conteúdos falsos e contribuir para a disseminação de informações corretas e úteis para a população afetada pelas tragédias no estado.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Brasil enfrenta o desafio urgente de combater a desinformação e o discurso de ódio


Dag Vulpi 02 de maio de 2023

O aumento da polarização política e da disseminação de informações falsas exige das autoridades brasileiras um maior empenho no combate à desinformação e ao discurso de ódio, visando preservar a integridade do debate público e conter a escalada da violência política.

O Brasil enfrenta um desafio crescente no que diz respeito à disseminação de desinformação e ao avanço do discurso de ódio, especialmente em um cenário político marcado pela polarização. Com o aumento da presença digital e a popularização das redes sociais, a propagação de informações falsas e a disseminação de discursos de intolerância têm se tornado cada vez mais preocupantes.

Diante desse cenário, o país precisa responder com medidas que intensifiquem os esforços para combater a desinformação e promover um ambiente político mais saudável e democrático. Iniciativas como as do Projeto de Lei 2854/20 que institui medidas contra o financiamento da disseminação de conteúdo de ódio e preconceito pela internet devem ser implementadas em diferentes frentes, desde a educação midiática nas escolas até parcerias entre o governo, empresas de tecnologia e sociedade civil para identificar e combater a propagação de fake news.

A regulamentação de leis mais severas para a criminalização de discursos que incitem o ódio e a violência, bem como práticas que ameacem a integridade do debate público e a segurança dos cidadãos, é uma medida essencial que as autoridades precisam adotar para combater a violência política.

O desafio é grande, e a luta contra a desinformação e o discurso de ódio requer o envolvimento de toda a sociedade. A promoção da educação midiática, o fortalecimento das instituições democráticas e o estímulo ao debate saudável são fundamentais para garantir a preservação da democracia e o respeito aos direitos humanos no Brasil.

sexta-feira, 22 de março de 2024

O Grande Desafio da Conscientizão é Enfrentar a Ignorância e as Fake News


Dag Vulpi, 22 de março de 2024.

A empreitada pela conscientização enfrenta uma batalha quase impossível. Comprometida principalmente por séculos de educação deficiente e, sobretudo, pela ascensão do poder da ignorância, que se fortaleceu através da disseminação de notícias falsas, alimentando essa massa desinformada.

Na perspectiva contemporânea, a batalha pela conscientização emerge como um campo de luta árduo e complexo. Enquanto os esforços para educar e informar se intensificam, encontram-se diante de desafios sinistros, cravados na história e no tecido social.

Séculos de uma educação deficiente têm deixado marcas profundas, minando a capacidade da sociedade de discernir entre o que é verdadeiro e o que é manipulado. Essa deficiência educacional tem sido alicerçada, ainda mais, pela proliferação de notícias falsas, que encontram terreno fértil em uma população carente de habilidades críticas.

A ascensão do poder da ignorância, portanto, não é uma mera coincidência, mas sim o resultado de um sistema que negligenciou a educação como uma prioridade. A disseminação deliberada de desinformação, sistemática, com motivações políticas ou econômicas, tem minado os esforços para promover uma sociedade mais esclarecida e justa.

Nesse cenário desafiador, a tarefa de conscientização se torna quase impossível. É necessário um esforço conjunto e coordenado, que abranja não apenas instituições educacionais, mas também meios de comunicação, governos e a sociedade civil como um todo. Somente através de uma abordagem holística e comprometida será possível superar os obstáculos e cultivar uma cultura de pensamento crítico e informação responsável.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Consciência Política: Espalhar boatos ou notícias falsas é crime

"É bom tomar mais cuidado com aquela foto estranha que você repassa no WhatsApp, ou com aquele vídeo falso que você pública no Face. Ou com aquele meme engraçadinho que você posta no Twitter. E isso tanto para se proteger quanto para respeitar os outros, quanto para valorizar e fortalecer nossa democracia – e não o contrário."

Dag Vulpi - 06 de Março de 2024

Neste cenário digital atual, tanto a informação quanto a desinformação fluem rapidamente. É fácil, inadvertidamente ou não, contribuir para a propagação de desinformação nas redes sociais. A conscientização sobre as consequências legais desse comportamento é essencial. No Brasil, a produção e disseminação de notícias falsas e boatos não são apenas prejudiciais à sociedade, mas também configuram crimes passíveis de penalidades consideráveis.

