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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Mau-caratismo da mídia se alastra pela população. Análise de Bepe Damasceno


Destrói seu presente e compromete seu futuro uma nação formada em boa medida por pessoas que não desejam justiça, mas sim linchamento, e se regozijam com a violação de direitos de presos e sua humilhação suprema. Garantias individuais, principal pilar do Estado de Direito Democrático, viram pó sob os aplausos de brasileiros e brasileiras. Quanto mais sangue, melhor.

Gente de todas as classes sociais vê com naturalidade aterradora os meios de comunicação transformar prisões de ex-governadores em espetáculos midiáticos transmitidos 24 horas por dia. Gente de todos os níveis de escolaridade e renda goza com imagens deprimentes, como a de Garotinho sendo transferido à força do hospital para o presídio, ou a de Sérgio Cabral de cabeça raspada no cárcere. Gente de todas as origens e credos esfrega as mãos e se pergunta : "quem será o próximo?"

Abro parênteses: estou longe de ter quaisquer afinidades políticas com Garotinho ou Sérgio Cabral. Penso mesmo que devem ter culpa no cartório em boa parte das acusações que lhes são imputadas. Garotinho é exemplo acabado de político com p minúsculo, envolvido em incontáveis casos nebulosos, fisiológico ao extremo e nada confiável. Cabral um dia na vida decidiu viver como um sultão, ou como um príncipe, à custa do erário público. Seu apoio ao golpe de estado revela também imperdoável falta de apreço pelo regime democrático. Fecho parênteses.

Vamos, então, ao ponto essencial: por enquanto, eles são apenas acusados. Cabe ao sistema de justiça reunir provas suficientes para condená-los, depois de julgamentos justos, com direito à ampla defesa e ao contraditório. Nada disso aconteceu até agora. Por isso, por mais que a turba enfurecida exija a cabeça deles agora e já, eles deveriam desfrutar da premissa constitucional da presunção de inocência. Isso até que sejam julgados e condenados.

E não me venham, por favor, com o argumento de que as prisões preventivas e temporárias (quem vêm se transformando em perpétuas) são necessárias porque a justiça no Brasil é a mais lenta do mundo e que os poderosos apresentam centenas de recursos para se livrarem da cadeia. Ora, esse grave problema só será sanado com uma profunda reforma do Judiciário, abrindo sua caixa-preta e tornando-o célere e transparente. Em vez disso, suas excelências, procuradores e juízes, prendem sem condenação e jogam para a plateia, varrendo suas mazelas para debaixo do tapete.

Também não me sensibiliza o desprezo pela dignidade dos presos oriundos da política sob a justificativa de que pobres e ladrões de galinha já penam nos infernos das nossas prisões há mais de 500 anos. Defendo igualdade para todos na dignidade e no respeito aos direitos civis, e não a equiparação da violação e do tratamento degradante.

Fora disso, caminhamos a passos largos para o fascismo ou para a barbárie. Judiciário que se preza não pode se submeter ao clamor popular, pois é um poder essencialmente contra majoritário. E tem que ser assim. Não custa lembrar que Hitler e Mussolini contaram com forte respaldo de alemães e italianos para cometer crimes contra a humanidade.

Pude testemunhar ao longo desta sexta-feira (18) cenas de indigência civil explicitas no Rio de janeiro. Na padaria, no metrô, diante de bancas de jornal e lojas com aparelhos de TV ligados, na espera da consulta médica e no restaurante o que escutei é de causar engulhos estomacais e profundo desânimo. Uma legião de homens e mulheres, que não foram capazes de se indignar minimamente quando uma quadrilha de corruptos roubou o mandato de uma pessoa honesta como a presidenta Dilma, festejavam aos berros o calvário alheio.

Entre tantas outras, ouvi a seguinte barbaridade: “o ideal seria se todo político preso fosse fuzilado sumariamente”. O vírus letal do ódio e do mau-caratismo foi desgraçadamente inoculado pela mídia criminosa no organismo de expressiva parcela do povo brasileiro. Estamos ferrados.


