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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Marcelo Odebrecht cita conta para Lula e Palocci em depoimento a Moro


Agência Brasil

O empreiteiro Marcelo Odebrecht afirmou, em seu depoimento de delação premiada ao juiz Sérgio Moro, que políticos ligados ao PT tinham à disposição da empresa uma espécie de conta de crédito na qual solicitavam recursos para bancar campanhas eleitorais.

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Marcelo disse que tratava dos repasses com o ex-ministro Antonio Palocci e que determinadas quantias chegaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os depoimentos de segunda-feira (10) estavam em sigilo, mas foram tornados públicos na manhã de hoje (12).

O empresário, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba em função das investigações da Operação Lava Jato, prestou depoimento no processo em que Palocci é réu pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.  Na oitiva, Marcelo Odebrecht relatou que  Palocci era responsável pelas indicações de pagamentos que deveriam ser feitos a campanhas políticas. Segundo o empreiteiro, os recursos eram depositados em uma conta informal que o PT tinha com a empreiteira em troca de favorecimentos.

"Eu combinei com o Palocci o seguinte [...] a gente sabia que ia ter demandas de Lula,  a questão do instituto e para outras coisas. Então, a gente disse foi seguinte [...]. Vamos pegar e provisionar uma parte saldo, botamos R$ 35 milhões no saldo amigo, que é Lula. Então [...]  para o uso que fosse orientação de Lula", diz trecho do depoimento.

O empreiteiro disse que os fatos ocorreram quando Lula já tinha deixado a presidência e contavam com sua influência sobre o PT. Durante o depoimento, Marcelo disse que Lula nunca pediu recursos diretamente a ele e que os repasses teriam sido combinados com Palocci.

"As duas únicas comprovações que eu teria de que Lula, de certo modo, tinha conhecimento da provisão, foi quando veio pedido para a compra do terreno do Instituto IL [Lula]. Eu não consegui me lembrar se foi via Paulo Okamotto [presidente do instituto]  ou via Bumlai [José Carlos, amigo de Lula], mas com certeza foi um dos dois, depois eu falei com os dois. Deixei bem claro que se eu fosse comprar o terreno, sairia do valor provisionado. A gente comprou o terreno, saiu do valor provisionado, a gente vendeu o terreno e voltou a creditar", explicou.

A defesa de Lula afirmou que todas as 102 testemunhas ouvidas nos processos a que o ex-presidente responde não deram qualquer declaração que pudesse envolver Lula em ato ilícito relativo à Petrobras ou às propriedades que lhe são indevidamente atribuídas, especialmente o apartamento do Guarujá e o sítio de Atibaia. Os advogados de Palocci afirmaram que o ex-ministro nunca fez solicitações de vantagens indevidas para campanhas do PT.

quinta-feira, 23 de março de 2017

CPI da Previdência é criada com assinatura de 61 senadores


Agência Brasil
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência foi criada com assinaturas válidas de 61 parlamentares, informou a Secretaria-Geral da Mesa Diretora do Senado. O requerimento para criação da CPI foi protocolado dia (21) à tarde pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e lido à noite no plenário da Casa.

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O Senado tem 81 parlamentares e, para instalar, uma CPI é necessário o mínimo de 27 assinaturas. O requerimento foi lido em plenário com 58 assinaturas e teve mais adesões até a meia-noite de ontem, prazo final para inclusão e retirada de nomes.
Lido no plenário pelo vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o requerimento diz que a comissão vai “investigar a contabilidade da Previdência Social, esclarecendo com precisão as receitas e despesas do sistema, bem como todos os desvios de recursos, sejam anistias, desonerações, desvinculações, sonegação ou qualquer outro meio que propicie a retirada de fontes da Previdência, focando não somente nos valores, mas também nos beneficiários desses desvios”.

Ao protocolar o pedido de criação da CPI da Previdência, Paim disse que o é analisar os números do setor, identificar casos de fraudes e sonegações e rebater a tese de que o setor é deficitário.

Para a instalação da comissão e o início dos trabalhos, os líderes partidários devem indicar os parlamentares que vão integrá-la. Serão sete titulares e cinco suplentes. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 120 dias, prorrogável por mais 60 dias, caso haja aprovação no plenário do Senado. Ao final, a comissão envia à mesa, para conhecimento do plenário, relatório e conclusões.

