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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Africa do Sul acusa Israel de cometer Apartheid em Gaza


Ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor

Dag Vulpi - 20/02/2024

É evidente que a ONU não reconheceria prontamente as alegações globais de genocídio perpetrado pelo Estado de Israel contra os palestinos. Afinal, foi a própria ONU que desempenhou um papel crucial na criação do Estado de Israel no território originalmente designado para a Palestina. Na época, a organização enfrentou a complexa tarefa de resolver um problema que não foi originado pela Palestina, mas sim pelas atrocidades cometidas pela Alemanha Nazista de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.

Ao estabelecer o Estado de Israel, a ONU buscava oferecer uma solução duradoura para as comunidades judaicas que haviam sido vítimas de perseguições e do Holocausto. No entanto, essa decisão histórica também desencadeou um conflito complexo e contínuo na região, envolvendo direitos territoriais e aspirações nacionais.

Embora o contexto histórico seja inegavelmente desafiador, é crucial que a comunidade internacional, incluindo a ONU, busque abordar as preocupações legítimas sobre os direitos humanos na atualidade, sem ignorar as raízes complexas e históricas do conflito israelense-palestino. Uma abordagem equilibrada e colaborativa é essencial para encontrar soluções que respeitem os direitos de todas as partes envolvidas e promovam a paz duradoura na região.

Após a ONU descartar as alegações de "genocídio" contra Israel, a África do Sul levanta a voz, alegando que o país do Oriente Médio está perpetrando práticas de apartheid na região de Gaza. As tensões entre os dois países atingem novos patamares, enquanto a África do Sul expressa preocupações sobre a situação dos direitos humanos na Palestina.

Em meio a um cenário geopolítico já conturbado, a relação entre Israel e a África do Sul atinge um ponto crítico, após a Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitar as alegações de "genocídio" feitas contra Israel. A África do Sul, por sua vez, intensifica suas críticas, alegando que o Estado do Oriente Médio está perpetuando práticas de apartheid na região de Gaza.

A acusação sul-africana não apenas adiciona um capítulo complexo às relações internacionais já delicadas, mas também amplia o debate sobre os direitos humanos na Palestina. Enquanto Israel nega veementemente as acusações de apartheid, a África do Sul argumenta que as políticas e práticas em Gaza estão causando segregação e violações dos direitos fundamentais dos palestinos.

O incidente destaca a divisão persistente na comunidade internacional em relação ao conflito israelense-palestino, com diferentes nações adotando perspectivas diversas. A crescente tensão entre Israel e a África do Sul agora lança luz sobre as complexidades diplomáticas e as implicações regionais, enquanto ambos os lados defendem suas posições e a busca por uma solução justa continua a ser um desafio espinhoso na arena global.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

A Criação do Estado de Israel e o Conflito com os Palestinos


Dag Vulpi - 07 de novembro de 2023

A responsabilidade pela correção do ônus deve ser exclusiva daqueles que o provocaram, arcando, sem transferências, com a totalidade das suas consequências.
O Holocausto foi a perseguição sistemática e o assassinato de 6 milhões de judeus europeus pelo regime nazista alemão, seus aliados e colaboradores. O Holocausto foi um processo contínuo que ocorreu por toda a Europa entre os anos de 1933 a 1945
O antissemitismo foi a base do Holocausto. O antissemitismo, o ódio ou preconceito contra os judeus, era um princípio básico da ideologia nazista. Esse preconceito, que já era disseminado, piorou em toda a Europa.
O sionismo, por sua vez, foi um movimento que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina como solução ao antissemitismo na Europa.
Após o Holocausto e o lobby de campanhas imigratórias promovidas pelos defensores do sionismo. Foi criado o Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948, por intermédio da Organização das Nações Unidas. Dividindo a Palestina. Essa decisão resolveu um problema na Europa, mas desencadeou um conflito duradouro entre judeus e palestinos,
Essa decisão histórica resolveu um problema iminente na Europa, fornecendo um refúgio para os judeus europeus. No entanto, criou um problema igualmente significativo entre os judeus recém-chegados e a população árabe palestina, que habitava a região há gerações. O choque de interesses territoriais e culturais deu origem a um conflito complexo que persiste até hoje.
Uma das consequências diretas dessa divisão foi o controle da Faixa de Gaza, que inicialmente era parte da Palestina. O Hamas, um grupo islâmico palestino, emergiu como um ator importante no conflito. O grupo se opõe a Israel e defende a criação de um Estado palestino independente, usando métodos frequentemente violentos para buscar seus objetivos.
O conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza tornou-se uma das questões mais intratáveis no cenário internacional, com sérias implicações humanitárias e políticas. A criação do Estado de Israel em 1948 resolveu um problema urgente, mas gerou um conflito duradouro que continua a moldar a geopolítica da região e desafia a busca por uma solução pacífica.