Bepe Damasceno, em seu blog

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Villaverde denuncia censura da Globo a Lula como ataque à democracia



Deputado incluiu carta do ex-presidente à rede midiática, nos anais da Assembleia

O deputado Adão Villaverde (PT) ocupou a tribuna, na sessão plenária do dia 15, terça feira, para denunciar informações mentirosas, montagem de correspondência e censura ao ex- presidente Lula por parte da Rede Globo, na edição do sábado (12), do Jornal Nacional, versando sobre a denúncia dos procuradores do MP de São Paulo contra o ex-primeiro mandatária da República. Villaverde repudia a negativa de emissora de atender o direito legal de resposta interposto pelos advogados de Lula. “É um ataque à liberdade de expressão e à própria democracia”, afirmou o parlamentar. “ Esta concessionária posta-se como democrática, mas age como autoritária”.

O deputado pediu, também, a inclusão, nos anais da Assembleia, da carta encaminhada pelo ex-presidente à direção do conglomerado midiático invocando a legítima resposta, que foi ignorada pela emissora até agora. “Se a Globo desobedece à lei, este Parlamento, por sua trajetória no exercício da democracia e de postura de rejeição à censura, acolhe o documento de um ex-presidente do Brasil, que faz parte da história do país”, disse o deputado.

Eu não fui procurado pela Globo para apresentar meu ponto de vista. Ninguém da minha assessoria foi procurado. O direito ao contraditório foi sonegado”, escreve Lula. “Alguém se apropriou indevidamente do meu direito de defesa. Não é a primeira vez que isso acontece e certamente não será a última. Mas eu fiquei indignado ao ver minha mulher e meu filho sendo retratados na televisão como se fossem criminosos”. (...)”Em 40 anos de vida política, aprendi a lidar com o preconceito, com a inveja e até com o ódio político. Mas não me conformo, como ex-presidente desse imenso país chamado Brasil, não posso me conformar de ser comparado a um traficante de drogas, como aconteceu no final da reportagem. Essa comparação ofensiva, injuriosa, caluniosa, não está nos autos da denúncia do Ministério Público”.

Villaverde disse Lula explicita sua defesa da democracia, do estado de direito e da própria liberdade de imprensa, que só é verdadeira quando admite o contraditório e respeita a verdade dos fatos. “Como diz Lula, quando estes princípios são ignorados o maior prejudicado não é o ex-presidente, é cada cidadão e a sociedade, é a democracia”, assinalou o deputado.

MESMO PATRIMÔNIO DE 2003

Na correspondência, Lula reafirma que nunca foi dono de tríplex no Guarujá ou em qualquer outro lugar e volta a assegurar que seu patrimônio pessoal permanece exatamente o mesmo de antes de assumir a presidência do Brasil em janeiro de 2003.

Villaverde disse que a reportagem do Jornal Nacional não procurou a assessoria do Instituto Lula, na quinta-feira (10) para comentar a denúncia dos procuradores do MP de São Paulo. Segundo o Instituto, a mensagem de e-mail exibida no Jornal Nacional do sábado é de um repórter da GloboNews, e não do JN ou de qualquer outra redação da Rede Globo. Ao reproduzir parcialmente o e-mail deste jornalista, a Globo apagou deliberadamente o logotipo da GloboNews, para enganar o público. Os contatos entre a assessoria de imprensa do Instituto Lula e a redação do Jornal Nacional sempre foram feitos diretamente.

“É degradante que a Rede Globo utilize o nome de um profissional da GloboNews para montar a farsa que foi ao ar no JN deste sábado”, diz nota do Instituto.

O mesmo vale para as mensagens enviadas à assessoria de imprensa dos advogados de Lula, e que não mencionavam reportagem no Jornal Nacional sobre a denúncia do MP. O que o Jornal Nacional tentou fazer na edição deste sábado foi lançar uma cortina de fumaça sobre as mentiras e gravíssimos erros cometidos na edição de quinta-feira.