Atualmente, a Câmara dos Deputados discute, em comissão especial, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência e faz alterações na idade para aposentadoria e no prazo de contribuição.

terça-feira, 21 de março de 2017

Oposição protocola no Senado requerimento para CPI da Previdência


Agência Brasil
Senadores de oposição protocolaram, na Mesa Diretora do Senado, requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS) para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social.

O objetivo da CPI será analisar os números da Previdência no Brasil e identificar casos de fraudes e sonegações que venham colaborando para o rombo nas contas da seguridade social. “O objetivo é mostrar que há superávit, combater a fraude, a sonegação, combater a corrupção. Vamos ver quem são os 500 maiores devedores e quanto devem”, disse o autor do requerimento após o protocolo.

O requerimento tem 46 assinaturas de senadores – o mínimo necessário para que a comissão seja instalada é 27. No entanto, após a leitura do requerimento ao plenário do Senado, os senadores que apoiaram a criação da CPI terão até a meia-noite para retirar o apoio se desejarem. Não há previsão de que a leitura seja feita ainda hoje ou amanhã (22).

Otimista, Paim disse não acreditar que os colegas vão retirar as assinaturas de modo a impedir a criação da CPI. “Estou convicto de que essa CPI será instalada no mês de abril”, disse.

Para a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que acompanhou o autor do requerimento, a CPI vai ajudar a provar o argumento da oposição, que é contra a reforma da Previdência, de que os números que estão sendo apresentados pelo governo não estão corretos.

“A CPI será um instrumento importante para fortalecer a luta contra a proposta [de reforma] da Previdência que aí está e vai permitir passar a limpo esse argumento falacioso do governo de que há rombo, déficit. É a hora da verdade prevalecer”, afirmou Fátima Bezerra.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse, em oportunidades anteriores, que o governo não trabalhará pela retirada das assinaturas, nem pelo impedimento da instalação da CPI. Na opinião de Jucá, a investigação provará que os números apresentados pelo Ministério da Previdência estão corretos e vai colaborar para a aprovação da reforma.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Um novo estatuto do PT, Reforma Política Interna


Por Dag Vulpi 10/05/2011 editado em 14/02/2017
O PT era um partido que se destacava por valorizar a participação democrática de sua militância nas tomadas de decisão de sua legenda. E esse era um diferencial em relação aos demais partidos.  Porém, com a chegada e permanência no poder ele começou a dar impressão de perda da identidade, afastando-se das raízes ideológicas e tornando-se um partido comum, mostrando vícios que o nivelam com os demais. O PT perdeu a capacidade de pensar estrategicamente e se sobrepor às disputas internas, fazer das ideologias as lutas maiores e mais importantes para o partido. Os verdadeiros petistas perderam espaço dentro do PT, por excesso de desunião, projetos pessoais, e principalmente, com a ausência de projetos nacionais.

Já se passaram sete anos da realização do 4º Congresso Nacional do PT ocorrido em fevereiro dos idos anos de 2010. Nele deliberou-se pela realização de um amplo debate a respeito de sua trajetória organizativa e dos desafios presentes e futuros daquela instituição partidária que naquela data completava 31 anos de fundação. 

Aquele congresso teve por objetivo principal atualizar seu estatuto partidário e reforçar os instrumentos institucionais internos que garantiriam a democracia e concepção organizativa do partido. 

Passados sete anos, o que mudou no PT? 

Se algo mudou, essa mudança foi benéfica ou o tempo provou que as lideranças do partido estavam completamente equivocadas na forma escolhida para promover as tais mudanças tão necessárias?

A resolução que estabeleceu essa reforma definiu uma pauta obrigatória, fruto das reflexões acerca da vivência política que os levou a tantas vitórias importantes, mas que também passou por crises e impasses marcantes.

Debateu-se o financiamento da atividade partidária, ou seja, foram discutidas sem reservas as formas de sustentar materialmente o partido e reduzir sua dependência de financiamentos externos. Aquele foi um ponto decisivo para estabelecer, de forma transparente, uma estratégia permanente que viabilizaria o crescimento sustentável de sua presença política na sociedade.

