Mostrando postagens com marcador Obama. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Obama. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Barack Obama deixa legado de importantes conquistas em seu mandato

À frente da Casa Branca por oito anos, Barack Obama obteve conquistas importantes, tanto no plano doméstico quanto no internacional. Algumas delas polêmicas internamente, mas consideradas históricas, como a retomada das relações diplomáticas com Cuba, após meio século de distanciamento e uma vitória na Suprema Corte, que autorizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Agência Brasil selecionou temas e assuntos relevantes que marcaram a trajetória de Obama.

1. Retomada das relações com Cuba
Depois de meio século de rompimento, os Estados Unidos (EUA) e Cuba restabeleceram plenamente suas relações diplomáticas. O anúncio da retomada surpreendeu o mundo. Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram, em dezembro de 2014, que ambos os países estavam dialogando para o restabelecimento das relações. Seis meses depois, em julho de 2015, Cuba e EUA reabriram suas respectivas embaixadas em Washington e Havana.

As negociações tiveram apoio do papa Francisco, mas Obama já havia sinalizado o interesse de se reaproximar de Cuba. Antes da reabertura das duas embaixadas, os EUA retiraram Cuba da lista dos países que servem ao terrorismo e também retiraram algumas sanções.  O embargo econômico, entretanto, foi mantido e depende da mudança da lei constitucional.

Por sua vez, o governo cubano se comprometeu a respeitar as liberdades individuais e o direito de livre pensamento dos dissidentes no país. Obama esteve em Cuba, em março do ano passado, e se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar a ilha em 88 anos. O presidente americano disse que foi a Cuba para “derrubar o último remanescente da guerra fria”. Ele defendeu eleições democráticas no país.

2. Casamento homoafetivo
Em junho de 2015, a Suprema Corte norte-americana legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo nos EUA. A decisão apertada, por cinco votos a quatro, considerou inconstitucional uma lei que definia o casamento apenas como a “união entre um homem e uma mulher” e colocou fim a uma batalha de muitos anos.

Apesar da diferença de apenas um voto, prevaleceu o entendimento de que o casamento homoafetivo é um direito assegurado pela liberdade individual – princípio fundamental que rege a quinta emenda constitucional no país. Com a decisão do Supremo, as leis estaduais que proibiam o matrimônio entre homossexuais perderam a validade. Quatorze estados tinham leis proibitivas para o casamento gay.

Barack Obama fez um eloquente discurso celebrando a decisão e disse esse era um passo histórico para o casamento entre iguais. “Não importa quem você é ou ama, a América é um lugar onde você pode escrever seu próprio destino”, afirmou.

3. Morte de Osama Bin Laden
Em pronunciamento feito na madrugada do dia 2 de maio maio de 2011, Obama anunciou ao mundo que Osama Bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, havia sido abatido numa operação secreta conduzida no Paquistão por forças especiais dos Estados Unidos. Segundo informações do Pentágono, ele foi  abatido em um esconderijo na cidade de Abbotabad,  próximo a Islamabad, capital paquistanesa. A operação foi conduzida em total sigilo e feita com o apoio do Paquistão.

Bin Laden era o inimigo´número um e o homem mais procurado pelos Estados Unidos desde o atentado às torres gêmeas em Nova York, em 11 de setembro de 2001. A morte do líder da Al Qaeda foi considerada uma grande vitória para a política militar de Obama, que vinha sendo criticado por seus adversários de “afrouxar” a política de segurança do país.

"Foi feita justiça", disse Obama na ocasião. “Hoje, posso dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al Qaeda responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças”, afirmou.

4. Acordo nuclear com o Irã
O acordo nuclear com o Irã era um dos principais objetivos de Barack Obama. Quando ele foi firmado, contudo, a opinião pública americana ficou desconfiada e parte da população viu a negociação como um erro de gestão. Uma pesquisa na época mostrou que apenas três em cada dez cidadãos dos EUA concordaram com o tratado, um dos assuntos mais reconhecidos mundialmente na administração Obama.