A criação do Estado de Israel, as origens dos problemas na Faixa de Gaza e a transferência do ônus


Dag Vulpi
Após o Holocausto na Europa, a comunidade internacional, em colaboração com a ONU, estabeleceu dividir a Palestina, criando o Estado de Israel como um refúgio para os sobreviventes do antissemitismo. No entanto, essa decisão, embora tenha resolvido a questão europeia, acabou transferindo os conflitos para a Palestina, em especial para a Faixa de Gaza. Isto é, a Europa solucionou seu problema, mas, injustamente, impôs as consequências sobre a Palestina, um país que não tinha relação com o Holocausto. É importante considerar que o nazismo surgiu na Europa, em particular na Alemanha.
Minha opinião: Poderia a ONU, em vez de criar Israel na Palestina, ter considerado uma divisão da Alemanha para acolher os judeus perseguidos pelo nazismo!
Dag Vulpi - para uma melhor compreensão do imbróglio envolvendo palestinos, judeus, Hamas e a faixa de Gaza, sugiro a leitura da íntegra do texto abaixo. (A matéria é do excelente site: Brasil Escola. Com o link disponibilizado no fim da postagem que segue).
"A criação do Estado de Israel se concretizou em 1948 por intermédio da ONU. Isso causou problemas entre israelenses e palestinos que existem até hoje.
A criação do Estado de Israel aconteceu no dia 14 de maio de 1948, por intermédio da Organização das Nações Unidas, como parte da divisão da Palestina que essa organização estabeleceu. O Estado de Israel surgiu a partir de décadas de lobby e de campanhas imigratórias promovidas pelos defensores do sionismo.
O sionismo, por sua vez, é um movimento que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina como solução ao antissemitismo na Europa. A criação de Israel estabeleceu um conflito com os palestinos árabes que se estende até hoje. Atualmente, os palestinos não possuem um Estado nacional nem têm seus territórios delimitados.
A criação do Estado de Israel foi oficializada em 14 de maio de 1948.
O Estado de Israel foi criado graças à proposta da ONU de dividir o território da Palestina em duas nações: Israel e Palestina.
O Estado de Israel surgiu em decorrência do movimento sionista, surgido em defesa da ideia de estabelecer um Estado judaico na Palestina.
A fundação do Estado de Israel levou a inúmeros conflitos entre israelenses, palestinos e outros povos árabes.
Atualmente, muitos consideram que os palestinos vivem em um regime de apartheid, pois são tratados como cidadãos de segunda categoria, não possuem um Estado nacional nem um território estabelecido.
Contexto histórico da criação do Estado de Israel
A criação do Estado de Israel se oficializou em 14 de maio de 1948, quando o governo israelense proclamou a fundação do país. A criação do moderno Estado de Israel, na década de 1940, acabou sendo resultado do contexto de perseguição que os judeus viveram na Europa por causa dos nazistas.
As condições políticas permitiram a criação do Estado de Israel após a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, a criação do Estado de Israel era uma questão que atravessava a diplomacia internacional e agitava a Palestina desde o começo do século XX. Os primeiros debates sobre a criação desse Estado se estabeleceram já na última década do século XIX.
Sionismo
A criação do Estado de Israel passa diretamente pelo sionismo, um movimento nacionalista judeu que se consolidou na década de 1890. O sionismo surgiu em 1896 depois da publicação de um livro por um jornalista judeu húngaro chamado Theodor Herzl. O livro, chamado O Estado Judeu, sugeria a criação de um Estado Nacional para abrigar os judeus da Europa.
A partir daí se consolidou esse movimento de nome sionismo, cujo objetivo era criar um Estado Nacional exclusivo para os judeus. Esse movimento é entendido como um movimento nacionalista que se estabeleceu como uma resposta judaica ao crescimento do antissemitismo no continente europeu.
O antissemitismo afetava judeus de todas as partes da Europa, sobretudo na Europa Central e Oriental. A resposta judaica a isso foi defender a criação de um Estado judaico, e o local escolhido foi a Palestina, região que foi habitada pelos judeus na Antiguidade, mas que tinha sido abandonada por eles na Diáspora em consequência da perseguição que sofriam dos romanos.
A grande questão é que a região era habitada pelos árabes palestinos havia séculos e séculos. Para garantir a formação de um Estado judaico naquela região, foi formada a Organização Sionista Mundial, que passou a atuar na compra de terras na Palestina para arrendá-la aos judeus.
Como aconteceu a criação do Estado de Israel?
A criação do Estado de Israel foi resultado da movimentação política internacional dos sionistas. Ao longo das décadas de 1910, 1920 e 1930, a população judaica na Palestina foi crescendo gradativamente. Além disso, os sionistas receberam a promessa do Reino Unido (que passou a controlar a região depois da Primeira Guerra Mundial) de criar um Estado judaico.