Naquele congresso também destacou-se a necessidade de ser mantido o caráter coletivo das campanhas eleitorais do Partido, ou seja, como garantir que os projetos individuais não se sobreponham às demandas coletivas e à democracia interna. Em um partido como o PT, o risco de tornarem-se reféns da estrutura política externa ao partido é sempre presente, quanto mais o partido cresce mais seus líderes tornarem-se atores decisivos da vida política da Nação.

Tratou-se também e especialmente, da necessidade de aumentar o número de filiados e melhorar a vida orgânica do Partido. O PT, na maioria das pesquisas de opinião, tinha mais de 20% de simpatia popular, em torno do triplo do segundo colocado, o PMDB, que registrava entre 6 a 9% dos pesquisados. É razoável que o partido tenha a ambição de trazer 20% desses simpatizantes, para o ato de filiação formal ao partido com o qual se identificam. Isso representaria quintuplicar o quadro. Mas para que isso fosse conquistado de consciência e participação, teriam que tratar da ampliação da democracia interna, inclusive garantindo formação política e comunicação interna regular para o conjunto dos filiados. Por mais que o PT fosse a experiência mais efetiva de participação partidária do Brasil naquele ano e referência para inúmeros partidos de outros países nesse aspecto, sabia-se que havia um enorme desafio para superar o abismo entre a filiação e a real participação democrática nos rumos da vida interna do partido.

As experiências positivas e negativas verificadas nos PEDs de 2001 a 2009 haviam determinado o desafio de consolidar o instrumento do voto direto e afastar do seu caminho os desvios típicos das disputas eleitorais despolitizadas. Para tanto, era necessidade urgente o fortalecimento da capacidade dirigente das instâncias partidárias.

A combinação entre a agenda institucional do Partido e as lutas sociais determinava o caráter multifacetado de um partido que buscava intervir nos mais variados espaços do Brasil. Para que isso se sustentasse em termos estratégicos, era vital capacitar o Partido para o debate ideológico e programático em curso na sociedade brasileira da época.

O debate a ser feito seria determinante para que a construção partidária se consolidasse nos próximos anos. Mais que discutir regras isoladas de eleição de instâncias, o fundamental era ousar no projeto organizativo e buscar a qualidade das relações políticas como insumo básico para seu projeto político.


No momento em que a sociedade brasileira retoma a questão da reforma política, a primeira iniciativa de sua reforma interna deveria ser a participação das bases do partido na discussão. As centenas de milhares de filiados deveriam dar a demonstração de que aquele não era um problema da direção, nem as respostas viriam da cúpula. O PT sempre mostrara que a militância é que defendia e protegia o partido, na luta pela democracia de seu projeto socialista. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Ativista anti-PT afirma que Aécio e Caiado financiaram impeachment de Dilma


Ativista que ganhou repercussão por uma série de vídeos em que ataca duramente o PT revela que impeachment de Dilma foi financiado por Aécio Neves e Ronaldo Caiado. Dani Schwery explica que tudo foi armado, mas com o objetivo de parecer espontâneo. Desiludida com a política, ela deixou o PSDB e conta que está sendo ameaçada


Mauro Donato, DCM

Um plano encabeçado e financiado por Aécio Neves e Ronaldo Caiado; eleições indiretas são para salvar FHC; movimentos pró impeachment como o MBL são fantoches.

Quem afirma é Daniela Schwery, uma das primeiras manifestantes a conclamar a população a ir para as ruas ‘contra a ditadura comunista que seria a reeleição de Dilma’, cujos vídeos atingiam 70 mil views.

Dizendo-se enganada pelo PSDB, hoje Schwery desfiliou-se do partido e ganha a vida como assessora do humorista Juca Chaves. Ela conversou com o DCM na última sexta-feira. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Esses grupos sempre se disseram independentes, espontâneos, apartidários que não recebiam dinheiro de partidos ou de políticos. Mesmo quando todo mundo já sabia que o Vem Pra Rua, por exemplo, tinha dinheiro do Jorge Paulo Lehmann, sócio da cervejaria Ambev.

Schwery: Espontâneo o cacete. Eu fui a uma reunião quando o Vem Pra Rua estava querendo surgir no cenário com o Rogerio Chequer. Era gente que não queria aparecer, sempre ficou escondida, não subia nos carros de som. Essa turma é PSDB.

Você diz que MBL, Vem Pra Rua e afins não são movimentos sociais? O que são então?