Os estadounidenses expressaram o temor de que o acordo pudesse fortalecer o Irã e que, no futuro, o país volte a ser uma ameaça aos Estados Unidos. Mesmo assim, analistas internos e externos validaram a iniciativa, que foi alvo tanto de elogios quanto de críticas nos EUA.

Firmado em julho de 2015, após 20 meses de negociação, o acordo assinado entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Reino Unido, França, EUA, China e Rússia) e mais a Alemanha, foi considerado um avanço na política diplomática. O objetivo é limitar o programa nuclear iraniano e impedir que o país consiga produzir a bomba atômica.

Pelo acordo, o Irã aceita que suas agências nucleares sejam inspecionadas, mediante a retirada de sanções internacionais. Os países signatários discutiram minuciosamente cada detalhe e o presidente Barack Obama defendeu a iniciativa tanto interna quanto externamente.

5. Obamacare
Outra ação que foi alvo tanto de elogios quanto de críticas foi o Obamacare, programa de saúde criado por Barack Obama e  que ainda hoje divide republicanos e democratas. O presidente eleito, Donald Trump, afirmou, em sua conta em uma rede social, que a reforma do sistema de saúde promovida por Obama "em breve ficará na história".


A iniciativa, aprovada em março de 2010, facilitou o acesso dos cidadãos americanos, notadamente os mais pobres, a um plano de saúde, beneficiando mais de 20 milhões de pessoas, de forma a tornar os cuidados básicos de saúde mais acessíveis. EsSa foi uma das maiores bandeiras de Obama na campanha do primeiro mandato, e ele termina o segundo, defendendo o programa, mesmo que o Congresso tenha extinguido a lei na semana passada, com a promessa de criar outra.

Nos Estados Unidos, se a pessoa não tem um plano de saúde, sofre um acidente ou tem alguma doença que exija muitos procedimentos e tempo no hospital, ela tem que pagar os custos. O que ocorria, muitas vezes, é que uma pessoa saudável, sem plano de saúde, que inesperadamente precisasse de tratamento médico, arcasse com despesas milionárias, correndo o risco até mesmo de ir à falência.

Os custos de saúde dos Estados Unidos não são pagos pelo governo, a não ser para cidadãos abaixo da linha de pobreza ou acima de 65 anos, e apenas para os serviços mais básicos. Em um caso ou outro, a pessoa pode ir à Justiça pedir que o governo arque com os custos. Mas são casos isolados e demoram um tempo até que o juiz decida.

Agência Brasil

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Em Lima, Obama e Putin conversam sobre guerra na Síria

Da Agência Ansa
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, da Rússia, tiveram uma "breve conversa" paralelamente ao encontro dos países-membros do grupo de Cooperação Econômica Ásia e  Pacífico (Apec) neste domingo (20). A informação é da Agência Ansa.

Segundo a Casa Branca, os dois líderes falaram sobre o conflito na Síria, em que os dois governos estão em lados opostos. O encontro, considerado "informal", durou cerca de quatro minutos e Obama pediu que o secretário de Estado, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, "continuem a perseguir iniciativas junto à comunidade internacional, para reduzir a violência e aliviar o sofrimento do povo sírio".

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, limitou-se a dizer que eles "se cumprimentaram no início do encontro" formal entre os 21 chefes de Estado e de Governo, e "discutiram durante breve instante"

Saiba mais:

Obama tentará “acalmar os ânimos” sobre Trump em reunião no Peru

Da agência Ansa

Começou hoje (19) a cúpula de alto nível entre os países que fazem parte da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) em Lima, no Peru. O encontro, que segue até este domingo (20), marca o último compromisso internacional do presidente norte-americano, Barack Obama.

O líder dos EUA tentará acalmar os ânimos dos 21 líderes do grupo, com exceção da Rússia, sobre as perspectivas do novo governo de seu país. Seu sucessor, Donald Trump, já afirmou por diversas vezes que não pretende levar adiante os acordos econômicos assinados por Obama com os membros do grupo. Até o momento, Obama já se reuniu com o presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, e tem na agenda um encontro com seu homólogo chinês, Xi Jinping.