À medida que a presença judaica foi aumentando na Palestina, os problemas entre árabes e judeus também cresceram. Os palestinos começaram a se opor à presença judaica na Palestina, defendendo o seu direito a possuir aquela terra de maneira autônoma. Foi nesse cenário que a violência entre judeus e árabes ganhou força.
Os judeus formaram grupos paramilitares para se defenderem, como o Haganá e a Gangue Stern, atuando por meio de ataques terroristas. Os árabes, por sua vez, formaram forças militares para lutar contra o domínio britânico na Palestina e encerrar a migração judaica para a região. Com o tempo, a presença judaica aumentou, até que o fluxo de judeus para a Palestina ganhou enormes proporções durante a Segunda Guerra Mundial.
O Holocausto, genocídio de judeus na Europa pelos nazistas, criou as condições políticas para a criação de Israel. O Reino Unido abriu mão do seu mandato sob a Palestina, deixando a região em tensão nesse conflito entre árabes e judeus. A situação foi entregue para a ONU, que resolveu mediar o conflito estabelecendo uma proposta.
Por meio desta, a ONU aprovou, a partir da Resolução 181, a divisão do território da Palestina. Assim, 53,5% do território foi designado para ser Israel e 45,4% das terras seriam domínio dos palestinos, segundo a resolução da ONU. Os judeus ficariam com a maior parte do território, mesmo tendo apenas 30% da população.
A cidade de Jerusalém ficaria sob controle internacional. Os judeus sionistas aceitaram a proposta, mas os árabes palestinos não. Com isso, em 14 de maio de 1948 foi proclamada a fundação de Israel. O ato também deu início a um grande conflito entre israelenses e palestinos.
Quais são as consequências da criação do Estado de Israel?
Conflitos entre Israel e Palestina
A criação do Estado de Israel foi acompanhada de uma resposta dos países árabes vizinhos à Palestina que não concordavam com a criação de um Estado judaico em uma terra que previamente era habitada pelos árabes palestinos. De 1948 em diante uma série de conflitos aconteceram na região como fruto dessa disputa pelo território entre judeus e árabes.
O primeiro conflito foi a Primeira Guerra Árabe-Israelense, de 1948, em que diferentes nações árabes se uniram contra o recém-fundado Estado de Israel. Esse conflito teve duração de 1948 a 1949, se encerrando com a vitória israelense e a ampliação de seu território. Além disso, esse conflito ficou conhecido pela “nakba”.
Esse termo do árabe é traduzido como “catástrofe”, resumindo bem o que foi o conflito para os palestinos. As conquistas israelenses na guerra de 1948 fizeram com que cerca de 700 mil palestinos fugissem de suas terras. A ONU estima, atualmente, que o número de palestinos descendentes da “nakba” estejam em cerca de 5 milhões de pessoas. Até hoje o Estado de Israel não permite o retorno dessas pessoas.
Desde esse conflito travado entre 1948 e 1949, outras guerras entre israelenses e palestinos foram travadas:
Crise de Suez;
Guerra dos Seis Dias;
Guerra de Yom Kippur;
Primeira Intifada;
Segunda Intifada.
Os conflitos entre israelenses e palestinos seguem em curso, com pequenos intervalos de paz, embora a proporcionalidade de forças hoje seja incomparável. Enquanto Israel possui uma das forças militares mais poderosas do mundo, a Palestina não possui reconhecimento internacional nem mesmo um território estabelecido.
Questão palestina
Essa questão é justamente a luta do povo palestino pelo reconhecimento internacional da Palestina enquanto nação e pela delimitação do seu território. Muitos defendem a adoção da solução de dois Estados, isto é, a divisão do território para que Israel e Palestina possam coexistir de maneira pacífica.
A grande questão é que muitos observadores internacionais apontam que os palestinos são mantidos em um regime de apartheid por Israel. As condições de vida impostas aos palestinos na Faixa de Gaza são cada vez piores, e bombardeios israelenses na região são comuns. Isto além da dificuldade de acesso ao básico na região, como alimento, remédios, energia elétrica e água potável.
No caso da Cisjordânia, debate-se a progressiva ocupação do território por israelenses. Nas últimas décadas, o território palestino tem sido ocupado por assentamentos israelenses que forçam a migração da população palestina, se tornando alvo da violência cometida por forças militares israelenses.
Existem denúncias de programas contra palestinos, e muitos relatórios internacionais apontam que eles são tratados como cidadãos de “segunda categoria”, sendo abertamente discriminados. Depois de sete décadas, não há no horizonte uma previsão para o término desse conflito."
Escrito por : Daniel Neves Silva
Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.
Fontes
ARMSTRONG, Karen. Jerusalém: uma cidade, três religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
CAMARGO, Cláudio. Guerras Árabe-israelenses. In.: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2013.
OMER, Mohammed. Em estado de choque: sobrevivendo em Gaza sob ataque israelense. São Paulo: Autonomia Literária, 2017.