Schwery: Eles são profissionais da comunicação. Eles estudam as massas e tal. Rogério Chequer é um profissional da comunicação. Quando ia a eventos ele orientava até na hora de tirar fotos. A Carla Zambelli é amiga do Augusto Nunes. A cúpula do PSDB é toda ligada ao Reinaldo Azevedo. Eles foram se infiltrando e forjando ser algo espontâneo. Mas nós nunca reconhecemos nenhum desses grupos como liderança. A gente criticava o Lula por não ter estudo e daí vem o Kim Kataguiri? Me poupe.

Mas você não fazia parte? A todo momento usa termos como ‘nós’ e ‘eles’. Quem são os ‘nós’ e os ‘eles’?

‘Eles’ são essa turma liberal. Eles caíam matando em cima de mim porque eu era do PSDB e para eles PT é igual PSDB. Eu também acho isso, mas eles são uns hipócritas porque fazem esse discurso enquanto a cúpula deles… Humm.

Tudo encenação?

O que foi aquela marcha a pé até Brasília? Ridículo. Saíam da marcha, comiam bem, dormiam em hotéis e voltavam para a estrada para fazer fotos. A Carla Zambelli é amicíssima do Danilo Amaral do ‘Acorda Brasil’, um cara que ia para manifestação contra corrupção mas que foi citado 18 vezes na Lava Jato.

Quem então é a cúpula, quem puxou todo esse processo?

Aécio e Caiado. No começo houve um acordo ‘todo mundo com todo mundo’ para unir forças, ignorando nossas diferenças. Mas a cúpula dessa galera não era clara pras pessoas. E quem conduziu dessa maneira foi o Aécio junto ao Caiado, que fizeram um acordão para que o pedido de impeachment produzido pelo Helio Bicudo fosse adiante numa grande jogada. Caiado pagou a Carla Zambelli para liderar esse processo todo de empurrar o impeachment do Bicudo, por isso queremos CPI desses ‘movimentos’.

Mas impeachment não era o desejo de vocês?

A gente queria novas eleições, derrubar o Temer também, mas depois começaram a fantasiar a coisa toda, separar as contas da Dilma e do Temer, do PT e do PMDB. Pegaram a pior argumentação, que era a das pedaladas. Nós ficamos putos.

As coisas que vocês (referindo-se ao DCM) criticam, nós concordamos. Temos a autocrítica de que tudo que serviu para Dilma serviria para o Alckmin também. Nós sempre alertamos que se o PT fosse derrubado a Lava Jato iria chegar no PSDB também. Repare que no começo o PSDB se dizia contra o impeachment.

Havia vários pedidos de impeachment. Por que brigaram para fazer valer o capitaneado por Helio Bicudo, Janaína Paschoal e Reale Junior?

O primeiro pedido de impeachment quem fez foi o Bolsonaro. Tinha fundamentação para derrubar os dois, a chapa. Apoiamos. Não se tratava de ser pró Bolsonaro ou não. Mas já tinha um pedido lá, então que fosse aquele. Mas a cúpula depois entrou com outros pedidos para retardar o processo enquanto construía o marketing todo. Foi então que apareceram a Carla Zambelli, a Janaína Paschoal, para fazer toda essa engrenagem em torno do pedido do Helio Bicudo.

Tudo ficou aparelhado. Conseguiram o ‘aval’ de 43 ‘movimentos sociais’ e pronto. Mas que movimentos? Alguém que tinha uma página no facebook com 600 curtidas era um ‘movimento’. Um grupinho de WhatsApp era um ‘movimento’, tinha um nome, assinaram lá e pronto. Muita gente foi enganada, não concordou depois de ter assinado, mas a Carla dizia ‘agora já era, sua assinatura já foi’.

Tudo isso com qual a intenção?

Eleições indiretas. A gente alertava sobre isso. O FHC, se você perguntar ele vai dizer que não, mas ele aceita voltar. Deve estar com o c… na mão com o avanço da Lava Jato e já fez as continhas de que antes de 2018 a operação chegaria nele. Então o Xico Graziano [um dos principais assessores do ex-presidente, autor do artigo “Volta, FHC”] já veio arquitetando isso, visando o foro privilegiado.

