O
ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF), disse hoje (23), em Brasília, que não se pode “demonizar a
política”, afirmando, em seguida, que não está na justiça criminal “a resposta
de todos os males” do Brasil.
Saiba
mais:
O ministro discursou na abertura de uma palestra, organizada por ele, em um dos plenários do STF, sobre Fraternidade e Humanidade no Direito. Ele disse que “não há crise institucional no Brasil”, podendo o país “orgulhar-se da democracia que tem”, mas acrescentou ser necessário avançar no que chamou de “redenção constitucional”.
“Nela não está em primeiro plano a atuação hipertrofiada do magistrado constitucional, embora deva, quando chamado, responder com firmeza e serenidade. Em primeiro plano está a espacialidade da política, dos representantes da sociedade e a própria sociedade”, disse.
Magistrado não deve condenar
por ódio
Antes,
Fachin afirmou que “nenhum juiz com verdadeira vocação condena por ódio”. O
ministro destacou que, ao completar neste mês dois anos de STF, seu gabinete
acumula 142 inquéritos penais, 117 dos quais vinculados à Lava Jato, todos
envolvendo políticos com prerrogativa de foro no STF como parlamentares e
ministros.
Apesar disso, Fachin ressaltou a importância “da democracia representativa, da sociedade, do Parlamento e dos parlamentares, dos agentes públicos que, mesmo nos dissensos, constroem consensos”.
Apesar disso, Fachin ressaltou a importância “da democracia representativa, da sociedade, do Parlamento e dos parlamentares, dos agentes públicos que, mesmo nos dissensos, constroem consensos”.
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