Os advogados do ex-presidente Lula preparam as medidas judiciais cabíveis diante da recusa da Rede Globo em atender ao Direito de Resposta e para reparar as novas ofensas dirigidas no sábado ao ex-presidente Lula.

A solicitação de Direito de Resposta do ex-presidente Lula foi feita nos termos da lei. A reportagem de quinta-feira é parcial e caluniosa porque, ao longo de nove minutos de reportagem, o ex-presidente Lula foi acusado 18 vezes (sem fundamento e sem resposta) pela prática de 10 diferentes crimes, foi alvo de 9 ofensas e 2 calúnias, a mais grave e desrespeitosa, quando o repórter comparou Lula a um traficante de drogas, calúnia que extrapola até mesmo as leviandades contidas nos autos da denúncia.

O texto de resposta do ex-presidente Lula à Rede Globo não tem ironias nem se alonga em comentários críticos ao jornalismo da Rede Globo, como alegou a emissora para censurá-lo.

O texto tem 950 palavras. Na reportagem de 10 de março, o apresentador Willian Bonner, o repórter José Roberto Burnier e os promotores José Carlos Blat e Cássio Conserino utilizaram 1.085 palavras para — sem provas e sem defesa – ofender, difamar e caluniar o ex-presidente, sem qualquer respeito ao equilíbrio jornalístico.

O que Lula aponta na resposta censurada é a parcialidade do Jornal Nacional – veiculado por uma concessionária de serviço público – que não respeitou nem seus direitos nem o direito do público à informação correta. O que a Rede Globo chamou neste sábado de “ironias” são as duras verdades que a emissora se recusa a ouvir.

A truculenta reação da Globo a uma solicitação de Direito de Resposta, apresentada nos termos da Lei, expõe mais uma vez a extrema dificuldade desta emissora em lidar com os princípios democráticos que norteiam a liberdade de imprensa, e que deveriam ser observados com rigor numa concessionária de serviço público. Entre estes princípios estão o equilíbrio editorial, o respeito ao contraditório, o rigor na apuração, o juízo imparcial da notícia e a serena humildade diante dos fatos.

Na parte de sua resposta que foi censurada, Lula recorda que a Globo levou 30 anos para pedir desculpas ao povo brasileiro por ter apoiado o golpe 64, praticando um jornalismo de um lado só ao longo de duas décadas. O jornalismo arrogante, de um lado só, voltou às telas do Jornal Nacional neste sábado, por meio de um dos porta-vozes daqueles tempos sombrios. Esta é uma noite para lembrar que as ditaduras, sejam as políticas, sejam as midiáticas, cedo ou tarde chegam ao fim.

RESPOSTA INTEGRAL DO EX-PRESIDENTE LULA AO JORNAL NACIONAL:

“Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, e minha mulher, Marisa Letícia, não somos e nunca fomos donos de nenhum apartamento tríplex no Guarujá nem em qualquer outro lugar do litoral brasileiro.

Meu patrimônio imobiliário hoje é exatamente o mesmo que eu tinha ao assumir a presidência da República, em janeiro de 2003:

O apartamento onde moro com Marisa, e onde já morávamos antes do governo, e o rancho “Los Fubangos”, um pesqueiro na represa Billings.

Ambos adquiridos a prestações. Também temos dois apartamentos de 70 metros quadrados que Marisa recebeu em permuta por um lote que ela herdou da mãe.

Tudo em São Bernardo do Campo. Tudo registrado em nosso nome no cartório e na declaração anual de bens.

Esta é a verdade dos fatos, em sua simplicidade: entrei e saí da Presidência da República com os mesmos imóveis que adquiri ao longo da vida, trabalhando desde criança, como sabem os brasileiros.

Não comprei nem ganhei apartamento, mansão, sítio, fazenda, casa de praia, no Brasil ou no exterior.

Jamais ocultei patrimônio nem registrei propriedade particular em nome de outras pessoas.

