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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Thiago Lacerda bate boca na web por causa de nu artístico: 'Boçais!'


O ator mandou um recado daqueles para seus seguidores.

Geralmente alheio a polêmicas, Thiago Lacerda comprou uma briga e tanto com seus seguidores no Instagram nessa terça-feira (17). Isso porque depois de compartilhar uma imagem com o francês Henri-Émile-Benoît Matisse pintando uma mulher nua, o ator foi duramente criticado pelos internautas e resolveu soltar o verbo, xingando os críticos de "boçais" e "reprimidos".

"Falta nu na vida dessa gente. Gente com cabeça de pedófilo", disse o galã. "São mesmo uns boçais! Falta civilidade, educação, senso crítico, referência estética e intelectual! Falta museu, falta nu na vida dessa gente hipócrita e reprimida! Gente com cabeça de pedófilo reproduzindo textinho de terceiros sem saber nem o que significa... 

Sem saber nem o que eles próprios são capazes de concluir sobre qualquer coisa por mais simples que seja. Tá Feia a Coisa! Mas Resistiremos! Humildemente e Magnanimamente! Aos estúpidos, o silêncio, a resiliência e os emojis!", desabafou Thiago na rede social.

Depois que algumas pessoas sinalizaram que pararam de segui-lo, ele mandou um recado para os demais. "Não tenho paciência! E, sim, tenho o direito de sugerir que saiam! Sendo mais claro, que 'Vazem'! Assim como as pessoas têm o direito de seguir ou não! Aliás... Fica a dica!", comentou ele.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Em musical de Chico Buarque, ator faz crítica a Lula e Dilma e plateia reage




A peça Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos teve a sessão de hoje (20) em Belo Horizonte suspensa depois que o ator Cláudio Botelho provocou um impasse durante apresentação de estreia ontem (19) à noite. Em uma cena, ele improvisou e mencionou a prisão de um ex-presidente e referiu-se a Dilma Rousseff como "presidente ladra". O evento, no Sesc Palladium, na região central da capital mineira, teve de ser cancelado após o tumulto provocado na plateia.

No musical, Cláudio Botelho interpreta o protagonista: o líder de uma companhia teatral que transita por cidades do interior do país. Além das cenas em que atua, ele é também quem narra a história com base em alguns monólogos. Numa das falas, ele anunciou: “era também a noite em que um ex-presidente ladrão foi preso”. Em seguida também fez sua menção à presidenta Dilma Rousseff.

Conforme variados relatos nas redes sociais, parte dos presentes imediatamente puxou uma vaia e gritos de “não vai ter golpe”. Outra parcela do público começou a aplaudir. Diante da situação, diversas pessoas começaram a deixar o local, ao mesmo tempo em que o ator disse que não se importava e que retomaria o espetáculo após a saída dos descontentes. O coro de “não vai ter golpe” ganhou força novamente, intercalado também com gritos de “Chico”.

Avisada da situação, a Polícia Militar mandou três viaturas para o local. Diante da tensão, o diretor da peça declarou a sessão encerrada e informou que os valores dos ingressos seriam devolvidos.

Repercussão
O Sesc e a Pólobh, produtora responsável pelo evento, divulgaram hoje (20) nota conjunta de esclarecimento. Eles reiteraram que são “instituições apartidárias” e pediram desculpas pelos transtornos gerados. A sessão de hoje (20) está suspensa. “Compreendendo o momento pelo qual o país passa e primando pela segurança de todos, optamos pelo cancelamento da sessão prevista para este domingo”, registra o texto.

A postura do ator foi novamente criticada após o vazamento de um áudio do camarim, em que ele discute com outros integrantes do elenco. “O artista no palco é um rei! Não pode ser peitado. Não pode ser interrompido por um negro, por um f.d.p.”, diz ele, dizendo-se censurado por petistas. Uma atriz discorda de Cláudio Botelho e diz que a plateia tem direito de vaiar uma provocação.