Apesar de não ter sido anunciada oficialmente, não está descartada uma reunião entre o norte-americano e o presidente russo Vladimir Putin. O líder de Moscou, por sua vez, já chegou ao país e tem reuniões marcadas com os chefes de Estado e de governo da China, Japão, Vietnã, Filipinas e Peru.

O mandatário chinês já anunciou sua intenção de debater a criação de uma área de livre comércio para os 21 países-membros da Apec. Segundo Xi Jinping, isso favoreceria um crescimento mundial mais justo já que a China contribuiu com 40% do crescimento global desde o início da crise financeira.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Obama desembarca em Havana e se diz ansioso para conhecer cubanos




O presidente norte-americano, Barack Obama, desembarcou no fim da tarde de hoje (20) em Havana. Com a chegada à ilha, ele torna-se o primeiro líder dos Estados Unidos a visitar Cuba nos últimos 88 anos.

O Air Force One, avião presidencial norte-americano, aterrissou cerca de 16h15, horário local (17h15, em Brasília) no aeroporto Jose Martí, nome do pai da independência da antiga colônia espanhola. Ao pousar, ele mostrou-se ansioso para conhecer o povo cubano.

Numa curta mensagem em seu perfil no Twitter, divulgada pouco depois de aterrissar, Obama escreveu em espanhol, usando uma expressão popular para perguntar como estão os cubanos (“Que bolá Cuba?”), e disse estar “ansioso para conhecer e ouvir diretamente o povo cubano”.

Barack Obama tornou-se hoje o primeiro presidente norte-americano, depois de Calvin Coolidge em 1928, a visitar Cuba, procurando acabar com décadas de animosidade relacionada à Guerra Fria.

*Com informações da Agência Lusa

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Imprensa dos EUA diz que Obama prepara viagem a Cuba no próximo mês


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prepara uma viagem a Cuba no próximo mês, segundo fontes citadas, essa quarta-feira (17), pela ABC News e CNN.

Se a viagem se confirmar, Obama vai se tornar o primeiro presidente dos Estados Unidos no poder a pisar na ilha em mais de 80 anos.

Segundo a ABC News, o anúncio oficial da viagem será feito nesta quinta-feira (18) na Casa Branca por um alto quadro do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

A visita a Cuba constituiria o ápice do processo de normalização das relações anunciado por Washington e Havana em 2014 e a primeira desde Calvin Coolidge em janeiro de 1928.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Obama promete “destruir” o Estado Islâmico em discurso na TV


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu “destruir” o grupo Estado Islâmico , neste domingo (6), em um raro discurso à nação a partir da Casa Branca. “A ameaça do terrorismo é real, mas vamos superá-la”, disse Barack Obama, num discurso transmitido pela televisão, apenas o terceiro que profere a partir da Sala Oval. “Vamos destruir o Estado Islâmico e qualquer organização que tente fazer-nos mal”.

Obama, descreveu, o ataque em San Bernardino, (Califórnia), que deixou 14 mortos, como um “ato de terrorismo”. “Neste momento, não há qualquer indicação de que os atacantes foram dirigidos por um grupo terrorista a partir do estrangeiro”, afirmou Obama, para quem é, contudo, “claro” que o casal que perpetrou o ataque de quarta-feira “seguiu o caminho obscuro da radicalização”, “abraçando uma pervertida interpretação do Islã que apela à guerra contra a América e o Ocidente”.

O presidente também apela para que sejam aprovadas leis mais rígidas para a compra de armas, citando em especial rifles de assalto, para que os americanos estejam mais seguros contra atentados terroristas e contra ações de grupos como o Estado Islâmico.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Obama diz que ficou "profundamente chocado" com vídeo da morte de jovem negro


O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou nessa quarta-feira (25) que ficou “profundamente chocado” com o vídeo que mostra um policial branco disparando 16 balas contra um jovem negro em Chicago. O acidente ocorreu há mais de um ano.

“Como inúmeros norte-americanos, estou profundamente chocado com as imagens que mostram os disparos contra Laquan McDonald, de 17 anos”, escreveu Obama em sua página oficial no Facebook.

“Neste Dia de Ação de Graças, peço a todos que guardem aqueles que sofreram trágicas perdas nos pensamentos e orações e que agradeçam à esmagadora maioria de homens e mulheres que protegem as nossas comunidades com honra”, afirmou o presidente.