BBC BRASIL. Al-Nakba, a ‘catástrofe’ que mudou destino de palestinos em 1948 e está na raiz de conflito com israelenses. 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

A Criação do Estado de Israel e o Conflito com os Palestinos

 

Dag Vulpi - 07 de novembro de 2023


A responsabilidade pela correção do ônus deve ser exclusiva daqueles que o provocaram, arcando, sem transferências, com a totalidade das suas consequências.


O Holocausto foi a perseguição sistemática e o assassinato de 6 milhões de judeus europeus pelo regime nazista alemão, seus aliados e colaboradores. O Holocausto foi um processo contínuo que ocorreu por toda a Europa entre os anos de 1933 a 1945


O antissemitismo foi a base do Holocausto. O antissemitismo, o ódio ou preconceito contra os judeus, era um princípio básico da ideologia nazista. Esse preconceito, que já era disseminado, piorou em toda a Europa.


O sionismo, por sua vez, foi um movimento que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina como solução ao antissemitismo na Europa.


Após o Holocausto e o lobby de campanhas imigratórias promovidas pelos defensores do sionismo. Foi criado o Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948, por intermédio da Organização das Nações Unidas. Dividindo a Palestina. Essa decisão resolveu um problema na Europa, mas desencadeou um conflito duradouro entre judeus e palestinos,


Essa decisão histórica resolveu um problema iminente na Europa, fornecendo um refúgio para os judeus europeus. No entanto, criou um problema igualmente significativo entre os judeus recém-chegados e a população árabe palestina, que habitava a região há gerações. O choque de interesses territoriais e culturais deu origem a um conflito complexo que persiste até hoje.