Divulgado pelo movimento Mídia Ninja, o diálogo está disponível em https://soundcloud.com/midia-ninja/claudio-botelho. A Agência Brasil não pôde comprovar a autenticidade do áudio.

Para Rosemary de Souza Silva, que estava na plateia, o ator não tem o direito de provocar pessoas que estavam em busca de lazer e de “um parêntese nessa vida tumultuada”. Ela também disse que a fala de improviso contradiz o pensamento do próprio Chico Buarque. “Sabemos bem quem é Chico Buarque de Holanda, o que ele representou na história do país e o que ele pensa do contexto político atual.”

Também presente à peça, Adriana Batista saiu em defesa do ator: "A turma do PT encerrou o musical. Parabéns petistas, vocês foram mais eficientes que a censura do AI5".

Nas redes sociais, internautas entraram na página de Chico Buarque e do espetáculo para divulgar a hashtag #vetachico. Eles pedem que o compositor impeça o ator de seguir com a peça que leva seu nome.

domingo, 30 de novembro de 2014

Mais que ideologia, o ódio ao PT é um fenômeno a ser explicado


Por Fernando Vieira  em 28 de outubro de 2014

Desde o fim das eleições e a vitória de Dilma Rousseff as redes sociais estão inundadas de declarações de ódio que beiram o fascismo: “nordestinos acabaram com o Brasil”, ”Vocês, seus pobres e miseráveis vão continuar na merda”, ”votaram em Dilma e acabaram com nosso país”, ”haverá uma ditadura comunista”, ”odiamos o PT”, ”vou embora do Brasil por que eu posso, seus pobres miseráveis”, ”vão continuar dependendo de Bolsa Esmola pra viver”, algumas declarações feitas no Facebook são um exemplo disso.

Certa moça diz que deixará o Brasil, pois ela, diferentemente dos “miseráveis” que votaram em Dilma tem condições de ir morar em Orlando (EUA) junto com seu pai, deixa claro que: ”eu sou rica, não preciso de bolsa esmola”.

Mas, de onde vem tanto ódio? O que fez o PT para causar tamanho ódio? Serão apenas os escândalos de corrupção que, atentando contra certa moralidade (roubar é feio) despertam o ódio? Ou será algo mais? Ora, devemos descartar a hipótese da corrupção, segundo o TSE os partidos mais corruptos (envolvidos em um maior número de casos de corrupção) são o DEM e o PSDB, não o PT. Ou seja, direcionar o ódio a corrupção, não é o mesmo que direcionar o ódio ao PT, afinal, ele não criou a corrupção, e nem tampouco é o único a praticá-la, portanto, tal justificava não é suficiente para explicar este fenômeno. Escrevo sem pretensões de esclarecer o fenômeno, um curto texto não é capaz de explicar tal ódio.

Se a corrupção é apenas o verniz do ódio pregado ao PT, e que se revela, neste período pós-eleitoral como um ódio muito mais profundo ( ao nordestino, ao negro, aos miseráveis), de onde surge o ódio contra o PT? Quero considerar este ódio em dois níveis:

1-) O ódio que a ”elite” (sobretudo a classe média tradicional) tem ao PT, é, segundo penso, um ódio direcionado ao fim do privilégio da exclusividade frente ao acesso a bens e espaços de poder. Trazendo a tona uma reflexão um tanto freudiana sobre o tema, me arrisco a dizer que a ”elite” tinha sua libido, seu fluxo libidinal (considerando libido como a força desejante) direcionado a ”exclusividade”, seja a de ter acesso a um carro do ano, a um notebook, a internet ou ter acesso a Universidade, ao diploma, às viagens no exterior. Havia entre a “elite” e estes ”acessos” uma relação clara de exclusividade. O “Outro”, pobre geralmente, da classe trabalhadora, não teria acesos a tais bens. A exclusividade, produzia o gozo do fluxo libidinal, semelhante a paixão. Quando alguém está apaixonado, direciona ao ser “amado” sua libido, se um Terceiro surge e rompe a exclusividade do ser amado, então, aquele que rompeu será o alvo de uma espécie de fluxo libidinal destrutivo, o ódio. Este ódio que a Elite tem do PT, é, portanto, o ódio ao agente da perda da exclusividade.