Centenas de pessoas saíram terça-feira (24) às ruas para protestar, após a divulgação do vídeo. As manifestações ocorreram de forma pacífica, marcadas pelo grito “16 shots” (“16 disparos”), em referência ao número de balas com que o jovem McDonald foi atingido.


As autoridades judiciárias anunciaram que vão acusar o policial Jason Van Dyke, de 37 anos, acusado de ser o autor dos disparos.

Este é o primeiro caso, em 35 anos, na cidade de Chicago, em que um policial é acusado de homicídio quando estava em serviço, segundo a imprensa local.

McDonald, de 17 anos, foi morto em 20 de outubro de 2014, após encontro com o agente Van Dyke, da polícia de Chicago, que assegurou que o jovem estava armado com uma faca.

No vídeo, divulgado terça-feira, vê-se McDonald correndo, aparentemente para se afastar de um grupo de agentes, quando foi atingido pela primeira vez. Depois, aparece estendido no chão, onde é baleado diversas vezes. Um agente não identificado aproxima-se e chuta uma pequena faca que McDonald segurava na mão.

A polícia considera que Van Dyke disparou por temer pela sua vida e acrescenta que McDonald, cuja autópsia revelou indícios de drogas, comportou-se de forma errada e não atendeu às ordens dos agentes para que largasse a faca.

domingo, 27 de setembro de 2015

Em cúpula da ONU, Raúl Castro defende fim do embargo dos Estados Unidos


O presidente de Cuba, Raúl Castro, afirmou hoje (26) que o embargo dos Estados Unidos é o principal obstáculo para o desenvolvimento da ilha caribenha. "O bloqueio econômico e financeiro contra Cuba persiste por mais de meio século e causa danos e privações ao povo cubano", disse, durante discurso na Cúpula das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Ele elogiou o empenho do presidente norte-americano, Barack Obama, para restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países e a reabertura das respectivas embaixadas em Washington e Havana, mas destacou que o embargo precisa ser retirado.

"O embargo afeta não só o povo cubano, mas também outras nações por causa de seu alcance extraterritorial, bem como cidadãos e empresas norte-americanas", disse. "Essa política [o embargo] é reprovada por 188 países-membros das Nações Unidas que querem o seu fim", acrescentou.

Raúl Castro afirmou que, apesar das dificuldades, o país cumpriu os objetivos de Desenvolvimento do Milênio – que agora serão substituídos pela Agenda 2030. Além disso, segundo ele, o país cooperou com outros países em vários setores.

O embargo econômico é um dos últimos entraves no restabelecimento pleno das relações entre Cuba e Estados Unidos. A suspensão da medida depende da aprovação de uma lei pelo Congresso norte-americano, que vem se mostrado resistente à ideia.

Na última semana, o papa Francisco visitou Cuba e agora, durante a visita aos Estados Unidos, defendeu a revisão do embargo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Obama nomeia homossexual assumido para chefe civil do Exército


Da Agência Lusa
O Presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou hoje (18) a nomeação para secretário do Exército de Eric Fanning, que, se for confirmado pelo Senado, vai ser o primeiro dirigente reconhecidamente homossexual a ocupar o cargo.

O secretário do Exército é o chefe civil da força, que dirige em conjunto com o chefe de Estado-Maior. A função atualmente é exercida pelo general Mark Milley.

Diplomado pela Universidade de Dartmouth, no estado do New Hampshire, especialistas em questões de defesa e segurança nacional, Fanning ocupou nos últimos 25 anos diversos com responsabilidade no Congresso e no Pentágono.

“Eric vai trazer anos de experiência e as suas qualidades excecionais de líder para este posto”, sublinhou Obama, em comunicado.