Nunca registrei nada em nome de empresas fictícias com sede em paraísos fiscais, artifício utilizado por algumas das mais ricas famílias deste País para fugir ao pagamento de impostos.

As informações sobre o patrimônio do Lula – verdadeiras, fidedignas, documentadas – sempre estiveram à disposição do Ministério Público e da imprensa, inclusive da Rede Globo.

Estas informações foram deliberadamente ocultadas do público na reportagem do Jornal Nacional que apresentou as acusações do Ministério Público de São Paulo.

Eu não fui procurado pela Globo para apresentar meu ponto de vista. Ninguém da minha assessoria foi procurado. O direito ao contraditório foi sonegado.

Alguém se apropriou indevidamente do meu direito de defesa. Não é a primeira vez que isso acontece e certamente não será a última.

Mas eu fiquei indignado ao ver minha mulher e meu filho sendo retratados na televisão como se fossem criminosos.

Mesmo na mais acirrada disputa política – e o jornalismo não está acima dessas disputas – nada justifica envolver a família, a mulher, os filhos, como ocorreu nesse caso.

Fiquei indignado porque, ao longo de 9 minutos, o apresentador William Bonner e o repórter José Roberto Burnier me acusaram 18 vezes de ter cometido 10 crimes diferentes; sem nenhuma prova, endossando as leviandades de três membros do Ministério Púbico de São Paulo.

Reproduziram ofensas, muitas ofensas, a partir de uma denúncia que sequer foi aceita pela juíza. E ainda por cima, denúncia de um promotor que já foi advertido pelo Conselho Nacional do Ministério Público, porque atuou fora da lei neste caso.

A Rede Globo me conhece o suficiente para fazer uma avaliação equilibrada das acusações lançadas por aquele promotor, antes de reproduzi-las integralmente pelas vozes de William Bonner e Roberto Burnier.

A Rede Globo recebeu, desde 31 de janeiro, todas as informações referentes ao tríplex, com documentos que comprovam que nem eu nem Marisa nem nosso filho Fabio somos donos daquilo. É uma longa e detalhada nota, chamada “Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa”.

Cheguei a abrir mão do meu sigilo fiscal e anexei a esta nota parte de minha declaração de bens.

Quando divulgamos este documento esclarecedor, o Jornal Nacional fez uma série de matérias tentando desqualificar o que estava dito lá. Duvidaram de cada detalhe, procuraram contradições, chegaram a distorcer uma entrevista do meu advogado.

Quanta diferença…
Na reportagem sobre a denúncia do procurador, nada foi questionado. Tudo foi endossado e ratificado como se fosse absoluta verdade.

A Rede Globo sempre poderá dizer que estava apenas “retratando os fatos”, “prestando informações à sociedade”, “cumprindo seu dever jornalístico”.

Só não vai conseguir explicar ao povo brasileiro a diferença gritante de tratamento: quando acusam o Lula, é tudo verdade; quando o Lula se defende, é tudo suspeito.

Em 40 anos de vida política, aprendi a lidar com o preconceito, com a inveja e até com o ódio político.

Mas não me conformo, como ex-presidente desse imenso país chamado Brasil, não posso me conformar de ser comparado a um traficante de drogas, como aconteceu no final da reportagem.

Essa comparação ofensiva, injuriosa, caluniosa, não está nos autos da denúncia do Ministério Público.

Não sei quem decidiu incluir isso na reportagem, mas posso avaliar seu caráter.

Se esta mensagem está sendo lida hoje na Rede Globo é por uma decisão da Justiça, com base na Lei do Direito de Resposta, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no final do ano passado.

Esta lei garante que a Liberdade de Imprensa seja realmente um direito de todos e não um privilégio daqueles que detém os meios de comunicação.

É ela que nos permite enfrentar a ocultação de informações, a sonegação do contraditório, a falsidade informativa, a lavagem da notícia.

Estes vícios foram sistematicamente praticados pelos grandes veículos de comunicação do Brasil durante a ditadura e fizeram tão mal ao País quanto a censura, que abolimos na Constituição de 1988.