Recorrendo ao filósofo esloveno Slavoj Žižek e a “Realidade do Virtual”, entendo que em nossa ”Era Cínica” assumir o ódio ao partido que retirou a tal “exclusividade” seria “feio” ou politicamente incorreto, afinal, demonstraria certo desejo de segregação, o ódio ao PT, que é o ódio ao rompimento do fluxo libidinal da exclusividade, seria, então, escondido atrás do ódio à corrupção.

Para que este ódio a corrupção se consolide como justificativa há o envolvimento de dezenas de meios de produção e enunciação da verdade: revistas , mídias televisivas, militância virtual, superexposição midiática dos escândalos de corrupção. Tais discursos constroem a justificativa para a existência do ódio, fundado, em verdade, na perda da exclusividade e desejo de segregação.

Entretanto, resta-nos a pergunta: Mas e a nova classe média? Tão beneficiada pelos 12 anos de Governo do PT, como se explica o ódio que ela ( sobretudo alguns jovens) demonstraram em relação ao PT? Ora, é neste ponto que vamos ao item 2 da tentativa de compreender este ódio;

2-) Há na história do Ocidente, e na história do Brasil, um fenômeno que pode ser chamado de ” colonização da subjetividade”, ou a ” síndrome do vira latas”, ou seja, pensar, supor que aquilo que é estrangeiro é melhor do que o que é nacional, e pensar que, aquilo que pertence à “elite” é melhor do que o que pertence ao pobre, ao trabalhador. É supor, por exemplo, que a opinião do Neymar, em termos políticos, seja mais importante que a opinião de qualquer outro jovem na casa dos 20 anos. De modo que o ódio, nascido na elite se reflete e é apropriado subjetivamente pela nova classe trabalhadora e por alguns pobres. Tal fenômeno ocorre na medida em que há a crença na superioridade do outro. Superioridade essa que é historicamente construída, seja na relação escravo-senhor, seja na relação patrão-empregado.

Nas falas que mencionei ( de ódio) as pessoas fazem questão de diferenciar-se: ”Eu sou rica”, ” Eu posso deixar o país”, precisam marcar o território das diferenças entre a classe a qual pertencem e os demais. Dizem ainda ”eu tentei ajudar vocês, mas vocês votaram na ‘porra’ da Dilma”, colocando-se, deste modo, em posição superior no discurso “eu tentei ajudar vocês”, é a sinhazinha, a Sinhá, que tenta ajudar o de baixo. É a lógica da filantropia, da filhinha do coronel que quer dar aula pros pobres. É a lógica de que eles querem nos ajudar a crescer pelo nosso esforço, quando não criam, nada além de amarras objetivas e subjetivas para a manutenção da sujeição dos pobres, negros, índios, LGBTs, e da Classe Trabalhadora.

Creio que este ódio ao PT mereça estudos. Pois, ele faz parte de uma onda fascista que tem surgido no Brasil, sobretudo em São Paulo. E, nós, da esquerda, precisaremos fazer frente a tais discursos. Dilma ganhou, mas tempos de embates maiores e mais comovidos estão por vir.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Direita brasileira assumida e radicalizada



Eleições de 2014 consolidaram a figura do direitista que se assume como tal, mas posições extremadas buscam trazer à tona fantasmas de um passado sombrio e não contribuem para um debate democrático sadio.

