O
Ministério das Relações Exteriores da Venezuela acusa o relatório de
"incorrer de maneira consciente, em afirmações infundadas e
tendenciosas"
Caracas
– O governo da Venezuela repudiou nesta quinta-feira o relatório do
Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos que acusa as
autoridades do país de maus-tratos sistemáticos e generalizados contra
manifestantes e de ter realizado prisões arbitrárias nos últimos meses.
Confira
também:
Através
de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela acusa o
relatório de “incorrer de maneira consciente, em afirmações infundadas e
tendenciosas”.
Além
disso, o órgão afirma que o documento divulga fatos falsos sobre a realidade do
país.
“O
Escritório do Alto Comissariado está sendo instrumentado com fins políticos
para agredir a Venezuela, um penoso costume durante os últimos tempos”, acusou
a nota.
“A
utilização de falsas notícias difundidas por inescrupulosos veículos de comunicação,
sem comprovação alguma, e o uso de padrões duplos em matérias de direitos
humanos novamente expressam uma posição parcial, vergonhosa e violadora da
soberania da Venezuela e do direito internacional”, indicou o governo de
Nicolás Maduro.
O
Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos apresentou um
relatório preliminar que afirma que houve um “padrão claro” de uso excessivo da
força contra os manifestantes da oposição, que iniciaram uma série de protestos
em abril.
A
Chancelaria venezuelana classificou como “repudiável” que o órgão da ONU
“insista em enganar abertamente a comunidade internacional sobre os fatos de
violência cometidos por um setor da oposição desde abril do atual ano”.
O
governo de Maduro critica, além disso, que o órgão da ONU tem sido omisso em
relação aos “documentos fidedignos e esclarecedores” que a Venezuela forneceu
sobre o caso.
Na
nota, o Ministério de Relações Exteriores da Venezuela afirma que a violência
dos últimos quatro meses, que já deixou 120 pessoas mortas, é responsabilidade
dos líderes opositores na “organização, promoção e financiamento de atos
violentos”.
“É
mais grave ainda que (o órgão) não expresse nenhuma solidariedade com as
vítimas dessa estratégia política violenta e criminosa, cujo único objetivo é
derrubar o governo”, diz a nota.
“As
espúrias conclusões da autodenominada ‘equipe de especialistas da ONU’
avalizada pelo Alto Comissariado lesaram seriamente a probidade, a
imparcialidade, a equidade, a honradez e a boa fé que deve haver na atuação de
tal órgão”, indicou o governo venezuelano no comunicado.
A
Venezuela reafirmou que não reconhece o relatório e garante que iniciará as
gestões diplomáticas necessárias para denunciar essa “nova agressão” contra o
país.
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