Quando então a ficha caiu? Há uma mensagem entre vocês de Heduan Pinheiro de um tal Movimento Brasil Melhor instruindo como fazer para a mobilização ‘parecer’ democrática, que deveria ‘parecer’ espontânea perante a mídia… termos explícitos revelando que tudo sempre foi uma farsa. Por que demorou tanto para perceber?


É difícil. Eu era uma idiota, iludida. Essa turma de Aécio Neves, Ronaldo Caiado, eles iam enfiando os assessores de imprensa nos grupos de WhatsApp. A gente não sabia quem era quem.

O DEM aos poucos ‘contratava’ essas lideranças dos grupos como assessoria de comunicação, mas era pagamento pois eles não podiam falar claramente: “Vou te dar uma grana para você fazer o que eu quero”. Mas somos umas formigas contra o poderio. Eu tentava alertar as pessoas. Dizia: “O populismo mudou de lado, gente. Vamos tomar cuidado, vamos raciocinar”, poucos percebiam. Eu fiquei tomando porrada e agora muita gente me dá razão.

Em meu artigo sobre a rixa atual entre os movimentos, creditei a falta de vaga no camarote como um dos motivos. Argumento que você concorda em sua réplica. Você diz que o pessoal da Movimentomania conseguiu o que queria. Quem conseguiu o quê?

Não está vendo que agora todos são pró Temer? O Kim Kataguiri não conseguiu a coluna dele na Folha? Jornalistas sem emprego e aquele menino vazio escrevendo na Folha, não é uma conquista? Do Vem Pra Rua, nove pessoas conseguiram cargos na FIESP. O tal Forum Internacional da Carla quem financiou foi o DEM.]


Só o DEM?

Tem dinheiro da Companhia Suzano também, os Feffer.

Neste domingo ocorrerá uma manifestação puxada pelo Vem Pra Rua em defesa da Lava Jato e das 10 Medidas Contra a Corrupção. É mais uma mentira então?

Sobre eles eu concordo quando você diz que posam de indignados. Eles são profissionais. Sentam com o pessoal do PSDB e começam a contar prazo, eles sabem quando irá acontecer tal coisa e se mobilizam previamente para as datas ficarem próximas. Eles fazem uma coisa bem trabalhada, com profissionalismo, com marketing.

Esse negócio das 10 Medidas é tudo palhaçada, Onyx está sendo populista. Quem não gosta de ouvir aquilo? Se querem reconhecer caixa 2 como crime agora é porque querem deixar todo um passado para trás. Só agora é crime? Isso é para salvar o rabinho deles. Por isso o pessoal da intervenção militar entrou de sola na última quarta-feira e a gente entrou para defendê-los.

Defendê-los?

Eu os admiro porque são resilientes. Pode ser que o mote deles não seja o mais adequado, mas para quebrar essa estrutura que está aí, eles são loucos o suficiente. É um desespero. A gente vê que a Lava Jato está murchando e que o PSDB vai sair ileso e ainda mais fortalecido disso tudo… não é de ‘emputecer’? Sei que não é ideal nem adequado, mas é desespero.

Tem recebido ameaças?


Sim, já foram atrás até da minha mãe. Sinceramente, tenho mais medo do pessoal do PSDB que do pessoal do PT. Eles são ardilosos, são requintados na maldade.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Para PT, busca na sede do partido foi "desnecessária e midiática"




Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Por meio de nota à imprensa, o Partido dos Trabalhadores condenou as buscas da Polícia Federal realizadas na manhã de hoje (23) na sede nacional do PT em São Paulo, no âmbito da Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato. A operação de busca durou sete horas e, para o partido, foi “desnecessária e midiática".

“Em meio à sucessão de fatos e denúncias envolvendo políticos e empresários acusados de corrupção, monta-se uma operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT”, diz a nota do partido. A nota diz ainda que o PT não tem nada a esconder e "sempre esteve e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos”.

A Operação Custo Brasil foi deflagrada na manhã de hoje pela PF em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. O objetivo é apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Um dos presos na operação foi o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. A nota do partido também cita acusações a correligionários: “a respeito das acusações assacadas contra filiados do partido, é preciso que lhes sejam assegurados o amplo direito de defesa e o princípio da presunção de inocência”, diz o texto, assinado pela Executiva Nacional do PT.

Advogado do PT
O advogado do PT Luiz José Bueno de Aguiar também se manifestou sobre as buscas na sede do partido. Para ele, não havia necessidade do cumprimento de mandado de busca e apreensão e a ação foi “uma busca para tirar foco de outras coisas”.