No fim dos anos 2000, Fanning integrou a administração do Gay & Lesbian Victory Fund, uma organização que luta pelo aumento do número de pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros) “em todos os níveis do governo”.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

No dia do seu aniversário Papa Francisco faz seu primeiro milagre reaproximando EUA de Cuba




Papa teve papel crucial na aproximação

O papa Francisco e o Vaticano tiveram um papel essencial, intermediando a aproximação histórica entre Estados Unidos e Cuba, indicou um funcionário americano de alto escalão. O Papa fez um apelo pessoal a Barack Obama em uma carta enviada neste verão (do Hemisfério Norte) e se comunicou com Raúl Castro em outra correspondência enviada separadamente. Além disso, o Vaticano recebeu delegações de ambos os países para concluir a aproximação.


"Esses 50 anos mostraram que isolamento não funcionou", diz Obama sobre Cuba

Depois de mais de 50 anos de ruptura, os Estados Unidos e Cuba iniciam a retomada de relações diplomáticas, informaram ambos os países nesta quarta-feira (17).

 

O presidente Barack Obama, anuncia
uma mudança na política em relação
a Cuba em discurso na Casa Branca
"Pretendemos criar um novo capítulo nas relações entre os países", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, ao abrir o seu discurso.

Ele destacou que a barreira ideológica e econômica entre os dois países, desde 1961, não faz mais sentido, em referência ao regime socialista da ilha. Obama citou que o país "deve se preocupar com ameaças reais, como os grupos extremistas Al Qaeda e Estado Islâmico".

"Esses 50 anos mostraram que o isolamento não funcionou, é tempo de outra atitude", frisou Obama. No seu discurso, Obama usou expressões em espanhol. "Os cubanos têm um ditado: 'No és facil', ou 'não é fácil', mas hoje os Estados Unidos querem ser um parceiro no sentido de tornar a vida dos cubanos comuns um pouco mais fácil, mais livre, mais próspera", disse. "Todos somos americanos", concluiu em espanhol. 

Ao mesmo tempo em que Obama anunciava a retomada de relações com Cuba, o presidente da ilha, Raúl Castro, falava aos cubanos. Em Havana, o líder destacou que o governo concordou em restabelecer as relações diplomáticas e que havia proposto aos EUA "a adoção de medidas neutras baseadas nas leis cubanas" neste processo.

Castro enfatizou, entretanto, que "há ainda muito trabalho a ser feito". "O embargo continua por enquanto, causando prejuízos enormes ao nosso povo. Isso precisa acabar."

Obama e Castro já haviam conversado mais cedo nesta terça-feira (16) por telefone para discutir os planos da libertação do cidadão norte-americano Alan Gross, um agente de inteligência e de três cubanos presos nos Estados Unidos.

Entre as mudanças previstas, estão o relaxamento no fluxo de comércio, com o aumento do valor de dinheiro que pode ser enviado dos EUA para Cuba, bem como a facilitação de viagens de cidadãos daquele país à ilha. 

Os EUA planejam também abrir uma embaixada em Cuba como parte de seus planos para normalizar as relações com o país de Castro. Obama designou o secretário de Estado, John Kerry, para iniciar negociações imediatas com Cuba.

A suspensão do embargo econômico à ilha dependerá, lembrou Obama, da aprovação do Congresso de seu país. O político pediu que a Casa inicie um debate "honesto" e "sério" sobre o tema. Em 1960, os Estados Unidos impuseram um embargo comercial contra Cuba – o adversário da Guerra Fria mais próximo de sua costa. 

Libertação de presos

Cuba soltou o norte-americano Alan Gross, 65, após cinco anos de prisão. Após ser preso em 3 de dezembro de 2009, o norte-americano foi condenado a 15 anos de prisão em 2011 pelo que o governo cubano descreveu como "ações contra a integridade territorial do Estado". Ele sofre de diabetes e teve suas condições de saúde agravadas com a prisão.

Cuba também está libertando um agente de inteligência norte-americano detido por quase 20 anos.

O governo dos Estados Unidos libertou três agentes de inteligência cubanos, presos desde 1998: Gerardo Hernandez, 49, Antonio Guerrero, 56, e Ramon Labañino, 51. Dois outros foram libertados antes de cumprirem a sentença toda: Rene Gonzalez, 58, e Fernando Gonzalez, 51. No entanto, segundo o "New York Times" apurou com fontes diplomáticas americanas, essa não foi uma "troca de prisioneiros". (Com agências internacionais)

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook