terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Comissão diz ter reunido provas de assassinato de JK


A Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, em atividade na Câmara Municipal de São Paulo, anunciou que vai divulgar hoje um relatório no qual diz ter evidências de que o ex-presidente Juscelino Kubitschek foi assassinado.

O documento, de 29 páginas, promete apresentar "90 indícios, testemunhos, contradições, controvérsias e questionamentos" levantados para concluir que JK foi morto em 22 de agosto de 1976, e não vítima de um acidente automobilístico na Rodovia Presidente Dutra. Na ocasião, o motorista do ex-presidente, Geraldo Ribeiro, também morreu.

Saques na Argentina


Blog Dag Vulpi - Depois de as autoridades confirmarem a morte de um manifestante na madrugada de ontem na região de Entre Ríos, governada por um aliado da presidente Cristina Kirchner, o governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli — cotado para disputar a Casa Rosada pela corrente kirchnerista, em 2015 —, interrompeu uma viagem ao Brasil para anunciar um aumento no soldo dos policiais. Com os agentes em greve, a onda de saques iniciada na semana passada em Córdoba se estendeu para as províncias de Catamarca, San Juan, Río Negro, Chubut, Neuquén, Santa Fé e La Rioja. Desde o início dos distúrbios, foram registradas três mortes.

Hollande negociará caças com Dilma


Por Paulo Silva Pinto
Blog Dag Vulpi — Os franceses contam com a visita do presidente François Hollande ao Brasil, na quinta e na sexta-feira, para destravar o processo de escolha dos novos aviões de combate da Força Aérea Brasileira (FAB) de forma favorável à venda do modelo produzido pelo país, o Rafale F3. Uma prova de que não há chance de o assunto ser esquecido na pauta de conversas entre Hollande e a presidente Dilma Rousseff é o fato de que a comitiva francesa inclui Éric Trappier, o principal executivo da Dassault, empresa que lidera o consórcio Rafale.

Os absurdos do caso dos trens em SP e como atua a máquina de “assassinar reputações” denunciada por Tuma Jr.

A Justiça Federal de São Paulo enviou nesta terça para o Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito que investiga a eventual formação de cartel e pagamento de propina a agentes públicos na compra de trens em São Paulo. Vamos ver se consigo ser didático ao explicar por que isso acaba sendo uma espécie de cereja no bolo da lambança jurídico-política — ainda que o juiz, em si, não tenha nada com isso.

1 – Por que o inquérito está sendo enviado ao Supremo? Porque envolve autoridades com foro especial por prerrogativa de função — há deputados federais sendo acusados.

2 – Mas esperem: se só está indo ao STF porque existem essas autoridades sendo acusadas, por que, então, o papelório todo não foi enviado, desde o princípio, à Procuradoria-Geral da República? Ou será que a Polícia Federal admite que fazia uma investigação ilegal de parlamentares com direito a foro especial? E que se note: foro especial não é sinônimo de privilégio.

3 – As respostas às questões do item nº 2 são simples. O material não havia sido enviado à Procuradoria-Geral da República porque, simplesmente, as tais autoridades não haviam sido citadas por ninguém.

4 – No acordo de delação premiada que fez com a Polícia Federal e no acordo de leniência que assinou no Cade, Everton Rheinheimer, ex-diretor da Siemens, não havia citado autoridade nenhuma do governo de São Paulo. Parece que isso tudo só se deu a posteriori, quando se achou que o caso não estava sendo politizado o bastante.

5 – O que terá acontecido no percurso? Nas suas várias conversas com a PF, será que Rheinheimer foi se lembrando do acontecido?

6 – Depois que o ministro José Eduardo Cardozo — que terá de explicar à Comissão de Ética Pública — foi chamado às falas pela oposição, o que houve? Começaram a aparecer as “provas” contra as autoridades, que antes não existiam?

7 – A própria procuradora Karen Louise Kahn, do Ministério Público Federal em São Paulo, manifestou-se contra o envio do inquérito para o STF. Razão? Ela não vê indícios ou provas suficientes contra os políticos com foro privilegiado citados nos depoimentos da investigação.

8 – O que se está procurando fazer, na verdade, é empurrar para a frente um imbróglio que é de natureza política.

9 – A Justiça Federal, prudentemente, resolveu emitir uma nota em que se lê: “A remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal não implica reconhecimento pelo magistrado responsável pela supervisão do inquérito da existência de indícios concretos de práticas criminosas pelas autoridades referidas, fundamentando-se apenas no entendimento de que compete ao STF supervisionar eventuais medidas investigatórias relacionadas a tais autoridades.”

10 – Qual é o trâmite agora? No Supremo, o caso ganhará um ministro relator. Ele enviará o material para a Procuradoria-Geral da República, que dará o seu parecer, que pode ou não ser acatado pelo ministro. Se a PGR disser “sim”, e o ministro achar que “não”, o órgão pode entrar com um agravo para que o pleno se manifeste.

11 – Atenção! Ainda que o inquérito seja sigiloso — a despeito dos vazamentos —, sabe-se que não traz absolutamente nada contra as autoridades tucanas, a não ser a acusação feita pelo ex-diretor da Siemens, que depois negou ser o autor das acusações.

Romeu Tuma Jr. está sacudindo os meios políticos com um livro em que denuncia a máquina petista, incrustada no estado, de produzir e esquentar dossiês contra adversários. Não só isso: também acusa o governo de fazer corpo mole quando se trata de investigar os seus pares. O caso dos trens de São Paulo, diga-se, está no livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”.

Sobram evidências de formação de cartel na construção dos metrôs de Belo Horizonte e Salvador. Para mais informações, leia post, que remete a outros links. Ora, segundo o delegado da Polícia Federal que apurou o caso em São Paulo, um certo João Roberto Zaniboni é só um lobista pagador de propina. É mesmo?

Ocorre que, como noticiou o Painel da Folha, o tal Zaniboni, ex-diretor da CPTM condenado na Suíça por lavagem de dinheiro e indiciado no Brasil sob suspeita de atuar em cartel em contratos de trens em São Paulo, “também recebeu da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), empresa de economia mista ligada ao governo federal. A Focco, empresa da qual Zaniboni era sócio até agosto, tem contrato de R$ 4,6 milhões para consultorias em obras de metrô que integram o PAC. A Focco tem 50% de participação no consórcio contratado em dezembro de 2012 para fazer consultoria técnica, apoio ao gerenciamento e supervisão dos contratos de fornecimento de equipamentos para as regionais da CBTU em Belo Horizonte, Natal e João Pessoa. Segundo o advogado de Zaniboni, Luiz Fernando Pacheco, a empresa recebeu R$ 500 mil, ou 24,5% de sua parte do contrato. O relatório de gestão da CBTU informa que os R$ 4,6 milhões já foram empenhados e liberados e estão inscritos nos restos a pagar de 2012.”

E aí?

É só isso? Não! Informa também o Painel: “O contrato com a CBTU não apareceu até agora nem no inquérito da Polícia Federal, no qual a Focco e Zaniboni são citados, nem na apuração aberta pelo Cade sobre cartel. A empresa está com bens bloqueados em função das investigações sobre contratos em São Paulo.”
É isso aí. O governo federal pagou a consultoria feita por aquele que a PF chama “lobista”, condenado por lavagem de dinheiro na Suíça. A PF não investiga nada. O Cade não quer saber. Quer dizer que, quando ele trabalha para entes ligados ao PT, ele é “consultor”; quando trabalha para os tucanos, é “lobista”, é isso?

Encerro

Notem: eu não pertenço a essa súcia que sai por aí defendendo criminosos em troca do rico dinheirinho de estatais. Que cada um pague por aquilo que fez. Em São Paulo ou em qualquer lugar. O que é inaceitável é que a Polícia Federal, o Ministério da Justiça e o Cade selecionem os seus alvos, deixando de lado as investigações que comprometem o governo federal. Ah, sim: a minha recomendação NÃO É para livrar a cara de todos. É para não livrar a cara de ninguém.

Quanto ao inquérito que chega ao STF, ele é de tal sorte frágil que dificilmente seguirá adiante. Ministros não costumam abrir inquérito só porque um delegado da predileção de José Eduardo Cardozo é muito convicto.


Por Reinaldo Azevedo

STF avalia financiamento eleitoral

O Estado de S. Paulo - 09/12/2013

O Supremo Tribunal Federal agendoupara esta quarta-feira o julgamento de uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que visa declarar a inconstitucionalidade do financiamento privado de campanhas eleitorais.

A OAB também pretende que sejam proibidas doações de pessoas jurídicas a partidos políticos e que haja novos limites para o financiamento de campanhas e de siglas por pessoas físicas. A ideia é que o Congresso reformule posteriormente o teto atual, no qual pessoas físicas podem doar até 10% dos seus rendimentos brutos no ano anterior à eleição. A legislação atual também prevê que pessoas jurídicas possam doar até 2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição.

Tarso Genro rebate Tuma jr: não houve dossiês


Do site Brasil 247
Acusado pelo ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, de ter engavetado pedidos de investigação que atingissem o governo na época em que era ministro da Justiça, durante o governo Lula, Tarso Genro, hoje governador do Rio Grande do Sul, afirma em nota ter encaminhado "todas as denúncias que recebeu com indícios de corrupção formalmente para a Polícia Federal"; diz ainda que, durante sua gestão, "não foi produzido qualquer dossiê contra qualquer governador ou partido político", conforme acusa o delegado.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, rebateu as acusações que recebeu do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior em seu livro "Assassinato de reputações – um crime de Estado", divulgado pela revista Veja como um "livro bomba" neste final de semana. Segundo o delegado, Tarso Genro, na época em que era ministro da Justiça, comandou uma fábrica de dossiês contra inimigos políticos do governo Lula.

Em entrevista à Veja, Tuma Júnior declarou ter enviado para Tarso Genro denúncia sobre uma conta no exterior que serviria como "lavanderia para o mensalão". "Mandei cópia para o ministro Tarso Genro apurar isso, e espero a resposta até hoje", disse. O petista diz desconhecer detalhes da denúncia, mas nega ter sido engavetador.

Em nota divulgada neste domingo, o governador esclarece ter encaminhado "todas as denúncias que recebeu com indícios de corrupção formalmente para a Polícia Federal". O ex-ministro acrescenta ainda que "todas as secretarias do Ministério da Justiça detinham total autonomia para encaminhar evidências de crimes ou irregularidades diretamente à Polícia Federal".


A respeito da produção de dossiês a pedido do governo, tema central do livro, Tarso Genro afirma que "não foi produzido qualquer dossiê contra qualquer governador ou partido político" enquanto ele comandou o ministério da Justiça (de 2007 a 2010). Segundo Tuma Júnior, os dossiês fabricados a pedido do governo atingiram, entre outros nomes, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o ex-senador Tasso Jereissati (leia mais AQUI).

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

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