Agência
Brasil
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que as
citações de ex-executivos da Odebrecht aos ex-presidentes Fernando Henrique
Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sejam enviadas para a
primeira instância da Justiça. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) pelo fato de os acusados não terem mais foro privilegiado no
STF.
De acordo com delação premiada
de Emílio Odebrecht, um dos proprietários da empreiteira, a empresa teria feito o pagamento de “vantagens indevidas e não contabilizadas”
para as campanhas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1993 e 1997.
Com a decisão do STF, FHC deverá responder às acusações na Justiça Federal em
São Paulo.
As acusações contra o
ex-presidente Lula foram enviadas para a Justiça Federal no Paraná. Nos
depoimentos, os colaboradores ligados à Odebrecht citaram supostas tratativas com Lula para
viabilizar politicamente a edição de uma medida provisória para evitar a
intervenção do Ministério Público nos acordos de leniência assinados com
empresas na Lava Jato.
Um pedido de influência de
Lula para que a Odebrecht conseguisse fechar negócios com o governo angolano e
reformas em um sítio em Atibaia (SP), além do pagamento de palestras em troca
de favorecimento da empresa também constam nos depoimentos.
No caso da ex-presidenta
Dilma, foram citados
supostos pagamentos de caixa dois para a campanha eleitoral. As
acusações foram enviadas para a Justiça Federal em São Paulo.
O
presidente Fernando Henrique Cardoso disse que só vai se manifestar após ter
acesso à decisão do ministro. Por meio de sua assessoria, Lula disse que as
acusações dos delatores são falsas e que sempre agiu dentro da lei. Os
advogados da campanha de Dilma sustentam que todas as doações foram registradas
e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
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