Uma das consequências diretas dessa divisão foi o controle da Faixa de Gaza, que inicialmente era parte da Palestina. O Hamas, um grupo islâmico palestino, emergiu como um ator importante no conflito. O grupo se opõe a Israel e defende a criação de um Estado palestino independente, usando métodos frequentemente violentos para buscar seus objetivos.


O conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza tornou-se uma das questões mais intratáveis no cenário internacional, com sérias implicações humanitárias e políticas. A criação do Estado de Israel em 1948 resolveu um problema urgente, mas gerou um conflito duradouro que continua a moldar a geopolítica da região e desafia a busca por uma solução pacífica.


sábado, 2 de dezembro de 2023

A criação do Estado de Israel, as origens dos problemas na Faixa de Gaza e a transferência do ônus

 


Após o Holocausto na Europa, a comunidade internacional, em colaboração com a ONU, estabeleceu dividir a Palestina, criando o Estado de Israel como um refúgio para os sobreviventes do antissemitismo. No entanto, essa decisão, embora tenha resolvido a questão europeia, acabou transferindo os conflitos para a Palestina, em especial para a Faixa de Gaza. Isto é, a Europa solucionou seu problema, mas, injustamente, impôs as consequências sobre a Palestina, um país que não tinha relação com o Holocausto. É importante considerar que o nazismo surgiu na Europa, em particular na Alemanha.


Minha opinião: Poderia a ONU, em vez de criar Israel na Palestina, ter considerado uma divisão da Alemanha para acolher os judeus vítimas do nazismo!


Dag Vulpi - para uma melhor compreensão do imbróglio envolvendo palestinos, judeus, Hamas e a faixa de Gaza, sugiro a leitura da íntegra do texto abaixo. (A matéria é do excelente site: Brasil Escola. Com o link disponibilizado no fim da postagem que segue).


"A criação do Estado de Israel se concretizou em 1948 por intermédio da ONU. Isso causou problemas entre israelenses e palestinos que existem até hoje.


A criação do Estado de Israel aconteceu no dia 14 de maio de 1948, por intermédio da Organização das Nações Unidas, como parte da divisão da Palestina que essa organização estabeleceu. O Estado de Israel surgiu a partir de décadas de lobby e de campanhas imigratórias promovidas pelos defensores do sionismo.


O sionismo, por sua vez, é um movimento que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina como solução ao antissemitismo na Europa. A criação de Israel estabeleceu um conflito com os palestinos árabes que se estende até hoje. Atualmente, os palestinos não possuem um Estado nacional nem têm seus territórios delimitados.


A criação do Estado de Israel foi oficializada em 14 de maio de 1948.


O Estado de Israel foi criado graças à proposta da ONU de dividir o território da Palestina em duas nações: Israel e Palestina.


O Estado de Israel surgiu em decorrência do movimento sionista, surgido em defesa da ideia de estabelecer um Estado judaico na Palestina.


A fundação do Estado de Israel levou a inúmeros conflitos entre israelenses, palestinos e outros povos árabes.


Atualmente, muitos consideram que os palestinos vivem em um regime de apartheid, pois são tratados como cidadãos de segunda categoria, não possuem um Estado nacional nem um território estabelecido.


Contexto histórico da criação do Estado de Israel


A criação do Estado de Israel se oficializou em 14 de maio de 1948, quando o governo israelense proclamou a fundação do país. A criação do moderno Estado de Israel, na década de 1940, acabou sendo resultado do contexto de perseguição que os judeus viveram na Europa por causa dos nazistas.


As condições políticas permitiram a criação do Estado de Israel após a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, a criação do Estado de Israel era uma questão que atravessava a diplomacia internacional e agitava a Palestina desde o começo do século XX. Os primeiros debates sobre a criação desse Estado se estabeleceram já na última década do século XIX.