Infelizmente, a disseminação de notícias duvidosas nas redes sociais tornou-se uma realidade comum, sendo banalizada por muitos, encoberta e até defendida por tantos outros, dependendo do teor do conteúdo, o viés de confirmação e a quem aquele conteúdo ajuda ou prejudica. O que muitos não percebem é que, ao compartilhar conteúdo não verificado, estão se tornando parte desse desmedido problema. É crucial ter em mente que, no Brasil, a produção e o compartilhamento de notícias falsas e boatos, além de demonstrar falha de caráter, também são tipificados como crimes estabelecidos pelo Código Penal e pelo Código Eleitoral.

Esses crimes, de natureza séria, podem acarretar penas que alcançam quase três anos de prisão. Ao entender as implicações legais envolvidas, cada indivíduo se torna responsável por contribuir para um ambiente digital mais ético e confiável. A disseminação consciente de informações verificadas não apenas fortalece a integridade da sociedade, mas também evita as consequências legais associadas à propagação de notícias falsas.

O Artigo 138 do Código Penal, define que: “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime” pode levar a uma pena de “detenção, de seis meses a dois anos”, além de multa. E que, na “mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga”.

Portanto, uma orientação valiosa para evitar a propagação de notícias falsas é adotar o hábito de dar uma pausa e ponderar antes de compartilhar qualquer informação. É crucial analisar quem está por trás do conteúdo e confirmar sua veracidade.

Como realizar essa verificação? Investigue a informação na Internet, verifique se não há indícios de ser uma falsificação, procure desmentidos relacionados ou até mesmo questione diretamente a pessoa que compartilhou o conteúdo. Pergunte se a informação é verdadeira, se foi verificada antes de ser repassada para o grupo. Muitas vezes, seus colegas ou amigos podem não ter feito essa checagem. Ao adotar essa prática, você não apenas auxilia a pessoa envolvida, mas também contribui para aprimorar as práticas e a integridade da rede social compartilhada por todos.

Abaixo, destaco sites em que você pode verificar as informações e combater as Fake News:

https://www.boatos.org

https://projetocomprova.com.br

https://g1.globo.com/fato-ou-fake

https://piaui.folha.uol.com.br/lupa

https://apublica.org/checagem

https://aosfatos.org

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

As fake news e suas implicações na responsabilidade e ética da sociedade contemporânea



Dag Vulpi

Pilatos disse: "Então, tu és rei?" Jesus respondeu:" Tu dizes que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz". Pilatos lhe disse: "Que é a verdade?" (Jo 18,37-38)

"A melhor época para o plantio do milho, dependendo da região, vai de setembro a outubro. Um fazendeiro estava fazendo contas e chegou à conclusão de que ele precisava plantar em junho, ou no máximo julho. Percorreu fazendas, conversou com uns e com outros. No geral todos lhe diziam o que ele já sabia, que a época boa é setembro e outubro. Começou a pensar em algumas possibilidades, 'e se planto no vale, e se planto na encosta...?' Mas as respostas não o satisfaziam: "setembro ou outubro!" Uma tarde, já meio resignado, tomando café com um velho conhecido, voltou à carga:' preciso plantar, colher e vender logo, mas se plantar em setembro o dinheiro vai chegar tarde'. Talvez por pena ou por cansaço o velho conhecido lhe disse: "ora, julho não é a época, mas às vezes pode dar sorte com as chuvas e, vai ver, dá certo!".

Em um mundo inundado por informações e perspectivas diversas, o dilema do fazendeiro que deseja plantar milho fora da estação ecoa um questionamento mais amplo sobre a busca da verdade. Da mesma forma como Pilatos questionou Jesus sobre o que é a verdade, hoje enfrentamos desafios em discernir entre fatos objetivos e narrativas emocionais. Esta reflexão explora a era da pós-verdade, fake news e suas implicações, destacando a importância de responsabilidade e ética na sociedade contemporânea.

No contexto atual, a busca pela verdade é mais complexa do que nunca. Enquanto o fazendeiro fictício contemplava a plantação de milho fora de temporada, nossa sociedade lida com um dilema semelhante, onde informações conflitantes e narrativas emocionais muitas vezes obscurecem a verdade objetiva e é neste momento que o viés de confirmação de cada indivíduo sobressai. A pós-verdade e a disseminação de notícias falsas desafiam nossa capacidade de discernir o que é real, levando a consequências profundas em nossas vidas e, consequentemente, na sociedade.

No cenário complexo da sociedade contemporânea, as fake news emergem como uma força poderosa, moldando de maneira sutil, porém significativa, a percepção coletiva da realidade. À medida que informações distorcidas proliferam, a confiança na veracidade dos dados disponíveis é abalada, contribuindo para um ambiente onde a verdade muitas vezes se encontra obscurecida.