A Rede Globo levou mais de 30 anos para pedir desculpas ao País por ter apoiado a ditadura, praticando um jornalismo de um lado só. Graças à lei do Direito de Resposta, não tenho de esperar tanto tempo para responder às ofensas dirigidas a mim e a minha família no Jornal Nacional.

Eu não estou usando este direito de resposta para me defender apenas, e a minha família. É para defender a democracia, o estado de direito e a própria liberdade de imprensa, que só é verdadeira quando admite o contraditório e respeita a verdade dos fatos.

Quando estes princípios são ignorados, em reportagens como aquela do Jornal Nacional, o maior prejudicado não é o Lula, é cada cidadão e a sociedade, é a democracia”.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Entenda como funciona a máfia midiática



Vídeo dividido em três partes, mostra jornalistas debatendo o impressionante poder da grande mídia brasileira que, manipulando, mentindo ou omitindo, age em favor dos grandes conglomerados econômicos dos quais, aliás, ela faz parte. Por isso, em vez do compromisso com a notícia que abarque a verdade factual, a mídia simplesmente elege as pautas que venham a se encaixar nos interesses dos seus proprietários, todos alinhados com o neoliberalismo que está ruindo em todo o mundo.

Mais que o poder econômico que ela representa, a máfia midiática deixou de ser um mero instrumento do poder oligárquico - para se firmar como o próprio poder. Assim, em vez de praticar a saudável concorrência em favor da notícia, os veículos de comunicação da máfia passaram a atuar de forma coordenada para dar corpo a qualquer factoide que sirva para passar como um trator por cima dos interesses dos poderosos. Por essas e outras a blogosfera passou a chamar a mídia simplesmente de "PIG" - o Partido da Imprensa Golpista.

Mediado por Beto Almeida, do programa Brasil Nação, o programa foi ao ar em 2009 - mas continua atual como nunca. Integram o debate os experientes jornalistas Leandro Fortes, Luis Carlos Azenha e Alípio Freire.

Tal a clareza didática com que os debatedores expõem o lado perverso do jornalismo, este vídeo deveria ser matéria obrigatória para estudantes de comunicação social.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pochmann: imprensa brasileira está morrendo


Do 247 Brasil
À frente da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann, da Unicamp, concedeu uma entrevista à revista Fórum, em que comentou a situação atual da imprensa brasileira; "Os jornais que temos hoje também escrevem para os seus militantes, escrevem o que eles querem ouvir, e por isso esses jornais estão com dificuldades para ampliar o seu número de leitores, é por isso que os jovens não interagem com esses jornais", afirma; segundo ele, a nova era é digital.

À frente da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann concedeu uma importante entrevista ao jornalista Marcelo Hailer, da revista Fórum. Nela, abordou a situação da mídia impressa brasileira, que, a seu ver, está morrendo.

domingo, 25 de março de 2012

Imprensa Golpista agindo feito ratos abandonam o navio do Demóstenes

Há anos que Demóstenes “30%” Torres vem sendo cultuado pela mídia, apesar de as suas relações perigosas com o crime organizado de Goiás serem do conhecimento até da Procuradoria-Geral da República e de toda a grande imprensa desde 2009.

Sempre foi enorme o prestígio de Demóstenes entre os mais bravios pit-bulls da imprensa golpista, que, depois de a porta ter sido arrombada, assumem ares de isenção ao divulgarem o que já não haveria mais como esconder.

O simbolismo que as relações escandalosas do senador do DEM de Goiás com o crime organizado encerram, é arrasador. Não houve dia, na última década, em que ele não aparecesse em destaque na Globo, na Veja, na Folha ou no Estadão acusando adversários ou sendo incensado.

Figurinha fácil nos blogs de Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes ou Ricardo Noblat, entre outros, era sempre usado para atacar “a corrupção do PT” ou as cotas étnicas nas universidades, das quais, ao lado do sociólogo Demétrio Magnoli, é considerado o maior

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

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