Sionismo


A criação do Estado de Israel passa diretamente pelo sionismo, um movimento nacionalista judeu que se consolidou na década de 1890. O sionismo surgiu em 1896 depois da publicação de um livro por um jornalista judeu húngaro chamado Theodor Herzl. O livro, chamado O Estado Judeu, sugeria a criação de um Estado Nacional para abrigar os judeus da Europa.


A partir daí se consolidou esse movimento de nome sionismo, cujo objetivo era criar um Estado Nacional exclusivo para os judeus. Esse movimento é entendido como um movimento nacionalista que se estabeleceu como uma resposta judaica ao crescimento do antissemitismo no continente europeu.


O antissemitismo afetava judeus de todas as partes da Europa, sobretudo na Europa Central e Oriental. A resposta judaica a isso foi defender a criação de um Estado judaico, e o local escolhido foi a Palestina, região que foi habitada pelos judeus na Antiguidade, mas que tinha sido abandonada por eles na Diáspora em consequência da perseguição que sofriam dos romanos.


A grande questão é que a região era habitada pelos árabes palestinos havia séculos e séculos. Para garantir a formação de um Estado judaico naquela região, foi formada a Organização Sionista Mundial, que passou a atuar na compra de terras na Palestina para arrendá-la aos judeus.


Como aconteceu a criação do Estado de Israel?


A criação do Estado de Israel foi resultado da movimentação política internacional dos sionistas. Ao longo das décadas de 1910, 1920 e 1930, a população judaica na Palestina foi crescendo gradativamente. Além disso, os sionistas receberam a promessa do Reino Unido (que passou a controlar a região depois da Primeira Guerra Mundial) de criar um Estado judaico.


À medida que a presença judaica foi aumentando na Palestina, os problemas entre árabes e judeus também cresceram. Os palestinos começaram a se opor à presença judaica na Palestina, defendendo o seu direito a possuir aquela terra de maneira autônoma. Foi nesse cenário que a violência entre judeus e árabes ganhou força.


Os judeus formaram grupos paramilitares para se defenderem, como o Haganá e a Gangue Stern, atuando por meio de ataques terroristas. Os árabes, por sua vez, formaram forças militares para lutar contra o domínio britânico na Palestina e encerrar a migração judaica para a região. Com o tempo, a presença judaica aumentou, até que o fluxo de judeus para a Palestina ganhou enormes proporções durante a Segunda Guerra Mundial.


O Holocausto, genocídio de judeus na Europa pelos nazistas, criou as condições políticas para a criação de Israel. O Reino Unido abriu mão do seu mandato sob a Palestina, deixando a região em tensão nesse conflito entre árabes e judeus. A situação foi entregue para a ONU, que resolveu mediar o conflito estabelecendo uma proposta.


Por meio desta, a ONU aprovou, a partir da Resolução 181, a divisão do território da Palestina. Assim, 53,5% do território foi designado para ser Israel e 45,4% das terras seriam domínio dos palestinos, segundo a resolução da ONU. Os judeus ficariam com a maior parte do território, mesmo tendo apenas 30% da população.


A cidade de Jerusalém ficaria sob controle internacional. Os judeus sionistas aceitaram a proposta, mas os árabes palestinos não. Com isso, em 14 de maio de 1948 foi proclamada a fundação de Israel. O ato também deu início a um grande conflito entre israelenses e palestinos.


Quais são as consequências da criação do Estado de Israel?


Conflitos entre Israel e Palestina


A criação do Estado de Israel foi acompanhada de uma resposta dos países árabes vizinhos à Palestina que não concordavam com a criação de um Estado judaico em uma terra que previamente era habitada pelos árabes palestinos. De 1948 em diante uma série de conflitos aconteceram na região como fruto dessa disputa pelo território entre judeus e árabes.