A disseminação rápida e viral das fake news é alimentada pelas plataformas digitais, amplificando seu impacto e desafiando a capacidade das instituições e indivíduos para discernir entre o factual e o fabricado. Esse fenômeno mina não apenas a confiança nas fontes de informação, mas também compromete a base sobre a qual as decisões individuais e coletivas são tomadas.

A sociedade, ao confrontar constantemente narrativas contraditórias, enfrenta o desafio de manter uma compreensão sólida da realidade. A polarização exacerbada por informações falsas perpetua divisões e impede o diálogo construtivo. A falsidade se infiltra nos debates públicos, distorcendo a percepção do que é prioritário e essencial.

Diante desse panorama, é imperativo fortalecer a alfabetização midiática e promover a educação crítica. Ao capacitarmos os indivíduos a discernir entre fontes confiáveis e enganosas, podemos construir uma sociedade mais resistente à manipulação da realidade. O combate às fake news não é apenas uma responsabilidade das plataformas digitais, mas sim uma tarefa coletiva que exige a participação ativa de cidadãos conscientes.

A batalha contra as fake news é uma busca pela preservação da integridade da verdade e da confiança mútua na sociedade contemporânea. Somente ao reconhecer e enfrentar esse desafio de frente, podemos esperar forjar um caminho para uma compreensão mais clara e fundamentada da realidade que todos compartilhamos.

Neste cenário, a responsabilidade e a ética tornam-se elementos cruciais para preservar a busca pela verdade, enquanto enfrentamos a atemporal pergunta: "Que é a verdade?"

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

PT ajuíza representação contra perfis por ligarem esquerda a facção criminosa

 


Com informações do Consultor Jurídico.com

A coligação Brasil da Esperança — formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e pelo Partido Verde (PV) — apresentou uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral contra 68 perfis em redes sociais que compartilharam imagens do painel instalado em Porto Alegre que associava a esquerda a facção criminosa. Os perfis do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e do youtuber Kim Paim estão entre os citados.

A instalação relaciona partidos de esquerda à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), à soltura de bandidos e ao narcotráfico. De acordo com a representação, "o conteúdo eleitoral das publicações, a fim de causar propaganda negativa aos partidos de esquerda, caracteriza-se pelo 'Você decide' ao fim do painel". 

Os partidos pediram a remoção de mais de 70 links de compartilhamento das imagens, além da aplicação de multa para cada um dos responsáveis pelos perfis.

Em nota, a coligação Brasil da Esperança afirma que "diante do estratagema de disseminação de conteúdo falso visando influenciar o pleito eleitoral do corrente ano, há necessidade de atuação enérgica e imediata da Justiça Eleitoral, de forma a conter o avanço desta prática".

A coligação é representada pelos escritórios Aragão e Ferraro Advogados e Zanin Martins Advogados.

Clique aqui para ler a representação

PF pede indiciamento de Bolsonaro por disseminar mentiras sobre Covid-19

 


DESINFORMAÇÃO PRESIDENCIAL

Por Rafa Santos no Consultor Jurídico

A Polícia Federal enviou ao ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal, pedido de autorização para indiciar o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela prática de crime ao espalhar informações falsas sobre a Covid-19 e desestimular o uso de máscaras durante a crise sanitária.

A PF também solicitou que o ministro autorize a tomada de depoimento do mandatário. Bolsonaro é investigado por causa de uma live de junho de 2021 em que ligou a vacina contra a Covid-19 ao aumento do risco de contrair Aids. A PF sustenta que a declaração pode ser enquadrada nos delitos de incitação ao crime e provocar alarme a terceiros.

Em outro trecho da mesma live, Bolsonaro citou um suposto estudo que apontaria que a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu dessa doença, mas de pneumonia bacteriana provocada pelo uso de máscaras. A live foi excluída de YouTube, Instagram e Facebook por violação das diretrizes da plataforma e desinformação médica sobre a Covid-19. 

Além do presidente, a PF investiga também o ajudante de ordens presidencial, tenente-coronel Mauro Cid, apontado como responsável pela produção do material divulgado pelo presidente. O inquérito foi aberto pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a CPI da Covid-19.

terça-feira, 10 de julho de 2018

FAKE NEWS - Foto mostra desembargador Rogério Favreto e Fidel Castro em Cuba


Do Boatos.org

O desembargador Rogério Favreto, que tentou soltar Lula da cadeia, posou para foto junto com o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, em 1992.

Nos últimos dias, dois acontecimentos fizeram os olhos dos brasileiros se voltarem novamente para a política no país. O primeiro foi a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia. O segundo foi a novela em torno do habeas corpus pedido por Lula no TRF-4. Em meio a tudo isso, um nome veio à tona: Rogério Favreto, desembargador que assinou o alvará de soltura de Lula.