Questionado por jornalistas, ao deixar a sede do PT, sobre o que seriam as "outras coisas", Aguiar explicou: “tirar o foco de investigações óbvias que estão sendo feitas no país inteiro e que não envolvem o Partido dos Trabalhadores. Não há que mencionar nenhuma, mas são todas de conhecimento público”, afirmou.

Segundo o advogado, os policiais recolheram documentos que já estão em órgãos oficiais e recibos que poderiam ser obtidas de outras formas. “São documentos públicos todos eles. Não vejo tanta razão para toda essa mídia, pessoal armado até os dentes. Acho que faz parte do espetáculo midiático”, disse Aguiar. Além de papéis, os policiais levaram, segundo o advogado, quatro computadores que ele não soube dizer a quem pertenciam.

Luiz José Bueno de Aguiar disse também não saber exatamente o que os policiais estavam buscando. “São dois inquéritos policiais: um de 2015 e um processo da 6ª Vara da Justiça Criminal de São Paulo de 2016”, completou. “Já estou providenciando procuração para tentar ter acesso aos autos o mais rápido possível para saber do que se trata”, disse.

De acordo com ele, os policiais não entraram na sala da presidência do PT paulista. “Achei o ato desnecessário, mas não houve violência. Não entraram na sala da presidência. Não houve nada na sala da presidência. [A ação] limitou-se a questões contábeis, o que faz parte do meu espanto, porque documentos contábeis são públicos e não há necessidade de busca e apreensão, bastaria uma simples requisição.”

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, chegou à sede do partido em São Paulo por volta das 13h, sem falar com a imprensa.

Bancada no Senado
A bancada do PT no Senado também divulgou nota questionando as reais motivações da prisão do ex-ministro Paulo Bernardo e reiterando que o objetivo da ação foi desviar a atenção da opinião pública de casos de corrupção que envolvem o governo presidente interino Michel Temer.

“A bancada estranha que tal prisão tenha ocorrido no momento em que a nação toma conhecimento de fatos gravíssimos de corrupção que atingem diretamente o governo provisório, o qual se instalou justamente para tentar paralisar as investigações da Lava Jato”, diz a nota emitida em solidariedade à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), esposa de Bernardo.

O partido também criticou o fato de o ex-ministro ter sido preso no apartamento da senadora Gleisi por caracterizar, supostamente, uma violação à imunidade parlamentar da senadora. "A residência oficial da senadora Gleisi Hoffmann foi invadida, na presença de seus filhos menores, pela Polícia Federal, sem a devida autorização do Supremo Tribunal Federal. Com isso, usurparam-se atribuições constitucionais exclusivas do STF e da Procuradoria-geral da República”, diz o texto.

O secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza, também se manifestou sobre a Operação Custo Brasil. Segundo ele, a iniciativa da Polícia Federal (PF) teve por objetivo desviar a atenção e tirar o foco do que ele chamou de “golpe” contra a presidenta afastada Dilma Rousseff.

“Tem um golpe em andamento e uma presidenta deposta sem motivo, sem crime e sem nada. E tem um governo montado com gente envolvida em atos de corrupção. Ou seja, o foco está lá. Não estamos entendendo a razão da Polícia Federal ter vindo à sede do PT. Não tem nenhum dirigente envolvido ou citado, não tem nenhuma questão direta envolvendo o Partido dos Trabalhadores”, afirmou Florisvaldo.

Polícia Federal faz buscas na sede do PT em São Paulo



Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão como parte da Operação Custo Brasil desde as 6h de hoje (23) na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), na capital paulista. Por volta das 8h30, a equipe de policiais continuava no interior do prédio, na Rua Silveira Martins, região central.

Oito homens armados do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal fazem a segurança  na parte de fora da sede do PT, auxiliados por policiais militares. A Rua Silveira Martins está interditada para o trânsito de veículos.

A assessoria de imprensa da PF em São Paulo informou que as informações sobre a operação serão fornecidas aos jornalistas apenas às 11h, em coletiva na sua sede na capital. A Custo Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato. As ações são feitas de forma conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

O objetivo é apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Os policiais federais estão cumprindo mandados também no Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e no Distrito Federal.

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