O primeiro conflito foi a Primeira Guerra Árabe-Israelense, de 1948, em que diferentes nações árabes se uniram contra o recém-fundado Estado de Israel. Esse conflito teve duração de 1948 a 1949, se encerrando com a vitória israelense e a ampliação de seu território. Além disso, esse conflito ficou conhecido pela “nakba”.


Esse termo do árabe é traduzido como “catástrofe”, resumindo bem o que foi o conflito para os palestinos. As conquistas israelenses na guerra de 1948 fizeram com que cerca de 700 mil palestinos fugissem de suas terras. A ONU estima, atualmente, que o número de palestinos descendentes da “nakba” estejam em cerca de 5 milhões de pessoas. Até hoje o Estado de Israel não permite o retorno dessas pessoas.


Desde esse conflito travado entre 1948 e 1949, outras guerras entre israelenses e palestinos foram travadas:


Crise de Suez;


Guerra dos Seis Dias;


Guerra de Yom Kippur;


Primeira Intifada;


Segunda Intifada.


Os conflitos entre israelenses e palestinos seguem em curso, com pequenos intervalos de paz, embora a proporcionalidade de forças hoje seja incomparável. Enquanto Israel possui uma das forças militares mais poderosas do mundo, a Palestina não possui reconhecimento internacional nem mesmo um território estabelecido.


Questão palestina


Essa questão é justamente a luta do povo palestino pelo reconhecimento internacional da Palestina enquanto nação e pela delimitação do seu território. Muitos defendem a adoção da solução de dois Estados, isto é, a divisão do território para que Israel e Palestina possam coexistir de maneira pacífica.


A grande questão é que muitos observadores internacionais apontam que os palestinos são mantidos em um regime de apartheid por Israel. As condições de vida impostas aos palestinos na Faixa de Gaza são cada vez piores, e bombardeios israelenses na região são comuns. Isto além da dificuldade de acesso ao básico na região, como alimento, remédios, energia elétrica e água potável.


No caso da Cisjordânia, debate-se a progressiva ocupação do território por israelenses. Nas últimas décadas, o território palestino tem sido ocupado por assentamentos israelenses que forçam a migração da população palestina, se tornando alvo da violência cometida por forças militares israelenses.


Existem denúncias de programas contra palestinos, e muitos relatórios internacionais apontam que eles são tratados como cidadãos de “segunda categoria”, sendo abertamente discriminados. Depois de sete décadas, não há no horizonte uma previsão para o término desse conflito."


Escrito por : Daniel Neves Silva

Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.


https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-criacao-estado-israel.htm#Resumo+sobre+a+cria%C3%A7%C3%A3o+do+Estado+de+Israel


Fontes


ARMSTRONG, Karen. Jerusalém: uma cidade, três religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.


CAMARGO, Cláudio. Guerras Árabe-israelenses. In.: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2013.


OMER, Mohammed. Em estado de choque: sobrevivendo em Gaza sob ataque israelense. São Paulo: Autonomia Literária, 2017.


BBC BRASIL. Al-Nakba, a ‘catástrofe’ que mudou destino de palestinos em 1948 e está na raiz de conflito com israelenses. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-44108177.


sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

O Complexo Processo de Criação de Israel: Entenda porque a ONU dividiu desproporcionalmente a Palestina

 

Dag Vulpi


Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) desempenhou um papel crucial na divisão da Palestina, resultando na criação do Estado de Israel e no estabelecimento de um Estado árabe palestino. No entanto, ao longo das décadas, a questão da Palestina tornou-se um dos conflitos mais intratáveis e duradouros do mundo. Por trás da decisão da ONU de dividir a Palestina o reconhecimento do lado palestino foi suspenso.


O Complexo Processo de Criação de Israel: As Razões por Trás da Divisão da Palestina pela ONU


Em meados do século XX, o mundo testemunhou um momento crítico na história do Oriente Médio quando a Organização das Nações Unidas (ONU) desempenhou um papel fundamental na criação do Estado de Israel. A decisão de dividir a Palestina em dois Estados, um judaico e outro árabe, foi tomada em 1947, mas as implicações dessa ação ecoariam por décadas, alimentando um dos conflitos mais persistentes e complicados do mundo.