Em meio à “novela” do “solta Lula e prende Lula”, muita gente começou a levantar a biografia de Rogério Favreto. Em meio a diversas informações reais sobre a história do desembargador, algumas fotos começaram a surgir online. Devemos falar “das outras” em posts seguintes (ou pelo menos de mais uma), mas vamos começar com uma que envolve o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro.

Uma imagem que voltou a circular na internet aponta que Rogério Favreto posou junto com Fidel Castro para uma foto em 1992. De acordo com a postagem, Fidel seria o ídolo dele. Leia algumas versões da história que circulou na internet.

Versão 1: Esse é o Desembargador Rogério Favreto do TRF4, que tentou soltar Lula, junto com Fidel Castro. 

Versão 2: Olha aí o desembargador que decidiu pela soltura do Lula.

Versão 3: ">ROGERIO FAVRETO, o desembargador que por meios escusos tentou tirar o Lula da cadeia. “diga-me com quem andas e te direi quem tu és”

Versão 4: Desembargador Rogério Favreto com seu ídolo Fidel Castro em Cuba no ano de 1992.

Versão 5: Recebi esta foto de um amigo, segundo ele esse é “ROGÉRIO FAVRETO” O Juizeco quase nada imparcial que concedeu o HC para soltar o AMIGO “LULADRÃO” , juntamente com seu ídolo Fidel Castro!!!

Foto mostra desembargador Rogério Favreto e Fidel Castro em Cuba?

O que não faltou foi gente compartilhando a “prova” de como o desembargador do TRF-4 é “comunista”. Mas será mesmo que Rogério Favreto posou junto com Fidel Castro para uma foto em 1992? A resposta é não. Para você entender tudo, vamos aos fatos.

Apesar de a imagem e da história terem viralizado muito na internet, não seria difícil descobrir que ela não é de Rogério Favreto. Para começar, todas as mensagens que circulam junto com a foto seguem aquele enredo básico dos boatos online. Dentre as características mais latentes estão o caráter vago, o tom alarmista e a falta de fontes.

Ao buscar por “registros históricos” de Rogério Favreto e Fidel Castro (como é de se imaginar), nada encontramos. Não há qualquer fonte confiável que mostre o encontro entre o ex-presidente de Cuba e o desembargador do TRF-4.

Sem nenhuma informação a respeito, tentamos buscar pela imagem (no Google Chrome isso se faz com “clique direito do mouse e a opção de procurar imagem no Google”).

O resultado foi “Ricardo Noblat e Fidel Castro”.

Atualizado: já podemos cravar que a pessoa da foto é Ricardo Noblat.

Veja o que ele postou no Twitter dez minutos após a publicação na nossa matéria: “Dormirei feliz. Apanhei da direita por ter criticado o juiz Sérgio Moro. E da esquerda por ter considerado uma aberração jurídica a decisão do desembargador Favreto. E ainda por cima usaram uma foto minha com Fidel para dizer que era Fidel com Favreto. 

Pode isso, Arnaldo?”

Não encontramos um post de Noblat confirmando que era ele nas imagens (se vocês tiverem, nos ajudem). Porém, há grande indícios que a foto é dele. Um dos indícios é essa postagem sobre uma viagem a Cuba com um grupo de jornalistas e de políticos em 1987 (com direito a fotos de arquivo pessoal).

O segundo indício está em uma resposta irônica do próprio Noblat ao ser “informado” de que a imagem estava circulando como se fosse de Rogério Favreto. Em vez de negar, ele fez uma piada sobre a “informação”. O terceiro indício está no fato de que, se o sujeito da foto não é Noblat, a pessoa da foto é muito parecida com ele. Não vamos cravar 100% que é o jornalista, mas dá para cravar 100% que não é o desembargador.

Só para terminar, há um fator temporal que inviabiliza que Rogério Favreto seja a pessoa da foto. O desembargador tem 52 anos. Em uma rápida matemática, ele teria 26 anos em 1992. Nota-se claramente que o sujeito que acompanha Fidel Castro na imagem tem mais de 26 anos.

<p>Resumindo: a história que aponta que o desembargador Rogério Favreto posou para uma foto junto com Fidel Castro em 1992 em Cuba é falsa. A imagem é do jornalista Ricardo Noblat. Não sabemos se o ex-presidente cubano é o ídolo dele, mas o fato é que foto não tem nada a ver com o caso da (não) soltura de Lula.

Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site www.facebook.com/boatos.org Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Popular e de difícil controle, WhatsApp mira notícias falsas



Mensageiro tem sido considerado a maior ameaça na geração de desinformação política

O WhatsApp armou uma estratégia em três frentes para se contrapor às notícias falsas no ano eleitoral, no Brasil. O aplicativo de mensagens, que pertence ao Facebook e se assemelha a uma rede social pela propagação de informações por meio de grupos, passou dos 120 milhões de usuários no Brasil e agora é visto como a maior ameaça na geração de desinformação política.

Pelo que a reportagem apurou, a plataforma vai buscar um primeiro grupo de ações voltadas aos usuários, estimulando-os a reportar casos de conteúdo indesejado e a bloqueá-los. Prevê também modificar sua própria ferramenta para evidenciar quando a mensagem é uma retransmissão, como acontece com e-mails.

Na segunda frente, o WhatsApp recorrerá a mecanismos que já tem para detectar spam via metadados, sinais como a transmissão de número inusitadamente alto de mensagens, que servirão de base para identificar eventuais fontes de conteúdo malicioso.

Na terceira, a plataforma -sediada nos EUA e sem representação formal no Brasil- busca maior proximidade com a Justiça Eleitoral e outros órgãos públicos, visando responder mais prontamente a ordens "válidas" que apontem tentativas de manipulação eleitoral e disseminação de notícias falsas.

A integração das frentes permitirá ao WhatsApp, sobretudo nos momentos críticos do processo eleitoral, bloquear usuários mal-intencionados.

Diferentemente de Facebook e outras redes, as mensagens no aplicativo são criptografadas, codificadas, impedindo o acesso ao conteúdo por terceiros, inclusive a própria plataforma. Ações indiretas foram a saída do WhatsApp para responder aos questionamentos crescentes de que estimula "fake news".

Ouvido sobre o projeto da plataforma para as eleições brasileiras, o jornalista Edgard Matsuki, cujo site de checagem Boatos.org se dedica desde 2016 às notícias propagadas no WhatsApp, avalia que ele "tende a minimizar um problema que está tendo atenção muito grande", mas o foco deve ser no usuário." É importante pensar para além das plataformas", diz. "Se as próprias pessoas não tiverem consciência de que compartilhar notícia falsa é nocivo, que boatos têm uma gravidade na internet, não adianta WhatsApp, Facebook, YouTube tomarem essas medidas."

Ele vê na primeira frente de ação, com o estímulo às denúncias pelos usuários, o caminho mais promissor.

Pablo Ortellado, professor da USP e colunista da Folha de S.Paulo, é ainda menos otimista, avaliando que muito do que o WhatsApp pretende "é para dizer que está fazendo alguma coisa, é enxugar gelo".

Ele acredita que as ações da plataforma vão se concentrar em combater "aquela coisa de comprar uma base [de usuários] na Santa Ifigênia [centro comercial de eletrônicos em SP] e jogar spam para todo mundo. Vão tentar ver quando um cara está mandando para centenas e interrompê-lo".

Mas isso é só parte do problema. "Os boatos políticos têm a maneira mais insidiosa, do ator malicioso que está semeando em diversos grupos, numa dinâmica muito lenta, de deixar a coisa correr sozinha", diz. Contra isso, a estratégia do WhatsApp teria pouco ou nenhum efeito. Com informações da Folhapress. 

sábado, 12 de maio de 2018

Facebook anuncia programa contra 'fake news' no ano eleitoral



Plataforma vai usar agências de checagem de notícias que forem denunciadas,

A seis meses das eleições, o Facebook anunciou que iniciará na próxima semana, no Brasil, um programa de verificação de notícias em parceria com as agências de checagem Lupa e Aos Fatos.

Segundo a plataforma, os dois serviços, ligados à International Fact-Checking Network (IFCN), rede de checadores organizada pelo instituto Poynter (EUA), terão acesso às notícias denunciadas como falsas pelos usuários.

Aquelas que as agências confirmarem como falsas "terão sua distribuição orgânica reduzida de forma significativa", não podendo mais ser impulsionadas, diz o Facebook.

E "páginas que repetidamente compartilharem notícias falsas terão todo o seu alcance diminuído", não podendo mais comprar anúncio para aumentar suas audiências.

Nos EUA, segundo a plataforma, um programa semelhante teria reduzido "em até 80%" a distribuição daquelas notícias confirmadas como falsas pelos checadores.

Responsável no Facebook por parcerias com veículos de mídia latino-americanos, Cláudia Gurfinkel afirma que o programa "é mais um passo" nos esforços da plataforma para combater "fake news".

Cristina Tardáguila, diretora da Agência Lupa, que publica uma coluna na, afirma ter entrado no programa "acreditando fortemente no impacto que ele terá, ainda mais num ano eleitoral".

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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