O
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje
(21) contra a revisão dos termos do acordo de delação premiada da JBS. Com o
voto do ministro, que também é contra a mudança de relator, o placar da votação
está em 2 votos a favor da manutenção do acordo. Após o voto de Moraes, a
sessão foi suspensa e será retomada amanhã.
Saiba
mais:
Moraes
acompanhou o voto do relator, Edson Fachin. Para o ministro, na fase de
homologação, cabe ao Judiciário verificar somente a legalidade do acordo, sem interferência
nos benefícios da delação e nas declarações dos investigados ao Ministério
Público.
Na
sessão de amanhã, devem votar os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber,
Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso
de Mello e a presidente, Cármen Lúcia.
O
julgamento foi motivado por uma questão de ordem apresentada pelo ministro
Edson Fachin, relator dos processos que tiveram origem nas delações da empresa.
Os questionamentos sobre a legalidade dos acordos da JBS foram levantados pela
defesa do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, um dos citados
nos depoimentos dos executivos da empresa. A defesa contesta a remessa do
processo a Fachin, além dos benefícios concedidos ao empresário Joesley
Batista, um dos donos da JBS.
Em
depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o empresário explicou como
funcionava o esquema de pagamento de propina a políticos e confirmou que foram
repassados recentemente cerca de R$ 500 milhões a agentes públicos.
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