A motivação por trás da divisão da Palestina foi um subterfúgio para livrar a comunidade europeia de um problema causado pela mesma. O Holocausto chocou o mundo e a Europa, para se "livrar" do problema, sugeriu a criação de um Estado judeu. Além disso, a influência dos Estados Unidos no cenário internacional desempenhou um papel crucial na aprovação da Resolução 181 da ONU, que recomendava a partição da Palestina. Essas potências sugeriram que a criação de Israel seria um meio de influenciar a região e garantir um aliado estratégico na Guerra Fria.


No entanto, a divisão da Palestina gerou tensões e conflitos imediatos, desencadeando uma guerra entre os recém-estabelecidos Estados de Israel e os países árabes vizinhos. Como resultado, o lado árabe palestino viu-se fragmentado e incapaz de formar um Estado independente. A situação se agravou à medida que Israel expandiu seu território durante os conflitos subsequentes. Ocasionando na criação da faixa de Gaza e consequentemente o surgimento do grupo Hamas.


A crescente complexidade do conflito, incluindo questões de refugiados palestinos, territórios ocupados e disputas territoriais, levou a ONU a suspender o reconhecimento do Estado palestino. O processo de paz estagnou-se em meio a décadas de negociações e confrontos, tornando a questão palestina um dos desafios mais persistentes da diplomacia internacional.


A criação de Israel e a consequente divisão da Palestina pela ONU foram motivadas por fatores históricos, geopolíticos e humanitários complexos. No entanto, a persistente falta de resolução e a evolução do conflito ao longo dos anos tornaram a busca por uma solução duradoura uma tarefa árdua e desafiadora, que a comunidade internacional mostra-se incapaz de resolver.


A criação do Estado de Israel e o Conflito com os Palestinos

 

Dag Vulpi - 07 de novembro de 2023


A responsabilidade pela correção do ônus deve ser exclusiva daqueles que o provocaram, arcando, sem transferências, com a totalidade das suas consequências.


O Holocausto foi a perseguição sistemática e o assassinato de 6 milhões de judeus europeus pelo regime nazista alemão, seus aliados e colaboradores. O Holocausto foi um processo contínuo que ocorreu por toda a Europa entre os anos de 1933 a 1945


O antissemitismo foi a base do Holocausto. O antissemitismo, o ódio ou preconceito contra os judeus, era um princípio básico da ideologia nazista. Esse preconceito, que já era disseminado, piorou em toda a Europa.


O sionismo, por sua vez, foi um movimento que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina como solução ao antissemitismo na Europa.


Após o Holocausto e o lobby de campanhas imigratórias promovidas pelos defensores do sionismo. Foi criado o Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948, por intermédio da Organização das Nações Unidas. Dividindo a Palestina. Essa decisão resolveu um problema na Europa, mas desencadeou um conflito duradouro entre judeus e palestinos,


Essa decisão histórica resolveu um problema iminente na Europa, fornecendo um refúgio para os judeus europeus. No entanto, criou um problema igualmente significativo entre os judeus recém-chegados e a população árabe palestina, que habitava a região há gerações. O choque de interesses territoriais e culturais deu origem a um conflito complexo que persiste até hoje.


Uma das consequências diretas dessa divisão foi o controle da Faixa de Gaza, que inicialmente era parte da Palestina. O Hamas, um grupo islâmico palestino, emergiu como um ator importante no conflito. O grupo se opõe a Israel e defende a criação de um Estado palestino independente, usando métodos frequentemente violentos para buscar seus objetivos.


O conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza tornou-se uma das questões mais intratáveis no cenário internacional, com sérias implicações humanitárias e políticas. A criação do Estado de Israel em 1948 resolveu um problema urgente, mas gerou um conflito duradouro que continua a moldar a geopolítica da região e desafia a busca por uma solução pacífica.


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Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

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Dag Vulpi

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