Por Glauco Faria e Maíra Streit

Socialites e executivos engravatados caminham lado a lado em manifestações pedindo o impeachment da presidenta. Internautas exaltados vociferam insultos preconceituosos contra nordestinos nas redes sociais. Jovens que nunca viveram o período da repressão exigem do Exército um golpe militar, a exemplo do que ocorreu em 1964, quando teve início uma das páginas mais sangrentas da nossa história.

Não há mais dúvidas. Parte da direita perdeu a vergonha de defender seus ideais e agora luta para consolidar, no país, um projeto político dos mais reacionários. De acordo com dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a formação do Congresso Nacional eleita em 2014 é a mais conservadora dos últimos 50 anos. O aumento no número de militares, religiosos e ruralistas na Câmara e no Senado seria um reflexo desse novo cenário. Pautas como aborto, descriminalização das drogas e casamento homoafetivo, tão debatidas durante as eleições, dificilmente deverão ser abordadas de forma mais séria e contundente pelos parlamentares.

Na prática, o que pode ser considerado como “onda conservadora” é algo que vem sendo promovido há tempos. Em 2012, Fórum publicou uma matéria em sua edição impressa de outubro chamando a atenção para o fato de que existia àquela altura uma proliferação de medidas proibitivas. Estas eram usadas como arma político-eleitoral de setores conservadores, agradando uma parcela significativa da sociedade brasileira. As medidas eram fartas e variadas, envolvendo desde um projeto no Senado que pretendia tornar crime produzir e distribuir jogos de videogames ofensivos “aos costumes e às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos”, passando pela censura às manifestações contra a CBF da parte de torcidas em estádios de futebol e chegando a casos inusitados como a proposta de um vereador de Vila Velha (ES) para proibir que noivas da cidade se casassem sem roupas íntimas por baixo do vestido.

O sociólogo Rudá Ricci destacava, na ocasião, que a ressonância de tal conservadorismo poderia estar associada à emergência de uma nova classe C. “Esse pessoal, que representa 53% da população brasileira, tem medo de voltar à pobreza, são consumidores vorazes e não gostam de nada que afete a ordem. São muito conservadores, fechados na família, porque a família sempre esteve com eles. Eles não confiam em nada do que é público e são extremamente pragmáticos”, apontava, ressaltando ainda a correlação entre um certo tipo de comportamento com as eleições de 2012. “Ou seja, uma foto, um dado dessa hipótese é justamente o discurso dos candidatos favoritos este ano nas eleições municipais. Quem falou de mazelas e mudanças não consegue ganhar a eleição. Quem fala em sucesso e defesa do direito do consumidor está sempre na frente, porque essa parcela da população quer o sucesso individual e familiar. São contra o aborto, contra a diferença”, avaliou.

No ano seguinte, o Brasil viveu as grandes manifestações de junho de 2013, apontadas por especialistas como o estopim para a organização de um grupo de insatisfeitos que são “contra tudo isso que está aí”, mas que nem sempre possuem o discernimento necessário para compreender o atual contexto político do país. Sem bandeiras definidas, mas pedindo mudanças de forma genérica, a contradição das mobilizações acabou por eleger representantes até mais conservadores do que os que existiam até então.

Durante a disputa presidencial, grupos de direita, antes restritos aos meios virtuais, passaram à condição de personagens por vezes centrais do processo eleitoral ao priorizarem o combate ao PT com base em um discurso que atribuía à legenda e ao governo Dilma rótulos da época da Guerra Fria como “comunistas” e alguns mais modernos mais igualmente inadequados, como “bolivarianos”. A verborragia discriminatória tomou proporções inimagináveis. A insatisfação virou rancor e o rancor, rapidamente, deu lugar ao ódio. Casos de constrangimento em função de preferência política e mesmo de violência verbal e até física tornaram-se comuns, tingindo a disputa presidencial com uma agressividade vista em poucas ocasiões.

O professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Breno Cypriano, afirma que os debates foram bem menos propositivos do que deveriam pois a oposição parecia pouco aberta ao diálogo e mais preocupada em desqualificar seus oponentes. “A postura de partidos de direita, e o PSDB liderou todo esse bloco, serve-nos como exemplo para se entender como a busca desenfreada e inconsequente por um sistema político e econômico liberal gera na sociedade a valorização do conflito e, por conseguinte, a busca pela eliminação do adversário”, ressaltou.

“O PSDB, como todo partido que concorre a votos eleitorais, não pode, numa disputa, se dar ao luxo de escolher eleitores, separá-los entre votos bons e votos maus. O que ocorreu é que, assim como em 2010 com Serra, o PSDB aceitou o papel de porta-voz da extrema-direita brasileira. Suas lideranças políticas ou intelectuais (Fernando Henrique, José Serra, José Arthur Giannotti) não foram aos jornais reprovar o discurso alucinado dessa direita alucinada contra o governo. Tratou-se, a meu ver, de cálculo eleitoral”, avalia Adriano Codato, doutor em Ciência Política pela Unicamp e professor de Ciência Política na Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Se o PSDB irá aceitar esse papel de agora em diante, a ver. De toda forma, parece ter havido uma diluição da marca partidária, que de ‘social-democrata’ corre o risco de ser identificado, pelas esquerdas, como ‘social-fascista’.”

De fato, na disputa de 2014 os tucanos abraçaram, até mesmo oficialmente, parte de um discurso de direita radical para atrair o apoio e o voto de um segmento do eleitorado que rejeita o petismo o associando ao “comunismo” ou a um “projeto internacional” de esquerdas. Em mais de um debate no segundo turno e mesmo no primeiro, Aécio Neves atribuiu a países vizinhos, que seriam “produtores de drogas” a culpa pelos altos índices de criminalidade no Brasil, alusão à política externa dos governos recentes que reforçaram a relação Sul-Sul. Também trouxe em mais de uma ocasião os investimentos do BNDES no Porto de Mariel, em Cuba, tema recorrente em páginas de extrema direita nas redes sociais desde muito antes das eleições. Sua campanha chegou a inventar um personagem, o “Godzilla cubano”, para ilustrar em um vídeo a proximidade do governo Dilma com o país caribenho.

Para Cypriano, a reação exagerada da direita deve-se ao receio de ter seus privilégios ameaçados, já que a elite era vista historicamente como prioridade pelo governo e, com as políticas sociais implementadas pela gestão petista nos últimos doze anos, isso mudou. “Manter privilégios é manter-se diferente ou melhor/superior ao outro. O medo dessa direita é que o outro, que antes não tinha acesso a quase nenhum recurso, possa ser igual, possa usufruir os mesmos benefícios que eles sempre tiveram”, explica.

Na opinião do especialista, o desenvolvimento desigual no Brasil – percebido principalmente pela concentração de renda nas regiões Sul e Sudeste – e o endosso dos grandes veículos de comunicação a um discurso mais conservador, apoiados pelo capital privado, seriam alguns dos fatores que explicariam o fortalecimento de movimentos da direita no país.

Nesse aspecto, tomando-se uma declaração dada pela presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ) em 2010, Judith Brito, de que cabia à imprensa fazer “de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”, alguns dos líderes opositores atuais são colunistas e publicações que deram guarida a essa direita com suas considerações ofensivas e basicamente anti-petistas. Um deles se notabilizou por chamar o ex-presidente Lula de “apedeuta”; outro escreveu um livro cujo título se referia ao petista como “minha anta”, e um terceiro fez um concurso virtual de ofensas a Lula. Com espaço na mídia, inclusive televisiva, estes e outros jornalistas se tornaram uma triste referência para uma direita raivosa que foi às ruas. Também não é à toa que na última manifestação a favor de Aécio Neves em São Paulo, no sábado anterior à eleição, o material que mais se via entre os manifestantes era a capa da revista Veja, cuja distribuição como propaganda havia sido proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

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